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Sobre o autor

Nayla Cintra

Nascida em Mato Grosso, Nayla é missionária em tempo integral desde 2011, tendo já servido durante 4 anos na JOCUM (Jovens Com Uma Missão) e quase 2 anos como missionária intercessora no FHOP (Florianópolis House of Prayer). Nayla carrega um coração para pessoas em situação de vulnerabilidade social, ama o mundo artístico e criativo, é apaixonada por missões, mas tem como maior desejo ver o nome de Jesus sendo conhecido entre todos os povos e tribos da Terra.

Você já parou para pensar como temos facilidade de atirarmos pedras? Isso não é uma coisa que fazemos por simples maldade ou arrogância humana, na verdade, às vezes isso parte de nossas melhores intenções. Atiramos pedras porque julgamos ser o mais certo a fazer. Atiramos pedras porque queremos ser zelosos. Atiramos pedras porque não queremos pecar contra Deus. Mas para entrar em parceria com Cristo há algo que precisamos aprender, temos que deixar as pedras de lado e olhar através dos olhos do amor para: livrar “os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos.” (Provérbios 24.11).

Como intercessores que buscam o coração do Pai, não podemos ser simplistas em nossas orações, mas precisamos aprender o coração de Cristo de forma profunda. Tenho pensando na história narrada em João 8.1-11. Diz a Bíblia, que os escribas e fariseus trouxeram até Jesus uma mulher surpreendida em adultério. Esses homens não desejavam que justiça fosse feita. O que eles realmente queriam era testar a resposta de Jesus e deixá-lo em uma situação difícil. Porque qualquer resposta dada naquela circunstância poderia quebrar tudo o que Jesus estava ensinando sobre o amor. Jesus não poderia ser a favor do pecado, não poderia consentir com o adultério. Mas também não poderia ser a favor da morte daquela mulher.

“Isto diziam eles tentando-o, para terem do que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.” João 8.6

A história, então, continua dizendo que aqueles homens insistiam em perguntar o que deveria ser feito àquela mulher, e Jesus com toda sabedoria lhes respondeu: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra.” (João 8.7b). Ao ouvirem o que Jesus lhes respondeu, eles foram acusados por suas próprias consciências e deixando as pedras partiram daquele lugar.

“Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” Provérbios 31.8-9

Jesus tem levantado um movimento de oração mundial sem precedentes na história da humanidade. Jesus tem nos convidado a entrar em parceira com Ele e clamar a favor da justiça. Ele quer que entremos em concordância com o seu coração. Mas precisamos aprender com sua ternura a orarmos a partir desse lugar de intimidade e discernimento. Só poderemos julgar retamente se tivermos em nós o coração de Cristo e a sua Palavra revelada, arraigada em nós, para não orarmos com as pedras nas mãos e não julgarmos precipitadamente.

Oremos: “Senhor, hoje escolhemos deixar as pedras. Queremos ser sensíveis a tua voz. Queremos orar para que venha o teu reino e sua vontade seja feita aqui na terra, como é no céu. Oramos para que nos dê um coração amoroso como é o Teu. Senhor, nós não queremos ter aliança com o pecado, mas nos ensina a julgar retamente. Enche o nosso coração de ternura e de discernimento do Espírito Santo para que possamos viver de forma digna do nosso chamado. Te amamos e nos entregamos a Ti.”

Sabe aqueles dias que você acorda com vontade de colocar a mão na massa e criar algo que seja relevante para o mundo? A sua mente criativa não para e você fica a buscar ideias e pensar nas coisas que poderia realizar? Então, se levanta e pega uma coisa, e outra, e não se cansa de inventar. Pois foi Deus que nos fez assim, somos chamados a criar e a promover transformações até maiores do que podemos imaginar.

