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Promessa Amorosa: lhes dou o Consolador

Estudo Bíblico

Jesus contou aos seus discípulos que iria partir. E disse que, quando isso ocorresse, eles não estariam sós. Então, o Senhor fez-lhes uma promessa amorosa, a que lhes daria o Consolador. Conhecemos a história descrita em João 16, e como Jesus já estava preparando os seus discípulos para tudo o que eles iriam sofrer. Veriam o Mestre ser pregado no madeiro. E, mesmo perseguidos, não ficariam órfãos.

“Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vos outros; se porém, eu for, eu vo-lo enviarei.” João 16.7

Mas, quem é esse Consolador que nos fora dado? Qual é a sua obra? Qual é o seu papel em nossas vidas? O Espírito Santo de Deus faz parte da Trindade. Ele habita em nós e nos ajuda em nossas fraquezas. Ele nos ensina a orar, nos revela o Pai e o Filho, Jesus.

O Espírito Santo

Falar sobre o Espírito Santo e sua obra tem gerado certa confusão ao longo do tempo e até mesmo divisões. Já vimos que o Espírito deu dons aos homens para gerar unidade e para um fim proveitoso. Aprender sobre a Terceira Pessoa da Trindade é algo que precisamos nos empenhar em fazer. Pois Sua obra é linda e nós devemos conhecê-lo.

Muitas vezes podemos sentir medo de que, manifestações “espirituais” sejam apenas emoções. Podemos temer o engano, as heresias e os exageros. É verdade que, muitas vezes, o verdadeiro se mistura com o falso, assim como o joio cresce com o trigo. É preciso discernimento do Espírito e este é mais um dom que Ele liberou sobre o seu povo. Então, uma vez mais, precisamos apelar para o Consolador.

Primeiro, devemos entender que o Espírito Santo é uma pessoa. Sendo assim, Ele não é uma coisa ou uma força. Ele tem características, emoções, personalidade e intelecto. A Bíblia fala sobre sua obra e quem Ele É. E nós precisamos ser estudiosos de Sua Pessoa. Ele faz parte da Trindade e também É Deus. Será que temos apagado o Espírito ou temos tido um relacionamento de amor com Ele?

O Espírito tem voz

Quando falamos que Espírito tem voz, não significa que ela seja sempre audível ou mesmo humana. Sendo assim, Ele se manifesta como quer. O que queremos dizer com isso, é que o Espírito fala. E, nós podemos ouvi-lo ou nos fecharmos. Podemos resistir a Ele pela dureza do nosso coração. Por causa dos nossos pecados, podemos apagá-lo. Mas, não podemos fugir d’Ele. Não podemos nos esconder.

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas…” Apocalipses 2.7

“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Salmos 139.7

No entanto, agimos como se pudéssemos nos esconder.  Contato, se aprendermos o caminho da humildade e chegarmos diante do Senhor independente das circunstâncias da vida. E  até mesmo das tentações enfrentadas. Vamos experimentar graça incomparável. E isso, muda toda nossa história.

O Espírito dá direção

No livro de Atos, podemos observar o Espírito sendo derramado sobre os homens de forma sobrenatural. Os discípulos e muitos outros seguidores de Jesus estavam em Jerusalém “esperando”, até que do alto fossem revestidos. Se moviam em oração e jejum. Sinais e maravilhas foram vivenciados por eles. Como resultado, o Evangelho estava sendo pregado entre aqueles povos.

Nesse ponto, observamos o Espírito dando direção clara a respeito da liderança da Igreja, em como deveriam se mover. Após um período de jejum, Barnabé e Saulo foram separados para a obra que estavam sendo chamados. Então, os discípulos impuseram as mãos sobre eles e os enviaram para a obra “missionária”.

“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra as que o tenho chamados. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” Atos 13.2

O Espírito é nosso ajudador

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossas fraquezas; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.” Romanos 8.26

Então, não é maravilhoso saber dessa verdade? Além de Jesus não ter nos deixados órfãos, nos deu o Consolador. Aquele que nos ajuda em nossas fraquezas. Quando o caminho se torna exaustivo, quando não temos mais forças para continuar. Quando, nem mesmo, temos palavras para orar. Porém, temos o Espírito Santo que nos ajuda. Que nos consola e que ora por nós.

Além disso, Ele não intercede de qualquer jeito. Se for preciso, até mesmo, intercede com gemidos. Nossa vida seria um tanto mais leve se observássemos essa realidade. Se nos colocássemos na posição de total dependência do Espírito santo. Muitas vezes, nos cansamos até a exaustão, porque tentamos lutar com nossas próprias forças. E somos esmagados pelos problemas. Pela luta contra o pecado. Pela vida.

É o Espírito que libera sobre nós a graça necessária para passarmos por qualquer tipo de luta nesta terra. Acima de tudo, não é pela nossa força, nem mesmo pelo nosso poder. Nós somos dependentes d’Ele e podemos experimentar consolo em meio às crises. Força e fé em meio aos desafios. Todo socorro vem d’Ele!

O Espírito dá Testemunho de Jesus

“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim.” João 16.26

O Espírito é que confirma a realidade de Jesus em nossos corações. Portanto, Ele é que nos faz ver a verdade sobre a Bíblia. Nos confirma a salvação e que somos amados pelo Pai. Que Jesus morreu pelos nossos pecados. Que todas as coisas foram criadas pelo poder da Palavra. Certamente, Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo. E todos os que são guiados por pelo Espírito são filhos de Deus.  

