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Espera em meio ao caos

A espera pelo retorno de Cristo parece ainda mais longa diante das circunstâncias atuais. O mundo está em caos, a natureza geme e os homens são maus. “Quando Jesus tomará uma posição a respeito de tudo isto?” nos perguntamos. Quem sabe muitos já perderam a esperança na volta do Filho de Deus. Contudo, devemos aguardar persistentemente o retorno daquele que reinará com justiça!

Mais que qualquer outra geração esta é, sem dúvidas, imediatista. A geração do fast food, do macarrão instantâneo, do “pular anúncio”. Considerando isto, a espera pode representar perda de tempo. Mas a esse respeito – do retorno do Messias – a espera vem a ser sinônimo de tempo extra. Tempo para crer, para o arrependimento, para a propagação do evangelho, para o aperfeiçoamento da Sua igreja. Cristo voltará para uma noiva forte, sem mácula e conforme a sua imagem. O tempo é um presente da graça. A medida que a nossa fé é provada, fruto é gerado em nós para a glória de Deus.

“E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que os faça esperar? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc. 18.7-8)

A fé em meio a espera

Há duas mulheres que sabem bem o que é ansiar pela vinda de Jesus: Marta e Maria. Contemporânea do Salvador, Maria teve a oportunidade de manifestar sua devoção através de um bálsamo derramado sobre o Amado da sua alma. Como se fosse pouco, ainda secou-lhe os pés com seus cabelos.

Já dentre as preocupações de Marta estava a forma como arrumaria tudo para servir Jesus. Tão intimas, tão próximas e tão amadas por Ele, tanto quanto o irmão delas, Lázaro. Este mesmo, aquele que adoeceu logo quando Jesus não estava na cidade. (Entretanto, o fato de ele estar ausente não significava indiferença com o que estava acontecendo). As irmãs mandaram recado a Jesus informando que aquele a quem Ele amava estava enfermo; contudo, Jesus demorou um pouco mais que o esperado para vir. Ele sabia que esta enfermidade não tinha como objetivo a morte, mas a glória de Deus. Com o passar dos dias, essas amigas e seguidoras do Filho do Deus vivo foram surpreendidas com o abalo de sua fé. Lázaro morreu, e Jesus não chegou a tempo.

“Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” (Jo. 11.32)

Ele vem no tempo certo

Cristo, contudo, chegou no tempo certo para dar ainda maior glória a Deus. E o fez ressuscitando Lázaro quatro dias após sua morte. Alguns ainda retrucavam, questionando o motivo de Jesus não ter impedido que seu amigo morresse. Todavia, Cristo fez muito mais do que eles podiam imaginar. Apesar de estar correndo grande perigo ao se deslocar para a Judeia, onde pouco antes tentaram matá-lo, Ele foi. Pois Cristo não veio para fazer a sua própria vontade, mas a do Pai que lhe enviou. O propósito em toda a sua humanidade era glorificar a Deus. Por meio de milagres e maravilhas Ele O revelava ao mundo para que cressem e fossem salvos. Muito mais que Lázaro, certamente neste dia muitos outros receberam a vida!

Nos atentemos então para a esperança de que Cristo virá e não tardará! Somente o Pai sabe a hora, portanto não devemos desfalecer em meio a espera nem mesmo esquecer-nos das promessas feitas pelo Senhor. Fidelidade é parte de quem Deus é, e esta é a confiança que temos nele. Nossa esperança deve estar arraigada no amor do Aba, sabendo que Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam. O Filho voltará e vai reinar justamente, tendo todas as coisas sob a sua autoridade. Ele nos santifica hoje e nos glorificará juntamente com Ele, e viveremos com o nosso Resgatador para todo o sempre!

“Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória.”        (Ef. 1.11,13-14)

 

Sobre o autor

Priscila Paim

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