Ezequias foi um dos homens mais retos que governou em Israel e seu exemplo nos ensina como responder diante da crise. Ele confiava inteiramente em Deus e tudo o que fazia, prosperava. Mas então ele adoece e a primeira coisa que ele faz, após a ordem de Deus para que a casa dele fosse posta em ordem, foi reconhecer que é um pecador e que não é merecedor de nenhuma das bênçãos do Senhor. Clamou principalmente pela misericórdia de Deus para que ele continuasse a viver. Deus ouviu e respondeu:
Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor. E disse: Ah! Senhor, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo. Isaías 38:1-3
O que Ezequias nos ensina
O primeiro passo daquilo que podemos aprender com Ezequias é que ele confiava em Deus e para confiar é necessário conhecer as pessoas e termos um nível de intimidade com elas, para que assim possamos chegar a um nível de confiança para revelar segredos. Para isso é necessário conquistar, mas para isso é preciso que haja um tempo de qualidade entre nós e Deus.
Ezequias sabia quem Deus era e por isso ele confiava plenamente naquilo que Ele fazia e na sua Palavra. Quando Ezequias recebe a sentença de que morreria, ele não foca nas circunstâncias, mas sim em voltar seu olhar para Deus.
O segundo passo é que sempre devemos nos colocar diante dEle com os nossos corações arrependidos, confiando que independente da circunstância devemos colocar o nosso foco em Cristo. É através do lugar de oração, que nos despimos de nós mesmos e somos levados a se desconectar das distrações e a somente fixar nossos olhos em Jesus, então conseguimos ouvir o que Ele quer nos revelar naquele momento, construindo assim um relacionamento de intimidade.
O terceiro passo é para que possamos viver de forma consciente de que Deus se importa e está presente em todos os momentos das nossas vidas e que devemos viver de maneira que o agrade, entendendo nosso papel nesta geração, porque Deus deseja sim responder ao clamor da sua igreja, mas enquanto não nos posicionarmos, nada vai acontecer.
Como devemos responder ao Senhor
Individualmente e também coletivamente – como corpo de Cristo – quando nos vemos em dias de crise e sofrimento, quando nos vemos diante de um cenário que muda todo o contexto social – nossas vidas e planos se mostram vulneráveis e tudo se torna incerto (trabalho, economias, saúde) – há somente uma coisa a ser feita: buscar ao Senhor em oração.
O comportamento natural seria questionar o porquê e tentar apresentar respostas. Porém, o Senhor tem mistérios ocultos que pertencem somente a Ele (Dt 29:29). Como Igreja, precisamos nos posicionar. À luz de tudo o que está acontecendo, nosso papel é voltar o rosto para o Senhor; voltar nossas casas para o lugar de oração. Essa deve ser a nossa primeira resposta a essa crise.
É no lugar de oração que o Senhor quer nos encontrar. Se não como comunidade reunida em um local físico, em nossas casas, em família. A soberania de Deus inclui as orações do Seu povo. Deus ouviu a oração de Ezequias e mudou o curso da história.
A Igreja precisa despertar para o lugar da oração
Se há um princípio que importa para o desenrolar dessa história, é que devemos nos posicionar e pedir a Deus por livramento, cura e misericórdia. Este é o primeiro instinto de um coração que ama a Deus.
O homem piedoso reconhece que é pecador e que não é merecedor de nenhuma das bençãos do Senhor. Por isso, com a consciência limpa, ele pode chegar em confiança diante do Pai, apresentando suas súplicas (2 Tm 4:7; Is 38:17).
Para enfrentarmos as crises, devemos viver de forma consciente diante de Deus, considerando nossos caminhos, revendo nossas atitudes e prioridades e fazendo uma autoanálise do nosso coração. Importa que vivamos de maneira que agrada ao Senhor.
Assim como Ezequias, precisamos entender nosso papel nesta geração, compreendendo que o plano divino ainda não chegou ao fim e que o Senhor deseja responder a um clamor da sua Igreja e operar em nosso meio e nas nações da Terra.
Então, vamos voltar nossos olhares para Cristo, com o coração arrependido e dispostos a ouvir o que Ele tem a nos ensinar neste tempo dentro de nós e através da nossa sociedade. Sabendo que Ele está sim presente em todos os momentos do nosso dia e que tudo que fazemos é uma forma de adoração, e que Ele quer sim responder às nossas orações, mas que precisamos confiar e depender totalmente dEle.