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O segredo de Davi, um homem segundo o coração de Deus

Eu tenho total certeza de que você já ouviu a frase “um homem segundo o coração de Deus” muitas e muitas vezes, ou estou errado? Ela faz parte da extensa lista de frases repetitivas cristãs com alta possibilidade de causar tédio. Eu pelo menos já ouvi inúmeras pregações com esse tema. E em quase todas ficava um pouco confuso entender o que isso queria realmente dizer; “O que esse ‘um homem’ fez para estar de acordo com o coração de Deus e como eu faço para ser como ele?” era uma das perguntas que mais martelavam em minha cabeça; “Eu também posso ser alguém segundo o coração Dele?”

São muitas as perguntas. Para a gente entender como e o que é ser alguém assim, precisamos primeiro saber quem é esse cara de quem todos falam. Você, com certeza, já deve saber a este ponto; o único homem em toda a Bíblia que recebeu esse título incrível foi o rei Davi, e não somente isso, ele foi chamado assim pelo próprio Deus (At. 13:22). Imagine só! Se você olhar bem, não foram muitas as pessoas na história que foram reconhecidas pelo Senhor (vemos Daniel, o muito amado; Jesus, o filho amado, etc.).

O segredo de Davi

Então, para eu ser um homem segundo o coração de Deus eu preciso ouvir isso diretamente Dele? Teoricamente sim; sabemos que Deus fala através das Escrituras, então tudo o que precisamos saber sobre nós está bem guardado ali. Certo? Certo. Simples. Poderíamos terminar por aqui, e tocar nossa vida em frente. Porém, se examinarmos mais profundamente, perceberemos que Davi, na anabolic steroids for sale verdade, recebeu esse nome porque fez a vontade do Senhor, ou seja: em parte, não foi teoria ou coisa do tipo que levou Davi a receber aquele título. Então o que foi? Qual é o segredo de Davi? A prática: ele fez.

Por outro lado, Bíblia não nos conta muito a respeito da infância desse pastorzinho de ovelhas. Mas podemos ter certeza de algo: ele era certamente comprometido em obedecer aos mandamentos do coração de Deus muito bem antes de ser ungido como rei. Logo, só precisamos fazer isso para nos tornarmos como ele: obedecer aos mandamentos divinos.  Sim e não; pelo menos não somente isso.

Buscando o coração de Deus

Definitivamente, Davi se dedicou a estudar as emoções mais profundas do coração de Deus acima de qualquer coisa. Entender quem Ele é e o que pensa; isso é o que fez com que Deus fizesse conhecido no céu e na terra o homem segundo o Seu coração. Davi sabia que, caso falhasse adesso em obedecer aos mandamentos de Deus, Ele não o exterminaria. Aí estava o segredo de Davi: ele conhecia sua natureza sujeita a errar e em contraste a ela buscava conhecer a misericórdia, graça, a ternura… no coração do Senhor.

Sem dúvida, é necessário mais do que simplesmente uma obediência radical. Isso não chega perto de ser o suficiente, e Davi entendeu isso. Um homem segundo a vontade de Deus busca compreender o Seu coração.

Acordei escutando essa pergunta alguns dias atrás, então sabia que mais um texto estava nascendo. Comecei a meditar nessa pergunta: Quem é você no meio da multidão que segue a Jesus?

Tenho pensado tanto sobre os discípulos que andaram com Jesus. O que esses homens viveram, o que eles viram, tantos milagres, tanto amor que palavras não podem expressar.

Acredito que aqueles que já puderam olhar nos olhos de Jesus tem suas vidas mudadas para sempre. Eu vivo minha vida para esse dia em que irei olhar nos olhos Dele, poder abraça-lo e sentir seu amor mais do que sinto hoje.

