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Como desejar mais de Deus?

devocional

O que a história de Bartimeu tem em comum com a nossa? Quais são as lições que podemos extrair dessa narrativa? Na reflexão de hoje vamos entender de que forma podemos crescer em intimidade e desejo por mais de Deus.

“…E Jesus lhe perguntou: Que queres que eu te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu
volte a ver. Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. Imediatamente ele recuperou a visão e foi
seguindo Jesus pelo caminho. ” Mc 10:46-52 

A cura do cego Bartimeu foi a última realizada por Jesus, antes que ele subisse ao calvário. Jesus estava passando por Jericó, a caminho de Jerusalém, onde ele sabia que seria crucificado.

Na grande multidão havia não apenas seguidores de Jesus, mas outros judeus a caminho de Jerusalém para celebrarem a Páscoa, a fim de não passarem por Samaria. Nessa mesma cidade Jesus encontra-se com Zaqueu, o cobrador de impostos, assim como o cego Bartimeu.

Histórias semelhantes

Do mesmo modo que o cego Bartimeu, todos nós nascemos com uma cegueira espiritual. Até que o Senhor brilhou sua luz sobre nós e através do Espírito Santo recebemos a revelação de Jesus e do seu amor.  Nos trazendo a consciência de que antes éramos cegos e que não percebíamos que necessitamos de Deus.

“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus;” Romanos 3:23

Não somente cegos, mas também pobres, nascemos destituídos da glória de Deus. Fomos criados para um propósito específico. Porém, o pecado adentrou na humanidade e devido a ele fomos separados de Deus, o que nos coloca em um estado de pobreza.

Essa cegueira é “tratada” de glória em glória, por mais que nossos olhos tenham sido abertos pelo Senhor, ainda não o conhecemos em sua plenitude. Portanto precisamos que o Espírito Santo ilumine o nosso entendimento para que possamos conhecer mais de Deus.

Por mais que fisicamente ele fosse cego, Bartimeu espiritualmente via bem o suficiente para entender que era o próprio Messias que passava diante dele. Por entender quem estava ali, ele clamava.

Ao chamá-lo de “filho de Davi”, ele reconhecia que Jesus era o Messias, uma vez que está ligada a promessa de que o trono de Israel seria entregue a descendência de Davi. Foi a fé de Bartimeu que o fez clamar cada vez mais alto.

Como desejar por mais de Deus?

Assim como as pessoas que passavam, tentavam calar a voz de Bartimeu, muitas coisas na nossa vida tentam calar o nosso clamor, a fim de nos tirar do lugar de busca ao Senhor. Por mais que conheçamos a Cristo, muitas vezes nos vemos distantes de Jesus. Devido a situações e circunstâncias, pensamentos e ideias na nossa mente, o sentimento de vergonha ao nos sentirmos impuros, todas essas coisas nos fazem parar de clamar, nos afastando de Deus.

Bartimeu nos ensina em sua situação, que por mais que ele estivesse sujo, era a esse estado que ele se encontrava, era a necessidade que ele possuía que o fez clamar para que Cristo se revelasse a ele.

Da mesma forma que Bartimeu sabia que sua maior necessidade era ter os olhos abertos, precisamos acima de qualquer coisa que possamos pedir do Senhor, ter os nossos olhos abertos para que possamos ver a Ele e conhecê-lo.

Ao conhecermos quem Deus é, todas as outras coisas tomam o seu devido lugar.

Amém!

O que podemos aprender com a igreja primitiva? Quais são as marcas de uma igreja saudável? No texto de hoje, vamos refletir sobre os versículos bíblicos de Atos, o impacto da unidade e a forma como devemos expressá-la.

“E perseverando de comum acordo todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e contando com o favor de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava a cada dia os que iam sendo salvos” At 2:46-47

Lucas enfatiza a união, a harmonia, a alegria e a sinceridade dos crentes como elementos dos frutos do Espírito Santo atuando no coração das pessoas. Os frutos do espírito fluíam em meio a comunidade e a união entre todo era algo real e verdadeiro.

A verdadeira unidade

Todavia, o autor (Lucas) compara a união e harmonia dos crentes no templo e em sua intimidade com as refeições comuns nos lares, deixando implícito de que agiam de igual modo tanto a vista de todos e quanto no lugar secreto.

Ou seja, a união precisa ser cultivada nos lares entre familiares, antes que seja proliferada na comunidade. Uma vez que ela será apenas o reflexo daquilo que é vivido nos lares. Uma casa sem união não pode prosperar.

O reino dividido não pode prevalecer, assim como a igreja não pode subsistir de tal forma, seja essa divisão perceptível aos olhos ou não.

A igreja se vê ausente da graça em pregar o evangelho com eficácia, pois a indiferença é presente em seu interior e a pretensão de reproduzir algo que não veio a existência no cotidiano.

