Fhop Blog

3 Atitudes para cultivar um conhecimento correto sobre Deus

conhecimento de Deus

Somos chamados cristãos por crermos e seguirmos Jesus, o Cristo. Nossa fé consiste em crer que Ele é Deus, encarnado.  Ou seja, se acreditamos que Jesus é além de um homem bom e altruísta que viveu na terra em algum momento, é realmente Deus, o que Criou e o que Sustenta todas as coisas pela palavra de sua boca. Então devemos dar importância e completa obediência a sua palavra e vontade, certo? É inegociável nos posicionarmos em cultivar um pensamento correto sobre Deus.

NOSSA MAIOR FRAQUEZA

Por que então vemos cristãos com o discurso e a prática tão confuso e desconecto? Por qual motivo não estamos mais parecidos com o Filho de Deus? Existe alguma razão para termos dentro da igreja opiniões diferentes sobre assuntos que a Bíblia já solucionou? A sensação que podemos ter as vezes é que cada cristão é seguidor de um Deus diferente.

Nos últimos anos tenho descoberto que o meu fraco entendimento de Deus é também minha maior fraqueza. E acredito que essa seja a resposta as peguntas acima. Assim, parte do processo de santificação tem sido encontrar em Jesus Cristo o conhecimento correto sobre Deus que redime, salva e restaura minha mente. E a resgata para o pensamento correto sobre Deus, sua vontade, sua natureza, obra, caráter e funcionamento. Se tornando a mais sublime fonte de força.

A questão aqui é:  como cristãos precisamos conhecer o nosso Deus. Não existe cristianismos real sem conhecimento de Deus (Jo 17:3). É impossível ter vida de oração consistente sem a beleza de Deus. Não existe obediência verdadeira sem entendimento do Senhor.

Como podemos corresponder a restauração do nosso pensamento sobre Deus? Listei três atitudes que considero importante para engajarmos nessa busca.

1 AJUSTAR A MOTIVAÇÃO

Acho importante tratar disso, pois diz respeito ao fundamento que estamos construindo algo. A pergunta é: por que eu quero conhecer a Deus? Por que eu quero estudar sobre Deus, ler livros, fazer um curso de teologia ou ir em um conferência?

A nossa motivação em conhecê-lo deve se centrar não em nós mesmos, mas Nele. Toda glória do nosso conhecimento deve voltar a Cristo. “Dele, por Ele é para Ele são todas as coisas”. A motivação errada pode nos levar ao orgulho e Paulo é objetivo em afirmar:

“[…] O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica.Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria. Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus.” 1 Co 8:1-3

Sendo assim devemos conhecê-lo para amá-lo mais, obedecê-lo corretamente que é vivermos dignos Dele e adorá-lo como Ele é digno de ser adorado (Cl 1:9-10). Essa deve ser nossa motivação!

2 LEITURA CORRETA DA BÍBLIA

Deus já tomou toda iniciativa de se fazer conhecido. A Bíblia é a palavra de Deus. E Jesus é a expressão exata do ser de Deus (Hb1:3), a máxima do seu desejo de se revelar.

Já ouvi muito no início da minha caminhada que precisava ler a bíblia e ter insights, revelações extraordinárias sobre o que estava lendo, que precisava ler o que estava nas “entrelinhas”. Isso é claro trazia frustração na maioria dos dias, pois não funcionava de forma tão romântica assim.

Nada mudou mais minha maneira de ler a bíblia do que crer que o que está escrito e como está escrito é exatamente a palavra de Deus que ele quer que eu entenda, creia e aplique.

É inquestionável o fato que a Bíblia foi escrita em outra época e direcionada para um povo real naquele tempo. Sendo assim é necessário sim que busquemos estudar e conhecer o contexto e a história. Isso para que tenhamos um leitura bíblica correta e aplicável para nós hoje milhares de anos após sua escrita.

Por isso te encorajo: estude a bíblia, leia-a como ela é. Mas também estude cosmovisão cristã. Analise e limpe se for preciso a lente que você tem usado para ler a palavra de Deus. Invista em buscar uma teologia correta.

Lembre-se: como você entende você crer e como você crer você vive.

3 MEDITAÇÃO

A última prática que é eficaz que quero trazer aqui é meditar. Entre inúmeros conceitos sobre o que seja a meditação quero tomá-la aqui como: transformar em oração o conhecimento sobre Deus para assim torná-lo conhecimento de Deus.

É falar com Deus sobre Ele mesmo. Processar junto com o Espírito Santo o conhecimento. (Efésios 1:16-19). O teólogo e escritor J. I. Parker em seu livro O Conhecimento de Deus traz o conceito que cabe bem aqui:

Meditação é o ato de trazer a mente as várias coisas conhecidas sobre os procedimentos, as peculiaridades, os propósitos e as promessas de Deus: pensar, deter-se nelas e praticá-las na própria vida. É a atividade do pensamento santo conscienciosamente apresentado diante de Deus, sob seus olhos, com seu auxílio e como meio de comunhão com ele.

Sendo assim, o convite que vem do coração de Deus aos cirstãos é:

Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor. (Os 6:3). Essa é a vida eterna conquistada por Jesus para nós. 