As multidões que seguem Jesus

No meio da multidão dos seus seguidores daquela época, e no meio da multidão que hoje o seguem, existem muitos tipos de seguidores:

Existem aqueles que o seguem porque estão atrás de um milagre e ouviram falar que Jesus pode fazer isso. “E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou”, Mateus 15:30

Existem aqueles atraídos por uma imensa curiosidade a respeito de quem é esse de que todos sempre falam, e seguem. “E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa”. Lucas 19:3-5

Existem aqueles que foram atraídos por causa da missão que Jesus deu a eles, mas ainda não o conhecem. “E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no”. Mateus 4:18-20

E existem também, no meio dessa multidão, aqueles que viram um vislumbre do Mestre e resolveram seguir o mais belo entre milhares. “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu”. Mateus 9:9

Enfim, não importa o que atraiu você a multidão, desde que durante o processo suas motivações sejam alinhadas.

Venha para Jesus

Venha como você está e deixe que Jesus faça com você o mesmo que fez com Pedro. Deixe Jesus transformar sua vida, deixe Ele mudar sua história.

Venha como está, com a motivação que for, somente venha, largue tudo para seguir ao Mestre.

Temos muitas vezes, claro dentro de nós, quem é o Pai e até mesmo nos relacionamos muito bem com o Espírito Santo, mas Jesus ainda é um mistério.

A  jornada

Esses últimos anos da minha vida tenho estado numa jornada em conhecer a Cristo, quero vivenciar um relacionamento com Ele.

O filho é o Caminho para o Pai. E o Espírito Santo pode nos revelar os mistérios desse Caminho.

Não importa os motivos que fizeram você seguir a Cristo, o que importa hoje é que Ele chama você para se relacionar com Ele.

Hoje o chamado é para que você saia do meio da multidão e se aproxime de Cristo.

Não seja apenas o volume dessa multidão. Seja aquele a quem Ele conhece pelo nome e tem prazer em reconhecer no meio deste povo.

Imagine o prazer de escutar Jesus dizer seu nome, olhar para você e sorrir, abrir os braços e esperar que você venha ao encontro Dele.

Então saia do meio dessa grande multidão e se torne um daqueles que Jesus tem o prazer de chamar de amigo.

A mulher do fluxo de sangue queria uma cura, mas ao tocar Nele, ela conseguiu muito mais que isso. Se você ousar sair do meio da multidão e realmente se aproximar Dele, irá experimentar vida abundante como aquela mulher.

Paulo queria perseguir seu povo, mas acabou encontrando o Mestre no caminho e nunca mais foi o mesmo. Ninguém que se aproxima Dele volta como chegou, ao nos aproximarmos de Cristo somos transformados.

 

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo. 14.6

Esse versículo tão conhecido e repetido pela maioria de nós, carrega uma profundidade quase infinita. Quando meditamos no fato de que Jesus é o caminho, então o caminho torna-se uma pessoa.

Assim também, verdade é uma pessoa. Igualmente, vida é uma pessoa. Jesus habitando em nós, na pessoa do Espírito Santo, traz consigo a verdade, a vida e Ele mesmo é o caminho.

Na teoria, sabemos que é fácil reconhecer que Jesus carrega em si mesmo todas as respostas de que precisamos. Mas, na prática, nem sempre acessamos essa fonte de riquezas, que é Ele mesmo dentro de nós.

A experiência do novo nascimento ultrapassa nossa capacidade limitada de entendimento. Fomos transportados do reino das trevas, para o reino do Filho do seu amor (Cl. 1.13). Assim como, fomos enxertados na videira (Jo. 15.5), e uma nova seiva corre dentro de nosso ser.

Essa nova natureza se manifesta de forma prática nas pequenas escolhas que fazemos. De forma quase que instintiva nossa nova natureza passa a guiar nosso olhar. A velha natureza é substituída gradativamente pela beleza do Filho.

Descobrindo o caminho rumo à maturidade

Inegavelmente, a maturidade não vem com um piscar de olhos. Ela ganha espaço, à medida que reconhecemos que é sábio confiar e entregar. O Espírito Santo é cavalheiro. Ele jamais irá nos obrigar a ouví-lo, ou quiçá, seguí-lo. Portanto, temos que voluntariamente fazer essa escolha em nosso cotidiano.

Os caminhos se bifurcam a nossa frente. Às vezes, estamos diante de encruzilhadas, onde todas as opções parecem corretas. Ficamos confusos, nos sentimos perdidos e por vezes abandonados.

Sem dúvida, é precisamente nesta hora que a verdade se manifesta. A verdade de quem Jesus é em nós, aponta o caminho, que nos conduz a vida.