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” Romanos 8.14

Ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar

Assim como os discípulos, nós também, não fomos deixados sós. Jesus nos deixou o Consolador. E há uma promessa tão gentil e amorosa sobre nós, filhos. O Espírito não apenas nos consola, mas nos ensina todas as coisas. Você deseja conhecer mais o Espírito Santo? De Seus atributos e como ele age? Você deseja conhecer tudo com Ele? Ele quer nos ensinar. Eu quero aprender, e você?

“mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” João 14.26

Eu estava lendo a respeito de Ló esses dias… Você o conhece? Existem muitos personagens controversos na bíblia, mas esse consegue me deixar confusa todas as vezes que leio sua história. Já ouvi algumas pregações que destacavam suas falhas, li textos que exaltavam sua fidelidade e analisei sua história por diversos pontos de vista buscando um veredicto para sua vida quando finalmente me dei conta: nós não vivemos em um filme da Marvel!

Ok, pode ser que para você essa afirmação soe óbvia demais, ou completamente desconexa da história de Ló, então deixe-me explicar meu raciocínio. Enquanto lia percebi que estava, através da minha própria “sabedoria”, tentando determinar se Ló era herói ou vilão. Já havia feito isso tantas vezes antes de forma inconsciente que tornou-se natural. Davi? Herói. Saul? Vilão. José? Super-herói, seus irmãos? Bem, você entendeu…

Nem herói, nem vilão

Enquanto eu tentava julgar o seu caráter, pude ouvir a doce voz do Espírito Santo me lembrando que, assim como todos os homens na bíblia (exceto Jesus), Ló foi apenas um ser humano. E o que todos os seres humanos têm em comum? Todos pecaram, foram separados da glória de Deus e precisam desesperadamente de um herói. Por isso aquele que era desde o princípio, a própria essência de Deus, se fez carne e habitou entre nós e essa é uma história grande e gloriosa que nós já conhecemos.

Diferentemente de Jesus, Ló não tinha nada de super e com isso eu consigo me identificar facilmente. Olhando para cada ponto baixo de sua história, fui levada a pensar nas minhas próprias fraquezas e limitações e aceitar que, por mais que eu tente, também não sou uma heroína e esse é exatamente esse o ponto. Jesus não nos chamou para sermos super-heróis, muito pelo contrário, Ele conheceu a nossa humanidade e sabia que teríamos fraquezas.

O propósito das nossas fraquezas

Cada uma das nossas fraquezas pode expressar com eficiência a glória e soberania de Deus, revelar para aqueles que nos cercam, quem Ele é. Quando Sodoma e Gomorra foram destruídas, Ló não queria deixar sua cidade. Foi então necessário que um anjo viesse e o carregasse para fora. Por mais absurdo que pareça, essa é a primeira menção de misericórdia na bíblia.

A misericórdia é a essência de quem Deus é e Ele escolheu nos revelar isso através das falhas de um homem comum. Da mesma forma Ele nos chama a compreender que não sermos heróis, não nos faz vilões. Somos humanos. Quando aceitamos e encaramos os desafios que nos foram propostos nessa vida, abandonando a ideia de perfeição, um peso enorme é tirado das nossas costas e podemos expressar os atributos daquele que é o verdadeiro herói na nossa história.

Mas ele me disse: Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza;. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. 2 Coríntios 12:9,10

A Igreja de Jesus é o Corpo de Cristo na terra. Como corpo, precisamos viver em unidade, cumprindo o nosso chamado e propósito. Deus é extremamente criativo e já distribuiu muitos dons aos seus filhos. Cada um de nós carrega dentro de si essa realidade.

Leia comigo:

“Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando há um fim proveitoso.” I Coríntios 12.4-7

“Existem diferentes tipos de dons, mas o espírito é o mesmo. Existem várias formas de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversas maneiras de atuação, mas é o mesmo Deus que efetua tudo em todos. A cada um, contudo, é concedida a manifestação do Espírito, com a finalidade de que todos sejam beneficiados.” I Coríntios 12.4-7 King James

Os dons são diversos como é diversa a forma deles se manifestarem. Mesmo na multiplicidade de realizações e serviços, é o mesmo Espírito que efetua tudo em todos. E tudo isso para um fim proveitoso. Para que todos, no corpo de Cristo, obtenham benefícios.. Os nossos dons são de suma importância para abençoarmos e sermos abençoados mutuamente.

Dom da Graça: Cárisma

A palavra grega cárisma (plural carísmata), foi usada no Novo Testamento para dar nome aos diversos dons dados pelo Espírito Santo. No sentido bíblico, significa: “dom da graça”. Estes dons são distribuídos pelo Espírito como lhe apraz. É Dele, exclusivamente Dele o direito de decidir a quem vai outorgar cada dom.

Um dia, todos nós estaremos diante de Deus. E teremos que dar conta de como usamos o dom da graça que nos fora liberado. Podemos orar pelos dons que desejamos e devemos buscá-los com intensidade. Paulo mesmo esclarece essa verdade:

“Contudo, buscai com zelo os melhores dons.” I Coríntios 12.31

No entanto, se ficarmos insatisfeitos com os dons que possuímos ou sentirmos inveja dos  nossos irmãos pelos dons que eles possuem, com certeza estaremos pecando. Além disso, devemos respeitar essa diversidade do Espírito. Não precisamos dos mesmos dons, se não, Deus nos teria dado.