Você já parou para pensar em Noé construindo um objeto estranho no meio do nada  para um evento totalmente improvável? Chuva? Todos poderiam estar se perguntando o que seria essa tal chuva que Noé estava prevendo. E, certamente a maioria das pessoas estavam duvidando e achando que Noé e sua família tinham perdido o juízo. Mas a alma daquele homem sabia que a única coisa a se fazer era obedecer e continuar a construir a arca. Continuar a criar, cortar madeira, encaixá-las e terminar o projeto divino.  

“Então disse Deus a Noé: “Chega! É o fim da raça humana. A violência está por toda parte. Vou dar fim a isso. Construa você mesmo um grande barco de madeira. Faça compartimentos nesse barco. Revista-o com piche por dentro e por fora. Ele deve medir cento e quarenta metros de comprimento, vinte e cinco de largura e quinze de altura. Faça um teto para o barco e coloque uma janela a meio metro do teto, ponha uma porta na lateral e faça três andares: o de baixo, o do meio e do cima. Eu farei desabar sobre a terra um dilúvio que destruirá tudo o que tem vida debaixo do céu. A destruição será total. Mas farei uma aliança com você…” Gênesis 6.13-18a (A Mensagem)

Noé usou toda a imaginação. O que Deus lhe propusera a fazer, cada detalhe, ele o fez como o Senhor determinara que o fizesse. Ele esculpiu, entalhou, pintou, mediu, cerrou, cortou. Trabalhou com as mãos, carregou peso. Planejou e concluiu de forma excelente um “lugar” de salvação. Um lugar de acolhimento que trouxera livramento aos seus. E assim, perpetuar a aliança que Deus manteve com os homens. Não que a ideia tivesse sido dele, não. Ele fora um excelente executor no plano projetado por Deus. Em sua criatividade ele obedeceu, em sua obediência ele co-criou. Ele deve ter tido muitos gastos naquela operação e trabalhou muito para cortar toda aquela madeira e transportá-la para o local adequado. Mas ele era assim, um homem que agiu por fé diante das ordenanças do Senhor.

“Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.” Hebreus 11.7

Deus preservou uma amostra de sua criação, seres humano e animais.  E manteve a aliança com o homem. Deus fez de Noé um co-criador com Ele, usando-o para construir o “grande barco” que não submergiu. Mas acolheu e se tornou salvação. Essa obra estabelecida é uma figura da obra de redenção final de Cristo, em que Ele comprou para Deus, por meio do sacrifício na cruz, os seus, a quem Ele ama.

“e entoavam novo cântico dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua e nação.” Apocalipse 5.9

Nós os seres humanos, somos criaturas D’Ele, feitos a sua imagem e semelhança. E muitos dias esse desejo latente de criar vem sobre nós com a força de um maremoto. Michael Card, em seu livro “Criatividade – Rabiscando na Areia”, afirma que: “Somos impulsionados a criar nesse nível profundo e indescritível da alma porque fomos todos confeccionados a imagem de Deus, que é uma artista.” O que a história de Noé nos ensina? Que podemos ser co-criadores com Deus. Além disso, Jesus também foi um “simples marceneiro”, mas Ele é o Rei que nos remiu e nos dá a salvação.

Sim, eu e você podemos experimentar dessa verdade: A proteção de um Deus que é forte. Mesmo nos momentos de perigo, coragem podem nos inundar. Então, vamos falar dessa realidade e como temos vivido em proteção mesmo quando estamos adormecidos. Se buscarmos em nossas memórias poderemos nos lembrar de fatos que demonstram milagres de livramento, e quantas vezes vamos contá-los? Davi dizia:

“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.” Salmos 34.7

Esses dias me lembrei de um episódios de quando criança. Você também dormia abraçada com bonecas e ursos de pelúcia? Muitas vezes ficava com medo e via olhos vermelhos em meus brinquedos, então eu orava e me aquietava no Senhor. E, simplesmente, adormecia em paz esquecendo-me da sensação de perigo.