Os desafios do caminho

Gostamos da rapidez da vida moderna. A informatização acrescentou velocidade em nossa comunicação. A informação é gerada com rapidez assustadora. No entanto, neste mundo barulhento, está cada vez mais rara a quietude. Muitos ruídos nos distraem, competindo entre si.

Portanto, devemos escolher aquietar o ruído interno, calando todas as outras vozes, a fim de ouvirmos o sussurro do Mestre. Para que, a vida seja liberada, o caminho seja revelado e a verdade possa nos guiar.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” Sl. 37.5

Não existe verdade fora dEle. Nenhum caminho nos conduzirá à vida eterna e abundante, que não seja Ele mesmo. Por isso, quanto mais longe andamos com Ele, tanto mais abandonamos ao longo do caminho.

O que deixamos para trás não tem poder de nos conduzir. Na cruz, Ele derramou a si mesmo, para que hoje, você e eu tivéssemos vida abundante. Ele nos convida a experimentar a morte que gera vida.

Minha oração é por mais dEle na minha e na sua vida. Escolhamos hoje morrer para nós mesmos, para que a verdadeira vida seja gerada em nós.

Às vezes, eu me perco em devaneios e me pego pensando a respeito da acessibilidade que nós, como seres justificados, temos ao coração de Deus (se é que realmente temos). O quão perto e o quão profundo nós podemos e somos capazes de nos achegar disso. Por acaso Deus, em toda a sua santidade infinita, fez o seu coração puro acessível a nós pecadores?

Antes de qualquer coisa, existe algo que precisa ficar extremamente claro para nós: Cristo morreu e ressuscitou. Por Sua morte foi construída uma estrada que nos dá acesso direto (ou seja, sem atalhos ou trajeto com engarrafamento) ao Pai. Através dela podemos nos aproximar do trono Dele com confiança (Hb. 4:16).

Tudo bem. Podemos entrar no palácio real de Deus, caminhar por todos os cômodos, ir à Sala do Trono, ficar frente a frente com Ele e “trocar algumas ideias”. Mas podemos ter certeza de uma coisa: isso ainda não é acessar o coração Dele. Então o que é?

O coração não só na Bíblia, mas em outras fontes e contextos diz respeito aos sentimentos, desejos e anseios mais profundos de uma pessoa. Como também acredite se quiser os seus pensamentos. Então espere um pouco… Não é só sobre eu chegar diante do trono e cultivar um diálogo com o meu Pai que está em secreto? É claro que é sobre isso, mas somente isso não é o suficiente. Não para mim. Se você quiser parar por aí, tudo bem. Não tem problema, mas conhecer o coração de Deus? É isso o que eu quero; quanto mais profundo, melhor.

Acesso restrito

Afinal, a pergunta que não quer calar: o coração de Deus é acessível? A melhor resposta para isso é um grande “sim”; nós temos um passe de acesso livre ao coração Dele. Mas a verdade é que nós só não entendemos muito bem por onde ou como entrar, principalmente quando vamos até a porta e nos deparamos com o aviso de “acesso restrito”.

Isso que parece ter sido colocado para nos impedir não é, de maneira nenhuma, o que deve nos parar, muito pelo contrário, é onde está o segredo para entrarmos. O acesso restrito revela que alguém pode entrar, mas quem? Felizmente não é um “funcionário” qualquer. Porque se nós tivéssemos que rodar a terra procurando por essa uma pessoa que abriria o coração de Deus para nós, estaríamos perdidos 7 bilhões de pessoas? Não mesmo. Por incrível que pareça (ou não) essa pessoa é, na verdade, o próprio chefe: Deus na pessoa do Espírito Santo. Ele é quem nos escolta aos tesouros profundos do coração de Deus.

Em 1 Coríntios 2:9–16 Paulo diz que todas as coisas até mesmo as mais profundas do coração de Deus são conhecidas pelo Espírito Santo. E Ele é quem revela a nós, que O amamos, quanto mais buscamos. Através do Espírito de Deus temos acesso aos desejos, anseios, pensamentos.. tudo o que está dentro do coração do Pai.