Vida de oração consistente

Você já se perguntou se existe um segredo para ter uma vida de oração consistente? Mas afinal o que grandes homens de oração têm que conseguem sustentar por anos uma vida de oração fiel e sólida? Por que Maria escolheu a boa parte de ficar aos pés de Jesus e Marta estava ansiosa? (Lc 10: 38-42)

Não tenho intenção de esgotar esse assunto, porém duas coisas tenho percebido em  pessoas que se destacam por sua vida de oração seja dentro do movimento de oração, sejam aquelas senhoras engajadas da intercessão que toda igreja tem. Elas têm: grande consciência de quem Deus é, e grande consciência da sua fraqueza, finitude e incapacidade.

Quem é o Deus que convida a conversar

Por que achamos oração algo difícil? Certamente porque não O conhecemos como deveríamos.

Realmente acredito muito que nos falta oração porque nos falta consciência de quem é o Deus que nos convida para relacionamento. Ah se pudéssemos mensurar quem é Ele! Certamente não ficaríamos olhando para o relógio vendo quanto tempo se passou desde que começamos a orar.

Assim, o entendimento de Quem nos convida a conversar nos levaria ao sentimento do privilégio que temos manter diálogo com o Criador, Sustentador e Governador de todo o Universo. Imagine só se alguém que você admira muito, seja uma autoridade, um líder, um personagem te convidasse para um café, como você se sentiria e quão leve e empolgante seria ir para esse encontro.

Enfim o que quero dizer com tudo isso é: conheça o seu Deus!  Definitivamente a leitura da bíblia não é uma opção para o cristão. É um imperativo, inegociável. Estude, faça perguntas, tenha curiosidade sobre os aspectos de Deus. Transforme isso em oração. Peça que o Espírito Santo, que revela Jesus (Ef 1:17), aumente em você a consciência sobre atributos de Deus. Ele está interessado e disposto a se revelar.

Quanto mais você conhecê-lo, perceberá que ainda não conhece o suficiente. Logo, desejará conhecer mais e consequentemente orar mais.

Quando surgir um problema Ele que é Todo-Poderoso e  Onisciente será sua primeira opção de socorro. E quando as coisas estiverem dando certo será Ele quem você terá para dar graças.

O Senhor te dará prazer nesse lugar de conhecê-lo (Is 56:7). O lugar de oração será seu lugar preferido por saber quem é o seu Pai que te espera em secreto. (Mt 6:6)

Quem é o homem convidado a orar

A primeira bem-aventurança que Jesus apresenta no sermão do monte é a pobreza de espírito. Que nada mais é que o conhecimento da sua incapacidade de produzir vida para si. Consciência da sua fraqueza, finitude e pequenez.

Então, quando conscientes de nossa incapacidade e conhecendo o poder do Senhor sobre coisas das quais somos fracos vamos ter o lugar de oração como um lugar seguro, de refúgio. (2 Co 12:8)

De fato oração com sinceridade envolve humildade. E humilde é quem conhece seu lugar, sua natureza. Também conhece seu poder, capacidade e sua incapacidade. Logo, não orar é o grito silencioso da nossa independência. Como também da nossa presunção de achar que podemos sem Deus.

Nós temos mazelas, áreas de fraqueza, sofremos de várias formas (2 Co 4:7-9) , Paulo chama isso de ser vaso de barro, mas que carrega o tesouro da revelação do conhecimento de Deus.

Sendo assim, não tema suas mazelas elas te revelam sua finitude e necessidade de um salvador. O conhecimento sincero de sua necessidade um salvador e o entendimento de quem poderia salvar sempre moveram encontros poderosos na Bíblia.

Seja paciente

De antemão te sugiro, seja paciente. Jesus não está apressado para que você cresça de quinze minutos diários de oração para quatro horas de um dia pra o outro. Ele quer construir algo consistente. Então tenha a paciência de construir a cada dia. É relacionamento, não obrigação religiosa. Conheça-o e você o amará e desejará orar. Esteja autoconsciente e você verá que precisa orar.

Originalmente publicado em 30 de janeiro de 2019

Fé pensante, falar sobre a importância disso é falar sobre usar nossa mente. Somos seres criados para pensar, analisar, refletir. Deus colocou em nós sua Imago Dei, assim, temos a sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26). Isso quando se aplica à nossa fé, muitas vezes é visto de forma equivocada, já que a fé é vista como algo sobrenatural e não racional. Mas, qual o problema nisso? O problema está em você não saber o porquê crê no que crê.  Não há problema em você questionar sobre sua fé e buscar saber mais sobre sua crença. Na verdade, quando não o fazemos, somos levados a qualquer vento de doutrina ou até mesmo deixamos nossas experiências sobrenaturais nos ditarem o que é verdade. Mas não é para ser assim.

 

Primeiramente precisamos ter um equilíbrio, nem sermos frios e racionais demais e nem sermos guiados por emoções e sentimentos superficiais. A própria Bíblia, da qual nós baseamos nossa fé, nos diz para amarmos a Deus com todo nosso entendimento (Lucas 10:27). Nossa fé deve ser pensante, reflexiva. A teologia nos ajuda nisso, nos dá ferramentas para embasarmos nossa fé. Quanto mais conhecemos, mais cresceremos em fé, pois a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus (Romanos 10:17). Por isso, também precisamos proclamar o evangelho com conteúdo sólido. É nossa responsabilidade apresentar Jesus Cristo e sua obra da salvação de modo a despertar a fé no próximo. Sim, o Espírito Santo é quem os convencerá mas nós iremos pregar, esse é nosso IDE. Mas se não sabemos nem como fortalecer isso em nós, como então explanar a outros?