Uma vez eu cozinha na antiga Agência Missionária em que servia, e ao acender o forno uma grande bola de fogo explodiu bem na minha frente. Confesso que senti grande pavor porque todo o meu corpo poderia ter sido queimado. Porém sai daquela situação com apenas cheiro de galinha sapecada, nada mais que uns pelinhos tostados, ilesa. É, Deus é bom e nos protege nas mais inusitadas situações.

A Bíblia também nos relata incríveis histórias de livramento, o próprio povo de Israel quando saiu do Egito passou pelo mar vermelho de forma milagrosa e extraordinária, pois o mar se abriu diante deles, mas ao exército de faraó se tornou em águas mortíferas. E o que dizer de Daniel na cova dos leões?

Este homem possuía espírito excelente, e por isso tornou-se destaque entre os sátrapas. E o rei pensava em torná-lo líder entre todo reino, isso suscitou inveja, mas não havia do que acusar Daniel, então intentaram contra sua fé. Armaram-lhe uma cilada que nem mesmo o rei poderia livrá-lo.

“Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel e o lançassem na cova dos leões. Disse o rei a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que ele te livre.” Daniel 6.16

Nós também temos no fé testada, somos falsamente acusados e é como se estivéssemos diante de feras. Mas, assim como Daniel, também podemos ser protegidos pelo Deus que é forte. O Senhor tem cuidado de nós.

“Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões. Chegando-se ele à cova, chamou a Daniel com voz triste; disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive eternamente! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achado em mim inocência diante dele…” Daniel 6.19-22

Não há arrogância em Daniel ao tratar com o rei, ele tinha um coração humilde, houvera apenas boas notícias de livramento e o testemunho do poder do Senhor, sim! O Deus que é forte fechou a boca dos Leões. O Deus que é forte salvou a Daniel, e Ele é Aquele que também nos salva.

Acredito que, muitas vezes, não temos noção completa do favor de Deus e de tudo o que Ele tem feito para nos livrar. Que hoje, possamos orar como Jesus nos ensinou:

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6:9-13

Mas livra-nos do mal… Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! Que sejamos gratos porque o Deus que é forte tem nos protegido.

Jesus é o Rei que veio para servir. Mesmo sendo Deus, não exigiu Seu direito de O Ser, mas tornou-se servo de todos ensinando-nos o sentido do verdadeiro amor – “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, tendo plenamente a natureza de Deus, não reivindicou ser igual a Deus, mas, pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo plenamente a forma de servo, entregando-se à obediência até a morte, e a morte de cruz.” Filipenses 2.5-7

Essa é uma mensagem que nos instiga, não é mesmo? Pois não sei quanto a você, mas em muitos momentos não consigo assumir este papel, servir e amar sem impor condições. E além disso, precisamos de maturidade para entender a tênue linha entre obedecer a Deus e sondar as verdadeiras motivações do nosso coração a fim de servir de forma genuína.

Na Bíblia existem vários relatos em que fariseus e publicanos realizavam “atos de fé” desconectados dela, pois o propósito real de seus corações era o de ser visto pelos homens e ser considerados por eles virtuosos. Devemos servir, não com o intuito apenas de cumprir a lei, mas principalmente porque este é o modelo de Deus. Jesus, assumiu a forma de servo, o Rei que veio para servir!

Mas qual é esse modelo? Passemos agora a pensar sobre a vida de Jesus e as cenas que Ele viveu. Primeiro, nasceu como uma criança normal vindo em uma família considerada comum, com histórias de fuga e muitas emoções em torno dos seus dias iniciais aqui na terra como homem. Por meio dele foram criadas todas as coisas, todo o poder lhe pertence, mas decidiu esvaziar-se de Si mesmo e se tornar humano como qualquer um de nós. Apenas para fazer a vontade d’Aquele que Lhe enviou.

