“Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo.” Sl. 27:4
Reli recentemente o livro “Uma coisa” escrito por Dwayne Roberts. O título em inglês (Onething) carrega mais significado do que a tradução para o português. Mas, essa uma coisa é, na verdade, uma pessoa: Jesus. Brennan Manning também escreveu um livro intitulado “o evangelho maltrapilho”, que trata do mesmo tema.
Esses dois homens escreveram sobre a experiência de reajustar suas agendas em prol do que é eterno. Eles estão em boa companhia, pois Paulo também fez isso:
“E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.” Fl. 3:8
Jesus é e sempre foi o princípio e o fim. Ele é o Alfa e o Ômega. Ele é Aquele que pagou o preço pra que nosso relacionamento com o Pai fosse restituído. Nossa conversão começa com um gesto dEle em nossa direção e não nosso na direção dEle. Embora ao longo da jornada, por motivos diversos, percamos o foco, é imprescindível ajustá-lo.
São as distrações que nos roubam desse lugar de dependência. O apelo social e até ministerial pode nos distanciar da simplicidade do evangelho, da obra da cruz. Escrever sobre simplicidade e profundidade de nosso relacionamento com o Senhor requer vulnerabilidade.
Por isso, reconhecer que andamos algumas milhas na direção errada, é o primeiro passo para correção da rota. Isso é imprescindível, já que o custo do erro pode resultar no distanciamento de uma vida com significado. Embora algumas atividades sejam legítimas, não devemos desperdiçar energia com algo que jamais nos satisfará.
Quando a alegria da salvação fica aguada e a rotina subtrae nosso tempo com o Noivo é hora de rever nossas prioridades. Por isso, quando na oração ficamos sem assunto, isso também é um sinal de alerta. Pessoas apaixonadas nunca ficam sem assunto. Elas ajustam o que for preciso em seu dia ou semana para usufruir da companhia da pessoa amada.
Maria, à semelhança de Paulo, considerou tudo mais como perda. Por isso, sentou-se aos pés de Jesus e escolheu a boa parte. O amor nos conduz a atitudes de abandono e dependência. Encorajo-o a convidar o Espírito Santo a sondar seu coração. Permita que Ele o atraia para níveis de relacionamento mais profundos.
Portanto, viver para audiência de apenas um par de olhos é sábio. Ele é suficiente para preencher cada vazio de nosso coração. Sua beleza é fonte de contentamento inesgotável, por isso, não devemos nos contentar com nada menos. Creia que existe vida abundante para os que ousarem buscar apenas “Uma coisa”.