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Mantendo a Chama da Esperança Viva: Reflexões sobre o Retorno de Jesus

Neste mês, vamos explorar o significado profundo e a relevância do retorno de Jesus para a fé cristã. O tema do retorno de Jesus é de extrema importância para nós, cristãos, pois está intrinsecamente ligado à nossa esperança do seu retorno. Afinal, cremos que Jesus morreu e ressuscitou, o que nos proporciona a bendita esperança da ressurreição.

Em I Coríntios 15:13, Paulo nos lembra:

Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm”. I Coríntios 15:13

Quando Paulo escreveu essa carta, a igreja tinha em sua memória recente a lembrança da esperança que a ressurreição de Jesus lhes trouxe. No entanto, hoje em dia, é possível que essa esperança tenha se tornado distante em nossas mentes. Por isso, é importante trazê-la à memória sempre que possível. A ressurreição de Jesus é a pedra angular da nossa fé. Ela nos dá a certeza de que a vida não termina com a morte, mas continua na presença gloriosa de nosso Salvador. Essa esperança da vida eterna nos motiva a perseverar e a compartilhar o evangelho com ousadia e alegria.

“Trazendo Esperança: A Motivação Transformadora do Retorno de Jesus na Vida da Igreja”

Após a morte e ressurreição de Jesus, a igreja se manteve ativa e intensificou a pregação do evangelho, das boas novas. Já parou para refletir sobre o que os motivava? Seria compreensível que estivessem desanimados e sem fé, afinal, seu Mestre havia deixado essa realidade terrena. No entanto, eles deixaram uma marca na história e o mundo nunca mais foi o mesmo desde o surgimento da igreja do primeiro século.

A esperança, sem dúvida, é o combustível, o coração pulsante da igreja. Foi a esperança que impulsionou a igreja a continuar avançando, não o sucesso ou as conquistas. Era a esperança que os fortalecia. Essa esperança capacitava a igreja a se mover com fervor.

Para os cristãos do primeiro século, o entendimento do Reino de Deus estava relacionado ao movimento. Eles não viam o Reino de Deus como um destino após a morte, mas como um governo soberano que abrangia tudo, tanto a terra quanto os céus. Sua única maneira de acreditar nisso era através da esperança no retorno de Jesus. Essa esperança os impulsionava a continuar anunciando as boas novas. Por isso, os apóstolos testemunharam coisas como “vimos Sua glória, Ele morreu e ressuscitou, e prometeu retornar para estabelecer Seu trono de justiça e paz”. Eles compreendiam que nada poderia deter seu avanço, nem mesmo as perseguições, pois a esperança na ressurreição dos mortos estava recente em suas memórias.

A esperança cristã é uma força poderosa que molda a igreja. Ela traz um senso de propósito, capacitação e coragem para enfrentar as adversidades. Assim como os cristãos do primeiro século, também somos chamados a abraçar essa esperança viva em nossos corações, acreditar no retorno de Jesus e compartilhar com ousadia a mensagem transformadora do evangelho. 

A Esperança Além da Finitude: A Vida Eterna em Cristo

Antes, vivíamos inseguros em relação ao futuro, cientes de nossa finitude. Reflitamos juntos: o medo da morte é um dilema humano, pois a noção de nossa limitação e o receio de deixar de existir geram insegurança. Essa insegurança tem perdurado ao longo dos tempos. Desde Adão, ao dizer “não” a Deus, fomos lançados para a não existência, e esse medo de perder as pessoas que amamos nos atormenta até hoje.

No entanto, Jesus ofereceu uma resposta a esse dilema da finitude humana que não se restringe ao “céu após a morte”. Sua resposta é o Reino de Deus, inaugurado na história como a porta de entrada para a eternidade. A morte e a ressurreição de Jesus nos garantiram essa esperança e fortaleceram nossa fé em seu retorno. Ele inaugurou a entrada para a vida eterna, que já se tornou uma realidade para nós agora.

Por isso, para os cristãos do primeiro século, esse sentimento de finitude havia desaparecido. Podemos entender, então, o que Paulo e os apóstolos falavam sobre a ressurreição. Ela se trata da realidade de viver eternamente. Por isso, Paulo afirmava: “viver é Cristo, e morrer é lucro”. Viver e morrer faziam parte da mesma realidade. A razão pela qual vivemos é a morte, não como um fim em si, mas no sentido de que estamos em Cristo.

Paulo nos ensinava que estamos em Cristo, e nossa esperança hoje é vivermos para sempre. No entanto, a vida eterna não se trata apenas de existir perpetuamente, mas de existir na própria existência de Deus, desvanecendo a sensação de finitude. Assim como Cristo não teve um começo, e sua ressurreição nos mostra que ele não tem fim, assim é a nossa vida em Cristo.

 

A Jornada Entre o Eterno e o Temporal: Vivendo na Realidade de Deus

É certo de que existe sim um conflito  desafiador na vida, um embate entre o eterno e o temporal. Especialmente nos dias atuais, onde o curso das coisas contradiz a maneira bíblica de viver. Enquanto o mundo proclama a busca incessante pela felicidade, os cristãos compreendem que a verdadeira felicidade está em compreender que em Cristo a eternidade é uma realidade. A esperança nos auxilia a encontrar satisfação essencial nessa jornada. A felicidade não é encontrada quando tudo funciona conforme nossos desejos e quando somos constantemente gratificados, pois essa é uma esperança falsa.

O cristão não espera algo para ser feliz, ele já encontra a felicidade em Cristo. Não precisamos esperar alcançar empregos dos sonhos ou outros marcos para nos sentirmos realizados, pois já somos realizados em Cristo. Não precisamos correr atrás de uma vontade específica de Deus, pois já existimos dentro da vontade dEle. Portanto, não precisamos temer o erro, pois cada falha traz consigo uma dose de sabedoria. A esperança cristã é a essência da vida da igreja. Não pode haver expectativa de retorno sem eliminar essa sensação de finitude.

 

A Transformação da Insegurança pela Esperança

Por fim, esses extremos têm acompanhado a vida cristã por muito tempo. A vida não se resume apenas ao fim de tudo, nem apenas quando alcançamos as metas e objetivos que estabelecemos. No capítulo 3 de Filipenses, Paulo reconhece que as perdas são presentes necessários na vida do cristão, pois é nesses momentos que admitimos nossa total dependência de Deus.

Ignorar a realidade da segunda vinda de Jesus por medo é questionar a vida que estamos vivendo. Nossa existência não pode ser sustentada apenas por esperanças pessoais. O Espírito Santo está presente para nos ajudar a viver e compreender a dinâmica entre o eterno e o temporal de maneira íntegra.

Não há outra maneira de viver senão existindo na realidade de Deus. Portanto, devemos buscar a ajuda do Espírito Santo e clamar por Sua presença, a fim de manter a fé e a esperança em meio aos desafios da vida.

Sobre o autor

Angela Tartas

Angela Tartas é uma escritora apaixonada pelas escrituras. Dessa paixão, surgiu a vontade de dedicar parte do seu tempo ao estudo da Palavra. Ela foi aluna da nossa escola de teologia e ministério (ETM) e continua sua busca por mais conhecimento sobre o Eterno.

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