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Salmo 23: o bom pastor – parte 4

A proteção do Pastor

O que significa caminhar pelo vale da sombra da morte? Quem passa por esse vale? Não é o vale em si que nos assusta, mas a sombra do que está adiante dele – são os momentos que antecedem passar por ele

 “Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam.” Salmos 23:4

Não foi prometido ao cristão uma vida sem vales. Jesus não disse que ele seria o pastor que nos tiraria do vale, mas seria o pastor que andaria conosco pelo vale. Uma promessa eterna de que em meio aos vales, nós não estaríamos a sós.

A morte é o último dos vales que vamos passar na vida, mas existem muitos outros vales, como depressão, fraqueza, doença, desemprego. 

Davi disse que ‘quando eu caminhar, experimentar desse vale’, o meu senhor estará comigo e me acompanhará por meio do vale em meio às trevas; 

Deus está tanto na luz, quanto está no meio das trevas. O nosso Senhor é Deus da luz, como das nuvens espessas (Ex 20.19).

Existe uma concepção de que há uma guerra entre trevas e luz, como se houvesse algo que é páreo de guerrear com nosso Senhor, de forma que induz o crente a acreditar que o Senhor não é o próprio Criador, o Senhor sobre as trevas. Ou seja, Deus habita na luz que Ele é, Ele é o Senhor da luz e Ele é o Senhor em meio a escuridão 

Ele está nos vales 

Deus deixou Jesus sozinho na cruz para que eu e você não precisasse ficar sozinho no vale da sombra e da morte.

Então, mais importante do que estar no vale da sombra da morte é quem faz o convite para adentrar nesse vale e nos espera do outro lado.

Quando Jesus encara o vale da sombra e da morte, Ele fica aterrorizado. Porém, Ele sabia quem era o seu pastor. Ele não quis sua própria vontade de livrar-se da dor, mas quis a vontade do Pai. 

A ideia de que o nosso Deus não estaria conosco em meio ao vale, tornaria Ele frágil e incapaz. Mas Ele permanece conosco perto. 

Por fim, Ele ainda promete que a sua vara e o seu cajado nos dão conforto, consolo e proteção. 

Continua a acompanhar a série de Salmos aqui.

Ansiedade, uma palavra que tem sido muito falada nos últimos tempos. Em face de uma pandemia, muitas pessoas não conseguiram aguentar as situações de mudanças e medos. 

Acredito que terapeutas, psicólogos e até mesmo médicos psiquiatras foram um dos  que mais trabalharam nestes últimos meses.

Ansiedade, nada mais é do que medo, preocupação, apreensão e um sentimento de extrema aflição.  

Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma. Salmos 94:19 

Este versículo abaixo, pode ser um indicativo de que alguns de nós iríamos enfrentar ansiedade e que isso seria uma luta a ser vencida. 

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. Filipenses 4:6 

Eu quero repartir um pouco da minha experiência com ansiedade e como tenho lidado com isso. 

Para poder te contar o hoje, preciso repartir o que me levou a buscar tratamento profissional para ansiedade. 

Um pouco da minha história 

Eu cresci em um lar completamente destruído, um abandono materno aos 3 anos e um pai alcoólatra me levou a ter ansiedade desde que era criança. 

Quando tinha 14 anos, eu tive depressão e síndrome de pânico. Fiz tratamento e  consegui vencer a síndrome, mas a depressão me acompanhou por longos anos. 

Junto com tudo isso, tinha crises de ansiedade com fortes sintomas físicos, como falta de ar, sudorese, tremores e náusea.  

Durante muito anos lutei sozinha com isso porque não achava que precisava de ajuda profissional para isso. 

Por conhecermos a Deus e servi-lo, muitas vezes pensamos que não precisamos cuidar de nossa saúde emocional

Deus me curou de muitas dores durante minha vida, me amou e me ama sem medida.  Mas, existem algumas coisas que podemos e devemos procurar ajuda de pessoas que estudaram para isso para que possamos ter uma luz e uma direção. 

Em primeiro lugar, acredito que enfrentamos um preconceito muito grande em assumir nossas fraquezas e até mesmo nossas dores.

Muitas vezes nos cercamos de palavras como: “eu preciso ser forte”, existem pessoas que olham pra mim e esperam isso, que eu vença minhas guerras e seja forte o tempo todo. A palavra nos mostra tantas vezes que nunca foi exigido de nós essa força em lutar só, mas sempre nos foi mostrado através da palavra que Deus é a nossa força e também o nosso refúgio, diante dele podemos depositar nossas cargas e receber alívio

Homens comuns e vulneráveis 

Eu tenho pensando na minha luta contra a ansiedade e no exemplo da vida de Davi, Paulo, Pedro.  Tenho refletido o quanto esses homens se colocaram em um lugar vulnerável para que o poder de Deus fosse real a todos os que viessem a saber das histórias destes homens. 

