Você já teve a sensação que Deus estivesse gerando algo dentro de você, mas não sabe ou não têm palavras que possam expressar de forma clara esse sentimento? Mas o sentimento está ali. Tão perto, suave e ao mesmo tempo denso como em um dia muito abafado em que nos falta o ar em meio ao calor. Mas em que nos sentimos vivos. O sentimento é real e a verdade está sendo formada em nosso homem interior. Para nos fortalecer as raízes e nos ensinar um pouco mais sobre o coração do Pai que nos ama.
Nos últimos dias tenho pensado muito a respeito da fé, da esperança e do amor que lança fora todo o medo. Amor que nos deixa seguros em meio às trevas. Amor que nos faz luz, nos faz sal, e nos faz de fato resplandecentes. Precisamos entender que se o nosso coração estiver alinhado a Palavra, Cristo em nós reinando de uma forma plena, nada e ninguém poderá nos corromper. E não teremos medo de nos relacionarmos porque sabemos que maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo.
Podemos viver nossa fé, e quando digo isso, falo de nossa espiritualidade, por dois caminhos distintos. Podemos fazê-lo pelo conhecimento do bem e do mal. Por meios de regras e listas bem estabelecidas de posso ou não posso. Ou conforme o propósito de Deus. O faremos por meio de um relacionamento pessoal com o Espírito que habita em nós. E nos ensina todas as coisas. Aquele que nos demonstra a Palavra, não por meio de listas de posso ou não posso. Mas por meio de revelações profundas que, muitas vezes, quebram nossos próprios paradigmas.
Por exemplo, quando Jesus andou pela terra foi julgado por caminhar com pecadores, foi chamado de glutão e bebedor: “Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificado por suas obras.” – (Mateus 11.19).
Jesus, foi acusado por muitos pela sua forma de viver, mas sabedoria é justificada por suas obras. Porque Ele não ensinava por aquilo que falava, mas por aquilo que vivia. As pessoas ficavam impressionadas com Ele. Pois o Senhor não ensinava como os escribas e fariseus, mas sim, como quem tem autoridade. Porque Jesus operava pela lei do amor. E ela, meu caro, é mais profunda, mais difícil e mais desafiadora que viver pelo conhecimento do bem e do mal. E isso é fé e fé que atua pelo amor.
“Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé.
Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor.”
Gálatas 5.5-6
Em I Tessalonicenses 1.2-5, vemos Paulo orando pelos irmãos e refletindo a respeito da fé, da esperança e do amor deles. Pois eles eram imitadores de Deus e firmes em sua esperança.
“Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar,
recordando-nos diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,
reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição,
porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavras, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós.”
I Tessalonicenses 1.2-5
Que, seguindo o exemplo dos Tessalônicos, possamos nós também estarmos cheios de convicção em fé no que o Senhor quer gerar em nós. Não apenas como um sentimento denso, mas em verdade irrefutável. Não apenas em palavras. Mas em fé que opera pelo amor e no poder do Espírito. Que essa convicção nos guie em nossas ações, em nossos relacionamentos e que tudo que fizermos. O façamos a partir do amor de Cristo que opera em nós a vida plena.