Posso lhe dizer, sem sombra de dúvida, que missões é meu tema preferido. Foi esse tema que me trouxe até aqui. Já faz um tempo que caminhamos juntos aqui no Blog da fhop. Ao longo da minha história, tenho entendido meu papel como missionária. São quase oito anos vivendo essa realidade e buscando compreender o que não aconteceu necessariamente como imaginei. Como ser missionário no Brasil?

Peço licença para compartilhar um pouquinho dessa minha história e como tem sido ser missionária em nosso próprio país. No Brasil existe um povo alegre e generoso. Mas, como nação, precisamos compreender nossa identidade diante de Deus. Precisamos perceber nosso propósito como povo e nos lembrarmos de Suas promessas.

A Grande Comissão

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minha testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.” Atos 1.8

Precisamos sempre voltar à Palavra para saber nosso propósito e o desejo do coração de Deus para as nossas vidas. Segundo Atos 1.8, um dos sinais do Avivamento é o movimento. Deus tem nos tirado de nossas zonas de conforto e nos levado a uma revelação profunda de seu coração pelas nações. Você já parou para pensar quantos heróis Bíblicos Deus moveu de sua casa, de sua terra e os levou para um lugar desconhecido? Nos tornamos como nômades. Nômades de Cristo.

Muitas vezes, nossos paradigmas têm que ser quebrados. Amo algo que o fundador da Jocum no Brasil diz: “Toda obediência tem que ser celebrada.” Jim Stier. E o que isso quer dizer? Não importa se nosso legado é dentro da Agência Missionária ou no mercado de trabalho. Não importa se fomos chamados para servir como missionário no Brasil ou fora dele. O que na verdade importa é a nossa obediência diante de Deus. É sermos suas testemunhas tanto em Jerusalém, como na Judeia, em Samaria e até os confins da terra. Neste tempo, Deus me chamou a Floripa. Antes estive em Curitiba. Antes de lá  ainda, servi em minha Igreja local, no interior do Mato Grosso. Como parte da comunidade e alguém no mercado de trabalho.

Os desafios financeiros e a provisão de Deus

Finanças é um tema delicado no que se refere a missões. Principalmente quando nossa carreira missionária é desenvolvida em nossa própria terra. Provavelmente, você tem um monte de idéias quanto ao que significa ser missionário e como é “difícil” confiarmos na provisão do Senhor. Será que todas às vezes a provisão vem? Você pode estar se perguntando.

Além disso, talvez já tenha replicado aqueles chavão: “Se Deus chamou, Ele mesmo sustenta.” E isso é verdade. Mas, sabia que Deus não faz dinheiro nascer em árvores? Na verdade, o propósito do coração de Deus é que seu povo sustente missões. Que Seu povo disponha dos recursos para enviar e manter sua obra. Pois Ele é que dá semente a quem semeia.

Um missionário é alguém que vive em miséria e sofrimento perpétuo, tendo que renunciar a tudo e fazer voto de pobreza?  Voltemos a Palavra de Deus:

“Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. e ainda: O trabalhador é digno do seu salário.” 1 Timóteo 5.17.18

Orando para que Deus levante trabalhadores

Um último aspecto para refletir neste quesito é: Você enviaria seus filhos para servir ao Senhor nos campos missionários? Sejam eles: campos nacionais ou internacionais? Porque será que tantos de nós sentimos medo de que nossos filhos escolham essa vocação? Nossa visão sobre missões ainda é fragmentada pelas histórias que ouvimos. E por crenças que, muitas vezes, são distorcidas da Palavra de Deus. E do intuito do que Jesus pensa.

Em Eclesiastes 8.5-6 fala que: “o coração do sábio conhece o tempo e o modo.” Será que temos que fazer missões da mesma forma que foram feitas ao longa da história? Quando demorava dias, meses e anos para que informações chegassem onde era necessário chegar? Sim, eram meses e anos para cruzar os oceanos. Hoje, a informação chega tão rápida e de forma massiva pela internet. Mas muitas vezes, nosso coração ainda se torna resistente. E não damos com alegria, mas com pesar. Ou por pena. Querido, nunca sinta pena de um missionário. Pois é honra darmos nossas vidas a Cristo. É uma honra ser missionário no Brasil e em qualquer outro lugar da terra. 

