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As canções de adoração no futuro da Igreja

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestosApocalipse 15:3,4

Sempre que começamos a estudar o fim dos tempos (escatologia) devemos enfatizar a preeminência da revelação de Cristo no assunto. Talvez isso surpreenda você, porém este é um valor importante deste estudo. Concorda com isso, a primeira palavra da profecia que inclusive dá nome ao livro:

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer… Apocalipse 1:1

MATURAÇÃO DO CONHECIMENTO DE DEUS

Apocalipse, do grego, quer dizer exatamente isto: Revelação. Perdoem-me a repetição, mas: Revelação de JESUS CRISTO. Essa parte é bem importante, pois, ainda que aborde outras ‘revelações’ não é a revelação de eventos curiosos nem a revelação do Anticristo, em primeiro lugar, como alguns pensam e até chegam ao estudo com o intuito de saber.

Se pararmos para pensar, os cristãos, na maior parte da história, amam e adoram um Homem que eles nunca viram. E aleluia por isso! A Bíblia, de fato, nos chama de abençoados por esta razão (Jo 20:29). Semelhantemente, o mundo não O conhece, pois está oculto de seus olhos, visto que seu entendimento e olhos espirituais foram cegados pelo princípe desta era (2 Co 4:4).

Contudo, não será sempre assim. Desde Gênesis, o desejo de Deus é comunhão com a humanidade. Ele deseja habitar entre nós. 

(…) Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. Apocalipse 21:3

À medida que a história da humanidade e de Deus se desenrola, a revelação progressiva acontece. Estamos cada vez mais perto de conhecermos plenamente como 1 Coríntios 13 profetiza: Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente (…) 1 Coríntios 13:12

OS TEUS OLHOS VERÃO O REI NA SUA FORMOSURA… Isaías 33:17

Os planos de Deus para o fim desta era revelam também Quem Ele é, pois Deus não tem crise de identidade e função. Quem Ele é e o que Ele faz, estão em perfeita harmonia. Quando Ele age, nós podemos ver parte de quem Ele é; e ao olhar para os Seus atos, olhamos para o Seu coração.

Ora, adoração é concordar com quem Deus é. Deus não fica mais santo quando nós cantamos “Santo, Santo, Santo”. Antes, porque nós recebemos tal revelação respondemos apropriadamente com palavras e atitudes. Nesse sentido, o conhecimento de Deus é a plataforma da adoração. Não podemos adorar genuinamente e completamente quem não conhecemos.

Isso quer dizer que enquanto os planos de Deus são revelados à Igreja nos dias vindouros, a Igreja crescerá em entendimento e, por conseguinte, em adoração.

O QUE CANTAREMOS NO FIM DOS TEMPOS?

Embora existam muitos temas importantes na narrativa do fim, cabe a nós neste espaço destacar alguns. Qual é o conteúdo predominante de adoração no fim dos tempos. O que  as Escrituras dizem a esse respeito? 

Na verdade, já foi dada a dica para descobrir qual o assunto principal do fim dos tempos… 

Jesus! É claro… Afinal, Ele sempre vai ser o assunto principal… Para sempre!

Mas a Bíblia também nos dá outras dicas do porquê adoraremos Jesus no fim. 

Veja, o livro do Apocalipse faz muitas referências a história da Páscoa. No versículo em destaque (Ap 15) bem como no capítulo 5, Jesus é o Cordeiro que foi morto e os salvos cantam a canção de Moisés e o cântico do Cordeiro. A mensagem é esta: o que o Senhor fará no futuro tem a ver com o que Ele fez no êxodo do Egito ao livrar Seu povo Israel do Faraó por meio dos Seus julgamentos.

Vemos que esses temas se repetem ao longo de outras canções do fim: e eles cantavam um cântico novo:

Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Apocalipse 5:9

Em síntese, o que Deus começou lá atrás com Abraão e Moisés ao criar um povo para Si e ao fazer aliança e promessas, nós veremos Ele cumprir no futuro. Jesus tem esperado por mais de 4.000 anos para ser reconhecido como o Libertador de Israel e Rei das nações. 

Desta forma, quando Ele fizer o que sempre prometeu a Israel e quando Ele tomar as nações por direito, nós estaremos fascinados por:

  1. Sua fidelidade em manter a aliança e promessa através dos séculos; 
  2. A sua mansidão, amor e paciência em esperar o momento certo da história para agir;
  3. A liderança perfeita ao usar os meios menos severos para produzir o máximo de amor voluntário no coração do Seu povo;
  4. Sua justiça, ao não deixar o mal impune, mas ao julgá-lo eternamente.

Jesus é Aquele maior que Moisés derrotando o Faraó escatológico que é o Anticristo e nós cantaremos o que Moisés cantou em Êxodo 15 a nível global:

Então Moisés e os israelitas entoaram este cântico ao Senhor: “Cantarei ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro! Êxodo 15:1

 

CÂNTICO NOVO

Nas Escrituras, o que Israel e a Igreja vão cantar no fim dos tempos é chamado de cântico novo. Todas as vezes que este termo aparece, ele está relacionado ao fim.

Cantem ao Senhor um novo cântico, pois ele fez coisas maravilhosas; a sua mão direita e o seu braço santo lhe deram a vitória! O Senhor anunciou a sua vitória e revelou a sua justiça às nações. Ele se lembrou do seu amor leal e da sua fidelidade para com a casa de Israel; todos os confins da terra viram a vitória do nosso Deus. Salmos 98:1-3

Talvez isso decepcione alguns. Alguém poderia pensar: não seria mais animador se a resposta para a questão inicial fosse algo diferente nunca ouvido nem pensado antes?