Muitos acham que Davi falhou como pai, muitas vezes como líder.  Mas ao ler a história de Davi, acredito que uma de suas maiores características era que ele se colocava num lugar vulnerável diante de Deus para aprender com seus erros ou suas dores e mudar. 

Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Salmos 51:10 

Sabemos que Paulo carregava dores e lutava contra elas.  Até hoje não sabemos o que era o espinho na carne do qual Paulo nos contou. 

Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar.

Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim.

Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.

Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. 2 Coríntios 12; 7-10 

Pedro, não foi diferente, eu imagino o quanto este homem lutou contra seus rompantes de temperamento, suas falhas de caráter, sua boca pronta a falar e tão tardia a calar-se. 

Estes homens, assim como você e eu, querem  transformação, cura, seja através de um milagre ou por meio de profissionais.

O que eu tenho feito na luta contra ansiedade: 

1- Em primeiro lugar admiti que tinha um problema na minha saúde emocional 

2- Busquei ajuda profissional para entender o que estava acontecendo comigo.  Procurei uma psicóloga cristã, tenho feito terapia há alguns meses,  e isso tem me ajudado muito no processo de cura. 

3-Quando as crises chegam eu busco refúgio na Palavra e coloco louvores para me lembrar daquilo que pode me dar esperança de dias melhores. 

4-Tenho feito caminhadas sempre que posso ou exercícios e isso é de grande ajuda na melhora da saúde emocional. 

Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo. Romanos 15:13 

Vamos orar? 

Senhor, pedimos hoje que nos ajude nas nossas situações, sejam elas quais forem. Pedimos teu alívio e tua cura para que sejamos emocionamente  saudavéis para podermos viver uma jornada plena em Ti. Que cada um de nós encontre forças em Tua Presença para uma vida em plenitude de alegria e paz. Amém 

Deus te abençoe 

Ao olharmos para o antigo testamento é evidente que Deus ama unir palavras e melodias. Observando o livro de Salmos vamos ver o Senhor nos ordenando a  cantar vez após vez.

“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia”. Salmos 96:1-2

Davi compõe esse cântico de salmos 96 no contexto de 1 Crônicas 16:23-34, quando a arca da aliança entrou em Jerusalém. Todos deveriam vir e adorar ao Senhor, havia até mesmo uma corte separada para os Gentios virem e oferecerem adoração a Deus por causa dos seus grandes feitos. Então, confessar o Deus de Israel era algo que deveria ser feito por todos.

O ato de louvar

Louvor é uma expressão de submissão a yahweh – Javé, por isso que observamos no antigo testamento os Israelitas convidando todos os povos a vir e prestar cultos ao Senhor.

Vamos ler alguns trechos bíblicos que retratam isso:

 

“Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o  seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia”. Salmos 96:1-2

“Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo. Porque o Senhor Altíssimo é tremendo, e Rei grande sobre toda a terra”. Salmos 47:1, 2

“Gritem bem alto e cantem de alegria, habitantes de Sião, pois grande é o Santo de Israel no meio de vocês”. Isaias 12:6

“Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores. Pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência ou entendimento”. Salmos 47:6-7

 

Então, pode-se perceber nesses exemplos acima que o autor dos textos bíblicos, sabiam quem era o Senhor. Ele chamava o povo a cantar com entendimento sobre quem você está cantando e a quem você está cantando.

Na Bíblia há mais de 400 referências a respeito do canto e 50 referências onde Deus ordena seu povo a cantar. Isso precisa significar algo para nós compositores que iremos produzir o conteúdo cantado pela igreja. Temos uma grande responsabilidade.

O significado do canto no novo testamento

No novo testamento somos encorajados a cantar mais de uma vez no contexto corporativo.

Paulo instrui a igreja que cantar a Deus seria parte da vida da igreja como um ato de edificação. Nós, nos edificamos quando nos reunimos para cantar juntos, aprendemos sobre Deus enquanto cantamos, glorificamos a Deus juntos.

 

“Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas enchei-vos do Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Efésios 5:15-20

“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações”. Colossenses 3:16

Deus ama unir palavras e melodias

Paulo enfatiza que a palavra de Cristo precisa habitar em nós ricamente. E isso seria feito através do ensino, aconselhando uns aos outros e cantando as verdades de quem Ele é.