“Então, eu disse: Eis que estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.” Hebreus 10.7

“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” João 6.38

Lembra-se de como Ele serviu as crianças quando os discípulos queriam afastá-las? Olhou para as mulheres de forma tão especial e lhes concedeu dignidade além do que a própria cultura lhes conferiam. Tocou em leprosos quando ninguém mais o faria. Chamou um coletor de impostos para se juntar ao ministério do evangelho perdoando os seus pecados e oportunizando salvação a todos, alguém que era tido como um tipo “ladrão” ou quem sabe um político corrupto nos dias de hoje? Sim, podemos “revirar” o Evangelho em busca de todos os momentos em que Ele estava ali para simplesmente servir.

Mas, passemos a outro episódio, entre os discípulos surgiu grande questão: quem seria entre eles o maior? “Minutos depois, eles começaram a discutir entre qual deles era o maior; então, Jesus interferiu: “Os reis gostam de mostrar seu poder, e os líderes gostam de se dar títulos pomposos. Com vocês não será assim: que o maior de vocês se torne o menor. Quem quer ser líder deve se tornar servo. Quem vocês preferem ser: o que come o jantar ou o que serve? Vocês preferem comer ou ser servidos? Mas eu assumi entre vocês o lugar de quem serve.” Lucas 22.-27 (A Mensagem) Isso é o que chamamos de Reino de cabeça para baixo.

E falemos sobre a Cruz e como Ele tomou o nosso lugar. Como foi transpassado e moído por nossas transgressões e iniquidades. Oprimido e humilhado não abriu Sua boca para responder aos acusadores. Homem de dores e que sabe o que é padecer, desprezado e o mais rejeitado em toda história, castigado para nos libertar.

“Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, morto para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma.” 1 Pedro 2.13-25

Amém! Oremos para que o Senhor nos ajude em nossas fraquezas, que Seu Espírito em nós derrame a graça que precisamos para ser como Ele É. Nossa alma tem Pastor e Ele se chama Jesus. Desejo muito ser como Ele, e você?

Hoje vamos falar das dores que nos fazem plenos em Deus. Não sei se você, assim como eu, já se sentiu infantil diante do Senhor? Não porque o coração se torna sincero e puro como de uma criança. Na verdade, tem mais a ver com ser menino mimado e sem maturidade para lidar com o que é real. Podemos nos tornar “birrentos” diante do não, diante do espere e principalmente do confie. Sabemos que Deus sempre ouve as nossas questões e entende como ninguém, porém nossas “birras” não movem Seu coração, mas nossas orações podem fazê-lo.

“Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça.” Salmos 66.20

Muitos de nós, ouvimos aquela expressão: “crescer doí!”. De alguma forma ela é verdadeira. Pois, assim como uma criança sente certa dor quando os ossos começam a esticar-se, chegar a maturidade emocional e espiritual nos fazem sofrer aflições semelhantes. Então, devemos olhar com esperança tais momentos, pois nos levará à uma vida de saúde plena e entendimento de quem somos. No fogo seremos provados e nesse lugar também podemos experimentar aprovação. Sim, eu e você podemos nos tornar plenos em Deus. 

Quando sabemos quem Jesus É e as motivações de Seu coração, nos achegamos a Ele com confiança. Percebemos que Ele É quem transforma o nosso ser, santificando-nos de dentro para fora. Não são meras expressões externas, aparente, mas um fogo que nos incendeia e nos eleva. Um fogo que nos purifica.

O que levou Ananinas, Misael e Azarias (Sadraque, Mesaque e Abede-Nego) a enfrentarem de forma corajosa a fornalha? O que os levou a dar a Nabucodonosor a resposta que o surpreendeu e do mesmo modo o enfureceu? Eles conheciam ao Deus que serviam e estavam disposto a qualquer sacrifício. Eles sabiam que apesar de qualquer resultado, o Senhor continuaria a Ser Deus e que nenhuma circunstância alteraria tal verdade. Alguém pode duvidar que mesmo diante de uma resposta de fé, não houve nenhum tipo de medo ou incerteza quanto ao que aconteceria? Eles estavam plenos em Deus. 

“Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Daniel 3. 15-18

Não foi apenas uma resposta corretamente aceitável dadas pelos jovens hebreus. Não fora história da carochinha. A vida daqueles rapazes estava em risco, mas Eles sabiam que Deus É Digno e que não precisava provar nada a ninguém. Este também é o nosso coração diante dos desafios que enfrentamos todos os dias? Quais são as nossas respostas perante os olhos que nos cercam e principalmente d’Aquele que sonda o nosso coração? E o mais importante, como andaremos daqui para frente?

Há muito, esses jovens e de forma especial Daniel tinham tomado uma decisão, manter-se puro aos olhos do Senhor, guardar tudo o quanto haviam aprendido de seus pais e nem mesmo  uma cultura nova os haviam persuadidos a mudarem. Que hoje, eu e você, renovemos o nosso compromisso com o Senhor, a nossa decisão de dedicação Aquele que amamos. Sim, que sejamos plenos em Deus. 

“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.” Daniel 1.8

 

Jesus é o Príncipe da Paz que nos abençoa. Mesmo que nosso coração possa se tornar pesado diante das adversidades que sofremos e das lutas cotidianas que temos que enfrentar. Existe um contraposto em meio ao nossos medos, essa paz que vem de Deus e que nos leva à um lugar seguro, mesmo quando nos sentimos só.

Hoje, eu e você podemos nos achegar ao Senhor com liberdade, sabendo que Ele ouve as nossas orações e entendi nossos sentimentos. Sabendo que Ele está conosco e que nos livrará nos dias de angústia e de engano. Então, podemos orar como Jabez pedindo ao Príncipe da Paz que nos abençoe.

“… Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.” I Crônicas 4.10

A Bíblia relata a vida de Jabez dizendo que ele foi o mais ilustre entre os seus irmãos. Essa não teria sido sua história se ele simplesmente tivesse se apegado ao próprio nome, pois seu nome trazia em si o significado de “dor”, era a lembrança de sua mãe do traumático parto que tivera que enfrentar. Esse destaque poderia ter amargurado seus dias e transformado sua história em tragédia.  

“Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz. Jabez.” I Crônicas 4.9

Mas essa não foi sua escolha, Jabez se apegou ao Senhor e pediu que o Senhor o abençoasse. Isso fez com que ele experimentasse milagres, prosperidade e honra e em sua própria família não houve ninguém que se comparasse a ele. Existe algo poderoso quando entendemos que a benção de Deus é derramada sobre nós.

Fomos criados com o fim de vivermos uma vida de plenitude no Senhor e mesmo estando em um mundo caído, Deus quer se revelar a nós de forma surpreendente, todos os dias e através de pequenos detalhes ou milagres miraculosos. Você consegue compreender essa verdade? Consegue enxergar o Príncipe da Paz em seus caminhos?

Os discípulos no caminho de Emaús não reconheceram a Jesus. Eles estavam aterrorizados demais com os acontecimentos dos últimos dias, Jesus pregado numa Cruz, levado ao túmulo. Aquele que eles tanto amavam estava morto e junto com Ele toda esperança. Sim, a morte dissipará a fé e lhes taparam os olhos. Eles de fato não podiam ver. Não O reconheceram no caminho.

Porém, nós podemos contemplar sua presença quando nos achegamos a Ele, quando compreendemos que não estamos órfãos, mas Ele cuida de nós. Precisamos aprender a orar como tantos heróis Bíblicos oraram. Reconhecendo que não há limites e nem muro alto demais que Jesus não pode quebrar. Precisamo depender do Senhor e entender que a maior benção que podemos receber e vivermos vida de relacionamento com Ele. A Verdade libertadora do Príncipe da Paz alcança o nosso interior, transforma nossa mentalidade e nos dá um nome novo. Ele nos abençoa.

“… e a boa mão do nosso Deus estava sobre nós e livrou-nos das mãos  dos inimigos e dos que nos armavam ciladas pelo caminho.” Esdras 8.31

“O Senhor te abençoe e te guarde, o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz.” Números 6.24-26

Você também deseja conhecê-Lo? Mas, como conhecer a um Deus inescrutável? Que olhos não podem ver e nem há plena compreensão dos seus caminhos? Pois somos homens, limitados em ações e pensamentos, e Deus é o Criador do Universo.