Na verdade, o cântico novo não tem um conteúdo novo, mas é uma resposta ao agir de Deus naquele momento. O que o Senhor vai fazer? O que Ele sempre disse que ia fazer. O Cordeiro vai assumir o que é Seu por direito.

Cantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra(…) O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos. Por muito tempo me calei, estive em silêncio e me contive; mas agora darei gritos como a parturiente, e ao mesmo tempo ofegarei, e estarei esbaforido. Isaías 42:10-13, 14

Você quer adorar a Deus? A grandeza de Deus é revelada na música, e por isso, precisamos de músicos que amam a Deus, e captem o melhor que a música pode oferecer para glorificarmos a Deus.

É tão maravilhoso ouvir uma boa música, ser surpreendido por uma melodia diferente. Nossos ouvidos agradecem, e o coração fica mais terno. A técnica realmente pode nos surpreender nas mãos de um músico dedicado, e a humanidade agradece àqueles que decifraram a matemática da música, e continuam, até hoje, indo muito além do seu tempo.

Ao longo da história, notamos o avanço artístico e a transformação cultural, muitas vezes marcada por criatividades melódicas e rítmicas que perpetuaram pensamentos e lideraram gerações.

Por que a música é tão importante?

Nós somos seres artísticos e capazes de provar da música como qualidade de vida. Não só como bem-estar emocional, mas também, social, cognitivo, físico e mental. Somos capazes de conectar pessoas de diferentes línguas e fortalecer a unidade de uma comunidade inteira em um só pensamento.

Parece que tentamos tocar o invisível ao nos conectarmos com a música. Ela, de fato, incita a realidade da existência de algo superior. E é tão interessante que a história humana está repleta de diferentes culturas e, com isso, de possibilidades criativas. 

Nesse sentido, a música não é só a expressão humana individual e subjetiva, mas ela é muito poderosa numa geração. Ela é fonte de doutrinas religiosas, a propagação de uma cultura e do pensamento de uma geração. Fazer música é, praticamente, fazer religião.

E fazemos música, porque somos, também, seres religiosos.

A música faz parte do propósito divino

A Bíblia é repleta de música e adoração. Assim, quando fazemos música estamos diante da grandeza incompreensível de Deus. Davi declara que a grandeza de Deus é além do nosso entendimento, mas ele também diz que ela é comunicável (Salmos 145:4-6). Nisto, vemos que é possível comunicarmos a grandeza de Deus. A música é parte disso. É parte da inteligência divina. E produzir música é parte de ser humano.

Em virtude disso, a música, a arte e o conhecimento mostram a grandeza desse Deus. O quão rico é Deus, e como somos ricos quando reconhecemos essa grandeza e podemos, com as nossas habilidades, cooperar em reproduzir algo que seja bom, belo e nobre. Entendemos que tudo isso vem de Deus e é para Deus.

Podemos revelar a grandeza de Deus através da complexidade da música

Tendo em vista o propósito de Deus por meio da música, a multiplicidade das escalas entoadas na voz ou num instrumento parecem nos dizer que a inteligência e a complexidade não têm limites, assim como o nosso Criador. Desse modo, podemos nos encantar por descobrir frases, batidas ou improvisos novos na música, e perceber que Deus mesmo nos entrega à medida que buscamos encontrar.

Ademais, a tamanha inteligência de Deus de nos fazer seus, podemos imprimi-la na beleza da arte e na cultura, sendo seres humanos que amam a Deus e simplesmente se expressam. Certamente porque se expressam em adoração e criatividade, em razão do amor com que Deus nos amou.

Podemos comunicar como a vida vale a pena ser vivida, porque temos uma razão para cantar. Temos uma boa razão para fazermos música, porque temos um Deus que expressou o seu amor e interesse pela humanidade.

Nos foi dado um novo som a ser entoado e propagado

Deus ama músicos e artistas. E a Bíblia parece ter interesse que músicos sejam impactados pela grandeza de Deus. Eles podem viver tementes a Ele. E além disso, cientes de que Cristo irrompeu com barulho estrondoso o silêncio mórbido da distância que nos separava de Deus.

Nós músicos, podemos agora propagar uma canção diferente, de esperança. Podemos dizer como é o som da fé em Cristo Jesus e o eco da vida daqueles que vivem ao Seu lado. Podemos propagar o som das boas novas ao som redentor do novo e vivo caminho produzido pelo amor verdadeiro da cruz.

Originalmente publicado em 03 de abril de 2019

“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é como a pena de habilidoso escritor.” Salmos 45:1

Como compor a partir das Escrituras? O que devemos considerar ? Nesse texto vamos refletir sobre o processo criativo para compor canções bíblicas e compartilhar algumas dicas e instruções de como fazer isso.

Pontos que precisamos considerar ao compor canções baseadas na bíblia:

1) A Bíblia é a Palavra de Deus 

2 Timóteo 3.16-17 – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”.

2) Devemos fazer tudo para a glória de Deus, e a Palavra de Deus glorifica-o

Salmos 45.1 – “Com o coração vibrando de boas palavras recito os meus versos em honra do rei”.

3) Precisamos ter em mente que o nosso objetivo na composição é instruir uma geração/povo por meio da Teologia cantada

4) Quando compomos a partir da perspectiva bíblica, não corremos o risco de cantar emoções/sentimentos. Cantamos as verdades da Palavra de Deus.

Salmos 101.1 – “Cantarei a lealdade e a justiça. A ti, Senhor, cantarei louvores!”.