Embora talvez mal compreendido e geralmente uma fonte de contendas, o canto congregacional é uma das maiores e mais belas ferramentas que recebemos para declarar as “excelências” de Deus, fortalecendo sua igreja e compartilhando sua glória ao mundo.

Agora, o que você acha de fazer um pequeno exercício e pensar nas canções que você canta no seu dia a dia? Você consegue observar nelas quem o Senhor é, elas expressam os atributos de Deus?

Tenho certeza que esse exercício irá te ajudar a compreender na prática a importância de cantarmos com entendimento sobre quem o Senhor é.

Deus te abençoe!

Nessa breve reflexão, vamos estudar o finalzinho da  carta de Tiago. Visto que, nos últimos capítulos o autor fala sobre o poder da paciência até a vinda do Senhor. 

A paciência de um agricultor

A vida espiritual é como o trabalho de um agricultor. Ela tem o seu tempo de plantação, de uma longa espera e, finalmente, de uma colheita abundante. Assim como para o agricultor, o coração do cristão é moldado ao longo de toda a sua vida para que a semente da Palavra  seja constantemente firmada em todas as épocas de sua vida 

O agricultor não pode ter pressa e impaciência para cuidar de sua plantação.  Porque nem a chuva e o  tempo estão sob o seu controle. Por outro lado, ele precisa confiar que eles virão no tempo certo e não há nada que possa fazer.

“Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. O lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas.” Tiago 5:7,8

 

Tiago nos ensina que é preciso fortalecer o coração até a vinda do Senhor.  Aguardando-o com paciência e sabendo que assim iremos nos alegrar.  

A certeza de que o Senhor trabalha nesta colheita é o motivo pelo qual vale a pena esperar o tempo certo.

A paciência dos profetas

Os profetas do Antigo Testamento foram homens escolhidos por Deus para falarem em seu nome a todo o povo de Israel. Eles precisavam ser destemidos, não terem vergonha do que os outros iam pensar e buscar agradar a Deus e responder à vontade de Dele.

Eles também passaram por muitas aflições e sofrimentos e, mesmo assim, aprenderam a abraçar os desafios com todo o coração e força, por causa de sua confiança no Senhor. 

“Irmãos, tomais os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência e de perseverança diante do sofrimento.” Tiago 5:10

 

Veja o exemplo de alguns deles: 

Por causa da fidelidade a Deus, Daniel foi jogado na cova dos leões. Oséias passou por grande traição fazendo a vontade do Senhor. 

“Isaías não foi ouvido pelo seu povo. Ele foi serrado ao meio. Jeremias foi preso, jogado num poço e maltratado por pregar a verdade.(…) Ezequiel também foi duramente perseguido.” Hernandes Dias Lopes

Assim também foi com os apóstolos que foram perseguidos, presos e morreram pregando a verdade do evangelho. A fé deles em Deus era à prova de campos de extermínio. Eles encontraram o sentido das suas vidas em Deus para perseverarem até mesmo sob pressões.

São felizes os que suportam aflições

“Chamamos de felizes os que suportaram as aflições. Ouvistes sobre a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu. Porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.” Tiago 5:11

 

O Senhor não nos poupa das aflições, mas ele está conosco em cada uma delas. Ele dá condições e graça para suportar os sofrimentos. Jó é um exemplo de como a vitória precede a luta.

Jó havia perdido a família, os amigos, os bens e sua saúde, mas Jó esperou pacientemente no Senhor. No final, o maior bem que Jó recebeu não foram riquezas, mas um conhecimento mais profundo do Senhor.

Se Jó fosse impaciente em sua jornada de sofrimento, ele seria uma arma nas mãos do inimigo. Mas depois de sua peregrinação, ele se tornou uma bênção maior para todos à sua volta.

 

Os frutos da paciência

Sendo assim, Tiago deseja que sejamos encorajados a viver o tempo de espera, a passar pelos sofrimentos como um agricultor que espera a chuva e a colheita. Além disso, a  suportar as aflições como os profetas que foram fortalecidos no Senhor. 

Ao invés de irarmos com as injustiças que são acometidas a nós, Deus nos ensina a sermos obedientes a sua Palavra. Pois, numa vida com Deus, até os sofrimentos ganham propósito. Ele nos promete encontrar com alegria  e força suficientes para testemunharmos de sua fidelidade.

Misericórdia e Justiça são temas recorrentes na Bíblia e o livro  de  Tiago aborda este assunto com muita propriedade. Neste devocional, vamos meditar sobre o que este livro nos ensina e como podemos crescer em nosso entendimento sobre essas verdades.