“Como é bom e agradável os irmãos viverem em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce para a barba, a barba de Arão, e desce sobre a gola de suas vestes; como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR ordena a benção e a vida para sempre”. Sl 133

O significado do óleo e o orvalho

O salmista utiliza dois elementos para explicar a beleza da união: o óleo e o orvalho. O óleo em seu sentido natural se trata de algo com teor terapêutico, de suavidade e propriedades de cura

Ao se referir no orvalho, a região no qual foi citado (Hermom), possui uma geografia extremamente árida onde a vegetação não subsistiria senão pelo orvalho que recai sobre a terra durante a noite, trazendo vida sobre tudo em que repousa. Essa analogia diz respeito a prosperidade, uma das consequências que a unidade gera.

Outra marca da igreja primitiva que atraía pessoas era o compartilhar de bens e a união. As pessoas queriam viver e experimentar a realidade que a igreja e sua comunidade viviam.

“Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Jo 13:35

As pessoas que faziam parte dessa igreja e haviam sido transformadas, demonstravam tamanho amor mútuo a ponto de serem usadas para realizar maravilhas e sinais.

Igreja Gloriosa

Em suma, ao meditarmos em Atos e nos relatos da igreja primitiva, podemos extrair lições valiosas sobre o modo como viviam. E isto serve como um modelo para a igreja nos dias de hoje.

Assim, devemos nos lembrar também que a unidade é uma das marcas da igreja gloriosa. A noiva que Cristo irá buscar será cheia do Espírito Santo, movida por compaixão e com um estilo de vida que trará profundo impacto.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11:1-6

Ter fé é caminhar com Deus

O que é fé? E o que implica na prática para nós, cristãos, caminharmos com Deus em fé? É sobre isto que vamos refletir no texto de hoje.

Como um patriarca da fé, Enoque é um exemplo de uma fé saudável. Ele foi um homem que não provou da morte, tendo sido arrebatado ainda em vida. Enoque foi uma prova, para a sua geração e para nós, de que aqueles que decidem caminhar com Deus não provarão da morte.

Ter paz com Deus é um dos aspectos de caminhar com o Senhor. A história de Adão é um reflexo da nossa história. Quando o pecado interfere em seu relacionamento com Deus, Adão perde a paz que ele tinha para com o Senhor.

A história de Enoque (Gênesis 5:21-24), entretanto, indica que é possível encontrar essa paz. Diferente de Adão e Eva, que se esconderam do Senhor, porém aqueles que caminham com Deus em transparência e arrependimento permanecem em Sua presença sem nada a esconder, tendo paz com Ele.

Andar com Deus significa que nós buscamos ir para onde Ele está indo, desejar o que Ele deseja e fazer o que Ele faz. Para isso, é necessário buscar nas Escrituras o entendimento do que Jesus faria.

As consequências de caminhar com Deus

Caminhar com Deus implica em constância e perseverança. O propósito da vida cristã é seguir avançando, crescendo no conhecimento de Deus, mesmo em meio a tropeços e adversidades. Este é o paradoxo da vida cristã: a alegria em meio ao sofrimento, a paz em meio à tribulação.

Caminhar com Deus em meio a uma geração perversa:

Em sua geração, Enoque profetizou a respeito da segunda vinda de Cristo, quando Ele executará juízo e convencerá o ímpio de suas impiedades (Judas 1:14-15). Assim como Enoque, nós sobreviveremos em meio a uma geração ímpia se decidirmos viver nossa jornada com o Senhor. A Igreja permanece firme quando, diante dos dias maus, ela reafirma o seu compromisso de caminhar com Deus, renovando seu foco e determinação.

“Depois que Enoque gerou Matusalém, Enoque andou com Deus.” Não temos em nós o necessário para fazer com que nossos filhos permaneçam nos caminhos do Senhor. A responsabilidade de ser pais nos faz perceber que a caminhada com Deus precisa ser levada mais a sério, de forma intencional e com temor no coração.

Adão e Enoque: diferentes exemplos

Ao conhecer a história de Enoque, temos um motivo para crer que o reinado da morte não durará para sempre. A morte de Adão e o arrebatamento de Enoque tem um impacto significativo. Enquanto o primeiro escolheu o pecado e veio a padecer, o segundo é um sinal profético, um anúncio do Cristo que viria e nos daria vida, e de que aqueles que caminham com Deus não conhecerão a segunda morte.

Assim, todo aquele que quiser caminhar com Deus deve ir a Ele com fé. Não existe vida cristã saudável sem caminhar com Deus. É preciso dar passos e sair da inércia. Enoque não se escondeu ou viveu às margens da jornada com Deus, mas tomou a decisão de caminhar com Ele.

Aos olhos do Senhor, ter fé não é esperar por milagres e prodígios ou esperar por grandes conquistas, mas ter a certeza de que Deus nos chama para caminhar com Ele.