5) Utilize a Bíblia na prática

Seja coerente biblicamente, ou seja, fiel ao texto. Aborde o texto como um pregador o faria. Não economize tempo e energia, tenha comentários e uma bíblia de estudo, procure o que as palavras significam no original em grego ou hebraico.

Use o método de estudo indutivo, certificando-se de observar uma passagem ou história antes de saltar à interpretação ou aplicação. Ore para que o Espírito Santo lhe dê discernimento e entendimento. Medite. Lembre-se das advertências que a Bíblia dá àqueles que ensinam, porque – quer você goste ou não – sua música ensinará algo.

6) Seja criativo

É importante lembrar que não estamos falando sobre músicas para memorizar as Escrituras. Há permissão criativa para alterar um pouco o texto e escolher a melodia que melhor represente o significado e o sentimento da passagem bíblica.

Então, divirta-se com dispositivos literários como metáfora, personificação, paradoxo, e até mesmo alegoria. Experimente um ponto de vista diferente. Diga-a de uma forma diferente ou nova, e considere utilizar a linguagem moderna ou analogias.

7) Não desista: continue

Queremos te encorajar a criar o hábito de escrever canções baseadas nas Escrituras. Uma música bíblica é um sermão cantado e assim como acontece com as crianças, nós adultos podemos arraigar verdades eternas em nossos corações através dessas composições.

Há tesouros preciosos na Palavra. Tudo que você tem a fazer é apenas cavar. E enquanto você usa seus dons na
música e em composições para expor e ensinar a Palavra de Deus, o seu coração será transformado, a Igreja será encorajada e Deus será glorificado.

Se você quiser ler mais sobre o assunto, acompanhe as redes sociais da fhop music, clicando aqui.

Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas. Apocalipse 4:11

Há uma canção sendo entoada desde a eternidade diante do trono de Deus. Anjos, anciãos, seres viventes e todas as criaturas celestiais levantam suas vozes em reverência ao Deus não criado – o grande Eu Sou. E quão maravilhoso é saber que a nossa voz fraca pode se juntar a esse coro infindável! Isso mesmo, esse não é um mero convite… É uma santa convocação, pois fomos criados para declarar dia e noite que Ele é digno e santo. E fazer isso não apenas com os nossos lábios, mas com todo nosso entendimento.

Grande é o Senhor, e muito digno de louvor, e a sua grandeza inescrutável. Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciarão as tuas proezas. Salmos 145:3,4

Deus é digno 

Toda história da humanidade revela o desejo por algo que transcenda a materialidade e nos mostre que há um propósito maior para a existência. Buscamos algo que seja realmente valioso, digno de ser perseguido durante toda a vida. É somente quando nossos olhos encontram a beleza do Senhor que descobrimos o único tesouro capaz de preencher o nosso coração. Ele é mais desejável do que qualquer riqueza terrena.

Tudo em torno Dele

Deus não apenas merece toda glória, mas exige toda glória. Ele não precisa ser afirmado por nós, muito menos está carente de nosso louvor, mas como nosso Criador, nos conhece e sabe o propósito para o qual nós fomos formados. Quando não damos glória a Deus estamos indo contra a nossa própria natureza e, como consequência, elegendo ídolos de acordo com os desejos da nossa carne.

A centralidade de Deus desafia a nossa visão de mundo egocêntrica. Estamos acostumados a ouvir discursos antropocêntricos sobre o motivo do Senhor nos resgatar, mas a grande verdade é o motivo primário de todo o plano de Deus: a sua própria glória. Ele não é adaptável à nossa realidade, nós é que habitamos e pertencemos à realidade Dele. Nada do que fazemos está fora do seu domínio e absolutamente tudo gira em torno Dele.

Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis. Romanos 1:20

Tudo o que aquilo que admiramos e valorizamos no caráter de alguém, todos os traços de bondade, retidão e altruísmo, estão dispostos plenamente em Deus. Ele é a própria fonte de onde fluem todas as boas dádivas. Glorificar o Seu nome não significa torná-lo glorioso, significa reconhecer quem Ele é. Quando louvamos, o Espírito Santo ilumina os nossos olhos para conhecer a Deus, é como se posicionássemos o nosso coração como um telescópio e déssemos um zoom na beleza de Deus. É nesse momento em que nos damos conta do quão pequenos nós somos diante da majestade e da grandeza Dele.

Buscando a Deus

À medida que nós buscamos a Deus e o conhecemos, nosso entendimento é aprofundado e nossas emoções são afetadas. O ato invisível de experimentar a Deus com o nosso intelecto e as nossas afeições, precisa ser revelado de forma visível através da nossa adoração. É isso que faz os seres viventes e os anciãos ao olharem para o Cordeiro, eles contemplam Beleza e respondem prostrando-se a Ele.

“O canto cristão é o uso musical da voz para expressar verdades de acordo com a Palavra de Deus e sentimentos de acordo com a Sua dignidade.” John Piper

Se você acha que maturidade é não ser movido pela presença de Deus, observe esses seres que desde a eternidade tem os seus olhos postos Nele e mesmo assim não se cansam de admirar a sua glória em espanto. Eles não fazem isso para manter uma tradição celestial ou para bajular Aquele que está no trono, eles tremem e se ajoelham vez após vez em reconhecimento de quem Ele é. Não há ser nenhum nos céus ou na terra que permaneça neutro a quem Ele é. Se Ele faz derreter os montes com sua presença, o que seu sussurro não fará com alguém frágil e pequeno como eu?

Pois então que dia e noite, suba a Deus nossa adoração, aquele que é digno de tudo. Tudo vem Dele, tudo existe por meio Dele, tudo é para Ele.

