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O que nos impede de orar?

Corey Russell, em seu livro Oração, apresenta quatro principais barreiras que impedem de nos entregarmos à vida de oração. Todas essas barreiras estão relacionadas com o nosso interior.

Orgulho

O orgulho impede de reconhecer nossa condição de dependência diante de Deus. Quando Jesus diz que “bem-aventurados são os pobres de espírito” (Mateus 5:3), ele mostra a importância de reconhecer que há falta em nós. E que encontramos o que nos falta n’Ele. Assim, apenas quando enxergamos esse vazio que só pode ser preenchido por Ele, conseguimos ultrapassar a barreira do orgulho e nos achegar a Ele. Nossa autossuficiência e independência nos dá a sensação de que conseguimos sozinhos. Mas apenas Ele é a fonte de tudo o que precisamos para viver. Sobretudo, é no lugar de oração que depositamos nossas necessidades mais íntimas. E nos humilhamos reconhecendo que ele é o único que pode supri-las.

Incredulidade

O autor de Hebreus diz que sem fé é impossível agradar a Deus. Pois precisamos acreditar que Ele existe e recompensa quem o busca (Hebreus 11:16). Ele tem prazer em ter comunhão conosco e não dispensa um coração quebrantado. Ainda assim, muitas vezes a falta de fé e conhecimento sobre quem Deus é nos impede de os achegarmos a Ele. Começamos a inventar um Deus distante. Que não tem interesse na nossa vida, que nos acusa e nos afasta da sua presença. A incredulidade afasta o homem do principal motivo de orarmos ao Senhor: declarar a nossa fé nas verdades sobre quem Ele é. Assim, precisamos ter fé que Ele deseja nos encontrar no lugar de oração, e que nos recompensa com a sua própria presença.

Como não são coisas externas, essas barreiras são difíceis de reconhecer. Elas têm nos impedido de ter a vida de oração como deveríamos. Principalmente, temos que estar constantemente sondando nossos corações para que se encontrem completamente limpos de todo orgulho e incredulidade. Para nos achegarmos com liberdade e humildade diante de Deus.

Como cristãos, sabemos que devemos orar. Entendemos que é algo importante para ter comunhão com Deus. Sabemos que só nos traz benefícios e cremos na sua eficácia. Ainda assim – sejamos sinceros – não oramos. Dentre as coisas que Deus nos pediu para fazer, a oração é a que menos exige nosso esforço físico, mental e emocional. É algo que só depende de nós e não conseguimos colocar em prática como deveríamos.

Nossa identidade

A falta de revelação sobre nossa identidade como sacerdotes nos impede de exercermos o nosso papel como intercessores diante de Deus. Antes de termos
qualquer outra função no Corpo de Cristo, o chamado principal do cristão é a oração. E esse é um chamado para todos. Não precisamos ser do ministério de intercessão, ou fazer parte da reunião de oração para nos sentirmos aptos a esse chamado. Imediatamente quando aceitamos Jesus, nos tornamos participantes do seu ministério sacerdotal e da comunhão que Ele tem com o Pai (Hebreus 3:1). Assim, não precisamos esperar pelo pastor ou o líder de louvor orar por nós para nos encontrarmos com Deus. Todos somos chamados igualmente a estar nesse lugar de intimidade.

O impacto da oração

A quarta barreira que nos impede de orar é a falta de revelação quanto ao impacto da oração. É muito fácil cair no erro de pensar que nossa oração não tem efeito quando não vemos o resultado imediato ou não quando não temos a resposta de um interlocutor. A impressão que temos é que estamos perdendo tempo. Para nós faz mais sentido tentar estabelecer o Reino pelas nossas próprias forças e nossos recursos. Mas Jesus foi claro ao dizer que devemos buscar em primeiro lugar o Reino e todas as outras coisas nos seriam acrescentadas (Mateus 6:33). Nossa mente humana não consegue entender que ajoelhar e orar dia e noite, deixando Deus resolver o problema, seria mais eficaz do que tentar resolvê-lo por conta própria. Nos sentimos inúteis quando dizemos que estamos “só orando” por algo. Entretanto, ao orar, na verdade fazemos a única coisa realmente necessária.

Deus nos chama ao lugar de oração para cumprirmos nosso chamado principal. Que possamos sondar nossos corações e rever as verdades sobre nossa
identidade, reconhecendo o que tem nos impedido de nos achegar nesse lugar. Precisamos ter a convicção de que Ele é tudo o que precisamos, de que Ele deseja se encontrar conosco, nos deu liberdade para nos encontrarmos com ele e que há poder em nossa comunhão com Ele.