A fé pensante unida com a teologia

Nesse sentido, precisamos de uma boa teologia, mas não pode haver uma teologia sem devoção e nem uma devoção sem teologia. Por isso, Pedro nos exorta a nos prepararmos para justificar nossa fé (I Pedro 3:15). Precisamos estar prontos para responder e dar razão à esperança que há em nós. Todos nós anelamos por algo que nos auxilie a dar sentido a tudo que observamos ao nosso redor e experimentamos dentro de nós.

 

Como C.S. Lewis disse: “Eu acredito no Cristianismo como acredito que o sol nasce todo dia. Não apenas porque o vejo, mas porque através dele eu vejo tudo ao meu redor. ” Precisamos crescer no conhecimento bíblico e saber mais sobre nós mesmos através da vida de Jesus, se queremos habitar neste mundo de forma significativa e autêntica. Saiba, a fé do cristão é baseada no caráter de Deus e suas promessas, e essas são imutáveis. Para isso é necessária uma busca para se ter mais fundamentos sobre nossa fé. Devemos então nos inteirar completamente das doutrinas da palavra de Deus para que possamos expor com poder a escritura e sermos capazes de comentá-la a ponto de pessoas serem edificadas por meio da nossa fé e pela exposição da verdade.

Deus abençoe!

Hoje te convido a meditar sobre o início do chamado de um importante personagem da bíblia: Davi. Com certeza temos muito a aprender na vida dele.

Em Belém temos o início do chamado de Deus sobre a vida de Davi.

O que Davi estava fazendo nessa época?

Pastoreando um pequeno rebanho de ovelhas de seu pai Jessé. Então, Deus envia Samuel para ungir um dos filhos de Jessé para ser rei em Israel.

Depois desse momento em que Deus unge Davi por meio do profeta Samuel, até o momento em que Davi vai de fato assumir o reinado de Israel, se passam cerca de 15 a 20 anos. Muitas provas e adversidades ainda o aguardavam em sua jornada. Vemos a formação de um caráter aprovado sendo moldado.

O mesmo acontece conosco,  Deus nos escolhe, mas precisamos estar preparados para cumprir seu chamado. Precisamos de um caráter aprovado.

Assim,  Davi teve que passar pela escola do quebrantamento e continuar lidando com a rejeição de sua própria família. Enquanto  ele era desprezado por seus irmãos,  Davi aproveitou a oportunidade para se aproximar ainda mais de Deus enquanto cuidava das ovelhas no campo.

“Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. Assim os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou pela perícia de suas mãos”. Salmos 78:70-72

Davi é ungido na simplicidade de sua vida em Belém

Antes de tudo, vamos relembrar o que estava acontecendo em Israel. O povo era governado por Deus, não havia rei sobre eles. Mas eles pediram ao profeta Samuel que queriam, assim como as outras nações, ter um rei para governá-los (I Sm 8:7).

Deus levanta Saul como rei sobre Israel. O nome de Saul significa “pedido a Deus”, pois o povo ao rejeitar o governo de Deus, pediu sobre eles um rei. Saul reinou por 40 anos a pedido dos homens. Não vamos nos aprofundar na história de Saul, mas sabemos que Saul rejeitou a Deus (I Sm 15:26) por isso, Deus escolheu Davi para suceder o reino de Israel.

Contudo, Davi foi ungido rei por Samuel, por uma ordem de Deus  (I Sm 16:12). O nome de Davi significa “amado por Deus”. Já nessa época, em sua rotina singela nas colinas de Belém, em sua simplicidade de vida ele se deleitava em Deus. Quando lemos o capítulo 16 de primeira Samuel, vemos que quando Jessé traz seus sete filhos, sem nem se dar ao trabalho de mandar chamar o oitavo filho, Davi, a atenção de Samuel vai para o filho mais velho. Ele vê Eliabe e sua aparência, mas Deus logo chama a atenção de Samuel e diz que ele está olhando apenas para o exterior, mas que Deus vê o interior, o coração. Que incrível não é mesmo?

Porém, quando chamam Davi, Deus logo confirma a Samuel: “É este, unge-o”. Por isso sabemos que Davi foi escolhido por Deus. O propósito de Davi era agradar  o Senhor, e Deus viu isso nele. Davi, um homem segundo o coração de Deus, a formação de um caráter aprovado estava avançando.

A formação de um caráter em atitudes de mansidão e humildade

Nesse ínterim, os alicerces da vida de Davi são estabelecidos. Davi quer ser segundo o coração de Deus. No momento em que foi ungido, a confiança em Deus foi vista na vida de Davi. A confiança era tanta que era como se Davi pensasse: “Se Deus me ungiu, ele me colocará no trono”. Davi não levantou espada para conquistar um trono, não lutou por si. Deus deu-lhe o trono, não foi ele quem pediu. Então vemos essa atitude de mansidão e humildade sendo gerada em sua vida desde muito cedo.

Desde que, mansidão e humildade estavam sendo geradas nele, pois um dia ele seria rei, como ele governaria? Com punho forte ou em mansidão e humildade? Note que a identidade de Davi foi primeiramente estabelecida no seu relacionamento com Deus. O trono para ele passou a ser secundário. Vemos isso em suas escolhas, o objetivo dele passou a ser: amar a Deus, manter o coração puro diante de Deus e contemplar sua beleza. E o trono seria a consequência disso (Sl 27:4).