Continuando nossa meditação no livro de Colossenses, hoje vamos refletir sobre o capítulo 4, mais especificamente os versículos 5 e 6. Em sua carta aos colossenses, Paulo traz muitos ensinamentos da vida prática cristã que podemos aplicar até o dia de hoje. Era necessário que Paulo ensinasse os colossenses sobre o senhorio de Cristo. E trouxesse alguns fundamentos para que eles não seguissem o sincretismo religioso de sua cidade.

Vivendo entre os de fora 

O apóstolo inicia o capítulo 4 pedindo que a igreja persevere em oração, com ações de graça, e logo em seguida fala sobre orar para que haja o abrir das portas para a pregação da Palavra. Nos versículos 5 e 6 ele fala sobre como devemos proceder para com “os de fora”. É interessante como ele se preocupa com a pregação do evangelho para os incrédulos não somente em sermões, mas na forma que vivemos nossas vidas.

“Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.Cl 4:5-6

Comportando-se com sabedoria

Paulo pede que sejam sábios em seu procedimento – ou comportamento, dependendo da tradução. Ou seja, ele se preocupa com a forma que a igreja deve viver diante de todos, cristãos ou não. Há uma relação clara entre o abrir das portas para a Palavra (versículo 3) e o nosso comportamento diante daqueles que não são da igreja.

Como vimos nos textos anteriores sobre a carta de Colossenses, ter sabedoria não é acumular conhecimento ou saber todas as respostas. Sabedoria é conseguir aplicar o conhecimento adquirido de forma prática. Além disso, a sabedoria parte do princípio do temor ao Senhor, como vemos em Provérbios 9:10. É sobre viver uma vida íntegra, sabendo que aquilo que conhecemos a respeito de Deus deve afetar o nosso comportamento ou nosso procedimento na esfera pública.

Aproveitando as oportunidades

Paulo enfatiza essa sabedoria no comportamento para com “os de fora”, ou seja, aqueles que não eram cristãos. Isso porque a igreja de Colossos vivia em um contexto muito parecido com o que temos atualmente: uma igreja multiétnica, que convivia com pessoas de outras crenças, outras práticas e filosofias.

Naquela época, o pensamento que influenciava toda a cidade tinha grande influência do sincretismo religioso. A filosofia predominante era uma junção de várias correntes filosóficas (uma mistura dos melhores aspectos de cada uma), inclusive algumas doutrinas judaicas.

Os colossenses estavam sendo chamados a viver de acordo com o que pregavam, assim dando testemunho da Verdade. Do contrário, eles seriam apenas mais uma religião, mais uma vã filosofia, que não impactaria a vida de ninguém. 

Paulo os aconselha a aproveitar bem cada oportunidade para dar testemunho da Palavra. Aplicar sabiamente o que cremos no nosso dia a dia gera oportunidades de pregação – e essa é uma das formas de abrir as portas para o anúncio do evangelho.

Como responder

No versículo 6, Paulo mostra como devemos aproveitar essas oportunidades: com palavras amáveis, temperadas com sal, sabendo como responder. Ele subentende que essas oportunidades surgirão, a grande questão é como responderemos a elas. Será que estamos fundamentados o suficiente na Palavra para conseguirmos reconhecer como o evangelho pode tocar realidades e filosofias tão diferentes e ao mesmo tempo sabermos responder de forma amável?

Quem somos nós para os de fora?

Que possamos ser aqueles que se comportam com sabedoria e integridade, dando testemunho daquilo que pregamos. Que a Palavra habite em nós tão ricamente para que, quando a oportunidade surgir, saibamos reconhecê-la e responder de forma amável e apropriada a cada um.

Fé pensante, falar sobre a importância disso é falar sobre usar nossa mente. Somos seres criados para pensar, analisar, refletir. Deus colocou em nós sua Imago Dei, assim, temos a sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26). Isso quando se aplica à nossa fé, muitas vezes é visto de forma equivocada, já que a fé é vista como algo sobrenatural e não racional. Mas, qual o problema nisso? O problema está em você não saber o porquê crê no que crê.  Não há problema em você questionar sobre sua fé e buscar saber mais sobre sua crença. Na verdade, quando não o fazemos, somos levados a qualquer vento de doutrina ou até mesmo deixamos nossas experiências sobrenaturais nos ditarem o que é verdade. Mas não é para ser assim.

 

Primeiramente precisamos ter um equilíbrio, nem sermos frios e racionais demais e nem sermos guiados por emoções e sentimentos superficiais. A própria Bíblia, da qual nós baseamos nossa fé, nos diz para amarmos a Deus com todo nosso entendimento (Lucas 10:27). Nossa fé deve ser pensante, reflexiva. A teologia nos ajuda nisso, nos dá ferramentas para embasarmos nossa fé. Quanto mais conhecemos, mais cresceremos em fé, pois a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus (Romanos 10:17). Por isso, também precisamos proclamar o evangelho com conteúdo sólido. É nossa responsabilidade apresentar Jesus Cristo e sua obra da salvação de modo a despertar a fé no próximo. Sim, o Espírito Santo é quem os convencerá mas nós iremos pregar, esse é nosso IDE. Mas se não sabemos nem como fortalecer isso em nós, como então explanar a outros?