Lembre-se que Jesus nos ensinou a orar para que o Senhor da seara enviasse mais trabalhadores para a seara.

“Então, falou aos seus discípulos: “De fato a colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, orai ao Senhor da seara e pedi que Ele mande mais trabalhadores para a sua colheita”. Mateus 9.37-38 (King James)

Abrindo o coração – lutando contra impressões erradas

Existem muitos sonhos missionários em meu coração. Muitos dos quais ainda não vivi. Uma de minhas maiores dificuldades em campo é a “solidão”. Sim, eu sei que Cristo está comigo e Sua mão tem me mantido em pé. Sua alegria tem me feito forte para prosseguir, mesmo quando penso em desistir. Quando me refiro a solidão, é que muitas vezes, o fato de não termos os “recursos necessários”, nos dá uma certa sensação de abandono da Igreja. Então, nos sentimos sós.

Mas, também sei que, como missionários, podemos frustrar os irmãos. E precisamos conversar sobre isso. Não como vítimas ou acusadores. Precisamos construir as pontes. Porque só alcançaremos “Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra” se formos um e revestidos do Espírito Santo. Não são dois lados separados. Somos um único lado, orando como Jesus. Para que Seu Reino venha e seja feita Sua vontade, assim na terra, como é no céu.

O que mais você deseja saber sobre missões? Como se sente como missionário? Como se sente como parceiro de missões? Você também deseja ser um missionário no Brasil?

Quando ouvimos o termo “cheio do Espírito”, há muitas coisas que vêm à mente. Por exemplo: falar em línguas, manifestação com risos e alegria, choro ou profecia. No entanto, raramente nós associamos “ser cheio do Espírito” aos nossos talentos, habilidades ou trabalho com as mãos para construir algo. E por que nós deveríamos, onde estaria isso na Bíblia? Bem, está em Êxodo 31 e isso aconteceu a um homem chamado Bezalel. Ele buscou seu dom, e viveu cheio do Espírito o seu chamado.

“Disse então o Senhor a Moisés: “Eu escolhi a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhes sabedoria, habilidade e plena capacidade artística para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar e esculpir pedras, para entalhar madeira e executar todo tipo de obra artesanal.” (Êxodo 31:1-5)

Bezalel é a primeira pessoa mencionada a ser cheia com o Espírito de Deus. Mas não acaba aí, Bezalel tinha sabedoria, entendimento e conhecimento em várias formas do artifício. Uma coisa é ter a habilidade para um ofício, mas ser capaz de trabalhar com madeira e todos esses diferentes metais é algo extremamente difícil. Nenhum desses elementos funcionam da mesma forma; as ferramentas são diferentes para cada um. Bezalel era um dos artesãos mais talentosos da sua geração. Ele não era apenas bom, ele era um especialista.

Levando o chamado a sério

Bezalel pode ter sido cheio com o Espírito de Deus para fazer este trabalho, mas ele ainda teve que desenvolver aquelas habilidades por um bom período de tempo para ser capaz de usá-las com aptidão e precisão. Ele teve que escolher, na verdade, desenvolver o que Deus havia colocado nele. Ele poderia ter simplesmente dito: “eu sei que eu posso ser um artesão, mas eu vou fazer outra coisa.” Graças a Deus, esta não foi a postura do seu coração.

O Senhor o chamou e o encheu com o Seu Espírito, e Bezalel buscou seu dom e se desenvolveu em um homem sem igual em sua geração, o qual foi usado para construir primeiramente a tenda do encontro, a arca da aliança e todos os elementos do interior do templo.

Bezalel sabia de uma coisa: o que ele foi chamado para fazer. Ele levou isso a sério e trabalhou e praticou tanto que ele se tornou o melhor do mundo, capaz de construir o que Deus queria construir. Ele era aquele de quem Deus disse: “Eu quero que Bezalel construa o templo”. O entendimento que tinha de seus talentos e a sabedoria para aperfeiçoá-los fez dele criativo e qualificado.