A Ele pois seja a glória, para todo sempre, amém.

 

Originalmente publicado em 09 de outubro de 2019

Você algum dia escutou uma música e ficou maravilhado diante da beleza e profundidade daquela canção? Já ficou admirado diante de uma bela obra de arte, ou se emocionou durante uma leitura que tocou seu coração? Já ficou inspirado por uma trilha sonora de um filme? Se você respondeu “sim” para alguma dessas perguntas certamente você foi alcançado pelo poder que a arte tem de alcançar o coração e a alma do ser humano. Nós somos atraídos pela beleza, existe esse anseio dentro de nós pois toda beleza aponta para o Criador. 

“… Tuas obras são maravilhosas, tenho plena certeza disso”. (Sl. 139:14b) 

Quando Deus criou todas as coisas, Ele observou o seu resultado e viu que era bom. Você conhece alguma obra de arte tão maravilhosa quanto a própria criação? Então, Deus não fez um mundo meramente funcional, Ele desenhou e pintou algo belo que pudesse ser apreciado. Portanto, o mundo é colorido, ornamentado, provido de ordem e sentido; uma obra de arte que o Artista supremo fez para sua própria glória. Isso deve nos fazer refletir sobre a própria importância da arte que pode (e deve) ser utilizada para apontar para quem Deus é, trazendo glória a Ele. 

Francis Shaeffer em sua obra A arte e a Bíblia afirma o seguinte: 

“Como cristãos evangélicos tendemos a dar pouca importância à arte. Consideramos os outros aspectos da vida humana mais importantes. Apesar do nosso discurso constante sobre o senhorio de Cristo, limitamos sua atuação a uma pequena área da realidade. Não entendemos o conceito do senhorio de Cristo sobre a totalidade do ser humano e sobre todo o universo e não nos apropriamos das riquezas que a Bíblia oferece para nós mesmos, nossa vida e nossa cultura” (SHAEFFER, F., 2010, p. 16) 

A arte na Bíblia 

Podemos dizer que a própria Bíblia em si já é uma obra de arte. É um livro notável, rico em linguagem poética, vemos que a poesia ocupa pelo menos 30% da Bíblia. Então, além de ser uma obra de arte, este livro está repleto de menções a variados tipos de arte, dentre eles, poesia, música, dança e artes visuais. 

Francis Shaeffer também chama a atenção para o fato de que as artes visuais desempenharam um grande papel na construção do Tabernáculo (Êxodo 31:1-11) e sobre isso ele diz assim: 

“No Monte Sinai, Deus deu os Dez Mandamentos a Moisés e simultaneamente ordenou a Moisés que construisse o Tabernáculo utilizando quase toda forma de arte figurativa conhecida pelos homens (SHAEFFER, F., 2010, p. 21)

Nesse episódio fascinante da construção do Tabernáculo, Deus dá instruções detalhadas de como tudo deveria ser feito, os artistas que Ele capacitou para isso, dentre eles a Bíblia cita Bezalel (Êxodo 31:1-6), tiveram que colocar a “mão na massa” para esculpir, moldar, costurar, pintar, lavrar pedras, entalhar madeira e trabalhar em toda atividade artística. 

Todavia, algumas peças produzidas por esses homens não possuíam utilidade alguma, ou “razão pragmática” para estar ali, eram ornamentos. Algo interessante que Shaeffer também observou é que houve uma liberdade criativa nas representações que foram feitas de elementos da natureza: 

“Em toda a orla da sobrepeliz, farás romãs de estofo azul, e púrpura e carmesim; e campainhas de ouro no meio delas”. (Êxodo 28:33) 

Na natureza as romãs são vermelhas; mas essas deveriam ser azul, púrpura e carmesim. O azul, não é a cor natural de uma romã. Podemos ver aqui uma certa liberdade para se fazer algo a partir da natureza, que seja distinto dela. 

Além disso, a música também é mencionada frequentemente na Bíblia. Ao lermos os Salmos, veremos o tempo todo ordenanças para que o povo cante ao Senhor, mesmo na Sala do Trono, uma canção é entoada a Ele dia e noite (Apocalipse 5). Há também a música instrumental na Bíblia, há referências a momentos de interlúdio, e quais instrumentos eram utilizados, como por exemplo, harpa, lira, flauta, dentre outros instrumentos de percussão. 

Como adoramos a Deus através da arte? 

Primeiramente, precisamos nos lembrar que adoração é algo que envolve todo cotidiano daquele que é uma nova criatura. Então, adorar é reconhecer quem Deus é, submeter-se a Ele e encontrar prazer nele glorificando-o. Adoração é uma resposta ao entendimento de quem Ele é. 

Uma vez que o senhorio de Cristo envolve toda a cultura e a área da criatividade, para o cristão regenerado e vivendo sob a liderança do Espírito Santo, o senhorio de Cristo também inclui o interesse pela arte usando-a para glorificar a Deus. 

Assim, quando usamos nossa criatividade para criar algo belo, verdadeiro e bom (segundo os padrões de beleza, verdade e bondade bíblicos), estamos criando algo que aponta para a beleza do Criador, algo que o glorifica. Com vidas submissas a Ele,e tendo em mente as palavras de Paulo “…quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co 10:31) que possamos ser inspirados a produzir uma arte (qualquer que ela seja) que possa glorificar ao Senhor, e que aponte para as verdades belas e eternas de quem Ele é. 