A fé pensante unida com a teologia

Nesse sentido, precisamos de uma boa teologia, mas não pode haver uma teologia sem devoção e nem uma devoção sem teologia. Por isso, Pedro nos exorta a nos prepararmos para justificar nossa fé (I Pedro 3:15). Precisamos estar prontos para responder e dar razão à esperança que há em nós. Todos nós anelamos por algo que nos auxilie a dar sentido a tudo que observamos ao nosso redor e experimentamos dentro de nós.

 

Como C.S. Lewis disse: “Eu acredito no Cristianismo como acredito que o sol nasce todo dia. Não apenas porque o vejo, mas porque através dele eu vejo tudo ao meu redor. ” Precisamos crescer no conhecimento bíblico e saber mais sobre nós mesmos através da vida de Jesus, se queremos habitar neste mundo de forma significativa e autêntica. Saiba, a fé do cristão é baseada no caráter de Deus e suas promessas, e essas são imutáveis. Para isso é necessária uma busca para se ter mais fundamentos sobre nossa fé. Devemos então nos inteirar completamente das doutrinas da palavra de Deus para que possamos expor com poder a escritura e sermos capazes de comentá-la a ponto de pessoas serem edificadas por meio da nossa fé e pela exposição da verdade.

Deus abençoe!

Você está sabendo do novo lançamento da Fhop Music? Já está disponível nas plataformas digitais, agora você pode escutar a canção, “Não Descansarei”. Estamos com expectativas altas, pois pela primeira vez a Fhop Music gravou um álbum de estúdio totalmente produzido aqui em nossa Base Missionária da FHOP. 

Aqui no blog temos compartilhado com você sobre a canção, o significado da letra e o que ela representa biblicamente, leia mais sobre aqui.  Hoje, neste texto, vou refletir a respeito de como os versículos de salmos 132 podem ser interpretados de forma prática em nossos dias. 

Um voto

A canção “Não Descansarei” foi escrita com base em Salmos 132, que diz sobre o voto de Davi e o seu desejo ardente de construir um lugar para Deus habitar. Um lugar onde o Senhor pudesse se deleitar. Em outras palavras, Davi almejava a íntima comunhão com o Senhor. 

“Senhor, lembra-te de Davi e das dificuldades que enfrentou. Ele jurou ao Senhor e fez um voto ao Poderoso de Jacó: Não entrarei na minha tenda e não me deitarei no meu leito; Não permitirei que os meus olhos peguem no sono nem que as minhas pálpebras descansem, enquanto não encontrar um lugar para o Senhor, uma habitação para o Poderoso de Jacó”. Salmos 132:1-5

Não sei o que você pensa ao ler esses versículos e qual o sentimento que vem ao seu coração, mas esse texto pode ser confrontador dependendo da forma como lemos. Acredito também que seja paradoxal pensar em ser este lugar de descanso do Senhor em um mundo que nos desafia e parece impor cada vez mais tarefas. 

Então, a pergunta que salta neste texto é: Como podemos cultivar um lugar de descanso para Deus em meio às nossas rotinas? Aliás, o que isto significa de maneira prática? 

Primeiro, é importante ressaltar que ser um lugar de descanso tem a ver com o cumprimento da vontade inicial do Senhor, assim como no jardim quando ele tinha comunhão com Adão. 

Além disso, podemos confiar que o Senhor irá cumprir plenamente o desejo de habitar entre os homens quando Ele voltar à terra. O Senhor também vai responder  ao nosso desejo de estar em eterna comunhão com o Seu filho. 

Mas, enquanto isso ainda não acontece, como viveremos? 

Tornar-se um lugar de descanso para o Senhor significa Ele ser o centro de tudo o que fazemos. Então, em nossas demandas diárias por menores que possam ser ou nas maiores podemos dedicar ao Senhor e fazer tudo para a Sua glória. 

Ademais, desejar uma íntima comunhão com o Senhor, assim como Davi ansiou e buscou, está relacionado  em cada estação da nossa vida se fazer esta pergunta: 

  • Como posso amar o Senhor de todo o coração nesta fase que vivo hoje? 
  • De que forma posso amá-lo sendo solteira, casada ou viúva? 
  • Como posso desejar o Senhor e encontrá-lo, trabalhando num ministério em tempo integral, no mercado de trabalho ou nos afazeres domésticos? 

As circunstâncias mudam e as fases podem passar, mas o ponto principal é que podemos ser um lugar de descanso para o Senhor em qualquer tempo. 

Nós, pertencentes ao Corpo de Cristo, podemos ser este lugar em qualquer estação da nossa vida. 

Encontrando o Senhor na simplicidade

O Senhor deseja falar conosco e se relacionar em meio aos nossos afazeres e até nos dias de caos. Pois, é na simplicidade do dia que podem acontecer as maiores revelações sobre quem Deus é, e isto tocar e mudar o nosso coração para sempre. 