Em Lamentações de Jeremias 3.22-23, lemos que: 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã.” E, em Neemias, observamos afirmação parecida: “Mas, pela tua grande misericórdia, não os destruíste nem desamparaste; porque és um Deus clemente e misericordioso.” (Neemias 9:31).

Mas, o que é a misericórdia do Senhor? Primeiramente, ela faz parte do caráter de Deus.  Ele mesmo decidiu demonstrá-la a nós, pois isso é a essência de seu coração amoroso.

 Deus deseja demonstrar misericórdia

“Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.” Tiago 2.13

A misericórdia é triunfante, pois ela triunfa sobre as trevas. Assim como na história de Adão e Eva, nossa tendência natural é vivermos independentes de Deus. O pecado que nos separa do Senhor nos faz indiferentes aos Seus mandamentos.

Deus não tem nenhuma obrigação de demonstrar misericórdia para conosco, mas é justamente isso que Ele faz: escolhe manifestar misericórdia. Então, Ele envia Jesus para nos salvar.

O Senhor não é como o homem, que muda de ideia quando  convém. Deus nunca muda e Ele continua a exercer misericórdia e justiça. Em Êxodo temos uma descrição bem vivida de seu caráter: 

“E, passando o Senhor por diante dele, clamou: Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!” Êxodo 34:6,7

Deus guarda a misericórdia até mil gerações, ela vai sendo passada de pais para filhos. O Senhor perdoa a transgressão e o pecado, mas não inocenta o culpado. Ele deseja demonstrar misericórdia , mas não anula com isso sua justiça.  Segundo o autor Dale Anderson, “misericórdia e justiça são dois lados da mesma moeda”. Ele afirma que:

“Deus é misericordioso e justo. Ele não corta Sua misericórdia para mostrar Sua justiça. Na verdade, Sua justiça é Sua misericórdia! Ele se deleita em corrigir coisas erradas e nunca é pego com misericórdia profana.” 

 Clame ou o Clamor  por misericórdia e justiça

Davi foi conhecido nas Escrituras por ser um homem segundo o coração de Deus. Ele  nos ensinou a respeito de misericórdia e justiça. Quando pecava, ele orava ao Senhor por essa virtude. Demonstrava assim, seu arrependimento e compromisso com a verdade.

“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Salmo 51:1-2

Além disso, Davi confiava na justiça do Senhor, mesmo diante de seus inimigos. Ele aprendeu a apelar em oração antes de responder precipitadamente, mesmo tendo os direitos de um rei. Ao invés de se defender, ele clamava pelo favor de Deus.  No Salmos 143.1 está registrado o que ele diz:

 “Ó Senhor, ouve a minha oração, inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade, e segundo a tua justiça.” Salmos 143:1

E como nós temos exercido misericórdia e justiça? Temos sido sábios em nossas ações? Ou respondemos de forma precipitada diante das injustiças da vida? Às vezes, lutamos tanto pelas nossas próprias razões que podemos nos sentir desgastados em nossas emoções. É preciso mansidão para exercer misericórdia e justiça para com o nosso próximo.

 O que a Bíblia nos ensina sobre misericórdia?

Há uma boa notícia: a misericórdia pode ser aprendida. Jesus mesmo reafirma esse versículo do antigo testamento. Ele nos diz: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].” (Mateus 9:13). 

Sei que pode ser mais fácil desejar misericórdia para nós mesmos do que para os outros, mas este não é o coração do Pai para nós.  

O que mais podemos aprender?

  • Os misericordiosos alcançarão misericórdia – Mateus 5.7
  • Executar juízo verdadeiro é demonstrar bondade e misericórdia ao seu irmão – Zacarias 7.9
  • Devemos perdoar sempre – Mateus 18.21-35
  • Deus é rico em misericórdia e nos vivificou juntamente com Cristo – Efésios 2.4-5

A misericórdia e a sabedoria

A misericórdia está atrelada a sabedoria, é o que o texto bíblico em Tiago nos afirma. Pois, a sabedoria dos céus não é humana,  enganosa e não há nela corrupção, antes é repleta de misericórdia:

 “Porém, a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura, repleta de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem hipocrisia. Ora, a justiça é a colheita produzida por aqueles que semeiam a paz.” Tiago 3.17-18

Além disso, a justiça humana pode ser apenas o reflexo do egoísmo e da justiça própria, que obedecem apenas aos interesses pessoais. Mas, quando olhamos para a justiça divina percebemos que ela é profunda. Deus nos mostra o que é verdadeiramente perdoar. Nem mesmo a ira humana contra as injustiças do mundo são suficientes para produzir a justiça de Deus.