Davi em Belém – Um homem segundo o coração de Deus

Com certeza, a vida de Davi serve de exemplo para todos nós. Uma pessoa que teve uma vida cheia de erros como todos nós. Mas com uma enorme diferença: um coração voltado para Deus – é o que precisamos ter também. Mesmo em meio a erros e acertos, ele se arrepende e seu coração o leva de volta a Deus. Davi se arrependia dos seus pecados  e tinha plena consciência de que servia a Deus. Davi tinha um relacionamento com Deus. Como? Ele sempre apresentava para Deus suas mágoas e  suas alegrias. Davi se abria diante de Deus. Por isso foi considerado segundo o coração de Deus.

Por vezes até seus desejos de que seus inimigos morressem, ele os colocava diante de Deus. Mas ele também era rápido em reconhecer o quão pequeno e necessitado ele era. Ou seja, em momentos de raiva, ele clamava a Deus e também em momentos de contrição. Os Salmos nos mostram esses momentos de orações sinceras de Davi.

Como naquela ocasião onde após cometer um dos grandes erros de sua vida, de se envolver com Bate-Seba e matar Urias, ele prontamente diz: “pequei contra Deus” (Sl 51:4). Ao ser confrontado pelo profeta Natã, ele aceita a correção e  não foge da presença de Deus. Davi não tem falsa espiritualidade diante de Deus.

“Pois Davi fizera o que o Senhor aprova e não deixara de obedecer a nenhum dos mandamentos do Senhor durante todos os dias da sua vida, exceto no caso de Urias, o hitita”.1 Reis 15:5

A formação de um caráter aprovado

Definitivamente havia uma graça sobre Davi, por causa desse coração temente a Deus. Podemos ver isso durante toda sua história. Por isso podemos usar seu exemplo de orações sinceras e praticá-las diante de Deus.

Afinal, quantas vezes nós mesmos sentimos raiva e  mágoas? E por que não expô-las diante daquele que sonda nossos corações? Ou em momentos de alegrias, em momentos em que estamos tão cheios de gratidão, nós expressássemos isso diante de Deus por meio de canções ou mesmo orações de ações e graças? Isso deve nos motivar a levar todas as coisas, todas as nossas dúvidas e  angústias diante dele. Isso é relacionamento com Deus e é permitir a formação de um caráter aprovado pelo Espírito Santo.

Por fim, não lute por você, pela sua unção e  pelo trono. Deus nos chamou, por isso devemos amadurecer nossa fé a ponto de confiar que Ele fará. Não importa a rejeição por parte de nossas famílias, não importa como Saul tenha nos tratado, devemos entregar ao Senhor todas essas situações e confiar que Ele é quem vai nos estabelecer. Que Deus possa olhar para nós e também dizer: “Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade“. Atos (13:22).

Deus é soberano sobre todas as coisas? Ele está no controle?  Tudo está mudando, certo? Vivemos tempos muito diferentes. Mas, às vezes, acho que precisamos continuar trazendo à nossa memória os feitos de Deus na história para não duvidarmos de que Ele é sim o Senhor da história e Ele não está à parte do que está acontecendo. Acho necessário iniciarmos esse assunto, nos lembrando então, dos feitos de Deus na história. Deus governa sobre o universo, Ele o criou e é o sustentador de tudo, inclusive de nossa existência. Dizer isso não é pouca coisa, percebe?

A soberania de Deus no Universo e na história humana

A soberania de Deus fala de como Ele age no universo para que tudo e todos cumpram o seu plano divino. Tanto a natureza obedece o seu poder (I Reis 17-18) quanto envolve a história da humanidade e o destino de todas as nações. Nos Salmos podemos ler frequentemente louvor e exaltação por seu poder na natureza: “Pois sei que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. O Senhor faz tudo o que deseja, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos. Faz subir as nuvens das extremidades da terra; faz relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus reservatórios” Salmos 135:5-7. Em Salmos 104 podemos ver um exemplo de Deus guiando e dirigindo a criação animal. Vemos ali descrições deles fazendo a vontade de Deus e dependendo dele para sua provisão.

Por conseguinte, seu governo é também na história humana e no destino das nações. Um exemplo está em Daniel 2:21: “Ele muda os tempos e as estações; remove e estabelece reis”. Vemos Deus conduzindo a história de Israel, usando a Assíria para atingir seus propósitos nessa nação e então também levando a Assíria à destruição: “Fiz isso com a força da minha mão e com a minha sabedoria..” (Isaías 10:13). E podemos nos lembrar do discurso de Paulo aos gregos, onde ele descreve sobre Deus (Atos 17:26). Mas também seu governo soberano é visto em situações individuais. Podemos citar Davi como um exemplo de alguém que encontrou conforto em um Deus soberano sobre sua vida (Salmos 31:14-15). Podemos ver a ação divina até mesmo nas ações acidentais da vida, como lemos em Provérbios 16:33: “A sorte se lança no colo, mas o Senhor procede toda decisão”.

Oração e Soberania Divina

Oração e soberania divina se contradizem? Muitos podem dizer, e me perdoem a sinceridade, mas de forma muito errônea, que se Deus em sua soberania irá conduzir tudo, já determinou tudo, então não precisamos pedir em forma de oração. Isso vai contra o que a Bíblia nos ordena, sobre orar sem cessar, continuar pedindo e  buscando (Lucas 11:9-10). Em Tiago capítulo 5, somos encorajados a orar, por meio do que Tiago conclui  nessa passagem: a oração pode produzir resultados maravilhosos. Ele cita o exemplo de Elias, ”um homem como nós” (Tiago 5:17), que através da oração afastou a chuva de Israel e depois pediu que ela retornasse. É claro que Deus estava no controle de tudo, seu plano é sábio e infalível, assim Tiago conclui que as orações são eficazes. Por isso eu gosto da citação de Timothy Keller:

 “não haveria qualquer possibilidade de que nossas orações disputassem com Deus o controle sobre qualquer parte do Universo e o tirasse de suas mãos. No entanto, faz parte da bondade e do desígnio de Deus permitir que o mundo seja suscetível as nossas orações”.