Deus tem um propósito

Qual o propósito de Deus em distribuir dons aos santos? O Senhor deseja que o Corpo de Cristo seja edificado e que alcancemos a estatura de Sua plenitude. Quando Jesus subiu às alturas, Ele levou todo o nosso cativeiro e concedeu dons aos homens. A Bíblia nos revela que alguns, Ele chamou para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres. Com o fim de aperfeiçoar os santos. Sim, este é o propósito de Deus: fortalecer a Igreja para que tenhamos a mesma estatura do Varão Perfeito.

“com o propósito de aperfeiçoar os santos para a obra do ministérios, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade,  atingindo a medida da estatura da plenitude de Cristo.” Efésios 4.12-13 King James

Dons do Espírito são concedidos para um fim proveitoso

Os dons Espirituais não devem ser usados para suprir nossas carências e desejos egoístas. Não devem ser aplicados para obtermos benefícios pessoais. Ao contrário, eles foram dados para servir ao próximo e encorajar aos que precisam de encorajamento. Da mesma forma, eles também foram concedidos para executar a obra do Pai com excelência.

Não fomos chamados para dividir o Corpo de Cristo e sim para promover unidade do Espírito pelo vínculo do amor. Nossa geração tem sido desafiada a se posicionar diante de Deus e dos homens. O Senhor quer contar conosco e podemos serví-lo de forma poderosa. Mas, precisamos estar alinhados com Seu coração.

Talvez, alguns tenham dúvidas a respeito dos dons Espirituais ou como identificá-los, não é mesmo? Quer saber mais sobre esse assunto? Então deixe-nos uma mensagem. Que o Espírito Santo possa nos revestir e nos usar conforme a sua vontade e para a sua honra!

As mais diversas áreas das ciências, a psicologia, sociologia, filosofia, o coaching concordarão comigo que a maneira que cremos determina a maneira como vivemos.  A nossa cosmovisão, ou seja, as lentes pelas quais lemos, vemos, e interpretamos a vida e a história da existência é um fator fundamental na vida de todo homem.

A boa notícia para nós cristãos (mesmo que não desfrutemos tanto), é que Deus se preocupou em construir um manual (Sl 119:4). Sim, algo que é tão eficaz para ser a lente que enxergamos toda a realidade (Sl 119:33,34). Se cremos que a bíblia é a palavra de Deus, também deveríamos crer que ela é a única forma de enxergarmos a realidade corretamente.

O que quero falar hoje é da forma como a Bíblia conta uma história que traz sentido a nossa visão e como podemos viver conhecendo isso. Na verdade estamos no meio dessa história, vamos nos encontrar nela.

A História de Deus

Porém, não a minha ou a sua história. Mas a história de Deus. Não fomos nós que O trouxemos para nossa história mas Ele que nos colocou na Dele. Acredite, conseguir se enxergar na história que o Inventor de toda a vida escreveu muda a nossa cosmovisão.

Assim, se pudéssemos imaginar como um grande livro no sumário dessa história veríamos quatro capítulos. Logo, tenha em mente que  toda a narrativa da Bíblia se desdobra dentro dessas quatro partes.

O primeiro se chama Criação. Fala do transbordar de amor de um Deus Trino e auto existente, que voluntariamente cria seres humanos, a sua imagem e semelhança. Criados para sua glória. Ele estabelece uma ordem em todas as coisas criadas e portanto é Senhor sobre tudo.

Então vem o segundo capítulo que é a Queda. O ser criado para governar e dominar o mundo como representante de Deus abre a porta ao pecado. Por meio disso entra todo tipo de desordem e deformação à imagem original criada.  E todas as coisas criadas sofrem o dano da entrada do pecado. Consequentemente relação do homem com Deus é bruscamente afetada. A própria natureza do homem é afetada; agora ele é feito pecador e culpado.

Desde então uma saudade é intrínseca no coração do homem. A saudade de sua condição original. A plenitude do relacionamento com o Criador. A completude do seu ser a imagem de Deus. Paulo diz que toda a criação geme por isso (Rm 8:22,23).

Nós estamos aqui: Redenção

Mas desde antes da fundação do mundo o plano de redenção já tinha sido estabelecido ( 1Pe 1:19,20).

[…] no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apc 13:8)

E esse é o terceiro capítulo dessa história: Redenção. É o plano de Deus de restabelecer a ordem de todas as coisas criadas. Trazer todas as coisas ao seu funcionamento correto e original.

Ele rapidamente após a queda revela seu compromisso de redenção, ainda em Gênesis 3 Ele promete por aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Ele tinha um compromisso com a sua criação. Sua criação não era um experimento que a queda o faria descarta ou abandonar o seu “novo projeto” falido.

Desde então toda a história de Israel, desde os pais da fé, toda a trajetória de Israel sinaliza uma história de redenção. O povo de Israel sabia o que eles estavam esperando: um Messias, que colocaria tudo em ordem novamente, que os redimiria. Resgataria o relacionamento e o funcionamento como era no jardim.

O ápice da história de redenção é o Criador voluntariamente se vestir da criação e vir pessoalmente resolver nosso problema por causa da queda. A cruz é o centro de nossa redenção.

Como viveremos então?

Sabendo que estamos envolvidos nesse momento de caminhar na redenção que há em Cristo. Como devemos viver?