“Assim, meus queridos irmãos, tende estes princípios em mente: Toda pessoa deve estar pronta para ouvir, mas tardio para falar e lento para se irar. Porque a ira do ser humano não é capaz de produzir a justiça de Deus.” Tiago 1.19-20

Conclusão:

Neste estudo, refletimos sobre alguns aspectos da misericórdia e justiça de Deus. Entendemos que ela pode ser aprendida e assim como Deus usa de misericórdia para conosco, também podemos liberá-la sobre as pessoas ao nosso redor e até mesmo sobre os nossos opositores. Deus tem prazer na misericórdia. 

Que a cada manhã possamos nos lembrar que os misericordiosos alcançarão misericórdia.

Hoje iremos abordar um pouco sobre Tiago 1 e as lições que podemos tirar desta porção das Escrituras. 

Logo no começo, o livro de  Tiago já nos confronta ao falar que precisamos considerar motivo de grande alegria  estarmos passando por provações. 

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, Tiago 1:2 

Vamos ser sinceros, é algo completamente difícil encontrarmos motivos para nos alegrar em meio as provações. 

Quando a doença apareceu, quando perdemos alguém que amamos ou  até mesmo em momentos que  não temos dinheiro para pagar nossas contas.  Como podemos encarar isso como motivo de alegria? 

No calor das provações, como encontrar motivo de alegria? 

Uma das coisas que precisamos aprender, é mudar nossa ótica para uma que entende que homens e mulheres de Deus  precisam ter olhos nas coisas eternas . 

Você entende que seu Deus é maior que as enfermidades, falta de dinheiro, perseguições ou até mesmo morte. 

Precisamos pedir que Deus revele a nós o tamanho da sua grandeza,  poder e, então, poderemos entender que as provações irão produzir uma fé maior e mais forte.

Tiago 1, fé que produz perseverança 

“pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” Tiago 1: 3,4 

Sua diferença neste mundo será real quando o dia mau chegar, este dia você precisa estar pronto e apto para mostrar uma fé madura. 

Deus sabe exatamente aquilo que podemos suportar e o que não podemos. Se algo não irá te levar a uma vida madura e íntegra, isso nem deveria estar tomando lugar em sua vida. 

Vamos ser bem sinceros, em dias bons tudo é fácil e lindo, nós amamos a Deus e ao nosso próximo. 

Dias bons não irão produzir uma fé viva, mas dias maus irão produzir isso. 

Todos nós iremos passar por dias terríveis e tristes, isso se chama vida.  Mas a diferença é que você irá passar tudo isso ao lado daquele que criou você e sabe o que pode te ajudar a passar. 

Deus nos chamou para transformar o mundo que nos cerca através da nossa fé e da nossa vida com nosso Senhor. 

Uma fé que é um exemplo

Nossas vidas precisam estar de acordo com aquilo que nós falamos. 

Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer. Tiago 1:22-25

Uma fé viva está completamente ligada a uma vida mergulhada profundamente na palavra de Deus. 

Uma fé viva é ativa,  e para que isso ocorra será preciso que você e eu passemos por provações. 

A questão não é se passaremos ou não por elas, mas como iremos nos comportar durante este tempo. 

Finalizo este texto orando por nós para que sejamos aprovados mesmo em meio as provações e que isso produza uma fé viva. Amém!

Fé e obras – vamos entender a relação delas? Falar sobre fé e obras é compreender a vivência cristã no cotidiano. Sabe por quê? Porque há sim, relação entre as duas e elas fazem parte da nossa jornada, do nosso amadurecimento e crescimento em Cristo. Qual o lugar das obras na salvação?  Há muitas dúvidas e divisões de opiniões nesse tema.

Ter fé sem obras é viver uma religiosidade que apenas ouve

Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Tiago 2:14

Para começarmos a compreender esse texto de Tiago, é preciso perceber que esse texto em específico não está tratando primariamente sobre salvação. E que a palavra salvação descrita no versículo, no original grego é no sentido de “preservação”.  Tiago está tratando aqui de uma vida de religiosidade que apenas ouve e não pratica ou que não vive de acordo com aquilo  que  tem ouvido e crido.

Por isso, a relação de fé e obras não está atrelada a salvação nesse contexto que Tiago está escrevendo. Tanto que ele mesmo  diz isso no texto: “Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem, porém lhe dar nada, de que adianta isso”? Tiago 2:15-16.