Existe poder na adoração? A palavra nos mostra que sim, existe poder em adorar! Vamos falar sobre a adoração usada como arma de guerra. Tenho estudado a história de Josué e a queda da muralha de Jericó. Observe o que a Bíblia diz a respeito disso:

“Então o Senhor disse a Josué: “Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus homens de guerra. Marche uma vez ao redor da cidade, com todos os homens armados. Faça isso durante seis dias. Sete sacerdotes levarão cada um uma trombeta de chifre de carneiro à frente da arca. No sétimo dia, marchem todos sete vezes ao redor da cidade, e os sacerdotes toquem as trombetas. Quando as trombetas soarem um longo toque, todo o povo dará um forte grito; o muro da cidade cairá e o povo atacará, cada um do lugar onde estiver”. ‭‭Josué‬ ‭6:2-5‬

Certamente, como podemos ver, Deus deu uma estratégia para Josué. Imagine o som das trombetas, imagine também essa marcha. Isso foi uma estratégia de adoração. As muralhas de Jericó eram lendárias, aos olhos de muitos elas eram intransponíveis. O que Deus queria mostrar aqui era que, quando usamos nosso amor diante Dele, iremos prevalecer diante das circunstâncias e de nossos inimigos. Nossa devoção Àquele que merece tudo que podemos expressar, seja através de palavras ou sons, resulta no sobrenatural.

Seja fortalecido ao adorar

Enfim, em nossas vidas existem momentos em que já estamos sem forças para orar, e o que conseguimos fazer é adorar, cantar.

Então, observando a história de Josué podemos entender que adoração é uma arma de guerra poderosa.

Portanto, Josué usou essa estratégia e saiu vencedor diante de uma grande muralha natural e espiritual.

“No sétimo dia, levantaram-se ao romper da manhã e marcharam da mesma maneira sete vezes ao redor da cidade; foi apenas nesse dia que rodearam a cidade sete vezes. Na sétima vez, quando os sacerdotes deram o toque de trombeta, Josué ordenou ao povo: “Gritem! O Senhor entregou a cidade a vocês!”
‭‭Josué‬ ‭6:15-16‬

Portanto, adorar é o caminho quando estamos diante de muralhas. E medite e Deus te dará estratégias. Use sua voz como uma trombeta para derrubar suas muralhas pessoais através da Presença de Deus.

Talvez este seja o tempo de marcharmos e tocarmos trombetas até que chegue a hora de as muralhas ruírem.

Adoração como estilo de vida

Aliás, adoração é muito além de apenas louvar a Deus com cânticos. Adoração é um estilo de vida.

Certamente, nós nascemos para adorar ao Rei. Eu sempre imagino a adoração incessante que existe diante do Trono. Os seres que cercam Deus não conseguem fazer outra coisa além de adorar a Ele.

Assim, comece hoje a declarar palavras de adoração e levante louvor aos céus para Aquele que o criou. Quando você tornar sua adoração uma arma de guerra, você verá que as tempestades irão cessar e as muralhas irão cair.

Antes de tudo, eu e você prestaremos adoração Aquele que a merece. E Ele do Seu trono irá nos responder e enviar socorro e vitória como fez com Josué.

“Atribuam ao Senhor a glória que o seu nome merece; adorem o Senhor no esplendor do seu santuário.” ‭‭Salmos‬ ‭29:2‬

 

Você conhece bem sua cidade? Interceder pela nossa terra é um chamado para cada cristão. E se tratando de ganhar nossa cidade para Jesus, precisamos conhecer a realidade que nos rodeia. Devemos ter uma visão ampla a respeito da identidade do nosso povo, das questões culturais e o máximo de detalhes que nos cercam. Para Israel conquistar Canaã, Deus mandou que Moisés enviasse espias para sondar a terra.

“E Deus disse a Moisés: Envie homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada qual príncipe entre eles.” Números 13.2

Para que uma terra seja conquistada é preciso que “batalhemos” por ela, seja no mundo espiritual e ativamente em nossas práticas de fé. Começamos com olhos atentos, observando e sendo sensíveis a Deus. Então, se você quer ganhar sua cidade para Jesus, preste atenção nesses princípios.

Primeiro Princípio: Seja um atencioso pesquisador

Quando era Missionária da Jocum, fiz o treinamento do Operation: Jonh (Operação: João). Esse ministério se baseia na vida de João Batista, que preparou o caminho para Jesus. Nosso objetivo era o mesmo, preparar o caminho para que o evangelho chegue em cidades e povos não alcançados.  Começávamos com uma pré-pesquisa, antes mesmo de chegarmos no local. Ao chegarmos na cidade escolhida, nós trabalhávamos com mapeamento (pesquisa), adoração e intercessão. 

O mapeamento pode ser um grande aliado para a intercessão, porque nos dá informações para orarmos de forma proposital. Então, mapeie! Isso mesmo. Divida a cidade em pontos. Descubro como ela funciona, sua origem, sua população. Faça perguntas e descubra pontos fracos e pontos fortes. Ouça seus moradores e as histórias que eles têm a contar.

“Vede a terra, que tal é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se poucos ou muitos e que tais são as cidades em que habita, se em arraiais, se em fortalezas.” Números 13.18-19

Segundo Princípio: Mantenha seu coração em fé 

Quando nos deparamos com o mal e a injustiça, nossa tendência é perder a esperança. Diante de grandes desafios nós podemos nos tornar aqueles que duvidam ou aqueles que continuaram crendo nas promessas.