Nem sempre teremos as condições favoráveis para buscar ao Senhor, porque muitas vezes nossas agendas são cheias. Mas, são nesses dias que devemos voltar os nossos olhos ao Senhor e para aquilo que é importante: a comunhão.

Então, no meio das tarefas diárias podemos estabelecer um diálogo com o Senhor, compartilhar as nossas angústias, inseguranças e também alegrias. E são nestes momentos que o Pai nos ensina e alinha o nosso coração com a sua vontade. 

Somos criados para a comunhão

Assim, ser um lugar de descanso e deleite para o Senhor não é algo místico. Mas, é algo prático e real.  Evidentemente, isto irá se cumprir em plenitude quando o Filho do Homem habitar na terra (Ap 21). No entanto, já podemos experimentar e viver um pouco a partir dessa perspectiva e realidade. 

“Oro para que você possa compreender que existe graça do Senhor para os seus afazeres e que fazendo-os você seja tocado pela realidade do céu. Além disso, que o seu amor e desejo por estar em comunhão com Ele cresça cada dia mais, amém”

Hoje queremos compartilhar com você a nossa expectativa para o lançamento da nova canção da Fhop Music: Não descansarei. Além disso, qual o significado da música e o sentido bíblico sobre Deus habitar e descansar no meio do seu povo. Boa leitura!

Como jurou ao Senhor, e fez votos ao poderoso Deus de Jacó, dizendo: Certamente que não entrarei na tenda de minha casa, nem subirei à minha cama, não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o poderoso Deus de Jacó. – Salmos 132:2-5

Salmos 132 fala sobre o voto de Davi, voto esse que está no coração do movimento de oração e é conhecido como “O voto que mudou a história”, relatado também em 2 Samuel Capítulo 7Davi ficou inconformado com a ideia de que Deus morava em uma tenda, onde ela era removida e mudava de lugar a todo instante. Isso gerou uma inquietação no coração de Davi.

E sucedeu que, estando o rei Davi em sua casa, e tendo o SENHOR lhe dado descanso de todos os seus inimigos em redor, Disse o rei ao profeta Natã: Eis que eu moro em casa de cedro, e a arca de Deus mora dentro de cortinas. E disse Natã ao rei: Vai, e faze tudo quanto está no teu coração; porque o Senhor é contigo. – 2 Samuel 7:1-3

Uma habitação para o Senhor

Deus sempre desejou habitar no meio do seu povo desde o jardim. Nós sabemos que no fim de todas as coisas isso irá se concretizar, assim como diz em Apocalipse 21, se cumprirá a vontade Dele desde o princípio. 

E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. – Apocalipse 21:3

Mesmo Davi tendo sido equivocado em alguns momentos ele conseguiu captar o que estava no coração de Deus. Davi tinha um estilo de vida de oração e adoração dia e noite. Ele estudava as emoções de Deus e o Senhor colocou em seu coração esse desejo de fazer uma habitação. Davi captou que Deus queria ser o centro de tudo o que fazemos. 

Deus é digno de ser adorado na terra como no céu e hoje existe a possibilidade de termos um lugar na terra com adoração dia e noite, com músicos e cantores, levantando incenso como sua principal função, como por exemplo o movimento de oração 24/7. 

Davi captou o que estava no coração de Deus e quando olhamos para Apocalipse 4 e 5 vemos que Deus é adorado com música no céu, dia e noite. Vemos essa vontade Dele de que seu povo não descanse até que Ele tenha isso na terra assim como Ele tem no céu, adoração dia e noite.

Assim como era nos primeiros dias

A nova canção da Fhop Music “Não descansarei” fala sobre essa expectativa da profecia se cumprir, Deus habitando entre os seus. Até que esse dia chegue, a nossa função como ministros do Senhor é estabelecer esse lugar que não é só físico, mas espiritual. É uma postura do nosso coração. É um inclinar do nosso coração, entendermos que Deus nos convida a participar do seu plano maior que é restabelecer esse relacionamento de Deus com sua criação. 

O Senhor descansar em nosso meio significa Ele ser o centro de tudo que fazemos.  Ele governar a partir disso, da nossa adoração e oração incessante. Independente de onde Deus nos levar, ele espera que vivamos esse voto, dedicando nossas vidas para estabelecer esse lugar de descanso ao Senhor. 

O lugar de descanso tem a ver com o cumprimento da vontade inicial de Deus, assim como no jardim ele tinha comunhão com o homem. Vemos isso em Apocalipse 21 acontecendo e um dia irá se cumprir em plenitude. A primeira pessoa da trindade irá habitar de forma física novamente na terra junto com seus filhos. 