Em outras palavras, é como se Tiago estivesse dizendo: O que vocês fazem nesse caso? Vocês o mandam embora dizendo que vão orar por ele? Não que orar seja ineficiente, então que a oração seja o início de uma atitude que vocês vão tomar após verem a necessidade alheia.  Agir de maneira desconectada, não é suficiente, entende? Mas que obras são essas que Tiago está tratando aqui? Não são as obras e ações atreladas a salvação, ou a como ganhar o favor de Deus. Mas é relacionada em como vivemos no favor de Deus, percebe a diferença?

A influência do Período da Reforma

Em  segundo, precisamos nos lembrar que esse texto começou a ficar polêmico na época da Reforma Protestante. E o principal opositor a essa epístola foi Martinho Lutero, chegando a sugerir que a retirassem do Novo Testamento. Mas não ficaremos bravos com ele. Entendendo o contexto da Reforma dá para compreender a preocupação que os reformadores tinham.

Afinal, nesse  período  eles combatiam muitas  heresias e confusões. Logo, tudo que desse a ideia de lei atrelado ao legalismo causava um tipo de repulsa neles. Pois, era como se causasse confusão na questão central da salvação ser pela graça. Isso é compreensível, certo?

Dessa forma, era necessário trazer essa libertação no entendimento das pessoas que viviam uma religião de obras,  em que  se faziam barganhas para  adquirir salvação. Não se entendia que a salvação era por meio da fé em Cristo e não pelas obras.  Lembrando que nessa época também, as pessoas não tinham acesso a bíblias como nós temos hoje. Então, as pessoas só sabiam o que era ensinado por intermediações de líderes da época.

Mas hoje, nós sabemos que a salvação é por meio da graça, que não precisamos fazer nada para “herdar” esse favor. Sabendo disso, como eu pratico fé na minha vida? Como vivemos a liberdade que Jesus ofereceu através do sacrifício no meu cotidiano?

Se retirarmos a questão da salvação e pensarmos apenas na vivência da fé, no dia a dia no favor de Deus, então podemos compreender melhor o que Tiago quis dizer. Vamos apenas trocar a ênfase do que provavelmente Tiago quis dizer, para  mudar o nosso entendimento ao ler o texto.

A fé que se move em obras de amor

Sendo assim, já temos o amor, o favor de Deus e agora, como viveremos a partir desse favor? A salvação é uma realidade, já a ganhamos, então agora como nos movemos?

As obras do amor surgem da liberdade e não para querer ganhar algo de Deus. Pela fé entendemos que somos Filhos de Deus por isso agimos em amor. Amamos o nosso próximo e  oferecemos perdão aos que nos ofendem. Tratamos os outros em graça, em amor e sem esperar  nada em troca.

Ou seja, a fé nos leva a ter ações para com o outro. Produzimos frutos de serviço, de amor e  bondade.  A fé não é morta, ela é viva e se move.  Como Tiago mesmo diz, ela se moverá na verdadeira religião: ”A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo”. Tiago 1:27.

Percebemos então que a condição para começar no pacto da graça é sempre e somente a fé na obra de Cristo. Logo, a condição de continuar na aliança é entendida como obediência aos mandamentos de Deus. Embora esta obediência não funcionasse no Antigo Testamento ou no Novo Testamento para ganhar mérito com Deus. Se nossa fé em Cristo é genuína, ela irá produzir obediência. E obediência a Cristo no Novo Testamento é considerada uma das provas necessárias de que somos verdadeiros crentes e membros da nova aliança (I Jo 2:4-6).

A fé genuína resulta em obras de obediência a Deus

Finalmente, um aspecto importante da evidência de que somos crentes genuínos está em uma vida de obediência aos mandamentos de Deus. Assim, sabemos que estamos nele: “aquele que diz estar nele deve andar como ele andou “(I Jo 2:4-6). Você não precisa de uma vida perfeita. João está dizendo que, em geral, nossa vida deve ser como Cristo e imitá-lo em tudo o que dizemos e fazemos.

Por certo, se tivermos uma genuína fé salvadora, haverá resultados claros em obediência  nas nossas vidas (ver também I João 3:9-10,24; 5:18). Um aspecto importante de obediência a Deus inclui amar outros crentes. “Quem ama seu irmão permanece na luz” (I Jo 2:10). “Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte “(I Jo 3:14,17 e 4:7).

Por fim, na comunidade de Tiago faltava comida e roupa.  E a resposta é a fé que age e que atua pelo amor. Fé e obras, que agem e não apenas ouvem. E em nossas comunidades, o que está faltando que podemos ser resposta? Uma evidência deste amor é continuar na comunhão cristã (I Jo 2:19), e outra é dar ao irmão necessitado (I Jo 3:17, cf. Mt 25:35-46).

Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta”.
Tiago 2:17.

No capítulo 3 do livro de Tiago, encontramos uma profunda reflexão sobre a relação entre o homem e as suas palavras – seu poder e seus efeitos. Na minha opinião, é um dos capítulos mais confrontantes da Bíblia, porque apóstolo toca em um ponto fraco da nossa humanidade caída. Quantas vezes ferimos pessoas com nossas palavras ou fomos feridos por elas? De fato, Tiago mesmo diz que todos tropeçamos em nosso falar, a não ser Jesus, que é perfeito. 

Jesus nos ensinou que a boca fala do que o coração está cheio (Mt 12:34). Por isso, as palavras que saem de nós são tão poderosas. Elas evidenciam o que carregamos em nosso interior, tanto o bom quanto o ruim. Além disso, nosso falar pode comandar toda nossa vida. Nossa fala não é necessariamente mais importante que nossas atitudes, porém é um desafio ser íntegro o bastante para que vivamos de acordo com o que falamos.

 

Contradição humana

Em Salmos 19:14, o salmista declara: “que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a Ti”. Ou seja, aquilo que cultivamos em nosso coração, sobre o que meditamos e do que nos alimentamos, eventualmente será expressado em nossas palavras. Isso é bom, porque o Senhor pode receber dos nossos lábios canções, declarações e palavras de amor genuíno. Porém, isso exige de nós uma constante vigilância do que estamos cultivando em nosso coração.

No versículo 9, Tiago denuncia nossa constante contradição: “Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”. Como podemos então fugir desse contraste? Tiago nos aponta para a sabedoria que vem de Deus. Naturalmente, não conseguimos proferir boas palavras, mas Jesus nos conduz em toda a verdade e sabedoria para que possamos viver Salmos 19:14.

 

Sabedoria do alto

Precisamos nos encher da Palavra, da fonte de toda a sabedoria, para que do nosso interior fluam rios de vida e não de morte. Dessa forma, falaremos com a sabedoria de Deus: pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem hipocrisia (Tg 3:17). Jesus falava de um coração cheio da sabedoria que vem do alto, pois ele tinha um diálogo constante com o Pai. Além disso, seu alimento era a Palavra e Ele falava apenas a verdade.

Podemos considerar impossível não proferir nenhuma palavra torpe ou não tropeçar em nosso falar. Porém, Tiago nos aponta um caminho para buscarmos a integridade e a sabedoria. Isto é, se nos enchermos da Palavra e meditarmos nela, e se tivermos uma vida de oração constante, a probabilidade de agradarmos ao Senhor em nosso coração e nossas palavras é bem maior. Assim, estaremos cheios do coração do Pai sobre nós e sobre as pessoas. Ou seja, dificilmente teremos prazer em usar nossas palavras para destruir, amaldiçoar, desonrar e zombar do nosso próximo. Pelo contrário, iremos usar nossas palavras para agradar ao Senhor em nossas conversas, orações, pregações, canções, ensinos e conselhos.

 

Compromisso com a verdade

Jesus é o modelo de um homem perfeito que não tropeçou em suas palavras. Ele tinha compromisso com a verdade e falava apenas aquilo que ouvia de seu Pai. Quando se trata da nossa língua, podemos ser radicais em buscar as palavras do Pai sobre nossas vidas e as vidas daqueles que nos cercam. Nosso próximo foi feito à imagem de Deus e é digno de ser tratado como Jesus o trataria. Que nosso coração esteja inclinado a agradar ao Senhor com nossas palavras e, consequentemente, com atitudes que refletem nossas falas e o que está em nosso coração.

O Pastor que nos restaura

Embora o Pastor nos conduza, muitas vezes erramos ou perambulamos pelo caminho – isso é verdade tanto para quem perde a intimidade com o Senhor quanto para aqueles que se desviaram do caminho.

Quando o povo de Israel é liberto no Egito, o Senhor os lidera visivelmente através de uma coluna de fogo e uma nuvem. E mesmo assim, em seu coração, o povo não quis seguir a liderança do Senhor e perambulou pelo deserto.

Para nós é difícil nos submetermos à liderança do Bom Pastor. 

Há uma contradição em nossa jornada de fé: amamos ao Senhor, mas flertamos com as coisas que não são de Deus e com emoções contrárias à Cruz.

