Neste mês aqui no Blog, temos conversado sobre o nosso DNA, quem somos e quais os motivos para fazer o que fazemos. Me pego revisitando a história e lembro do primeiro texto que escrevi neste espaço, ele fala do Amor Voluntário da Noiva.
Abro o site e leio o texto produzido há mais de seis anos. Muitas coisas aconteceram ao longo do tempo e esta história de amor continua a crescer. O amor de uma noiva para com o noivo, o amor da Igreja pelo seu Senhor.
O clamor da noiva apaixonada
“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas.” Cânticos 8.6
Uma noiva apaixonada deseja o noivo sempre por perto. Se o noivo precisar se ausentar, ela não irá se conformar com a distância. Sente saudade que dilacera a alma. Pois, seu amor é como o fogo, é como intensas labaredas. Este amor não é passageiro ou superficial, é um amor que conduz ao compromisso mesmo em meio a necessidade de espera. Ela clama para que o noivo volte e permaneça eternamente ao seu lado.
O noivo lhe fez um pedido. Que ela o tenha como um selo em seu coração. O selo era um sinete feito de metal ou de pedra usado em torno do pescoço (sobre o coração) ou do braço. Podemos ler em Gênesis 38.18ª um trechinho da história de Judá e Tamar a respeito desse ornamento: “Respondeu ele: Que penhor te darei? Ela disse: O teu selo, o teu cordão…”.
A noiva transborda de amor e mantém a esperança de que o noivo logo retornará. Mas, ela não fica passiva, parada, esperando que o acaso o traga para casa. Doente de amor ela se prepara com seus enfeites e perfumes. E é intencional em espalhar sua mensagem. Ela quer que todos saibam que seu coração pertence ao amado de sua alma.
“Filhas de Jerusalém, jurem: se encontrarem o meu amado, digam que estou morrendo de amor.” Cânticos 5:8.
O casamento
Talvez você esteja ou já esteve apaixonado. Consegue se lembrar de como é a sensação? Do sentimento de que nada mais importa do que estar nos braços do seu amor e desfrutá-lo com intensidade e prazer? Quando se está perto o tempo passa rapidamente. Porém, quando se está distante é como uma cena em câmera lenta, isso sem falar na perda do apetite. Não se pensa em outra coisa, se não no objeto de devoção.
A Bíblia enfatiza a analogia do casamento, a Igreja é a Noiva que se casará com Cristo, o Noivo. Ela sente saudade, se prepara para o casamento, é intencional em sua forma de viver. Ela espera pelo amado de sua alma e conta a todas as Nações a mensagem do amor de Deus pelos pecadores. Enquanto espera, ela se junta ao Espírito e clama para que o Noivo venha.
“O Espírito e a noiva dizem: — Vem…” Apocalipse 22.17
Mas como se preparar?
“Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão.” Mateus 9:15
A Igreja apaixonada ama a Deus de todo o coração e acima de qualquer coisa. Por isso oramos dia e noite e por isso jejuamos e nos preparamos para as bodas do Cordeiro. Pois, queremos ser como as virgens prudentes da Parábola contada por Jesus. As insensatas possuíam lamparinas, mas o óleo não era suficiente para uma espera um pouco mais demorada. As prudentes, porém, além de suas candeias, tinham porções a mais de óleo, suficientes mesmo que o noivo demorasse. (Mateus 25.1-13).
“Amarás o Senhor, o teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.” Marcos 12.30
Acima de qualquer ato religioso, a Igreja do Final dos Tempos será extremamente amorosa. Em primeiro lugar para com Deus e depois para com o próximo. E aqui não falo de placas denominacionais e instituições organizadas, mas de uma Igreja invisível espalhada pela face da terra. Igreja a qual as portas do inferno não subsistirá (Mateus 16.18).
Como povo de Deus, nosso chamado é viver o primeiro mandamento, amar a Deus acima de todas as coisas. E este é um dos preceitos do porquê somos Casa de Oração. Como noiva de Cristo, amamos o Senhor sem reservas, entendendo o nosso papel e propósito e clamamos pela sua volta. Uma coisa é certa. A história não acabou e no final teremos um casamento.