Ao voltarmos a Sua Palavra, podemos perceber que sobre nós há um convite bem explícito, um desafio que faz todo o sentido e, até mesmo uma ordenança, de que prossigamos em conhecê-Lo. De que o busquemos de todo o nosso coração e nos satisfaremos n’Ele. Um Deus que não se pode sondar, mas deixa-Se conhecer por amor. Sim, sem dúvida, podemos conhecê-Lo.

Davi falava sobre essa verdade. Ele amava o Senhor, e mesmo a despeito de suas falhas e pecados, encontrou o coração do Pai. A ele foi revelado segredos insondáveis, sobre o passado e o futuro. E no seu presente aprendeu sobre força e fé. Foi tirado de trás das malhadas para se tornar um principe em Israel. Um homem segundo o coração de Deus… você imagina os motivos que o levaram a ter esse título? Em seus lábios repousou certo salmo que dizia:

“A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” Salmos 25.14

“O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança.” Salmos 25.14

Deus quer nos contar os planos que tem, sobre nós, sobre a terra e todas as coisas que está a fazer. Podemos conhecer Seu Caráter, Bondade e Fidelidade. Podemos conhecer a Paternidade do Seu coração, mesmo que a nós nos é limitada a visão.

Nos últimos anos temos falado muito a respeito de “Uma Coisa”, aquilo que realmente importa, o que é indispensável em nossas vidas. O cultivarmos a presença de Deus, o ansiarmos e buscá-Lo tão intensamente, mais do que qualquer outra coisa. Nesse processo, temos tidos bons momentos e também períodos de deserto e sequidão. Mas, é possível conhecê-Lo porque este é o desejo de Seu coração para cada um dos que amam a Deus.

Perseverança é a chave para uma vida de temor ao Senhor. Em dias que são bons e em dias que são terríveis, O buscamos. Quando sentimos e quando não sentimos. Não como legalistas e religiosos, mas como aqueles que confiam na Sua Palavra e que O amam de todo o coração. Como aqueles que sabem o que “Uma Coisa” significa.

De forma prática é preciso separarmos tempo para estar com o Senhor: em Oração, Meditação na Palavra e Adoração. Sim, fazemo-o em todo tempo, mas também é algo prático e um hábito a ser gerado em nossa agenda quando nos posicionamos em fechar a porta atrás de nós, para apenas estar com Ele.

Que nosso amor a Jesus não sejam meras palavras, que O conhecermos não seja apenas uma visão do futuro. Que a cada dia nosso amor se intensifique e que o desejo de estar a sós com Ele, se torna vivo em nós.

“Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor; como a alva, sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como chuva serôdia que rega a terra.” Oséias 6.3

O Senhor sempre tem um plano perfeito, nada pode fugir ao Seu controle. Mesmo com grandes desafios que o homem possa enfrentar, é certo que, o Amor é o que o Senhor quer nos ensinar. Ele desvela o nosso coração e o transforma à medida que seguimos pelo caminho, fortalecendo nossa fé e nos oportunizando viver uma vida corajosa.

Desde a criação o Senhor tinha um projeto bem pensado sobre o todo, sim, o plano perfeito. E, mesmo sabendo de tudo o que poderia acontecer, decidiu nos dar a liberdade para escolher. No Jardim, Adão e Eva resolveram se arriscar, o pecado surgiu como semente no ser, e todos nós nascemos com essa semente entranhada em nós.

Deus mandou o Salvador. O próprio Filho de Deus nasceu como um menino. Se tornou o Novo Adão. Perfeito! Puro e Bom. Entregou a vida por amor ao homem pecador. Levou sobre Si nossos pecados, nos libertou por suas pisadores. Nos transportou de um império de trevas para o Reino do Amor.

“Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado, em quem temos a plena redenção por meio do seu sangue, isto é, o perdão de todos os pecados.” Colossenses 1.13-14

A morte não pode vencê-lo, pois no terceiro dia Ele se levantou vitorioso. O véu se rasgou e hoje temos livre acesso a Ele. Sim, podemos nos recolher em nosso quarto a fim de ouvir sua voz. Conhecê-lo em intimidade e amor e sermos cheios pelo poder de Seu Espírito. Podemos Encontrá-Lo na Palavra e até mesmo nas circunstâncias mais difíceis, quando somos esticados e desafiados.

Você também acredita nessas verdades: de que nada foge dos propósitos de Deus e que Jesus reinará para sempre? Você consegue se lembrar de que, Ele estaria conosco até a fim? O plano perfeito de Deus inclui voltar para reinar sobre a terra. E mesmo que tenhamos que enfrentar oposições sem tamanho, há em nós a certeza de que Jesus será a nossa retaguarda, de sua Glória será derramada sobre nós. Ele tem o plano perfeito e as trevas não poderão vencê-Lo.

“Porque eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos, mas sobre Ti o Senhor virá surgindo, e a Sua Glória se verá sobre Ti.” Isaías 60.2

Que hoje possamos olhar para nossa vida, através dessa verdade. Nada foge dos propósitos do Senhor. Que nosso amor aumente mesmo em dias tenebrosos. Que possamos responder ao Senhor, tendo um coração totalmente ALINHADO ao d’Ele.

Deus sempre pode nos surpreender, mesmo em caminhos inesperados, não por aquilo que pode fazer, mas pela forma que escolhe realizar tais obras. Sabemos que Seu poder é ilimitado e Sua forma de amar é sobrenatural. Colocamos diante d’Ele nossas petições em oração e nos alegramos ao perceber que, tudo o que pensamos, ainda é tão pequeno, diante de quem o Senhor É.

Por exemplo: quando reflito em tantas jornadas, mesmo as minhas e as de muitos amigos, chego mesmo a ficar assustada, pois sendo eu sonhadora, não posso negar, que a história construída por Jesus é melhor que qualquer ficção. Ainda que os planos humanos sejam provados, desafios podem ser transpostos.  Cada um de nós pode experimentar alegria indescritível, quando Deus muda o contexto interno do nosso coração, e nos faz enxergar novo RUMO, nova história, através dos Seus olhos amorosos.

E mesmo em tempestades externas, dentro do peito se faz calmaria, porque Jesus nos toca com a paz que excede o entendimento humano. Ele desperta o nosso sorriso e os sonhos, nos faz prosseguir em fé. Coloca em nossos lábios um novo cântico de adoração, acende em nós uma chama de esperança, que queima, e queima, e queima mesmo em caminhos inesperados.

Há um desejo unânime no coração daqueles que amam a Deus: Conhecer os Seus caminhos e n’Ele andar. Conhecê-Lo tão profundamente e ser d’Ele testemunho vivo. Uma candeia acesa em alto lugar, não escondida, não anulada, mas plena em luz e vida. Há uma oração a ser feita e nós poderemos fazê-la:

“Faze-me, Senhor conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em que eu espero todo dias.” Salmos 25.4-5

Mostra-me como ages, ó Eterno! Ensina-me em teus caminhos. Toma-me pela mão, guia-me pelo caminho da verdade. Tu És o meu salvador!” Salmos 25.4-5 (A Mensagem)

Você também já trilhou caminhos inesperados? “Lugares” onde nunca imaginou estar? Onde jamais pensou chegar? Isso não apenas se relaciona a lugares físicos, mas podemos pensar na alma, no espírito e no jeito que encaramos cada cume alto, cada vale escuro, o deserto ou grandes festas de colheitas. Estações mudam, caminhos inesperados nos surpreendem, o que podemos saber? Há sempre um lugar seguro no Senhor e n’Ele “nós podemos confiar”, como diz a antiga canção.