No episódio com os espias não foi diferente. Os mesmos fatos despertaram reações divergentes. Quando só olhamos as circunstâncias também nos sentimos como gafanhotos em terra de gigantes.  

“A terra, pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura.” Números 13.32

Mas, se olharmos através da fé e termos confiança Naquele que nos fez a promessa, não seremos abalados. Veremos as possibilidades e o grande milagre que Deus irá fazer. Podemos ganhar nossa cidade para Jesus se fizermos como Calebe e deixarmos nosso coração queimar em fé.

“Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Eia! Subamos, e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela… A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, então nos fará entrar nessa terra, e no-la dará: terra que mana leite e mel. Tão somente não sejais rebelde contra o Senhor, e não temais o povo desta terra, porquanto como pão os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é conosco; não os temais. (Números 13.30 14.7-9

Terceiro Princípio: Veja pela perspectiva de Jesus

Às vezes, temos a tendência de agirmos com juízo diante das crises do mundo. Pegamos um texto Bíblico e o ateamos como fogo, lançamos sobre tudo e sobre todos. Mas, a Bíblia nos exorta a termos o mesmo sentimento que está em Jesus. Então, nossas respostas não podem ser simplistas ou mesmo precipitada.

Precisamos orar para que Jesus nos dê o coração Dele para a cidade e para as questões relacionadas a ela. E lembre-se: tudo o que Jesus fazia era pela lei do amor. Que na verdade é muito mais complexa e difícil do que seguir a Lei de Moisés. Mover por meio de regras é diferente do que Jesus nos ensinou. Mas é o modelo dele que deve ser seguido. É ir mais profundo no evangelho de Cristo. 

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em cristo Jesus.” Filipenses 2.5

Quarto Princípio: Ore pela paz

Em 2005, morei em uma cidade do interior do Mato Grosso. Não é fácil deixar uma capital, com toda estrutura de uma cidade grande e se mudar para o interior. Foram seis anos com períodos incríveis e períodos desafiadores. Em vários momentos perguntava a Jesus sobre a cidade e como orar por ela?

Logo que me mudei, pedi ao Senhor uma palavra sobre aquele tempo em Pontes e Lacerda e Deus me deu Jeremias 29. Resumidamente, o texto fala sobre orar pela paz da cidade a qual fomos desterrados, que a minha própria paz dependeria da paz daquela terra. Que eu não precisava ter pressa… que Ele sabia os pensamentos que tinha a meu respeito, que era pensamentos de bem e não de mal.  Então, foi isso que fiz: orei. E confesso que muitas vezes, isso foi tudo o que consegui oferecer a cidade.

“Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor. Porque na sua paz, vós tereis paz.” Jeremias 29.7

Olhando para o Futuro

Jonh Dawson, em seu livro; “Reconquiste sua cidade para Deus”, elabora alguns princípios para ganharmos nossa cidade para Jesus. Um importante aspecto sobre isso é ficarmos de olho no futuro. Ele afirma que precisamos “observar as tendências”. Por exemplo: Como nossas cidades estarão daqui a dez anos? Logo abaixo destacamos alguns pontos a considerar:

  • Que tendências oportunizariam maior pregação do evangelho? (Por exemplo: chegada de refugiados…)
  • Existe algum problema crítico que deve ser alvo de muita oração e atenção? (Por exemplo: aumento do número de desabrigado…)
  • A Igreja continuará a crescer, existe possibilidade de expansão?
  • Que grupo social manifesta o maior grau de trevas espiritual?
  • Que problema social está causando maior preocupação em cada setor da cidade?
  • Quais são os grupos menos alcançados pelo evangelho?

Conclusão

Podemos perceber, que algumas informações sobre a cidade, são de cunho geral. Outras porém, só obteremos após pesquisa, mapeamento e análise de dados. Precisamos conhecer a história. Toda informação é relevante. E, de punho a essas informações, nos tornamos mais conscientes das revelações de Deus sobre estratégias. Mas, o mais importante é mantermos nosso coração sensível a Jesus, pois Ele mesmo nos conduzirá a conquista.

Estes são apenas alguns dos princípios que podemos considerar, há muito a se fazer se queremos ganhar nossa cidade para Jesus. Eu quero. E você? Que ações práticas tem feito nessa direção? Será muito bom saber das estratégias que o Senhor tem liberado sobre você e sua Igreja. Então, fique a vontade para nos contar. 

 

O Brasil é uma nação rica, mas por falta de sabedoria não sabemos como gerir nossos recursos. Lutamos diariamente para fazer da nossa pátria um lugar melhor para os nossos filhos, mas as batalhas são grandes; a corrupção e a imoralidade nos direcionaram a uma crise política. É necessário buscarmos nas Escrituras a orientação para responder de maneira sábia a esse momento de tensão.