Acredito que primeiramente gratos pela esperança fruto da obra de Jesus na cruz e sua ressurreição (Rm 7:23-24). Que graça nos foi dada de sermos perseguidos por Deus para sermos restaurados a uma condição que nem em nossos melhores desejos imaginaríamos.

Segundo, quanto temor essa consciência deve nos causar. A graça que nos foi imputada custou caro para Deus. O devemos obediência, compromisso e existência Nele. Paulo é tão claro que dispensa maiores explicações:

“E Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

A vida Nele é conhecer o Deus Verdadeiro que se fez revelado na face de Cristo (Jo 17:3). Para agradá-lo e honrá-lo é preciso conhecer os seus pensamentos. E ele tornou toda a iniciativa de se fazer conhecido por meio de sua Palavra especialmente.

O Fim

A terceira coisa que acredito que influencia nossa maneira de viver nos leva também a último momento dessa história. Isto é: podemos viver seguros que aquele que começou a obra em nós há de completá-la. E ele tem um prazo: até o Dia de Cristo.

A esperança que temos que tudo aquilo que já está por decreto redimido, será finalmente executado. Ainda não somos o que seremos um dia. A nossa redenção será completa, não mais lutaremos contra os efeitos da queda e do pecado. O processo de redenção terá o fim. E isso é a quarta e última parte da história de Deus: a Consumação.

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como Ele é. (1 Jo 3:2)

E quanto mais consciente da história, mais ansiamos e esperamos por esse dia. O reino de Deus em plenitude. Novos céus e nova terra. (Apc 21:1)

 O Deus Criador, Sustentador e Governador de Toda Realidade

Por fim, alimente algumas verdade sobre a existência hoje: Deus é soberano sobre TODA a realidade, Ele não é rei sobre o mundo espiritual apenas (leia Colossenses 1). Dessa mesma forma o plano de Deus é redimir e alcançar toda a realidade da sua vida e existência.

Quando você aceita entrar nessa história e passar a viver em Deus, a sua maneira de viver a vida entra em um processo de ser moldado e transformado a imagem de Cristo (Cl 3:10; Rm 8:29). Não só o seu espírito deve mudar e receber vida, mas seus relacionamentos com as pessoas, com o trabalho, com a sociedade, e com você mesmo deve mudar.

Esse é o seu plano e desejo desde o início e Ele vai cumprir por amor do Seu nome. Então acredite e esteja seguro para fundamentar sua vida nessas verdades.

 

Gosto de pensar em adoração como um convite. Um convite a se render. É semelhante a entrega que fazemos quando nos apaixonamos. Por exemplo, diante da possibilidade do amor, nos rendemos ou resistimos. Abrimos o coração ou o fechamos. Pois, não é como ser coagido por um bandido, alguém que vem para nos roubar. E, diante dessa arma apontada, não temos outra escolha, a não ser nos entregarmos. Quando reconhecemos quem Deus é e como somos dependentes Dele, adoramos com um coração sincero. Muitos Salmos expressam esse convite:

“Vinde, cantemos ao Senhor; jubilemos à rocha da nossa salvação. Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos. Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.” Salmos 95:1-6

No jardim Deus nos criou

Deus criou um jardim e dentro dele formou Adão e Eva. Pois, foram feitos a própria imagem e semelhança do Senhor. Na viração do dia, Ele estava ali, passeando e conversando“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia.” Gênesis 3.8a.

Em primeiro lugar, Deus os criou para Si, assim como também nos fez para o Seu deleite. Criou Adão e Eva para um relacionamento de profundo amor. O jardim, era para ser o lugar de comunhão, alegria e contentamento entre o homem e seu Senhor. Portanto, quando nos perguntam para que o homem foi criado? Podemos responder que o fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. Mas, você já imaginou: o que isso significa?

Quando  pensamos na palavra gozo, nos lembramos de intensa alegria,  um prazer sem igual. Deus nos criou para desfrutar de nós. E, para que nós, desfrutemos dele. Sendo assim, esse é o nosso chamado principal. Nosso fim em essência é  em Sua presença dia e noite. Sim, esse é nosso propósito aqui na terra: Viver em comunhão com o Senhor. Nos alegrar Nele. Caminharmos em obediência a sua Palavra, em fé e devoção. O convite de se render está lançado. 

Verdadeiros adoradores X falsos adoradores

Jesus ensinou a mulher no poço que Deus está a procura dos verdadeiros adoradores. Aqueles que adoram  ao Pai em “espírito e em verdade”. Se existe o verdadeiro, também existe o falso. Precisamos que Espírito Santo sonde os nossos corações. Ele esquadrinha e conhece nossas motivações. Lembra que Ele ensinou que não se trata de um lugar? Não é sobre um monte ou outro. Mas é sobre um coração quebrantado. Você também quer se render?

O Pai tem procurado adoradores que sejam verdadeiros. Homens e mulheres guiados pelo Espírito de Deus, cheios de autoridade e da Beleza de Jesus. Homens e mulheres que  resplandecem a glória do Pai. Que sejam cheios de de justiça e que manifestem os frutos do Espírito Santo. É mais do que palavras, são ações. Mais importante, não são apenas expressões externas, mas o fruto de mudanças interiores profundas. É o que chamamos de adoração como estilo de vida.