Há uma Palavra em que se apoiar: Jesus! Aquele que de fato é Palavra Viva! todas as coisas foram criadas por seu intermédio e por meio d’Ele tudo se fez. Ele é nossa esperança, esperança de glória. Jesus é a Luz que guia os nossos caminhos, em tempo oportuno, em todo tempo e mesmo em caminhos inesperados.

“Iluminado por tuas palavras, consigo enxergar o caminho; elas lançam um facho de luz sobre a estrada escura. Assumi um compromisso, e não voltarei atrás: viver conforme tuas justas e retas orientações.” Salmos 119.105-106 (A Mensagem)  

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos.” Salmos 119.105

Não sei quanto a você, mas sei bem o que é sentir medo, e sendo travada por tal emoção, consequentemente, ser impedida de levar uma vida destemida. Dentre tantas mentiras lançadas por Satanás, eu não me via como alguém que tem coragem, e nem mesmo dotada de força física. Alguém me disse um dia que eu era mole, e por longo tempo, acreditei.

Há uma história Bíblica que ganha o meu coração por trazer esse tema em voga, há uma voz que me diz: Não temas! Você também já ouviu em seu coração, Jesus lhe dizendo essas belas palavras? E, te convidando a vencer obstáculos? Ele nos ensina a não termos medo.

“Mas Jesus imediatamente lhes disse: tende bom ânimo! Sou eu, Não temais!” Mateus 14.27

Tal episódio ocorreu, quando Jesus se afastou sozinho para orar. Ele despediu a multidão, fez com que seus discípulos passassem ao outro lado do rio. A noite caiu e a tempestade se tornou intensa, balançando as águas, agitando o barco. E na escuridão, seus discípulos viram, o que se parecia com um fantasma. O medo, não os deixou ver claramente, não os deixou reconhecer a realidade, e ver ali, a Jesus, andando sobre as águas.

“O barco já estava longe quando começou a ventar muito forte, e a embarcação era sacudida pelas ondas. Por volta das quatro horas da madrugada, Jesus foi na direção deles, andando sobre o mar. Aterrorizados, eles nem conseguiam pensar direito. “Um fantasma!”, gritaram apavorados.” Mateus 14.24-26 (A Mensagem)

Agora, pensemos em nossos problemas, quando tudo parece nublado e tempestuoso. Sim, nós também sentimos medo. Quando não conseguimos medir as distâncias e nem compreender nossas tribulações. Tudo parece agitado, tanto dentro de nós como fora! E assim, como os discípulos de Jesus, também nos sentimos aterrorizados  e não conseguimos pensar calmamente. É como estar no deserto e ver miragens, e não saber como seremos salvos.

A versão da Mensagem, narra que Pedro teve um ímpeto de coragem e pediu a Jesus para também andar sobre às águas. Isso significa, que Pedro não pensou direito, mas teve o desejo de experimentar o imaginável, não pensou no que representava tal pedido, mas acreditou que se Jesus estava andando sobre as águas, ele também poderia fazer o mesmo. Isso não era apenas uma metáfora para Pedro, era totalmente literal. Tirar os pés do barco e se deixar levar por Jesus. Consegue imaginar o coração de Pedro batendo agitado? E a mistura de sentimentos a lhe invadir o corpo?

Quantas orações fizemos ao Senhor pedindo para sermos de fato corajosos? O Senhor continua a atender nossas orações e o que Ele nos diz hoje, diante de tudo o que temos vivido, é: Tem bom ânimo! Tem bom ânimo! Sim, alegre o seu coração e tenha fé. O dicionário online descreve bom ânimo como “excesso de determinação diante de uma circunstância perigosa.”

Viver é perigoso e como dizem por aí, para morrer, basta estar vivo. Cada um de nós deseja viver uma vida extraordinária e cheia de aventura, em medidas diferentes, rotinas e “perigos” diversos, desejamos viver intensamente com o Senhor! E apenas precisamos olhar para Jesus, mantendo nosso olhos ligados ao d’Ele, apenas assim, viveremos o impossível!