Para saber mais sobre o assunto: 

A arte e a bíblia – Francis Shaeffer

O coração do artista – Rory Noland 

A arte não precisa de justificativa – Hans Rookmaaker

O que vem a sua mente quando você lê a palavra adoração no título desse texto? Músicas cristãs, um momento da liturgia do culto, práticas de vida cristã, enfim, inúmeras coisas remetem à adoração. Mas hoje quero ressaltar um aspecto da adoração, que talvez pouco lembramos. O seu papel em nossa santificação. Grave esse princípio: você se torna semelhante ao que adora.

O QUE É SANTIFICAÇÃO?

Deixe-me tirar algumas linhas para definirmos a santificação. A vida cristã se inicia na salvação – somos convencidos da necessidade de uma salvador e temos os olhos abertos para a verdade que Cristo é quem pode nos salvar. Logo em seguida somos justificados, esse é o momento que a obra da cruz paga o escrito de dívida que tínhamos com Deus e somos aceitos por Ele  na perspectiva do que nos tornaremos. A santificação é o meio do processo da jornada cristã, a maior parte do que conhecemos, enquanto estamos nessa terra e nesse corpo lutamos com a incompletude da obra. Mas sabemos que ela será completa quando finalmente formos glorificados (Fl 1:6).

De maneira rápida a santificação é o processo de nos tornarmos o que fomos criados para ser – segundo o apóstolo Paulo em Romanos: Deus […] os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho[…]” (Rm 8:29). Se pudesse definir santificação em uma frase seria: Santificação é o nosso processo de nos tornamos semelhantes a Jesus. 

A INIMIGA DA ADORAÇÃO

Na história do povo de Israel é possível ver uma advertência masiva de Deus ao seu povo a respeito da idolatria. Os ídolos insistiam em se colocar entre Deus e o seu povo e o Senhor  repudiava isso. Não é sábio olharmos para essas histórias e exortações autoconfiantes acreditando que a tendência idólatra da humanidade ficou para trás. Pelo contrário, a maldade e iniquidade só pioraram e vale pensar sobre nossa capacidade atualizada de produzir ídolos. 

O grande e primeiro mandamento carrega uma ordem que o precede: 

“‘Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor.’ Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.” (Dt 6:4,5)

Nosso passo em direção a Deus é também rejeitar os ídolos do coração e da cultura. Não há adoração e amor a Deus com um coração e afetos desintegrados. Certamente Ele não divide sua glória e seu trono. Exclusividade – esse é o seu desejo sobre o coração do homem. 

O DEUS CIUMENTO

A Bíblia o chama de Deus zeloso e ciumento – em algumas traduções (Ex 20.5, 34.14; Dt 4.24, 5.9). Mas o ciúme de Deus é diferente do ciúme do homem. Deus é ciumento sem ser possessivo, egoísta ou abusivo. Vamos diferenciá-los. O ciúme do homem é egoísta, ele pede exclusividade para seu próprio benefício, não priorizando o bem do outro. Em contrapartida, o ciúme de Deus é amor puro, ele define a exclusividade como padrão porque é nosso bem maior pertencer a Ele. Primordialmente somos desenhados para essa vida com o Criador, ou seja, seu ciúme se dedica a nos levar para nosso lugar original: Ele mesmo.

“Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes?” Tiago 4:5

“[…]pois o Senhor, o seu Deus, que está no meio de vocês, é Deus zeloso.” Deuteronômio 6:15

POR QUE DEUS ODEIA A IDOLATRIA?

 Por que Deus odeia tanto a idolatria? (Dt7:25) Com certeza, não é por algum motivo egoico. Ele não está com o ego ferido por não ser o centro das atenções. Primeiramente: Ele é o que é, isso basta. Ele é o Deus verdadeiro, nunca criado, eterno em todas as direções do tempo. Ele deve ser adorado porque Ele É o que É. 

Porém, um segundo motivo é o clímax desse texto: quando o homem adora outras coisas que não são  o Deus verdadeiro ele se torna semelhante a aberração, que é um deus criado pelo próprio homem. Nos tornamos iguais aquilo que adoramos. 

“Os ídolos deles, de prata e ouro, são feitos por mãos humanas. Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver; ouvidos, mas não podem ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro; têm mãos, mas nada podem apalpar, pés, mas não podem andar; nem emitem som algum com a garganta.  Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam.”  Salmos 115:4-8

A IDOLATRIA É DISFUNCIONAL

Um dos motivos que fazem da idolatria um pecado tão repugnante aos olhos do Deus verdadeiro, é que afasta a sua criação do molde original para qual foi criada. Por exemplo, de maneira visual imagine uma luva, qual a sua função? Sua forma foi feita para quê? Para ser usadas nas mãos, certo? Agora imagine que alguém tenta usar as luvas nos pés como meia, ou na cabeça como gorro. Algumas tensões acontecerão, o encaixe não será ideal e a estrutura será forçada até mesmo causar danos.

Assim somos nós na idolatria. Ela é agressiva e disfuncional ao nosso formato original. Nossa estrutura sofre a tensão, pode machucar e não faz sentido. Tal como uma luva criada para se conformar a forma de uma mão, nós somos  criados para Deus. E não encontraremos sentido e pertencimento longe dele. 

POR FIM

É por causa desse princípio que a adoração coopera com a santificação. Adoramos o que contemplamos e nos tornamos o que adoramos. Quer ser mais parecido com Jesus? Contemple-o. A contemplação gera a resposta apropriada: adoração. A adoração é responder a tudo o que Deus é com tudo o que somos.