“Ainda assim, atende à oração do teu servo e ao seu pedido de misericórdia, ó Senhor, meu Deus. Ouve o clamor e a oração que teu servo faz hoje na tua presença. Estejam os teus olhos voltados dia e noite para este templo, lugar do qual disseste que nele porias o teu nome, para que ouças a oração que o teu servo fizer voltado para este lugar. Ouve as súplicas do teu servo e de Israel, teu povo, quando orarem voltados para este lugar. Ouve desde os céus, lugar da tua habitação, e quando ouvires, dá-lhes o teu perdão.” 2 Crônicas 6:19–21

Um Deus que restaura

O maior desejo do rei Davi era construir um templo onde Deus habitasse e fosse adorado. Essa missão no entanto foi entregue ao seu filho Salomão, que construiu o templo e reuniu a nação para dedicá-lo ao Senhor. No capítulo 6 de II Crônicas, a presença de Deus encheu o lugar e o rei se posicionou em oração. Por conhecer o coração do povo, Salomão sabia de sua tendência em desviar-se do Senhor e adorar outros deuses. Ele então clamou a Deus pedindo que os perdoasse todas as vezes que o povo se voltasse em arrependimento, que sempre que eles O buscassem em oração, Ele respondesse trazendo restauração para a terra.

“O Senhor lhe apareceu de noite e disse: “Ouvi sua oração, e escolhi este lugar para mim, como um templo para sacrifícios. Se eu fechar o céu para que não chova ou mandar que os gafanhotos devorem o país ou sobre o meu povo enviar uma praga, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra. De hoje em diante os meus olhos estarão abertos e os meus ouvidos atentos às orações feitas neste lugar” 2 Crônicas 7:12–15

Um chamado ao arrependimento

Deus responde a oração do rei. Se o povo se arrependesse e voltasse os olhos ao Senhor, Ele então perdoaria os pecados e sararia a terra. Cheios de temor aquela geração se posiciona e declara que “O Senhor é bom e suas misericórdias duram para sempre”. Entretanto ao passar dos anos, Israel desviou os olhos de Deus e voltou às velhas práticas de adoração a outros deuses. Dentro desse contexto, o Senhor levanta diversos profetas que, de diferentes formas clamam ao povo que voltem seus olhos para Deus, entre esses profetas encontra-se Joel.

“Agora, porém, declara o Senhor, “voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto.” Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, para o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça. Toquem a trombeta em Sião, decretem jejum santo, convoquem uma assembléia sagrada. Reúnam o povo, consagrem a assembléia; ajuntem os anciãos, reúnam as crianças, aquelas que mamam no peito. Até os recém-casados devem deixar os seus aposentos. Que os sacerdotes, que ministram perante o Senhor, chorem entre o pórtico do templo e o altar, orando: Poupa o teu povo, Senhor” Joel 2:12–17

Um coração sincero ao Senhor

Uma importante lição que podemos aprender com este profeta, é sobre o peso que nossas orações tem diante do Senhor. Corações arrependidos, jejum e oração são capazes de tocar o coração de Deus e trazer mudança para a nossa nação.

Não podemos cobrar algo do governo que não vivemos. Se somos corruptos devemos clamar ao Senhor pedindo para que Ele nos sonde e alinhe em nós a realidade do Seu reino. Quando jejuamos, lutamos diretamente com a nossa própria humanidade. E declaramos que há um Deus com poder maior sobre nossa carne e também sobre o governo da terra. Quando nos arrependemos pela direção que nossa nação está tomando, estamos declarando a soberania do Senhor. E quando oramos, demonstramos que a nossa fé está, acima de tudo, nEle.

Ser cristão significa que vivemos nossa vida baseada na Palavra e isso requer posicionamentos. Em momentos de crise na nação, precisamos depositar a esperança em Deus e não em homens. Diante dos homens nós temos o poder de apenas um voto, no entanto temos a autoridade de, como filhos, nos posicionarmos. E clamarmos ao nosso Pai para que intervenha e mude o destino da nossa nação.

Meu filho, se você aceitar as minhas palavras e guardar no coração os meus mandamentos; se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento; se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto, se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá- la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer ao Senhor e achará o conhecimento de Deus.  Provérbios 2:1–5

O conhecimento de Deus é um dos alicerces básicos da vida cristã e ele está completamente disponível a todos. Quando não lemos a bíblia, ou apenas o fazemos por obrigação (simplesmente para cumprir uma rotina espiritual saudável), estamos abrindo mão do caminho pelo qual Ele planejou que O conhecêssemos. Precisamos conhecer ao Deus que servimos através da verdade, pois é a sua Palavra (João 17:17).  Não através de suposições ou afirmações que ouvimos de outras pessoas, mas buscando meditar nas escrituras e compreender verdadeiramente quem Ele é.

