Ao ser indagado pelo escriba qual era o primeiro dos mandamentos, Jesus, em sua habilidade inigualável de dizer muito falando pouco, recita o shemá e proclama que em primeiro lugar se deve amar a Deus sobre todas as coisas, com toda alma, força e entendimento e em segundo, semelhante ao primeiro, deve-se amar ao próximo como a si mesmo (Mc 12:28-31).
Sem dúvida nenhuma estamos vivendo tempos de restauração como igreja, onde o Senhor tem nos conduzido a recolocar o primeiro e o segundo mandamentos em seus respectivos lugares de direito.
Partindo dessa realidade de que, de fato a Igreja brasileira tem vivido esse tempo de reforma, ao menos na sua grande maioria, é válido ressaltar que a compreensão desses alicerces não se consuma tão somente em os entendermos intelectualmente, mais do que isso, necessário se faz experimentá-los na prática. O que perpassa inevitavelmente em sermos introduzidos em processos, a fim de que as bases desse amor sejam aperfeiçoadas dentro de cada um de nós, individual e coletivamente.
Como filhos de Deus, viver os processos dinâmicos para conhecermos mais do amor do Aba é uma questão de permanência no propósito que Ele estabeleceu. Jesus disse aos discípulos em suas últimas palavras antes da crucificação, quando falou acerca de uma vida frutífera a eles, os recomendou da importância deles permanecerem em Seu amor (Jo 15:9).
A exemplo do que aconteceu com os discípulos, que depois da ascensão de Cristo viveram tribulações, angústias, perseguições, somos também expostos a todos os tipos de intempéries e situações desconfortáveis e, elas cumprem o propósito de nos levar ao aprofundamento no conhecimento do amor de Cristo. Pois em todas essas coisas ele é triunfante, e nos faz mais do que vencedores. O mesmo AMOR que venceu a morte na cruz, continua vivo, e em nós, é plenamente poderoso para conosco vencer todas as coisas.
Em uma de suas memoráveis orações registradas nas escrituras, o apóstolo Paulo ora pedindo ao Pai força no homem interior, a fim de que Cristo habite pela fé no coração daquela igreja, com o intuito de que em comunhão, eles entendam as dimensões do amor e o experimentem o amor que excede todo entendimento para que eles possam alcançar a plenitude (Ef. 3:14-21).
Refletindo nessa oração, cremos que somos convidados pelo amor ágape, a um lugar para vivermos uma vida que a rigor excede o nosso entendimento. Há momentos que a leveza desse amor afronta nossa ideia de firmeza, como há momentos que Ele se manifesta de maneira firme, desafiando nossa suavidade. Ou seja, o amor ágape por vezes ofende a nossa mente para fortalecer nosso coração, para nos habilitar a ter uma compreensão poli dimensional (largura, altura, cumprimento e profundidade). E nesse processo, seremos movidos a experimentar dessa dança dinâmica do amor, cujo destino é a plenitude.
Para ser pleno nesse AMOR necessário se faz participar das aflições de Cristo, mesmo que por um poucochinho de tempo e muitíssimo menos intensa do que as que o nosso Amado viveu. Ainda assim Ele não nos poupará, visto que nelas está sendo produzido em nós um peso eterno de glória.
É ofensivo para nós, as vezes, vivermos algo que nos é incomodo como uma perda de um ente querido, um negócio que não prospera, aquele familiar que por mais que receba a ajuda de todos não quer mudança, ou outras situações afins, e continuar cultivando em nosso coração a mesma pureza de amor e confiança na liderança do Senhor. Mas nenhum de nós estamos imunes a vivermos experiências desconfortáveis. Na verdade, ousaria dizer que elas acontecerão na vida daqueles que vivem piamente o propósito celestial, por que por meio delas somos oportunizados a experimentar mais da realidade do amor de Cristo.
Ó vento sul, ó vento norte, sopra em nosso jardim (Cantares 4:16)! Essa oração tem sido ouvida e respondida pelo Noivo amado. Temos passado pelas noites escuras das nossas almas, mas a partir das convicções desse amor que já foram derramadas em nossos corações pelo Espírito Santo, temos triunfado e iremos trinfar, sob o estandarte da sua liderança, cumprindo toda a jornada. Ah que ousado amor! Ah quão imensurável! Ele está conosco! O estandarte dEle sobre nós é o amor! Que possamos amadurecer nesse amor, e dar esse fruto, a fim de que ele desfrute daquilo que Ele mesmo cultivou em nós.
Este post tem 2 comentários
Amém!! Muito legal o texto!!
Só penso que a linguagem pode ser menos formal, clara e objetiva. Dessa forma, o texto não fica cansativo.
Fica a dica.
Q o Senhor continue abençoando vcs!!
Ousado e bondoso amor, obrigado pela reflexão sobre esse tema tão maravilhoso. É tempo de apreciara presença do rei, não importando a renúncia necessária para tê-lo mais perto.