Desde o começo de sua jornada, Jesus obedeceu aos mandamentos, se submeteu a todas as profecias, cumpriu toda a justiça. Na ocasião de seu batismo, João tentou dissuadí-lo a não batizá-lo, pois sabia desde o ventre quem Jesus era e não se achava digno desse papel. Antes era ele quem desejava ser batizado por Jesus. Nessa ocasião, vemos os céus abertos e o Espírito de Deus descendo como pomba, e altaneiramente a voz do Pai troveja: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3.17)
Deus manifesta todo amor pelo Filho afirmando sua identidade, afirmando o prazer e alegria que Ele tinha em Jesus. Da mesma forma somos filhos amados do Pai, fomos feitos filhos, mas quando Ele nos olha, quem Ele vê? Há nele o mesmo prazer?
O objetivo destas perguntas não é trazer nenhum julgo sobre nós. O que nos faz filhos é o simples fato de que Ele nos adotou através de Jesus. Não existe nada que possa nos separar desse amor, não há nada que façamos ou deixamos de fazer para aumentar tal amor. Mas é importante entendermos que dar prazer ao coração do Pai é uma resposta pessoal e individual que acontece quando escolhemos viver um estilo de vida de obediência, assim como Jesus.
Se observarmos profundamente as histórias narradas nos Evangelhos, podemos perceber que nem mesmo a religião é o que dá prazer a Deus, afinal, ninguém cumpria mais a lei que os fariseus. Eles eram tão zelosos, ainda assim, lhes faltava algo a compreender sobre o amor do Pai. Isso significa que não é apenas uma lista de regras a cumprir ou uma questão somente de erros e acertos. O Pai já te ama do jeito que você é e cada um de nós tem uma fórmula certa de darmos prazer a Ele. Lhe damos prazer quando escolhemos responder ao seu amor.
Damos prazer ao Pai quando escolhemos confiar mesmo sem compreender o que Ele está fazendo em nossa jornada. Damos prazer ao Pai quando, em meio ao medo e as nossas inseguranças, nós escolhemos buscá-lo com um sacrifício de louvor em nossos lábios. Damos prazer ao Pai quando mesmo que as promessas pareçam distantes, nós esperamos contra a esperança. Há tantas formas de dar prazer ao Pai, mas isso acontece sobretudo quando decidimos responder ao seu amor mesmo sem merecermos e simplesmente o aceitamos sem desistir de caminhar com Ele.
Que sejamos aqueles a quem o Pai diz: Filho amado, você me dá muito prazer!