Partindo desse princípio, vamos analisar alguns trechos das escrituras e permitir que o Espírito Santo nos convença a respeito dessas verdades:

Deus é soberano sobre todas as coisas

Quem mediu as águas na concha da mão, ou com o palmo definiu os limites dos céus? Quem jamais calculou o peso da terra, ou pesou os montes na balança e as colinas nos seus pratos? Quem definiu limites para o Espírito do Senhor, ou o instruiu como seu conselheiro? A quem o Senhor consultou que pudesse esclarecê-lo, e que lhe ensinasse a julgar com justiça? Quem lhe ensinou o conhecimento ou lhe aponta o caminho da sabedoria? Na verdade as nações são como a gota que sobra do balde; para ele são como o pó que resta na balança; para ele as ilhas não passam de um grão de areia.  Isaías 40:12–15

Através de analogias de fácil compreensão, como uma gota em um balde de água, Isaías fala sobre a grandeza de Deus, que com a própria mão define os limites do céu. Diante de tanto poder encontrado nele somos confrontados pela realidade da nossa impotência e pequenez. O orgulho é quebrado, a justiça própria desfeita e percebemos que tudo o que consideramos bom em nós mesmos não passa de pó diante de Sua grandeza. Porém, somos também confortados pela certeza de que Ele, em todo o seu poder e majestade, escolheu nos amar e lutar conosco. Você consegue imaginar qualquer dificuldade que seja maior do que esse Deus?

Deus é rico em misericórdia e graça

Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.  Efésios 2:4–5

A cada manhã as misericórdias do Senhor se renovam (Lamentações 3:22 e 23) e é por causa delas que não somos destruídos. Todo o ser humano é nascido em pecado, separado de Deus e digno apenas de condenação e morte. No entanto, Deus não nos dá aquilo que merecemos e essa é a definição de misericórdia. O amor de Deus é totalmente diferente de qualquer amor humano que já experimentamos. Ele, em Seu amor, nos redimiu e justificou, fez um novo caminho pelo qual podemos nos achegar e tornamos santos como Ele é.  Nos deu o maior e melhor presente, apesar de não merecermos e essa é a definição de graça.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     

Nada pode vencer o amor de Deus

Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? (…) Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.  Romanos 8:31–39

Talvez a convicção mais poderosa que um cristão possa ter é a do amor que Deus tem por nós. Porque quando compreendemos que nada pode nos separar desse amor não haverá acusação intensa que nos tire da presença Dele. E assim, a santificação não se torna um peso, mas um processo natural que não nos exclui da presença do Pai. Então, passamos a compreender quem somos aos olhos dele. E do valor inestimável que Ele vê em todos nós. O que nos leva a também olharmos nosso próximo de forma diferente.

Um encorajamento

Durante essa semana te encorajamos a meditar em Romanos 8. Leia com calma, se possível escreva, busque compreender as características específicas do Pai e Seu amor que estão descritas nesse capítulo. Permita que o Espírito Santo te conduza a uma nova maneira de viver. O aprofundamento na palavra de Deus nos leva a renovação do entendimento, por meio da qual somos transformados. Essa é a única forma de conhecer o Criador, seu plano, pensamentos e sentimentos.  Portanto, é o alicerce sobre o qual devemos construir a nossa fé.

A espera pelo retorno de Cristo parece ainda mais longa diante das circunstâncias atuais. O mundo está em caos, a natureza geme e os homens são maus. “Quando Jesus tomará uma posição a respeito de tudo isto?” nos perguntamos. Quem sabe muitos já perderam a esperança na volta do Filho de Deus. Contudo, devemos aguardar persistentemente o retorno daquele que reinará com justiça!

Mais que qualquer outra geração esta é, sem dúvidas, imediatista. A geração do fast food, do macarrão instantâneo, do “pular anúncio”. Considerando isto, a espera pode representar perda de tempo. Mas a esse respeito – do retorno do Messias – a espera vem a ser sinônimo de tempo extra. Tempo para crer, para o arrependimento, para a propagação do evangelho, para o aperfeiçoamento da Sua igreja. Cristo voltará para uma noiva forte, sem mácula e conforme a sua imagem. O tempo é um presente da graça. A medida que a nossa fé é provada, fruto é gerado em nós para a glória de Deus.

“E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que os faça esperar? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc. 18.7-8)

A fé em meio a espera

Há duas mulheres que sabem bem o que é ansiar pela vinda de Jesus: Marta e Maria. Contemporânea do Salvador, Maria teve a oportunidade de manifestar sua devoção através de um bálsamo derramado sobre o Amado da sua alma. Como se fosse pouco, ainda secou-lhe os pés com seus cabelos.

Já dentre as preocupações de Marta estava a forma como arrumaria tudo para servir Jesus. Tão intimas, tão próximas e tão amadas por Ele, tanto quanto o irmão delas, Lázaro. Este mesmo, aquele que adoeceu logo quando Jesus não estava na cidade. (Entretanto, o fato de ele estar ausente não significava indiferença com o que estava acontecendo). As irmãs mandaram recado a Jesus informando que aquele a quem Ele amava estava enfermo; contudo, Jesus demorou um pouco mais que o esperado para vir. Ele sabia que esta enfermidade não tinha como objetivo a morte, mas a glória de Deus. Com o passar dos dias, essas amigas e seguidoras do Filho do Deus vivo foram surpreendidas com o abalo de sua fé. Lázaro morreu, e Jesus não chegou a tempo.

“Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” (Jo. 11.32)

Ele vem no tempo certo

Cristo, contudo, chegou no tempo certo para dar ainda maior glória a Deus. E o fez ressuscitando Lázaro quatro dias após sua morte. Alguns ainda retrucavam, questionando o motivo de Jesus não ter impedido que seu amigo morresse. Todavia, Cristo fez muito mais do que eles podiam imaginar. Apesar de estar correndo grande perigo ao se deslocar para a Judeia, onde pouco antes tentaram matá-lo, Ele foi. Pois Cristo não veio para fazer a sua própria vontade, mas a do Pai que lhe enviou. O propósito em toda a sua humanidade era glorificar a Deus. Por meio de milagres e maravilhas Ele O revelava ao mundo para que cressem e fossem salvos. Muito mais que Lázaro, certamente neste dia muitos outros receberam a vida!

Nos atentemos então para a esperança de que Cristo virá e não tardará! Somente o Pai sabe a hora, portanto não devemos desfalecer em meio a espera nem mesmo esquecer-nos das promessas feitas pelo Senhor. Fidelidade é parte de quem Deus é, e esta é a confiança que temos nele. Nossa esperança deve estar arraigada no amor do Aba, sabendo que Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam. O Filho voltará e vai reinar justamente, tendo todas as coisas sob a sua autoridade. Ele nos santifica hoje e nos glorificará juntamente com Ele, e viveremos com o nosso Resgatador para todo o sempre!

“Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória.”        (Ef. 1.11,13-14)

 

Todos nós precisamos ter uma visão de amadurecimento. Para isso, devemos permanecer fiéis na nossa busca por Deus. Jesus resumiu toda a Lei quando trouxe a visão do primeiro e do segundo mandamento. Para sermos cristãos maduros, temos que estar conscientes da prioridade de vivermos diante do Senhor seguindo estes mandamentos. O texto de João 14:21 nos dá uma visão clara de como devemos amar a Deus. Ele nos mostra que nossa maior expressão de amor ao Senhor é guardarmos seus mandamentos e assim, nos parecermos com Jesus. Logo, o nosso desejo sincero de amar a Deus precisa evidenciar o nosso desejo de amadurecer.

Muitas vezes falta-nos entendimento sobre a graça. Por isso deixamos que nossa vida diante de Deus se torne uma “lista” daquilo que podemos ou não fazer. E essa mentalidade deturpa nossa motivação nos levando a um lugar de justiça própria. Portanto, se olhamos para a Cruz e para o amor de Cristo, percebemos que não podemos fazer nada para sermos aceitos e justificados. Ele é quem faz isso por nós. Nos foi dado como um presente e a nossa justiça própria não pode nos levar a lugar algum.

Quando olhamos para o amor e para o sacrifício de Cristo podemos reconhecer que precisamos Dele para nos aproximarmos de Deus. Logo, uma visão de amadurecimento não vem da nossa justiça própria. Essa visão precisa vir a partir de um ponto onde desejamos responder ao amor Dele por nós, pois nós só podemos amá-lo porque Ele nos amou primeiro.

Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.  Mateus 5:48

Deus vê perfeição em nós

O Pai olha para nós e vê Jesus. Ele vê a obra da salvação que Seu Filho realizou, então toda vez que me volto a Ele e me arrependo, o Pai vê a perfeição. Através da revelação dessa verdade o Senhor nos convida a trilharmos esse caminho da perfeição. Pois expressamos amor a Deus quando posicionamos nosso coração buscando um lugar de obediência perfeita a Ele. É um convite de sermos perfeitos como Ele é. Em Salmos 36:9 vemos que graças a luz do Senhor, podemos ver a luz. E olhando para Deus nos tornamos conscientes da nossa própria necessidade de amadurecimento. Olhar para a luz traz revelação e entendimento das áreas onde precisamos crescer.

Jesus é nosso exemplo de fé

A visão de guardar os ensinamentos de Deus gera impacto no céu. Podemos olhar para a vida de Enoque (Gn. 5:22), que, no meio de uma geração perversa, caminhou com Deus e O agradou. Por isso, Deus o tomou para si. Enoque viveu sua vida de um modo que o céu sorriu para ele. Tornou-se um herói da fé, e assim como ele, devemos viver uma vida nessa visão de agradarmos a Deus. Crescendo e sendo aperfeiçoados em nossa fé.

Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, 3pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. 4E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. 5Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Tiago 1:2–5

Essa declaração nos dá uma perspectiva diferente sobre a tribulação pois nos mostra que os desafios devem ser encarados como uma oportunidade de sermos aperfeiçoados em nossa fé. As provações produzem profundidade em nossas vidas, através delas, é oportuno nos tornamos cada vez mais parecidos com Cristo. E essa não é uma jornada que temos que encarar sozinhos, pois o Senhor nos chama a pedirmos por sabedoria. Desse modo, se não soubermos o que fazer em meio aos desafios, podemos pedir que Ele nos mostre o caminho que devemos trilhar para que nossa resposta seja uma evidência de que nos parecemos com Ele.

Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. 13Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, 14prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:12–14

Recompensa eterna

Precisamos viver nossa vida com uma visão de vencer, pois há uma recompensa eterna nos aguardando. Quando vierem as distrações, as dificuldades e as dores, não devemos deixar essas coisas definirem nossa jornada. Temos que prosseguir para o alvo, olhando para o autor e consumador da nossa fé a fim de nos parecermos com Ele. A minha maior expressão de amor é ser provado e testado e ainda assim continuar prosseguindo, e responder saindo desse teste mais parecido com Jesus.

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2 Timóteo 4:8

Paulo diz: “eu vivo uma vida de sabedoria, então há uma recompensa me esperando por causa da forma como eu vivi. Eu amei a Deus com todo meu coração, guardei Seus mandamentos, logo, a coroa da justiça está guardada.” Nossa vida deve ser vivida para agradar a Deus. É a opinião Dele que realmente importa. Estamos em uma jornada de amadurecimento, e é necessário compreendermos o papel das tribulações e dificuldades nesse processo. Acima de tudo, precisamos nos lembrar de que nosso principal objetivo a amar a Deus de todo o nosso coração, alma, força e entendimento, entregando nossas vidas àquele que deu a Sua vida por nós.

Sempre que penso em quebrantamento, eu penso em dois homens que carregavam isso como uma marca:

Daniel em seus momentos de oração. Esse homem sábio sempre representou quebrantamento para mim.

Afinal, eu imagino o menino que foi para a Babilônia e precisou encontrar seu lugar naquele mundo estranho e cheio de idolatria.

Certamente, Daniel encontrou forças e refrigério no lugar de intimidade com o Pai. Aquele menino que se transformou em um grande homem no meio de um povo estrangeiro encontrou seu lugar de quebrantamento diante de Deus.

Portanto, aqueles que se quebrantam diante do seu Deus sempre terão autoridade diante de quem quer que seja.

“Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito”. Salmos 34:18


Afinal, Daniel entendeu isso e viveu uma vida de quebrantamento. Sua vida diante do altar de Deus lhe deu direito a não se dobrar diante de homens.

Acima de tudo, Daniel prevaleceu em cada uma das estações da sua vida porque ele entendeu o poder de um coração quebrantado diante de Deus.

Enfim, quebrantamento vai muito além de somente se arrepender de algo. Quebrantamento é se render a algo, se prostrar.

Daniel sabia diante de quem Ele deveria se prostrar. Este homem tem muito a nos ensinar com  a sua vida.

O exemplo de Davi

Outro exemplo é o de Davi. Este menino que foi ungido rei, teve muitos êxitos em sua jornada, mas ele também teve erros grandiosos.

Mas o que fica claro na vida de Davi, ele nunca esqueceu o caminho que o levava ao altar do Pai.

Diferente de Saul que foi o seu antecessor, Davi entendeu o poder de se achegar diante Daquele que tem o poder de perdoar pecados e mudar histórias.

Inegavelmente, Davi assim como Daniel amava a presença do nosso Deus. Nunca foi e nem nunca será possível chegar diante do Trono da Graça e não chorar e mergulhar em quebrantamento.

Então, precisamos de mais homens e mulheres que vivam uma vida de quebrantamento.

Talvez tenhamos esquecido ou perdido o caminho que nos leva a esse altar, mas nunca é tarde para voltarmos a esse lugar.

O caminho do quebrantamento

Ser alguém quebrantado sempre será necessário em qualquer uma das estações da jornada. Aliás, se sua vida com Deus não fizer você encher seus olhos de lágrimas algo está errado.

Então, mesmo que seja difícil ou estejamos sem forças precisamos encontrar esse caminho e nos quebrantar diante do nosso Deus.

Quebrantamento é muito além de derramar lágrimas. É um estado de total rendição diante do nosso Deus.

Imagine algo aqui, a cena da mulher que secou os pés de Jesus. Isso fala de uma completa rendição. Ela entendeu qual era o caminho.

Aquela mulher até hoje é lembrada por algo que muitos consideram uma fraqueza. Eu faço parte dos que consideram aquele ato um profundo gesto de quebrantamento e amor.

“E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento;
E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento”. Lucas 7: 37,38

Oro hoje por cada um de nós, para que tenhamos uma vida de quebrantamento, que possamos nos prostrar diante do nosso Deus.

Seu coração quebrantado irá levar você a um novo nível no seu relacionamento com o Senhor.

 

Deus te abençoe.

Por que devo ler a Bíblia? Se você já foi honesto consigo mesmo eu aposto que esse tipo de pergunta já lhe passou pela cabeça. Quer dizer, é possível amar a Deus sem ler a Bíblia? Ou mesmo que eu já a tenha lido toda, por que continuar lendo?! Sobre isso eu gostaria de dar três motivos para se envolver com a leitura bíblica.