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4:23,24

O Canto das Estrelas

Não sei se você já teve a oportunidade de ver este vídeo no YouTube: “O Canto das Estrelas”. Sem dúvida é um dos meus preferidos. Pois, o Pastor Louie Giglio faz uma junção entre o canto de algumas estrelas (através de tecnologia apropriada é possível ouvir os sons que elas emitem). Então, ele acrescenta o canto das baleias. E, por último, adoração dos homens. Tudo isso porque Giglio ficou imaginando o que é estar no lugar de Deus por um minuto e escutar o que Ele escuta.

Jesus não está inseguro quanto a quem Ele É. Ele não precisa das nossas afirmações para demonstrar sua glória e poder. Ele nem mesmo precisa da nossa adoração. A verdade é que nós é que precisamos Dele. Nossa alma é que tem essa necessidade. Toda a natureza clama diante Dele, toda a natureza  adora. E nós, precisamos nos juntar a essa grande sinfonia. O se render está em nossas mãos.

“Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas alturas. Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos. Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão. Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos; Fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra; Montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; As feras e todos os gados, répteis e aves voadoras; Reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra; Moços e moças, velhos e crianças.” Salmos 148:1-12

Adoração como fruto do amor

Adoração precisa ser fruto de nosso reconhecimento da Divindade de Deus. Ele é Sublime e nós filhos amados. Fomos criados para Sua glória e para Seu amor. Adoração que não seja fruto do amor, é vazia. Torna-se apenas barulho. Sem essência.

Ou seja, que nossa adoração seja fruto do amor que Deus tem por nossas vidas. Acima de tudo, que seja a resposta por tudo o que o Senhor tem feito, por nós, em nós e no mundo. Pois, temos tantos motivos para sermos gratos, só precisamos nos lembrar. O Senhor é nosso Rochedo, é nossa força, a alegria da nossa salvação. Se render é nossa decisão.

Escrevamos nossos próprios Salmos. Sejamos agradecidos. Pois o Senhor é Bom e a Sua fidelidade dura para sempre! 

 

Crescer em amor  

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21

Todos nós precisamos ter uma visão de amadurecimento e para tanto, devemos permanecer fiéis na nossa busca por Deus. Jesus resumiu toda a Lei quando trouxe a visão do primeiro e do segundo mandamento e para sermos cristãos maduros, temos que estar conscientes da prioridade de vivermos diante do Senhor seguindo estes mandamentos. O texto de João 14:21 nos dá uma visão clara de como devemos amar a Deus. Nos mostra que nossa maior expressão de amor ao Senhor é guardarmos seus mandamentos e assim, nos parecermos com Jesus. Logo, o nosso desejo sincero de amar a Deus precisa evidenciar o nosso desejo de amadurecer.

Muitas vezes falta-nos entendimento sobre a graça, por isso deixamos que nossa vida diante de Deus se torne uma “lista” daquilo que podemos ou não fazer. E essa mentalidade deturpa nossa motivação nos levando a um lugar de justiça própria. Portanto, se olhamos para a Cruz e o amor de Cristo, percebemos que não podemos fazer nada para sermos aceitos e justificados. Pois, Ele é quem faz isso por nós, nos foi dado como um presente e a nossa justiça própria não pode nos levar a lugar algum.

Quando olhamos para o amor e o sacrifício de Cristo podemos reconhecer que precisamos Dele para nos aproximarmos de Deus. Logo, uma visão de amadurecimento não vem da nossa justiça própria. Mas, precisa vir a partir de um ponto onde desejamos responder ao amor Dele por nós. Porque só podemos amá-lo porque Ele nos amou primeiro.

Olhando para Ele

“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. ” Mateus 5:48

O Pai olha para nós e vê Jesus e a obra da salvação que Seu Filho realizou. Então, toda vez que me volto a Ele e me arrependo o Pai vê a perfeição. Através da revelação dessa verdade o Senhor nos convida a trilharmos esse caminho da perfeição. Pois, expressamos o amor a Deus quando posicionamos nosso coração buscando um lugar de obediência perfeita a Ele. É um convite de sermos perfeitos como Ele é. Em Salmos 36:9 vemos que olhar para a luz traz revelação e entendimento das áreas onde precisamos crescer.

A visão de guardar os ensinamentos de Deus gera impacto no céu. Podemos olhar para a vida de Enoque (Gn. 5:22), que, no meio de uma geração perversa, caminhou com Deus e O agradou, por isso, Deus o tomou para si. Enoque viveu sua vida de um modo que o céu sorriu para ele. Tornou-se um herói da fé e, assim como ele, devemos viver uma vida nessa visão de agradarmos a Deus, crescendo e sendo aperfeiçoados em nossa fé.

Desafios

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.” Tiago 1:25

Essa declaração nos dá uma perspectiva diferente sobre a tribulação. Mostra que os desafios devem ser encarados como uma oportunidade de sermos aperfeiçoados em nossa fé. As provações produzem profundidade em nossas vidas. Através delas nos tornamos cada vez mais parecidos com Cristo. E essa não é uma jornada que temos que encarar sozinhos, pois o Senhor nos chama a pedirmos por sabedoria. Desse modo, se não soubermos o que fazer em meio aos desafios podemos pedir que Ele nos mostre o caminho que devemos trilhar.

Um coração perseverante

“Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. ” Filipenses 3:1214

Precisamos viver com entendimento de que há uma recompensa eterna nos aguardando. Quando vierem as distrações, dificuldades e as dores, não devemos deixar que elas definam nossa jornada. Temos que prosseguir para o alvo. Olhando para o autor e consumador da nossa fé a fim de nos parecermos com Ele. A maior expressão de amor é ser provado, continuar prosseguindo e sair desse teste mais parecido com Jesus.