O lugar de oração é a posição do coração com relação a Deus e é quando você entende que é para Ele, é por Ele. A palavra diz que Jesus ia para lugares distantes para falar com Deus. Ele se retirava da multidão para orar e os próprios discípulos pediram para ensiná-los a orar.

Quando iniciamos uma jornada de oração, logo aprendemos que Deus ama a constância, embora Ele saiba que somos pessoas, seres inconstantes, seres em que o tempo todo pensam em desistir. Mas mesmo assim Ele não desiste e ama toda e qualquer constância que existe nas intenções dos corações. 

É mais simples que se imagina

A jornada de oração não é algo super espiritual, super religioso, mas é bem prático, é o falar com Jesus, é o conversar com Ele. 

Paulo fala sobre orar sem cessar e isso pode ser uma realidade. Você pode agora mesmo fechar os olhos, ou mesmo mantê-los abertos, e orar ao Senhor em alta voz ou em pensamento. Você pode clamar por esperança, clamar por fortalecimento do homem interior, por fortalecimento. 

Saiba que quanto mais tempo você fica no secreto, orando, tendo tempo com o Senhor, mais reflete a glória de Deus. Jesus pregava isso para as multidões, então uma vida íntima é a chave da nossa geração para se parecer cada vez mais com Ele.

A videira verdadeira

Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.

Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados.
Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.
“Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço.
Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.
O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. João 15:5.7-12

Jesus é a videira

Podemos olhar grandes avivamentos e grandes momentos em que Deus tocou a Terra, mas não é preciso correr atrás disso, ou achar que Jesus só está ali. A verdade é que o Senhor tem levantado uma geração que não tem face e que aponta para Cristo e Ele faz um chamado para que essa geração o busque no lugar secreto, no lugar de intimidade com Deus, onde não se quer grandes palcos, onde não se quer ser famoso, mas o que importa é que Ele cresça. 

Ele é a videira e nós somos o ramos e vez após vez nós vamos ver Jesus falando para permanecermos nEle para darmos frutos. Permanecer nEle é manter uma conversa acontecendo o tempo todo, isso significa que a vida de oração não tem haver com um lugar, mas na verdade é sobre uma conversa entre você e Deus,e que nunca terá fim. Não tem haver com estar em um país específico, estar em uma sala de oração específica, estar em uma igreja específica, mas sim com o estado do coração de vez após vez, estar retornando para Ele e fazer com que essa conversa não termine e se torne um lugar de oração. 

 

Adoração não é apenas sobre as canções que cantamos, mas principalmente sobre a forma como vivemos. Você já deve ter ouvido falar que adoração é um estilo de vida e isso é realmente verdade.

Em Gênesis 22.1-10 lemos a história de Abraão e de como Deus o ordenou a ir a região de Moriá e que ali sacrificasse seu único filho Isaque como holocausto ao Senhor.  Foi nesse contexto que a palavra adorar apareceu pela primeira vez nas Escrituras.

“Disse ele a seus servos: Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorarmos, voltaremos.” Gênesis 22.5

Kay Arthur e Bob e Diane Vereen no livro “Vivendo uma vida de real adoração”, destacam que: “A palavra hebraica para adoração é shachah. Significa prostrar-se ou abaixar-se. É um termo comumente usado, no Velho Testamento, para indicar quando alguém se aproxima de Deus, para venerá-Lo, para honrá-Lo. A palavra, em português, origina-se do termo latim “adoratio” e significa a ação de adorar. Adorar a Deus é respeitá-Lo e honrá-Lo por quem Ele é.”

Você sabe o que a Bíblia diz sobre este tema? Já parou para meditar sobre isso? Neste devocional vamos estudar sobre alguns aspectos da adoração e como podemos responder biblicamente a  essa questão.

Adoração verdadeira requer amor de todo o coração

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 1 João 4:19

Quando pensamos em adoração, podemos imaginar milhares de pessoas com as mãos levantadas entoando hinos de louvor, choro, lágrimas e muito quebrantamento. Esses momentos de ajuntamento solene são especiais, mas é apenas parte do que podemos viver como adoradores. Antes de mais nada, adoração verdadeira requer amor de todo o coração. Não é isto que o primeiro mandamento exige? Amar a Deus sem limites?

“Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força.” Deuteronômio 6:4,5

O teólogo Russell Shedd afirma que: “Sem o incentivo do amor por Deus, o culto não passa de palha, pura “casca”, isento de qualquer valor.” Forte isto, não é mesmo? Deus sonda e conhece o nosso coração e mais do que expressões externas, nossa adoração precisa ser baseada em amor verdadeiro e profundo onde o nosso coração se abre diante do Senhor.

 “Portanto, circuncidem o coração de vocês e deixem de ser teimosos.” Deuteronômio 10:16

“Rasguem o coração, e não as suas roupas. Convertam-se ao Senhor, seu Deus, porque ele é bondoso e compassivo, tardio em irar-se e grande em misericórdia…” Joel 2:13

Quando Cristo se revela a nós, somos invadidos por gratidão por causa da salvação que encontramos nele. Esse amor crescente progride ao ponto de nos concentrarmos cada dia mais em sua beleza. Começamos pouco a pouco a compreender a profundidade dos salmos e muitas das orações feitas pelo Rei Davi se tornam as nossas.

“Ó Deus, tu és o meu Deus; eu te busco ansiosamente. A minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta e sem água. Salmos 63:1

Adoração verdadeira requer obediência radical

O fim principal do homem é adorar a Deus e gozá-Lo para sempre. É imprescindível compreender que isso implica em obedecê-lo. Uma das coisas que mais me confrontam no evangelho é como posso afirmar amar ao Senhor se eu não estiver disposta a obedecer a sua Palavra? A honrá-lo com a minha vida e as minhas decisões?