Hábito de Leitura

A primeira coisa que eu queria falar não parece ser muito espiritual mas de fato é. Antes de mais nada, eu pessoalmente acho que as pessoas deveriam ler livros e sempre reler os melhores. Não é uma regra, mas se você parar pra pensar, poder ler e se conectar com o autor através de uma obra por si só já é algo extremamente incrível. Pense nas descrições que Moisés dá em Êxodo capítulo 19 sobre a Glória do Senhor no monte Sinai. Ler com o coração, no mínimo deveria nos “transportar” para aquele dramático espetáculo. Só o hábito da leitura mesclado com um coração desejoso em amar a Deus já é capaz de produzir alguns frutos.

A Palavra de Deus

Indo um pouco mais fundo e usando alguma lógica, eu preciso argumentar que devo ler a Bíblia simplesmente porque eu posso lê-la. Eu quero dizer, é um privilégio! Pense que o próprio Deus decidiu se comunicar a humanidade usando homens de várias épocas em vários estilos literários. Deus falou e se fez conhecido. Eu posso conhecê-Lo porque Ele falou e se revelou. Hoje eu vejo muitas pessoas acessando conteúdo de vários autores de livros, filmes e isso tudo é muito legal. Porém, se o Autor da criação também tem algo a dizer eu quero muito saber o que é!

Autoridade

Paulo falou da natureza das Escrituras ao seu amado discípulo Timóteo:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (2 Tm 3:16-17)

O cristão de fato, digo aquele que verdadeiramente crê, é o único homem que consegue desfrutar do propósito das Escrituras. Em certo ponto, qualquer um pode ler muitas vezes a Bíblia. Em certa medida, qualquer um até mesmo pode levar em consideração que Deus tenha falado através dela. Porém, o cristão vai além. Ele toma as Escrituras como autoridade sobre todos os aspectos da sua vida: seja a sua moral, ética, seu cotidiano, etc. “As escrituras são os óculos que nos permitem ver e focalizar coisas, e sem os quais tudo será confuso.”  João Calvino

Eu poderia enumerar várias outras motivações, mas todas elas se concentram na verdade de que você nasceu para conhecer o Deus das Escrituras. Ele está querendo comunicar algo pra esse tempo, mas também está comprometido em forjar raízes profundas no seu coração. Lembre-se: as maiores árvores têm raízes mais profundas.

“Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!” (Sl 1:2-3)

Maçãs de Ouro 

Todos nós sabemos que as palavras têm poder. Nessa série de provérbios já falamos sobre o poder em nossos lábios, as palavras exercem uma grande influência, tanto para o bem quanto para o mal.

“ Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.”  – Provérbios 25:11

Gostaria de compartilhar sobre a importância de sabermos usar nossas palavras com o bom senso, não digo faltar com a verdade, mas saber que há um peso no que falamos, que nossas palavras podem trazer direção para a vida das pessoas ou podem destruí-las. Jesus foi uma homem que em todo tempo falou com amor e ensinou com sabedoria. As palavras de Cristo eram palavras de vida e vida eterna.

Pensando que Jesus sabia usar as palavras da maneira certa e no tempo certo, por que nós em nossos dias, temos a dificuldade de fazermos o mesmo?

 Palavra dita a seu tempo

 “ O homem se alegra em responder bem, e quão boa é a palavra dita a seu tempo! ” – Provérbios 15:23

Com o tempo começamos a perceber que as palavras no tempo certo são vida e que ditas da maneira certas são de grande sabedoria.

No início do texto começo com um provérbio, ele compara as palavras ditas no tempo certo como maçãs de ouro, com isso gostaria de perguntar: Alguém já viu maçãs de ouro? Penso que, assim como eu, você provavelmente nunca encontrou maçãs de ouro.  

 Se formos em algum museu, certamente encontraremos uma exposição de arte. Contudo maçãs de ouro em plantações, isso não encontraremos. Dessa forma, olhamos para Salomão e analisamos o que ele estava tentando nos ensinar.  Assim, como essas maçãs de ouro em bandejas de prata, assim, são as palavras ditas no seu tempo, são admiráveis, são como obras de arte de acesso único aos reis.

Salomão é Rei

Salomão é Rei, é bem provável que somente ele tivesse maçãs de ouro, seja como decoração de seu quarto, ou como um quadro em sua sala real. Salomão compara esse cenário refinado, como um bom senso, como louvado seja aquele que fala de maneira sensata, sem precipitação. Isso mostra que as palavras possuem valor.

Não fale de forma precipitada, não pronuncie de maneira tola. Pensar antes de falar é uma arte. E o rei Salomão deixa isso bem claro. Que sejamos aqueles que sabem dosar a medida das nossas palavras. Não despreze esse conselho. Falar é necessário, mas falar no tempo certo é louvável. Tenha certeza que suas palavras sejam ditas com firmeza e com sabedoria.



tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar,”  – Eclesiastes 3:7