Assim, se nossa salvação dependesse do quão focados somos na liderança do Bom Pastor, nós nunca chegaríamos ao descanso eterno, que está descrito no salmo 23. 

Por isso, o Bom Pastor nos recupera quando nos perdemos e quando tropeçamos. 

Antes de Deus entrar em nossa história, éramos como ovelhas perambulando sem um pastor. Assim como o Filho Pródigo, nosso coração é duro e propenso a resistir à liderança do Bom Pastor. Dessa forma, nosso coração é propenso a vagar e nos desviar dos nossos caminhos

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Isaías 53:6

 

Resgatados pelo bom Pastor

Nós somos do rebanho de Deus, pertencemos ao Pai, remidos como Nova Criatura, e ainda assim permanece dentro de nós um impulso para vagar e resistir à liderança de Deus. 

Se não fosse a realidade da restauração que Deus tem para nós, o pecado teria sido o fim para Davi – e também para nós.

A boa notícia é que o Bom Pastor nos recupera quando nos perdemos. Ele restaura a nossa alma e força.  

O próprio Deus nos ensina como voltar ao primeiro amor:

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Apocalipse 2:5

Totalmente dependentes Pastor

Como inicia a restauração do Senhor? Começa com um reconhecimento honesto de que nos perdemos. Assim, como vemos na história do filho pródigo, ele reconheceu seus erros e vai até a casa do pai. 

Em nós mesmos, não temos capacidade e recursos para nos restaurar. Somente o Senhor pode fazer isso e transformar o nosso coração, paixão e intimidade com Deus.  

Ele nos restaura por meio de um novo encontro, nos lembrando como é pertencer ao Bom Pastor.

Para acompanhar a série sobre salmos 23, clique aqui. 

Nesta segunda parte da série sobre o Salmo 23, vamos continuar estudando sobre as características do pastoreio do Senhor e o significado dele.

O Salmo 23 fala sobre quem Deus é e o que Ele pode e quer fazer com a Sua Igreja.

Jesus: o pastor perfeito

A linguagem desse salmo remete ao contexto em que Davi viveu em sua adolescência, pois ele mesmo foi um pastor de ovelhas. Por isso, Ele entende e reconhece o pastoreio de Deus em sua vida e escreve sobre isso nesse salmo. 

O que o texto bíblico diz pode ser aplicado para todo cristão. Pois, mesmo nós que vivemos em um contexto diferente e moderno, podemos também identificar o pastoreio de Deus sobre a nossa vida. 

Em Ezequiel 34,  Deus condena a atitude dos pastores de Israel, que não cuidaram direito das ovelhas e promete que Ele mesmo cuidará delas.  

Somente Jesus é o pastor perfeito, pois ele veio para nos resgatar da perdição e da morte. 

Portanto, a figura do bom pastor de ovelhas é plenamente cumprida e vivida em Jesus, que enfrentou a própria morte para nos salvar.

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” João 10:11

A sua vida depende de quem é o seu pastor, por isso a declaração de Davi: “o Senhor é meu pastor” é tão significativa.  

O pastor de Davi era alguém mais inalcançável, que falava com o seu povo, estava com o seu povo, mas não estava presente fisicamente. Mas nós temos Jesus como a figura de um bom pastor, que se fez cordeiro e morreu no lugar das outras ovelhas.

O pastor supremo

Jesus é o Senhor e tudo o que nós precisamos será dado por ele.  Ainda que fracassemos como homens no pastoreio da Igreja, o Senhor é o seu pastor e cuida de você. 

Por isso, que a declaração de Davi deve se tornar a nossa declaração, como uma ovelha que acredita no cuidado do bom pastor. 

“Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1 Coríntios 6:20 

Nós fomos regenerados no rebanho de Deus, na sua família. Despertados para a nossa necessidade de um pastor e de não mais andarmos como uma ovelha desgarrada. Alguns ainda vivem como ovelhas rebeldes, que pensam que conseguem cortar a própria lã, obter seu próprio alimento e enfrentar as feras que os atacam.  

Mas é o Senhor que nos traz para perto e planta o desejo de sermos parte do seu rebanho.

Aplicação do Salmo 23

Este texto bíblico é para aqueles que foram nascidos e comprados para o rebanho de Deus, para aqueles que enxergam, assim como Davi, o pastoreio de Deus em suas vidas. E para aqueles que gostariam de conhecer o Deus que é um bom pastor e pertencer a Ele.

Podemos caminhar com esperança mesmo em meio ao vale mais escuro, pois fomos comprados e regenerados no rebanho de Deus e Ele nos conduz durante toda nossa vida. Ele é o pastor perfeito!