Fato é que nossas orações não irão frustrar os bons planos de Deus, mas nossas orações importam – “não temos porque não pedimos” -. Nem sempre seremos respondidos, mas Deus nos dará o que é melhor e o que está nos seus propósitos, como diz em Salmos 84:11: “não negará bem algum aos que andam com retidão”. Deus é soberano sobre todas as coisas e nossas orações são ouvidas por Ele.

A soberania de Deus nos leva à rendição

Devemos reconhecer a Deus, exaltar a Ele, nos submeter a Ele. O fim das nossas crises e ansiedades devem nos levar a nos dobrarmos diante dele. Nós somos sim seres limitados e Ele é infinito, nós somos suas criaturas e Ele nosso Criador. Se tudo foi criado a partir dele, porque ainda passa em nosso pensamento que Ele perdeu o controle? Deus é soberano sobre todas as coisas e isso nos leva a crescer em fé e confiança nele. Estar nele é existir de fato e não tentar apenas sobreviver. A graça de Deus em nos enviar seu Filho é motivo para nos levar à rendição total de nossas vidas. Graças a isso, nós não precisamos salvar a nós mesmos.

Por fim, quando crises vierem até nós, quando o mal de alguma forma chegar até nós, que os nossos olhos estejam fixados no Senhor, que possamos descansar em sua bondade, na sua sombra, como o Salmista diz: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo Poderoso, descansará” Salmos 91:1. Sim, o reconhecimento da soberania de Deus nos leva à rendição total ao Seu Senhorio, a sua sombra é lugar de descanso. Descansaremos no caráter de Deus sabendo que Ele está escrevendo e finalizando essa história. Que o Senhor nos guarde da prepotência de tentarmos ser autores de nossas histórias, pois o final que o Senhor tem para nós, com o seu senso de telos (propósito) é o melhor para nós. Nos rendemos a ti Deus, seja Senhor de nossas vidas.

Livro citado: Oração, experimentando intimidade com Deus. Timothy Keller

“Multidões, multidões no vale da decisão! Pois o dia do Senhor está próximo, no vale da decisão.” Joel 3:14.

Em seguida, ele continua declarando. Leia atentamente:

“O sol e a lua escurecerão, e as estrelas já não brilharão. O Senhor rugirá de Sião e de Jerusalém levantará a sua voz; a terra e o céu tremerão. Mas o Senhor será um refúgio para o seu povo, uma fortaleza para Israel.Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus, que habito em Sião, o meu santo monte. Jerusalém será santa; e estrangeiros jamais a conquistarão.

Naquele dia os montes gotejarão vinho novo; das colinas manará leite; todos os ribeiros de Judá terão água corrente. Uma fonte fluirá do templo do Senhor e regará o vale das Acácias. Mas o Egito ficará desolado, Edom será um deserto arrasado, por causa da violência feita ao povo de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. Judá será habitada para sempre e Jerusalém por todas as gerações. Sua culpa de sangue, ainda não perdoada, eu a perdoarei. O Senhor habita em Sião!” Joel 3:15-21 

O que esses versículos revelam?

Quero repartir com você essa palavra que tem estado no meu coração nestes últimos tempos. O começo desta passagem bíblica tem queimado no meu coração. O autor estava falando ali sobre uma revelação e acredito que vemos os sinais nos dias de hoje do que ele quis nos dizer. 

Estou convencida de que chegou o tempo de nos posicionarmos em Deus, aproveitarmos que um novo ano se inicia e realmente nos colocarmos diante do Senhor de todo o coração. 

Falo isso para minha própria vida em primeiro lugar. Essa palavra tem me moído cada dia destes últimos tempos. 

Quero que você imagine esse dia do qual Joel estava falando e pense em multidões. 

Jesus sempre atraiu multidões, desde o começo da história. E no futuro breve não será diferente. Acredito que essa passagem acima fala do seu retorno, onde novamente Ele juntará multidões a sua volta. 

Estamos hoje diante de um tempo de vale de decisões. Isso significa que chegou o período de nos posicionarmos, talvez mais hoje como em nenhum outro tempo na história. 

Quem sabe você nem imagine o que estou querendo falar com esse texto, mas eu tenho cada dia mais observado os sinais, sejam através dos tempos ou dos acontecimentos a minha volta. 

A terra e as criaturas têm clamado pelo Seu Criador, e Ele nunca deixou de escutar aqueles que clamam. 

Guerras e rumores de guerra, pecados e trevas cada dia mais tem tomado pessoas e lugares, enquanto fechamos nossos olhos e continuamos com nossa vida como se nada estivesse acontecendo. 

Como nos posicionar

Precisamos nos posicionar como filhos de Deus, nos santificando. Precisamos orar mais e deixar que uma vida de consagração toque as circunstâncias à nossa volta. 

“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.” Romanos 8:19

Sua vida e a minha precisam apontar para Aquele que nos criou. Até mesmo sem usar palavras, as pessoas precisam saber que você serve  ao Deus Todo-Poderoso.