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2Timóteo 4:8

Paulo diz: “eu vivo uma vida de sabedoria, então há uma recompensa me esperando por causa da forma como eu vivi. Eu amei a Deus com todo meu coração, guardei Seus mandamentos, logo, a coroa da justiça está guardada.” Nossa vida deve ser  para agradar a Deus. É a opinião Dele que realmente importa. Estamos em uma jornada de amadurecimento e, é necessário, compreendermos o papel das tribulações e dificuldades nesse processo. Acima de tudo, precisamos nos lembrar de que nosso principal objetivo é amar a Deus de todo o nosso coração, alma, força e entendimento, entregando nossas vidas àquele que deu a Sua vida por nós.

Alguma vez já aconteceu de você estar orando e, de repente, sentir vontade de interceder pela vida de alguém? Ou quando aquilo que te incomoda na sociedade queima o seu coração e te faz clamar pela intervenção de Deus?

Muitas vezes, pensamos que nossas orações partem das nossas emoções, ou da nossa própria vontade para que algo aconteça. Na verdade, o Espírito Santo está nos levando a orar por aquilo que está no coração de Deus. O próprio Deus, mesmo tendo todo o poder, nos permite participar do que Ele já vai fazer. Nos levando a interceder para que Ele faça o que Ele prometeu. Pode parecer um pouco confuso, mas veja essa explicação:

“Os pensamentos de Deus expressos através da Palavra de Deus trazem o Espírito de Deus. Essas orações transcendem o tempo e a distância, e seu poder não pode ser contido ou retido. Quando os cristãos declaram a Palavra em concordância com Deus, até mesmo os lugares mais sombrios e impenetráveis são preenchidos com a luz do Espírito”. (Corey Russell, em Oração: por que nossas palavras importam para Deus?)

Simples e complexo

Então, a intercessão nada mais é do que declarar de volta para Deus aquilo que Ele já declarou na sua Palavra. Deus nos convida a fazer uma parceria com Ele através do Espírito Santo. Ele nos usa como instrumentos de intercessão nessa terra. É algo tão simples e tão complexo ao mesmo tempo, que muitas vezes não entendemos seu poder. Acabamos por desconsiderar a intercessão como algo que não vai surtir efeito. Ou a complicamos a um nível que não nos sentimos aptos a interceder. É simples: declarar e pedir pelo o que Ele já prometeu que vai fazer. Entretanto, é complexo, porque exige confiança de que Ele deseja que nós participemos do que Ele quer fazer.

Davi nos ensina sobre intercessão 

Já ouvimos muitas vezes sobre Davi ser “um homem segundo o coração de Deus”. Sempre relacionamos essa característica à sua intimidade com Deus. Realmente, Davi foi um dos poucos na Bíblia chamado de amigo de Deus. Entretanto, olhando para a história de Davi, vemos que suas orações estavam alinhadas com o que Deus desejava para o seu povo, e Ele se agradava disso. Não somente porque Davi era íntimo, mas porque essa intimidade o levava a se importar com as mesmas coisas que estavam no coração de Deus.

Entrar em parceria com Deus em intercessão é entender que Ele deseja que nós participemos da história que Ele está escrevendo na humanidade. E não estamos sozinhos nessa. O próprio Espírito Santo revela os desejos do coração do Pai aos nossos corações para estarmos alinhados com a Sua vontade.

A tentação como um presente 

“Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia. Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.”  1 Coríntios 10:12-13

Todas as vezes que pensamos em tentação, acreditamos que Deus está à parte disso, que talvez ele não faça nada a respeito pois sabemos que a tentação vem do diabo, segundo as nossas próprias fraquezas carnais (Tiago 1:13-15).

Deus pode não nos tentar, mas Ele cria possibilidades para a tentação. Quem plantou a árvore do conhecimento do bem e do mal no jardim? O próprio Deus. Quem levou Jesus para ser tentado no deserto? Deus. Quando lemos Coríntios, vemos que com a tentação Deus provê o escape; portanto, podemos dizer que a tentação é um presente para o cristão. Ele não faz para produzir o mal, mas para trabalhar algo dentro de nós. Ele deseja construir algo em nosso caráter que não é possível fazer fora da tentação.

Na jornada da vida cristã aprendemos de diversas formas, mas existe uma etapa que só aprendemos diante da tentação. Todo cristão terá que passar por isso, por esse caminho de aprendizado onde obediência e paciência são formadas em nós.

Produzindo resistência

Nem sempre a provação vem com tentação; Deus muitas vezes nos prova, e isso pode ou não, envolver tentação. Satanás nos tenta para nos derrubar, nos enfraquecer e não para trazer um ensino sobre algo; mas está dentro do plano de Deus o produzir em nós um caráter aprovado através disso, que seja capaz de resistir. Resistência será produzido em nós em meio à tentação.

Deus deseja produzir em nós a humanidade perfeita de Jesus, e isso custa caro. Estar em Jesus não significa pular etapas, pegar atalhos. Estar em Jesus significa passar pelo que ele passou, pelo mesmo caminho. Tentação, cruz e ressurreição. Para poder resolver as situações não existe atalhos. Jesus venceu onde Adão falhou, praticamente no mesmo ponto. Então se existe a possibilidade da tentação, em Jesus existe a possibilidade de vencer a tentação. A vitória de Jesus sobre a tentação nos ajuda a nos posicionarmos para ver a tentação como um presente.

