Eu, em verdade, vos batizo com água, para arrependimento; mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Mateus 3:11
Algumas interpretações deste versículo, principalmente por conta da passagem de Mateus 12, trazem a ideia isolada sobre a soberania de Jesus no sentido de retratar o batismo de fogo como algo voltado para manifestar o poder de julgar do Senhor.
Eu realmente não creio que fora isso o que João Batista quis nos dizer. Acredito que ele estava mencionando sim a soberania de Cristo, mas também estava apresentando a possibilidade de sermos totalmente tomados pelo Espírito Santo: Aquele que viria revelar o testemunho de Jesus para todos nós.
O Batismo do Espírito é algo totalmente visível, não se restringe a manifestação de línguas estranhas, mas de uma transformação poderosa, que promove não somente uma conversão genuína, mas a possibilidade de andarmos e tocarmos o sobrenatural de Deus com poder e graça.
Pense na imagem de uma manhã de Sol, onde a claridade invade a janela de uma casa e passa não somente a trazer luz, mas torna o calor algo totalmente perceptível e intenso. Eu costumo pensar do mesmo modo sobre o batismo do Espírito, é algo que nos ilumina e aquece, nos converte por inteiro ao coração de Cristo e, assim como o Sol aquece nosso corpo físico, o Espírito esquenta nossos corações e, com nossa permissão pode realmente chegar a nos incendiar, a nos queimar e fazer com que sejamos totalmente movidos pelo sobrenatural.
Eu não estou, de forma alguma, defendendo a ideia de um batismo isolado, que ignora a etapa de arrependimento. Aliás, vejo essa passagem como algo progressivo: Deus quis que o primeiro passo a ser conhecido fosse o batismo de João, o batismo de arrependimento e confissão de fé, posteriormente nos trouxe o batismo de Jesus, a presença do Espírito Santo que deseja que nossas vidas se movam pelo Seu próprio controle. Na verdade o Batismo de fogo do Espírito só virá quando estivermos banhados pelas águas de arrependimento!
Tenho expectativa de que estão chegando dias em que esse encontro com o Espírito Santo será uma necessidade para nós e não mais apenas uma possibilidade distante e intocável. Tenho pensado como será maravilhoso que dediquemos ao Senhor ofertas que realmente sejam dignas de ser queimadas com fogo, atraindo o Seu poder.
O batismo do Espírito é algo tão poderoso, justamente porque não pode ser egoísta. O batismo genuíno é aquele que não se resume a nós mesmos!
Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias… Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra… Atos 1:5 e 8.
A tradução original da palavra testemunhas, na realidade vem do grego martus e quer dizer mártire, ou seja, o batismo do Espírito e o batismo de fogo são elementos que nos enchem de poder não somente para edificação pessoal, mas para a pregação do evangelho, para testemunhar aquilo que temos visto e ouvido e dedicar nossas vidas por completo, ainda que isso signifique morte. Nos capacitam para a proclamação da verdade, assim como aconteceu com os apóstolos após receber a promessa do Senhor. Eles se tornaram mártires pela verdade, testemunhas vivas de Cristo!
Eu quero te convidar nestes dias a clamar pelo Espírito, pelo batismo de fogo que é uma promessa para todos nós que realmente desejamos ver o Reino ser estabelecido na terra.
Quero te convidar a tratar o batismo do Espírito como uma necessidade urgente e não somente como uma possibilidade.
Que possamos receber uma porção de fé, arrependimento e expectativa que atraia o fogo do céu como algo que nos tomará por completo!