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se enchendo de boas palavras

Palavras agradáveis ao Senhor

No capítulo 3 do livro de Tiago, encontramos uma profunda reflexão sobre a relação entre o homem e as suas palavras – seu poder e seus efeitos. Na minha opinião, é um dos capítulos mais confrontantes da Bíblia, porque apóstolo toca em um ponto fraco da nossa humanidade caída. Quantas vezes ferimos pessoas com nossas palavras ou fomos feridos por elas? De fato, Tiago mesmo diz que todos tropeçamos em nosso falar, a não ser Jesus, que é perfeito. 

Jesus nos ensinou que a boca fala do que o coração está cheio (Mt 12:34). Por isso, as palavras que saem de nós são tão poderosas. Elas evidenciam o que carregamos em nosso interior, tanto o bom quanto o ruim. Além disso, nosso falar pode comandar toda nossa vida. Nossa fala não é necessariamente mais importante que nossas atitudes, porém é um desafio ser íntegro o bastante para que vivamos de acordo com o que falamos.

 

Contradição humana

Em Salmos 19:14, o salmista declara: “que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a Ti”. Ou seja, aquilo que cultivamos em nosso coração, sobre o que meditamos e do que nos alimentamos, eventualmente será expressado em nossas palavras. Isso é bom, porque o Senhor pode receber dos nossos lábios canções, declarações e palavras de amor genuíno. Porém, isso exige de nós uma constante vigilância do que estamos cultivando em nosso coração.

No versículo 9, Tiago denuncia nossa constante contradição: “Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”. Como podemos então fugir desse contraste? Tiago nos aponta para a sabedoria que vem de Deus. Naturalmente, não conseguimos proferir boas palavras, mas Jesus nos conduz em toda a verdade e sabedoria para que possamos viver Salmos 19:14.

 

Sabedoria do alto

Precisamos nos encher da Palavra, da fonte de toda a sabedoria, para que do nosso interior fluam rios de vida e não de morte. Dessa forma, falaremos com a sabedoria de Deus: pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem hipocrisia (Tg 3:17). Jesus falava de um coração cheio da sabedoria que vem do alto, pois ele tinha um diálogo constante com o Pai. Além disso, seu alimento era a Palavra e Ele falava apenas a verdade.

Podemos considerar impossível não proferir nenhuma palavra torpe ou não tropeçar em nosso falar. Porém, Tiago nos aponta um caminho para buscarmos a integridade e a sabedoria. Isto é, se nos enchermos da Palavra e meditarmos nela, e se tivermos uma vida de oração constante, a probabilidade de agradarmos ao Senhor em nosso coração e nossas palavras é bem maior. Assim, estaremos cheios do coração do Pai sobre nós e sobre as pessoas. Ou seja, dificilmente teremos prazer em usar nossas palavras para destruir, amaldiçoar, desonrar e zombar do nosso próximo. Pelo contrário, iremos usar nossas palavras para agradar ao Senhor em nossas conversas, orações, pregações, canções, ensinos e conselhos.

 

Compromisso com a verdade

Jesus é o modelo de um homem perfeito que não tropeçou em suas palavras. Ele tinha compromisso com a verdade e falava apenas aquilo que ouvia de seu Pai. Quando se trata da nossa língua, podemos ser radicais em buscar as palavras do Pai sobre nossas vidas e as vidas daqueles que nos cercam. Nosso próximo foi feito à imagem de Deus e é digno de ser tratado como Jesus o trataria. Que nosso coração esteja inclinado a agradar ao Senhor com nossas palavras e, consequentemente, com atitudes que refletem nossas falas e o que está em nosso coração.

Sobre o autor

Marina Cases

Natural de Brasília, Marina serve a FHOP como missionária em tempo integral há um pouco mais de 1 ano. É tradutora por formação e ama estudar teologia, literatura e outros idiomas. Foi atraída ao lugar de intercessão e, desde então, vive para colaborar com o que Deus deseja fazer nas nações.

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