Vencendo uma etapa

Algumas pessoas pensam que ao vencer a tentação irão eliminá-la para sempre, porém ela é apenas uma etapa a ser vencida. Não se vence a tentação apenas repreendendo a mente, nem com ações místicas ou “atos proféticos”.

“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.

Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.” Gênesis 3:1-7 

O desejo

Esta é a narrativa da queda, onde algo mudou a perspectiva deles. Aquela que era apenas mais uma dentre todas as árvores do jardim agora se tornou desejável. Satanás sempre usará desejos, sentimentos legítimos para mudar perspectivas sobre as situações. O pecado é resultado de um pensamento torto, uma mentalidade errada que pode gerar uma crise de confiança. Quando cedemos a uma tentação cedemos também à crise da confiança.

Na narrativa da queda podemos observar como a serpente muda a perspectiva de Eva sobre a situação. Deus começa com uma afirmação: “De todas as árvores podereis comer…”. A serpente começa de outra forma: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore…”; ela começa logo com uma negação, conseguindo assim, mudar a visão de Eva. Agora ela não vê mais 499 árvores, ela só consegue ver que não possui 500. Mudou a visão. Não importa todas as outras árvores do jardim, só importa que não pode ter essa. A serpente conseguiu capturar a atenção de Eva com a verdade de Deus passada pelo filtro da falta. O foco está justamente naquela que não pode comer e isso se torna desejável.

A mudança de perspectiva

A voz da tentação começa com a negação e muda a nossa perspectiva. Não é com grandes mentiras, mas com a distorção da verdade que se da a tentação; e quando a verdade é distorcida, também acontece uma distorção da nossa perspectiva da realidade; e assim gera o primeiro gatilho da tentação dentro de nós, a ingratidão. Não somos gratos por 499, pois precisamos de 500. Nos sentimos prejudicados, pois vemos a vida e a realidade pela perspectiva da falta. Não vemos mais o que nos foi dado, apenas vemos o que está faltando.

Olhando para Jesus

Para vencer a tentação precisamos olhar para Jesus. No deserto, Ele mesmo foi tentado em Sua identidade quando satanás sugere que Ele transforme pedra em pão. Ele poderia ter duvidado de quem Ele era. Geralmente somos tentados a duvidar da nossa identidade em Deus, daquilo que Ele afirmou sobre nós. Jesus nos ensina que a voz do caráter de Deus deve ser maior que a voz da carência.

É comum na jornada cristã nós tropeçarmos ou até cairmos, mas precisamos nos posicionar para vencer. Nós vencemos a tentação entendendo que o que está em jogo não é o que estamos fazendo, mas quem somos em Deus e quem Ele é para nós. Na tentação, a única forma é vencer a carência é com a voz do caráter de Deus revelado nas escrituras.

Na era da informação somos bombardeados por todos os tipos de notícias e também, veiculamos algumas. Contudo, fomos convocados a portar “a boa notícia”. Comissionados a propagá-la por toda a terra e a todos os povos. Infelizmente esta mensagem cheia de esperança e alegria tem sido por muitos distorcida. Como uma “fake news” do evangelho, não cumprindo assim o propósito pelo qual foi enviada. Se é a verdade que liberta, então que ela seja dita!

O termo “Fake News” tem sido bastante frequente no vocabulário atual. Essa expressão tem como objetivo definir uma notícia falsa, como a própria tradução das palavras indica. Esta pode ser uma completa “invenção”, mais conhecida como “boato”; pode também ser algo em parte verídico publicado absolutamente fora de contexto, gerando um entendimento equivocado dos fatos.

A palavra de Deus contrapõe tudo isso, ela é viva e eficaz, real e verdadeira e deve ser anunciada tal como é. Fomos designados a espalhar a chegada do Reino dos céus por meio de Cristo Jesus, a justificação por meio da fé no Filho de Deus, o perdão dos pecados através do arrependimento. Porém, nem sempre essa é a centralidade da pregação da igreja, e este é um perigo que percorre desde sempre a história: as heresias. Não queremos ser considerados hereges, de maneira alguma, mas será que não temos contrariado algumas verdades bíblicas contando-as de forma inverídica?

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.” (Gálatas 1:6-7)

Muitos rejeitam as boas novas por não lhe serem contadas como “boas”

Ouvimos constantemente: “Deus quer que você seja feliz, então vá em frente e siga o seu coração”; “Venha pra Jesus e seus problemas terão fim”; “Dê todos os seus bens e Deus vai te prosperar”, enfim, a palavra de Deus tem sido manipulada conforme a vontade humana. Sabemos que, verdadeiramente, o Senhor deseja que sejamos felizes, prósperos e que tenhamos paz, mas não à qualquer custo. Pois Ele pagou alto preço para que, por meio de Cristo, a nossa alegria fosse completa, a paz não fosse passageira e a abundância fosse plena.

Há quem atribua a Deus palavras que nunca foram ditas por Ele, ou usem as que Ele disse de maneira errônea. Satanás fez isto quando tentou Jesus no deserto: usou as escrituras para induzi-lo a fazer a sua vontade; contudo, a própria verdade estava ali e não seria enganada (Lucas 4:9-13).