Quero repartir alguns pequenos testemunhos para explicar melhor sobre o que estou falando:

Sempre achei que havia sido chamada para fortalecer os que já estavam no caminho, e fiz isso durante anos com todo o meu coração. 

Hoje, estou morando na Europa e diante da realidade de falar de Jesus para pessoas que nunca escutaram sobre Ele e professam outra fé e religião. De uma forma incrível Deus tem me feito luz no meio de povos que não O conhecem. Ouvir de pessoas que professam fé muçulmana, por exemplo, que querem que você as leve a igreja porque veem a luz em sua vida e querem ouvir do seu Deus e do que você acredita, isso é revelar Jesus a esse mundo que aparentemente, está sem rumo. 

Enquanto pensamos duas vezes antes de irmos às nossas igrejas aos domingos, alguns nunca experimentaram o prazer de ter comunhão com o Criador.  Jesus reuniu multidões e deu de comer a elas um alimento que mudou suas vidas. 

Seja aquele que revela Jesus a todos a sua volta. Faça isso através de uma vida de retidão, e assim a luz de Jesus brilhará através de você!

E lembre-se, Jesus é o mais interessado dessa missão.

Deus te abençoe.

 

Conhecer Jesus é a maior aventura que podemos viver. Não menospreze essa palavra por confundi-la com alguma atividade radical ou meramente perigosa, que às vezes, até sugestiona a irresponsabilidade. Aventura vem do latim “ad venture” e significa literalmente o que vem pela frente. Quando se trata do cristianismo sabemos que podemos passar por diversas aflições. Mas também há uma promessa sobre nossas vidas: nunca estaremos sós! E nessa jornada, iremos conhecer o Senhor.

Paulo afirmou aos Coríntios que: “Sofremos pressões de todos os lados, contudo, não estamos arrasados; ficamos perplexos com os acontecimentos, mas não perdemos a esperança; somos perseguidos, mas jamais desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus, da mesma forma, seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos cotidianamente entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal.” (2 Coríntios 4.8-11 – King James)

O que nos faz amar assim? E nos deixar dispostos a qualquer tipo de sacrifício pelo Senhor?

Seu amor nos constrange

Quando nos deparamos com o amor de Cristo derramado na Cruz, somos constrangidos. Deus amou tanto ao mundo que deu seu próprio Filho como sacrifício vivo. E o Filho se entregou por amor. E isso também é algo pessoal. Não foi apenas pelo mundo que Jesus morreu, mas, para alguém que está diante de mim e de você quando olhamos no espelho. Ele é nosso maior valor. Lembra da parábola do tesouro escondido?

“O Reino dos céus assemelha-se a um tesouro escondido no campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o novamente. Então, transbordando de alegria, vai, vende tudo o que tem, e compra aquele terreno.” Mateus 13.44

Todos aqueles que compreendem tal verdade sabem que vale a pena qualquer custo para conhecer Jesus, para caminhar com Ele todos os dias. Ele é o nosso maior tesouro e nada é comparado a Ele. Nem as riquezas deste mundo. Nada equivale ao Seu valor. Você consegue perceber como Ele é preciso? Ele é a nossa herança.

“Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.” Salmos 73.25-26

Um testemunho missionário Jim Elliot

Não sei se você conhece a história do missionário Jim Elliot. Ele e mais quatro amigos foram assassinados pelo povo a quem queriam alcançar, os índios Huaorani do Equador. É possível saber mais dessa história assistindo o filme: “Terra Selvagem”. A ele é atribuída a seguinte frase:

“Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter para ganhar o que não pode perder”

Jim acreditava que o trabalho dedicado a Jesus era mais importante que a sua própria vida. Ele não é o único a que “perdeu” a vida por amor ao Senhor. A Bíblia dá exemplo desses homens, dos quais o mundo não fora digno. Também podemos observar ao longo da história cristã, muitos mártires, participando do sofrimento de Cristo.

Quero te conhecer Jesus, muito mais

“Todavia, o que para mim era lucro, passei a considerar como prejuízo por causa de Cristo. Mais do que isso, compreendo que tudo é uma completa perda, quando comparado à superioridade do valor do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem decidi perder todos esses valores, os quais considero como esterco, a fim de ganhar Cristo, e ser encontrado nele, não tendo por minha a justiça que procede da Lei, mas sim a que é outorgada por Deus mediante a fé, para conhecer Cristo, e o poder da sua ressurreição, e a participação nos seus sofrimentos, identificando-me com Ele na sua morte,” Filipenses 3.7-10

Paulo reconhecia que não é pelos nossos méritos que chegamos a Deus. Não são as obras humanas pautadas na lei, mas o sacrifício realizado por Cristo. Ele entendeu que precisava abrir mão de tudo aquilo que pudesse interferir na sublimidade do conhecimento de Cristo.

Conhecer a Cristo era o anseio mais ardente de Paulo. Várias vezes ele orou com base nesse tópico, inclusive pelos irmãos e pela igreja local. Essa participação do sofrimento de Cristo não envolve apenas o martírio, mas a vida com Deus de uma forma completa. O Conhecer o Senhor de forma pessoal e intensa todos os dias. Identificando-nos com Cristo em tudo. Lendo as escrituras, orando e adorando em Espírito e em verdade.   