Não significa que não iremos cometer pecados, mas isso será apenas um acidente de percurso, não uma prática corriqueira em nossas vidas. “Jesus respondeu: — Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e o meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” João 14:23

Muitos irmãos nos inspiram pela obediência radical de suas vidas. Estão dispostos a enfrentar as maiores renúncias para viver para a glória de Deus. É o caso do general William Booth, por exemplo. O fundador do Exército da Salvação contou o segredo do seu “sucesso”, leia o que ele escreveu:

“Deus tem se apoderado de tudo que há em mim. Podem ter havido homens com maiores oportunidades, mas desde o dia em que os pobres de Londres dominaram meu coração e ganhei uma visão daquilo que Jesus Cristo podia fazer, determinei que Deus teria tudo o que houvesse em William Booth. Se há algum poder no Exército da Salvação, hoje, é porque Deus tem recebido toda adoração do meu coração, todo o poder da minha vontade e toda influência da minha vida.”

Isto é o que chamamos de adoração como estilo de vida. Não importa o tamanho dos desafios ou os medos que carregamos estamos totalmente disponíveis para dizer a Jesus: “Sim Senhor! Pode falar, estou ouvindo!”

Real adoração requer amor integral

Não basta amarmos a Deus de todo o coração, nossa mente e nossa força também devem estar voltados para o mesmo objetivo. *“Dianoia em grego significa a capacidade de pensar e refletir religiosamente”. Já “ (ischuos – força) implica em o corpo físico desenvolver sua capacidade, talento e força de ação.”

“Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e com toda a sua força.” Marcos 12:30

Adoração deve ocupar a mente e os nossos valores devem concordar com os valores de Deus. Além disso, adoração não é um ato separado do corpo, representa gastar a vida e a energia em expressões de lealdade ao Senhor com tudo o que temos e somos.

Todos os nossos “amores”, sejam eles: familiares, amigos, coisas e desejos próprios, têm que estar subordinados ao nosso afeto por Deus.

“Assim, pois, qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:33

Conclusão – Deus conhece o nosso coração

Cultuar com expressões externas, mas sem amor, pode até impressionar a homens, porém  não engana a Deus. Como descrito no Salmo 139, não há um lugar para onde fugir da presença de Deus e antes mesmo que a palavra nos chegue à boca, o Senhor já sabe o que vamos falar. 

Adoração não tem que ser fruto de partes de nós, mas de todo o nosso ser (coração, mente e força). Ela  não tem que acontecer apenas no culto de domingo ou nos ajuntamentos solenes, mas em nosso dia a dia, na casa, na rua e em tudo o que fizermos. 

 

fontes

Vivendo uma vida de real adoração – Kay Arthur e Bob e Diane Vereen

*Adoração Bíblica – Dr. Russell P. Shedd

Neste texto quero compartilhar com você um pouco sobre a história da mulher samaritana. O encontro que ela teve com Jesus e o que isso nos fala sobre adoração. 

O conceito da palavra adoração é ato ou efeito de adorar, render culto a alguém. 

Antes de tudo classifico essa parte das Escrituras como um dos  encontros poderosos que Jesus sempre proporcionou a muitos desconhecidos. Eles tiveram a graça de estar perto dele e ter suas vidas transformadas. 

Inesperadamente, a mulher samaritana foi ao poço de Jacó buscar água e encontrou o filho de Deus. 

Jesus sempre mostrou ao mundo que nos é necessário olhar além do que os nossos olhos podem ver. 

Sabe quando alguém nos pergunta se tudo está bem?! E respondemos que sim, mas na verdade nada está bem?! 

Nosso mestre é aquele que sempre sabe quando nada está bem.  Ele nos vê. 

O encontro marcado com o Eterno 

Jesus enxergou a mulher no poço em Samaria, Ele tinha um encontro marcado com ela. 

Era-lhe necessário passar por Samaria. Assim, chegou a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Havia ali o poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira do poço. Isto se deu por volta do meio-dia.Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: “Dê-me um pouco de água”. ( Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. ) A mulher samaritana lhe perguntou: “Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber? ” ( Pois os judeus não se dão bem com os samaritanos. )  João 4:4-9

E esta mulher tinha um encontro marcado com a salvação e a transformação de sua vida para sempre. 

Jesus lhe respondeu: “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva”. Disse a mulher: “O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? Acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado? ” Jesus respondeu: “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. João 4:9-14 

Uma revelação poderosa

Inegavelmente, com este encontro Jesus quebrou tabus, entre eles racial, social e religioso, conforme podemos observar no texto acima. 

Aliás, Jesus queria ensinar algo mais grandioso, Jesus transforma a vida da mulher samaritana e nos deixa um ensinamento poderoso. 

A mulher lhe disse: “Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água”. Ele lhe disse: “Vá, chame o seu marido e volte”. “Não tenho marido”, respondeu ela. Disse-lhe Jesus: “Você falou corretamente, dizendo que não tem marido.O fato é que você já teve cinco; e o homem com quem agora vive não é seu marido. O que você acabou de dizer é verdade”. Disse a mulher: “Senhor, vejo que é profeta. Nossos antepassados adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar”. Jesus declarou: “Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.  João 4:15-22

Verdadeiros adoradores 

Jesus revela que a mulher precisava de cura, mas Ele também revela algo muito maior. 