O voto de Davi é o desejo que Deus tenha esse lugar na terra. Que o Pai volte a descansar em nosso meio assim como era no jardim, ele volte a ter esse prazer na criação, habitando em plenitude com seu povo. Essa canção é um resumo do plano de Deus, a nossa resposta no voto de Davi para que tudo se concretize. 

Verdadeiros adoradores

A música fala também de João 4, onde Deus procura verdadeiros adoradores. Sobre os olhos do Senhor procurarem por aqueles que levantam adoração, que vivem para glorificar o nome Dele. Tudo isso tem a ver com o que vivemos no contexto de Sala de Oração, incenso dia e noite sendo erguido ao Senhor. 

Ao ouvir essa canção, queremos que esse desejo, de não somente estar em um contexto de sala de oração, mas ser esse lugar de descanso para o Senhor, queime em seu coração.  Que Deus possa contar conosco, possa se deleitar em nós pois estamos disponíveis a Ele, ao cumprimento do seu plano perfeito. Que nossas vidas possam glorificar o nome Dele aqui na terra. E assim como era nos primeiros dias, assim como era no jardim, o desejo inicial de Deus irá se cumprir no final de todas as coisas, Ele habitará novamente conosco, e para sempre. (Apocalipse 21).

Como ministério nós oramos para que esse desejo de viver para esse dia, com convicção para o final de todas as coisas queime em seu coração, que sejamos tomados por esperança e alegria. Embora os dias sejam difíceis, sabemos que o final será belo. 

Deus habitará novamente com seu povo e tudo será perfeito, como ele sempre desejou. Isaías 11 fala sobre isso, onde Deus irá restaurar a ordem natural de todas as coisas.

Nosso desejo é que ao ouvir essa canção esse desejo de adorar ao Senhor dia e noite, ser uma habitação para Ele, estar disponível e ansiar a Sua volta, queime em seu coração. 

Pré-Save 

A expectativa para o lançamento da canção, gravada em estúdio em abril de 2020, está muito grande. Pela primeira vez a Fhop Music gravou um álbum de estúdio, todo produzido na Base Missionária da Florianópolis House of Prayer, por missionários da casa. Além da canção, um videoclipe, gravado no município de Águas Mornas em Santa Catarina, sairá no Youtube no mesmo dia.

Por isso, para não perder nada desse lançamento, queremos te convidar a fazer a pré-save no Spotify, plataforma de streaming onde a música estará disponível no dia 8 de Julho. Dessa forma, fazendo a pré-save você ficará por dentro de todas as novidades que estamos preparando e terá acesso a um conteúdo exclusivo da Fhop Music.

Então, fique ligado nas redes sociais da Fhop Music (@fhopmusic), que dia 8 de julho vem aí o novo Single Não descansarei. Acesse: ouça.fhop.com e receba a música em primeira mão.

Há tanto para falar e aprender ao olharmos a vida de Davi. O homem segundo o coração de Deus consegue causar tanta identificação em nós, mesmo com todos os anos de distância que nos separam dele. O pastor menino, tão cuidadoso com suas ovelhas, o irmão mais novo e mais valente do seu clã, o guerreiro ovacionado pelo povo, o rei amado. Ele foi tão humano, porém, sua humanidade transbordou em suas fraquezas. Deve ser por causa disso ele nos ensina sobre aprender a ser perdoado por Deus.

Imagina que Deus escolhesse escrever um livro sobre a sua vida, e o colocasse ao alcance de milhares e milhares de pessoas e gerações. Todas as suas glórias e vitórias expostas e fazendo de você alguém admirável diante dos olhos de várias pessoas. Entretanto, imagine também que esse mesmo livro seria igualmente uma vitrine das suas fraquezas, seus pecados seriam expostos e algumas vezes as intenções mais obscuras do seu coração estariam lá registradas.

Isso foi exatamente o que Deus fez com Davi. Ele colocou a vida de Davi como um espetáculo público. Assim, soberanamente permitiu que a vida do rei de Israel fosse assistida por várias gerações. E graças a Deus por isso, podemos extrair lições preciosas com sua jornada.

O HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

O título mais famoso ao falarmos de Davi foi o elogio que saiu da boca de Deus dirigido a ele: o homem segundo o coração de Deus. Um título bem controverso quando olhamos para os eventos da sua vida. Já conheci pessoas que realmente se ofenderam com esse título dado a Davi. Aliás, como assim um adultero, homicida, mentiroso, pai passivo a um abuso sexual pode ser chamado de homem segundo o coração de Deus? Você já pensou sobre isso?

Dentre as tentativas de justificar esse título controverso com certeza o que se destaca é o tipo de relacionamento que Davi tinha com o Senhor. Ele é incomum e distinto na forma como se relacionava com Deus no contexto da era da Lei e não dá graça. Salmos expõe o coração de Davi em orações profundas diante de Deus. Ele era humanamente fraco e vulnerável ao pecado que lhe batia a porta, mas seu coração estava entrelaçado mesmo que muitas vezes de forma fraca a um amor pelo seu Deus.