Desistir de coisas inferiores

“Desisti daquelas coisas inferiores para que pudesse conhecer Cristo pessoalmente, experimentar o poder de sua ressurreição, ser companheiro de seu sofrimento e ir com ele até a morte. Tudo isso para alcançar a ressurreição dos mortos.” Filipenses 3.10-11 A Mensagem

Cada sofrimento ou desilusão que possamos enfrentar pode ser um catalisador de fé. Deixe-me explicar… Você já ouviu falar sobre a paz que excede o entendimento? Excede o entendimento porque simplesmente o “natural” não seria senti-la em momento de angústia. Ao conhecer a Deus e seu caráter somos revestidos de força, de fé e de qualquer coisa que precisamos para enfrentar a vida e os problemas. E tudo se torna pequeno diante do nosso Salvador.

Se Ele sofreu por nós, também podemos sofrer por Ele. O Rei Jesus é digno do reino e é digno das nossas vidas. Todo sacrifício começa a se tornar pequeno à medida que O conhecemos e somos impactados pelo seu generoso amor.

O reino tem a ver com o Rei. Queremos o Reino de Deus, pois nele o Cordeiro Justo reinará para sempre. 

Sempre que penso no som do rugir do leão, lembro das cenas de rugido de Aslam, o leão da série de filmes “As crônicas de Nárnia”, baseada nos livros do autor cristão C.S. Lewis. 

No filme, o leão Aslam pagou o preço para que um traidor fosse livre de sua culpa. Assim como fez Jesus, nosso Leão que foi morto em favor de toda humanidade. 

Veja isso:

Então um dos anciãos me disse: “Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos”. Apocalipse 5:5 

Tente, por um breve momento, imaginar a cena descrita no versículo acima. João chorando por achar que não existia ninguém digno de abrir o livro do destino que declarava o veredito de Deus para humanidade e que era fechado com sete selos. Mas Jesus, O nome sobre todo nome, o Leão da tribo de Judá, este era o único digno a abri-lo. 

Portanto, acredito que este foi um grande entendimento para João acerca de algo muito maior. 

Ali, João teve a certeza que ninguém seria digno, até escutar que Aquele que morreu por nós, Jesus, venceu tudo para nos tornar dignos de termos vida eterna. 

Ele morreu em favor de nós

“Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” Filipenses 2.9-11

Ademais,Bíblia nos mostra que o Leão rugiu após morrer como um cordeiro em favor de todos nós.

Acima de tudo, Ele ressurgiu após vencer a morte e mais uma vez irá ressurgir, como nos prometeu. 

Um rugido que afasta dores e injustiças

Todas as vezes que penso neste rugido, sempre creio que este som tem o poder de afastar morte e escuridão. 

A Palavra e o relacionamento com Deus têm o poder de renovar nossa mente. Principalmente, para que tenhamos certeza que o Leão da Tribo de Judá e seu poderoso rugido será escutado por toda terra. 

O resultado disso é incrível. E pensar nisso me emociona tanto! Nosso amado Senhor é o único capaz de rugir sobre todas as dores e injustiças desta terra e colocar as coisas em seu devido lugar. 

Isso significa que, não importa em qual lugar você esteja, no momento certo, você será capaz de escutar o poderoso som do rugir do Leão. 

Então, que Ruja o Leão e que este poderoso som toque tudo dentro de cada um de nós e transforme tudo à nossa volta. 

Que o leão ruja e tudo ao nosso redor seja alinhado ao som deste rugido! Que se mantenha de pé apenas o que é verdadeiro e eterno. Aquilo que vem do nosso leão, Jesus.

“Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor.” (Cântico dos Cânticos de Salomão 2:4)

Eu nasci em um lar cristão e por essa razão tudo sobre Deus foi sempre algo muito comum na minha vida. Esta realidade não foi inteiramente positiva. Porque eu tive que percorrer um caminho até ter um encontro real com Jesus e começar a viver minha própria história pessoal com Ele.

Um dos paradigmas que tive que quebrar foi que Deus não era um “policial cósmico”. Por tanto tempo eu vivi com a ideia que Deus estava em seu reino panóptico procurando o menor erro em mim! Quanto tempo eu perdi pensando que se eu morresse inesperadamente e não tivesse tido tempo para me arrepender eu iria para o Inferno!  Hoje só posso rir daquelas ideias malucas que tive na minha infância, mas depois penso: Quantas pessoas estão cegas por esse conceito de Deus?

O Deus alegre

Em 1 Coríntios 4:5 Paulo nos diz que no fim dos tempos, Deus nos louvará. Sim! Ele nos louvará, Ele nos parabenizará pela jornada que temos vivido. Isso explode a minha cabeça! Deus, quem merece toda honra elevará palavras de reconhecimento a mim, a nós. Além disso, em Sofonias 3:17 podemos ver como Deus se alegra e canta canções! Consegues imaginar? Por outro lado, o autor de Hebreus nomeia um conhecido Salmo, onde Jesus é caracterizado, informando-nos que Ele foi ungido com “óleo de alegria” mais do que outros (Hebreus 1:9).

Compreender que Deus é um Deus alegre e que derrama essa alegria em nós e por nós mudou radicalmente a maneira como me relaciono com Ele e enfrento a vida. Como podemos desfrutar da alegria de Deus? Pois imitando-o!

Como desfrutar da alegria de Deus?