No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Disse a mulher: “Eu sei que o Messias ( chamado Cristo ) está para vir. Quando ele vier, explicará tudo para nós”.Então Jesus declarou: “Eu sou o Messias! Eu, que estou falando com você”.  João 4:23-26 

Creio que a mulher samaritana entendeu em profundidade o ato de adorar, pois o pouco que nos resta da sua história nos prova que ela adorou com tudo o que tinha.  A sua vida  apontou para Jesus, deu glória a Ele e o adorou. 

Ademais, a história do povo de Deus  é repleta  de homens e mulheres que entenderam que adorar a Deus é responder a tudo o que Ele é com tudo o que somos.

Surpreendentemente, essa mulher saiu de um lugar de vergonha para um lugar de adorar ao Senhor plenamente. 

Nós, os adoradores, precisamos entender que a nossa vida deve ser uma jornada de quem adora a Deus em plenitude. 

Muito além dos nossos cultos aos domingos, dos nossos limites, e das nossas forças. 

Adoradores verdadeiros, que O adoram porque este ato é voltar a essência do que fomos criados para ser: Aqueles que adoram a Deus por amor. 

 

Adoração – talvez a primeira imagem que vem à nossa mente sobre essa palavra, seja o momento do louvor na igreja. Eu não culparia ninguém por assim pensar, pois infelizmente é dessa maneira  que se tem falado sobre adoração por muito tempo. Mas eu quero convidá-los a ampliar o entendimento sobre adoração, pois ela envolve todo nosso cotidiano.

 O que não é a adoração

Para começarmos, tenha em mente que a adoração é algo que está relacionado com o adorador. Se não, trata-se apenas de uma atuação. A ação de adorar está enraizada na vida do adorador. Por isso, nossa adoração não é apenas no momento do louvor de um culto que frequentamos. 

 Jesus disse em Mateus 15:8 -9: “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão, me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens”. Note que é um contexto onde Jesus está falando da hipocrisia dos fariseus. Sendo assim, vamos a alguns pontos sobre o que não é adoração:

  1. Adoração não é atuação – não adianta apenas atuar no momento da adoração, se o seu coração não ama Aquele que você adora.
  2. Adoração não é uma sensação –  não é simplesmente uma sensação que podemos sentir em um culto. Na adoração falamos de nossa fé  e convicções. Na adoração declaramos a Glória de Deus. A adoração é feita com convicção.
  3.  Não é sobre um lugar específico – entendendo que a adoração envolve todo nosso cotidiano, logo, não é o lugar que faz a adoração ser verdadeira, mas sim a atitude do adorador. Por todas as nações e lugares a adoração se levantará. Já estamos vivendo isso. Jesus é o “lugar” onde os verdadeiros adoradores adoram a Deus.

Por isso, nosso amor a Deus deve ser com todo nosso coração, mente e força. Com tudo que somos, ou seja, mente, espírito e atitudes. E nós somos muito mais do que aquilo que demonstramos em algumas horas de culto. Nossa adoração é diária. Sendo assim, todo o contexto de nossa vida cotidiana importa para Deus.

O que é adoração

Já que nós vimos um pouco do que não é adoração, vamos pensar sobre o que ela é. Adorar é prestar um culto, expressar honra. Isso envolve orações, cânticos, o momento da ceia, o batismo, as celebrações, agradecimento e intercessões. Ou seja, tudo que já faz parte de nossa vida de devoção a Deus. Paulo escreveu sobre isso: Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co 10.31).

Na Confissão de fé de Westminster diz: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. Logo, nossa adoração é reconhecer, submeter e ter prazer na Glória de Deus. Sem um entendimento de Deus e sem adorá-lo dessa forma, tudo se torna superficial e monótono.

Mas a adoração é algo que faz parte de nós. Nascemos para isso. Se não adorarmos ao nosso criador, adoraremos outra coisa. Pense em pessoas em estádio de futebol ou em um concerto musical. Eles aplaudem, choram, gritam e se emocionam. Queremos adorar a algo, isso faz parte de nós. É por isso que a adoração envolve nosso cotidiano. Queremos render nossos melhores sentimentos e  expressar o que sentimos em nós quando algo captura nosso olhar.

Então, imagina quando chegar o dia em que veremos a plenitude da glória de Deus. Hoje nós vemos em partes, mas chegará o dia em que veremos como de fato ele é.  Por isso nós vivemos adoração nesta era, mas ainda não em plenitude. Esses anseios no mais profundo de nosso ser é o anseio por ver a glória do nosso criador.

Unidos em Adoração

Ademais, nossa adoração comunitária é muito importante. Pois, ela será um reflexo daquilo que fazemos individualmente no nosso cotidiano. Somos o corpo de Cristo quando estamos unidos. “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós”. Efésios 4:4-6.

Salmos nos diz que Deus é entronizado nos louvores do seu povo: “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores do teu povo”. Salmos 22:3. Juntos, nós somos a assembleia dos santos, o corpo unido de Cristo, sendo transformado, à medida que juntos compartilhamos nossa fé, devoção e adoração. Juntos crescemos em amor a Deus e em entendimento de quem Ele é por meio da sua Palavra.

Por isso, juntos em adoração no culto, por exemplo, estamos expressando e sendo conduzidos a Glorificar a Deus por todos os seus feitos na História. Mas, porque a adoração já envolve nosso cotidiano. Perceba, o Espírito Santo está se movendo por meio do corpo de Cristo, unido e enchendo à terra com  adoração Àquele que é digno. 

Que eu e você, possamos ter a compreensão de que a adoração faz parte da totalidade de nossas vidas. E que possamos viver de maneira a dar a Deus a adoração devida em nossas atitudes diárias. Importa que Ele cresça!

“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Colossenses 3.16).