Se você tem um relacionamento íntimo com alguém sabe como funciona. É ter outra pessoa que conhece detalhes da sua personalidade que seria vergonhoso um desconhecido conhecer. Você fala e faz coisas que não faria na presença de outros. Em outras palavras alguém intimo é alguém que não cabe a performance, o requinte ou as máscaras. É apenas a realidade exposta como ela é. Essa é a sensação que tenho quando olho para o relacionamento de Davi com Deus, eles se entendiam com o olhar.

DAVI SABIA SER PERDOADO E CONTINUAVA VOLTANDO PARA O SENHOR

A vida de Davi nos mostra a habilidade que ele tinha de continuar voltando para o Senhor. Mesmo quando haviam deslizes e quedas ele era rápido em correr para Deus em arrependimento e confissão. E essa é a lição que  queria chegar nesse texto: Davi sabia ser perdoado. Ele reconhecia o conceito de viver pela graça mesmo que não fosse a mensagem da sua época. Todavia, Deus já era gracioso e se movia benignamente com corações que tinham fé Nele.

OS EMPECILHOS DO PERDÃO

Diferente de Adão que pecou e se entregou a vergonha, Davi não corria de Deus, ele corria para Deus. Quando nos deparamos com nosso pecado e fraqueza Satanás realmente deseja que nos sintamos tão envergonhados e sujos que não consigamos nos voltar para Deus novamente. A vergonha e a autocomiseração são ferramentas eficazes para separar o homem da nova vida após o arrependimento.

Ademais, quando a culpa ganha a guerra, o coração que se sujou permanece sujo e ainda corre o risco de sujar-se mais ainda. Quem se vê como impuro e não consegue receber o perdão, tende a perder mais tempo longe de Deus.

A ALEGRIA DO CÉU É O PECADOR ARREPENDIDO

Você já pediu perdão a Deus por algum pecado e levou um tempo para orar normalmente ou se sentir merecedor da atenção e benção de Deus outra vez?

Muitas vezes achei que quando caia eu voltava para o final da fila e teria que percorrer todo caminho penoso de novo, como castigo, tendo que assim reconquistar a confiança de Deus. Como se Deus fosse como o homem. Não, definitivamente Deus não precisa de um tempo para conseguir liberar perdão. O Cordeiro que nos justificou foi morto desde a fundação do mundo (Apc 13:8).

É crucial na caminhada cristã entender que Deus prefere o coração arrependido. Ele não pode ser surpreendido e nem ser frustrado. Lembre-se: “[…] haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (Lc 15:7)

Mais paradoxal que o elogio de Deus à Davi é a graça, que nos vê como ainda seremos, dispensando nosso esforço em nos transformar e requerendo apenas fé suficiente para nos voltarmos para Ele.

Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. 1 João 3:20

RECEBA O PERDÃO

Assim, como Davi fazia não esconda de Deus seu pecado ou sua fraqueza, pelo contrário, converse com Deus sobre isso. Ele é de fato o único que pode ajudar você. Dê ouvidos a Palavra e não as suas sensações de culpa e vergonha.

Corra para o Senhor e creia no perdão Dele derramado antecipadamente no Calvário. Após o arrependimento deixe que o amor do perdão te constranja pela consciência que mesmo indigno após pecado, o amor Dele não sofre desgaste.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. 1 João 1:9

Mude os olhos com os quais você olha para o Senhor, ele é como o pai do filho pródigo que corre em direção ao filho perdido que volta para casa. Ele não está cansado e irritado se você o procura. Ele faz festa com o coração que deseja se concertar com Ele.

“Dos céus o SENHOR se inclina sobre a humanidade, para ver se há alguém que tenha juízo e sabedoria, alguém que busque a Deus de coração.” Salmos 14:2

Algo que  simplesmente amamos sobre toda a história da redenção, é que desde o dia um até o fim dos tempos o Senhor nunca mudou de propósito, Ele nunca mudou de planos. O Seu desejo ao criar o Homem sempre foi se revelar e se relacionar com ele. Não por necessidade, mas por Sua soberana vontade.

Verdadeiros adoradores

Podemos perceber que o Senhor sempre buscou aqueles que o adorassem em Espírito e em Verdade (João 4:23), a Bíblia fala que Ele se inclina das alturas para ver se há alguém que o busque de coração.(Salmo 14:2). Como o Deus que não precisa de nada e é suficiente em si mesmo pode estar atrás de algo?

A verdade é que Ele nos criou com o propósito de termos comunhão com Ele. O Criador  formou nosso coração com um vazio do seu tamanho, este não foi um efeito da queda, sempre esteve em nosso design original. Fomos criados por Ele e para Ele.

Por isso, a linha do tempo mostra a humanidade numa busca incansável por sentido e por propósito, dessa realidade Agostinho fala  “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.”

Assim, nosso Deus nos criou para o relacionamento e colocou este anseio em nosso coração. 