Estudando a Bíblia podemos conhecer Deus, sua essência, seu coração e podemos detectar algumas questões práticas:

  • Deus é um Deus criador – Ele teve tanta graça em colocar cores fascinantes no Pavão como em moldar o rosto do Macaco Narigudo! Então, desfrutemos a criatividade que Ele colocou em nós. Desfrutemos de criar nas áreas onde nos sentimos confortáveis. Curtamos das artes, da mecânica, da informática, entre outras ciências! Entendamos que ao criarmos nós refletimos quem Deus é!
  • Deus canta canções – Cantemos, dancemos, desfrutemos de expressar através do nosso ser o que Deus canta sobre nós, sobre este mundo, sobre Ele mesmo! Pode ser através de louvor, ou orações cantadas. Cantemos a Palavra… isso vivifica a nossa alma!
  • Deus é um Deus que afirma – A Bíblia está cheia de passagens onde Deus menciona palavras de afirmação. Vamos imitá-lo! Encorajemos as pessoas à nossa volta. Peçamos ao Pai que nos revele o que Ele pensa de nós e desfrutemos das verdades dEle enquanto destruímos os pensamentos negativos que o inimigo quis que acreditássemos!

Viver a felicidade como uma jornada

Certamente, se há uma pessoa que entendeu como viver essa “jornada alegre” foi Paulo. Ele não teve nenhum problema em nomear algumas “leves e momentâneas tribulações” como naufrágios, azote, mordidas de cobras entre outras coisas. Mesmo assim, declarou “já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre” (Filipenses 4:11)

O que Paulo fez para ter essa convicção? Foi uma unção especial? Na verdade, acredito que o contentamento é mais do que um dom divino, tem muito a ver com uma atitude. Porque não depende das circunstâncias, mas de um coração agradecido a Deus e dirigido pelo Espírito Santo, sabendo que “TUDO” ajuda para o nosso bem.

Viktor Frankl (sobrevivente do cativeiro judaico) disse certa vez que “A felicidade não é uma pousada na estrada, mas uma forma de caminhar na vida”. Portanto, gozar de alegria não é só rir a qualquer momentos e “que tudo dê certo”.

Desfrutar da alegria e ter contentamento está ligado à compreensão de Quem Deus é e para que propósito fomos criados. Por isso, repito juntamente com Paulo (aliás, naquele momento ele estava preso e à beira da morte): “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai- vos” (Filipenses 4:4).

 

Escrito por: Betiana Saucedo Delgadoo – Facilitadora Fhop School

“A primeira impressão é a que fica”

Certamente todos já ouvimos, e é provável que muitos já tenham usado a frase: “A primeira impressão é a que fica!”. Ou talvez já nos deparamos com alguém que consideramos ter deixado uma “má impressão”, e por este motivo a rotulamos com diversas definições. Porém, ter impressões a respeito de alguém não significa conhecer de fato esta pessoa.

Infelizmente, pensamentos errados sobre algo ou alguém geram ações erradas: não queremos nem chegar perto; falamos mal (o que nem sabemos na verdade); ignoramos, etc. Fica claro desta forma, que a visão que temos a respeito de alguém resulta em atitudes baseadas nessas convicções; e nem sempre elas estão corretas.

O que vem a sua mente quando você pensa em Deus?

Em seu livro “O conhecimento do Santo”, A.W. Tozer disse: “Aquilo que nos vem a mente quando pensamos em Deus é a coisa mais importante a respeito de nós mesmos.”. O que vem a sua mente quando você pensa em Deus? E o que isso diz a respeito de si mesmo? Logo, se estamos baseados em mentiras a respeito de Deus, então não estamos sobre base alguma, pois não há sustento fora da verdade, e a triste consequência é a ruína de nós mesmos.

Recentemente foi noticiado que um homem que pensava em Deus como mau e injusto, que fazia acepção de pessoas, invadiu uma igreja e esfaqueou alguns membros com a intenção de matá-los. Muitas vezes pensamos que Deus é mau porque nós somos maus; que Ele é injusto ou infiel porque nós somos.

Contudo, esquecemos que, apesar de termos sido feitos à imagem e semelhança do Criador, herdamos de Adão a natureza pecaminosa, que leva nossas ações para longe de Deus.

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”

(Is. 55:8-9)

 

O Pai foi revelado a nós

De antemão Deus proveu um caminho para conhecermos plenamente quem Ele é e sermos transformados. Por meio de Jesus, o Filho unigênito, o Pai foi revelado a nós. Assim, todos os que creem experimentam das verdades sobre o Rei dos reis, o Aba Pai, o Deus Todo-poderoso que é o mesmo ontem, hoje e sempre.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.”

(Jo. 14:6-7)

Definitivamente, é impossível que o conhecimento de Deus não gere em nós conformidade à Sua imagem. Afinal, saber que Deus é bom, fiel, imutável, justo, amoroso, e infinitamente mais do que podemos imaginar, muda nossas atitudes em relação a Ele, a nós mesmos e ao próximo.

Dessa forma, somente sendo transformados por meio da renovação da nossa mente (pensamentos; intelecto; cosmovisão) poderemos experimentar a vontade de Deus que é plenamente boa, perfeita e agradável (Rm.12.2).

Aproximamos do Senhor

À medida que nos aproximamos do Senhor com um coração sincero, descobrimos mais de sua identidade. As simples “impressões” sobre Deus são substituídas ou atestadas pelas verdades expostas e maravilham a todos que as acessam. Então, as falácias se resumem a nada diante da realidade de um Deus que é amor e fidelidade; que derrama sem contenção a misericórdia e busca incansavelmente o que se perdeu. O fato é que, absolutamente, nada pode mudar quem Deus é; mas descobrir quem Ele é pode mudar completamente quem nós somos!

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

(Rm. 8.38-39)