Muitos rejeitam as boas novas por não lhe serem contadas como “boas”. São compartilhadas apenas regras, como se segui-las simplesmente fosse a conversão. Porém, a verdade é que aquele que crer que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, será salvo através da graça, dom gratuito de Deus; este receberá o Espírito Santo que o convencerá do pecado, da justiça e do juízo e o capacitará a caminhar conforme a vontade do Pai (João 16:8-11).

A verdade do evangelho

“Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”  Gálatas 1:10-12

É preciso que estejamos comprometidos com a verdade do evangelho; que zelemos pela manutenção da palavra imutável de Deus. Cristo morreu pra que também crucifiquemos a nossa carne e vivamos de acordo com Ele aqui e recebamos a recompensa da fé: a vida eterna para conhecê-lo (João 17:3).

Que possamos viver e proclamar a verdade do evangelho, contar as boas novas de salvação que nos alcançou e que é ilimitada para resgatar a todos os que precisam de redenção.

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6

Na vida cristã coisa alguma é tão importante quanto à maneira como nos aproximamos da Bíblia e a lemos. Ela é o nosso manual de instrução, a nossa fonte informativa e a nossa autoridade.

Entretanto, muitas vezes estamos sentados com a bíblia aberta à nossa frente lendo suas palavras, porém, podemos estar tirando conclusões erradas a cerca dela.

Outra tendência é aproximarmo-nos  da Bíblia armados de alguma teoria. Consequentemente tudo o que lemos é controlado por tal ideia. Dessa forma tentamos aplicá-las e respaldá-las de qualquer maneira através das escrituras. Por que falar disso?

Ora se a bíblia é o nosso manual de instrução e estamos interpretando-a errado, por vez nossa vida diária, nosso modo de pensar e nossas atitudes estão desalinhadas com a verdade.Precisamos está sempre vigilante a esse respeito, não há nada tão perigoso.

Consequência da má interpretação

Um exemplo claro de como esse perigo se manifesta é como definimos graça. Veremos como a má definição de graça nos influência na nossa conduta Cristã.

Graça significa favor imerecido. E os versículos bíblicos nos asseguram que a graça é o único meio pelo qual podemos ser salvos e justificados. Podemos ver em Efésios 2:8-9 – “Pois vocês são salvos pela graça”; Romanos 2: 24 – “Sendo justificados gratuitamente por sua graça”, Tito 2:11 – “Porque a graça de Deus se manifestou”. A Bíblia é bem clara em dizer que a causa da salvação e justificação não está no homem, mas em Deus. Não está no mérito do homem, mas na graça de Deus.

No entanto, a forma mais aproximada que temos definido graça se assemelha ao que o autor Dietrich Bonhoeffer trouxe em uma das suas obras que é a definição de Graça Barata. Para o autor “o Cristão ao olhar para escrituras considera a graça o meio para justificar o pecado e não o pecador”. O convite aqui é sentir-se confortado e seguro.

O perigo é que pecamos e ostentamos está sob uma ‘graça’.  E por estarmos sob esta ‘graça’ está tudo bem nada precisa mudar, tudo pode permanecer como está e nós cristãos podemos, então, viver como quisermos.

A consequência disso é que não nos atrevemos a viver uma vida diferente. Assim, instituímos uma nova forma de sermos obediente aos mandamentos de Jesus. E acredite, nossa tendência é outorgamos a nós mesmo essa graça.

Graça Preciosa

Mais o autor Dietrich Bonhoeffer também fala sobre a Graça Preciosa ao qual ele chama de tesouro oculto no campo, pelo qual o ser humano vende feliz tudo o que possui para possui-la (Mateus 13:44).

É preciosa porque custa a vida ao ser humano, é graça pois só assim dá vida ao ser humano, é preciosa porque condena o pecado; é graça porque justifica, perdoa o pecador. É preciosa porque submete o ser humano ao jugo do discipulado de Jesus. É preciosa sobretudo porque foi preciosa para Deus, porque lhe custou a vida de seu filho e portanto não pode ser barato para nós o que custou caro para Deus.

E foi essa graça que chamou homens e mulheres que estão descritos na bíblia, seja Pedro, João á comunhão, ao martírio. Lembra da mulher pega em adultério? (João 8) Foi por meio dessa graça que todos os seus pecados foram perdoados. E ela pode ouvir: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Eu também não a condeno. Vai e abandone sua vida de pecado.

Entender corretamente para obedecer corretamente

Como enfrentar o problema da má interpretação bíblica? Se esvazie. Examine as escrituras, gaste tempo lendo-a, considere o contexto, o cenário histórico, para quem e onde foi escrito, use ferramentas, dicionários, comentários bíblicos que te ajudarão a fazer uma boa interpretação, faça perguntas ao texto, “por que?”, “Como?”. Peça auxilio ao Espirito Santo, converse com Deus sobre as suas palavras. Ame as escrituras e honre que está escrito nela e bem- aventurado serás.

Duvide de interpretações que te fazem acreditar que o evangelho não é mais um convite a negar a si mesmo. Ou um convite para tomar a sua cruz ou para ser santo porque Ele é santo. A porta continua estreita, o caminho continua apertado. O reino ainda é dos mansos, humildes, pobres de espírito e limpos de coração.

E a boa notícia aqui é que apenas por meio da graça podemos viver uma vida em obediência e submissão a Cristo. A escolha final é sempre a escolha entre agradarmos a nós mesmos e agradar a Deus. Vivamos tão somente para agradá-lo!

 

Escrito por: Jéssica Gotelip – Facilitadora Fhop School