“ Pois somos santuário do Deus vivo, como ele disse: Habitarei neles e entre eles andarei; eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (2 Co 6:16) 

O Criador que desce das alturas

Então, é um privilégio para nós habitarmos com Deus e desenvolver um relacionamento íntimo com o Senhor. Isto não é algo que desenvolvemos com nossa própria força, mas é pela graça de Deus. Além disso, é o Senhor que se achega até nós e, é Ele que está procurando verdadeiros adoradores. 

Os olhos do Senhor passeiam por toda a terra à procura daqueles que buscam-o de todo coração. Este é o nosso Criador. 

Oramos para que essa reflexão possa encher seu coração de amor por Jesus. E que você desfrute do acesso que você tem ao Criador.  Ele anseia intimidade com os seus filhos e esse desejo também foi plantando em seu coração. Que você corra todos os dias para o lugar de intimidade com o Senhor, amém!

Neste terceiro texto da série sobre a vida de Davi, vamos conversar um pouco sobre a sua identidade. As características de uma identidade firmada no Senhor e como podemos aplicar esses princípios em nossa vida. 

Boa leitura! 

Davi tinha um diferencial em relação à sua família e ao seu povo: sua identidade estava firmada em um lugar seguro e por isso ele não temia as adversidades. A Bíblia ressalta esse jovem menino que precisou confiar em Deus. Constantemente seu compromisso era provado e à medida em que desenvolvia sua fé, ele era confrontado e, consequentemente, aperfeiçoado.

Um grande problema que enfrentamos hoje é, mesmo sendo cristãos somos alvos de uma cultura que prioriza a própria individualidade, autonomia e bem estar. Sem se preocupar com o lugar que a Palavra de Deus deveria ocupar no nosso coração.

Como então, Davi lidava com determinação e coragem para enfrentar as adversidades  respondendo à vontade de Deus? 

Primeiro, o que é identidade?

Uma pesquisa rápida na internet nos mostra que identidade é aquilo que distingue uma pessoa, são as características que individualizam sua personalidade, ambiente, formação psicológica, comunidade em que vive, gostos, valores e dentre muitos outros fatores.

Indo um pouco mais além, existe também uma individualidade caracterizada pela maneira como enxergamos o mundo, nossos desejos mais profundos e como eles interferem na maneira que enxergamos a nós mesmos. E por sermos seres intrinsecamente relacionais, como somos vistos por outras pessoas.

Esses últimos fatores definem os nossos impulsos e como tomamos decisões na vida. Trata-se do centro religioso da nossa existência, por isso, podemos notar de onde partem os desejos do coração de Davi. 

De onde parte a coragem de Davi?

É fácil admirarmos pessoas que sabem o que querem, que têm propósito claro e lutam por aquilo que acreditam. Além disso, por serem destemidas e ousadas para enfrentarem o que vier pela frente. Davi também era destemido e ousado, porém a sua confiança partia de um lugar realista a respeito de sua própria natureza e da dádiva da graça de Deus.

Para exemplificar, vamos pensar a respeito do episódio em que ele lutou com o gigante Golias, inimigo de Israel. Davi era novo e não pertencia ao exército do Rei, havia chegado ao local da batalha apenas com o intuito de levar comida para seus irmãos. Quando percebeu que nenhum dos israelitas se propunha a lutar contra o gigante fariseu, ele mesmo se ofereceu para guerrear em nome do Senhor dos Exércitos.

A sua confiança estava na verdade sobre quem ele era em Deus e não no que ele poderia fazer. 

Davi conheceu suas fraquezas

A identidade de Davi foi moldada muito tempo antes da batalha contra o gigante Golias. Não a partir de uma autoconhecimento narcísico de sua competência e talento, mas de uma vida de intimidade com Deus. O conhecimento de Deus, sua intimidade com as leis do Senhor e com o reconhecimento da graça diária, foi assim que Davi pode ser capaz de conhecer a si mesmo.

As fraquezas de Davi não oprimiam sua identidade, mas era parte da fonte de sua dependência de Deus. Suas limitações o impulsionaram a reconhecer sua necessidade do Altíssimo e a buscar refúgio em sua presença. 

A realização de Davi

Davi venceu a batalha contra Golias, mas sua realização partiu de uma identidade equilibrada. E que reconhece suas limitações, vibra pela graça e misericórdia de Deus.

A realização de Davi estava em regozijar-se no Senhor, porque confiava que o propósito divino era maior que sua vida. Ele confiava que Deus era capaz de usar suas mãos, inteligência e estratégia para a glória dEle. 

Aprender com Davi é importante para brilharmos a luz que o mundo ainda não conheceu. Uma luz que não irradia de nossa própria glória, autodeterminação, individualidade, mas de uma identidade firmada em Deus. Ou seja, de nossos sentimentos e intelectualidade não mais irrealistas e superestimados, mas equilibrados sobre a visão que temos de nós mesmos, dos outros e do nosso propósito nesta terra.