Muitas pessoas estão limitando o trabalhar do Espírito hoje a uma atividade religiosa ou a mecanismos dentro da instituição da Igreja. Não estamos vendo o significado completo de sermos cheios com o Espírito de Deus. Nós não vemos nossos talentos ou habilidades afetando o mundo, por isso nós não os levamos a sério e não nos tornamos excelentes neles. Nós não entendemos como Deus quer que usemos os trabalhos das nossas mãos para a Sua glória.

O Espírito de Deus está em seu trabalho?

Bezalel era uma pessoa normal que estava no mercado de trabalho trabalhando duro todos os dias. Diariamente ele executou o seu melhor trabalho e levou a si mesmo e o seu trabalho a sério. Da mesma forma que este homem encontrou sua identidade em Deus, ele encontrou Deus em seu trabalho. Quando o momento de ser comissionado para construir o templo chegou, ele era um vaso preparado para ser usado por Deus.

Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real; não trabalhará para gente obscura. (Pv 22:29)

O Espírito de Deus está em seu trabalho? Você está permitindo que Deus flua através da sua mente e a obra de suas mãos de segunda a sexta? Você está exercendo seu trabalho com excelência? Se não, talvez você ainda não está entendendo como Deus quer impactar a sociedade com a sua vida. Desde o início, tudo o que Ele queria era trabalhar em parceria com a coroa da criação, você. Ele quer levantar trabalhadores para estar diante de reis com a excelência de suas habilidades cultivadas em lugares secretos. Deus realmente deseja a sua grandeza, a questão é, nós desejamos a grandeza que Deus tem para nós?

O que devemos fazer em meio às tempestades? Esperar que passe ou enfrentar os ventos furiosos e um mar bravio?Pedro escolheu enfrentar o medo e andar sobre as águas.

“mas o barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele. Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar. Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: “É um fantasma!” E gritaram de medo. Mas Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” “Senhor”, disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas”. “Venha”, respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre a água e foi na direção de Jesus. Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, porque você duvidou?” Quando entraram no barco, o vento cessou”. Mateus 14:24-32

Podemos parar um momento aqui e analisarmos essa atitude. Afinal a ousadia de Pedro o levou a experimentar o poder sobrenatural da fé?!

Entretanto no momento que Pedro reparou no vento, ele ficou com medo. Assim somos nós, ao olharmos para nossas circunstâncias vamos afundar como Pedro.

Certamente as adversidades que nos cercam são como um mar revolto que se une a tempestade e nos consome dia a dia.

Olhar além das tempestades

Precisamos olhar além das tempestades e enxergarmos Jesus. Precisamos manter nossos olhos Nele.

Sempre me lembro que a águia consegue voar além das tempestades, e precisamos nos parecer com ela.

“mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam”. Isaías 40:31

Encontre forças no Senhor para andar milhas a frente e ir além desta tempestade que você está vivendo.

Escolha andar sobre as águas hoje e crer que Ele é poderoso não só para declarar palavras a seu respeito, mas também para cumprir essas palavras. O Deus que conhece o passado, habita no presente e está nos levando a um futuro grandioso.

O  medo não pode te dominar

Não deixe sua fé ser pressionada pelo medo ou até mesmo pelas pressões do que você tem visto a sua volta.

“Quando eu disse: “Os meus pés escorregaram”, o teu amor leal, Senhor, me amparou! Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma”. Salmos 94:18,19

Digo hoje a você o que tenho escutado do Pai:

“A vista da montanha íngreme que você está escalando sendo castigado por ventos, chuvas e sol escaldante, essa vista vai compensar todo o sacrifício”.

Você e o Pai estão nessa jornada juntos e Ele não desampara os seus. Tempestades diante Dele se acalmam e montanhas diante Dele são vencidas.

A Graça vence

Nessa jornada um paradoxo se coloca repetidamente a nossa frente. A nossa fraqueza e os nossos processos de amadurecimento, versus o zelo e o compromisso do Senhor.

Confesso que não é uma luta pacífica. Com isso, adianto o resultado: a graça vence e sua fraqueza não pode contê-lo.  Por causa disso, encontramos alegria em sermos vencidos pelo Seu Amor furioso. Que nos coloca afinados a história que Ele está orquestrando.

Não sei, se é só comigo, mas você já passou por momentos que quase desiste de você mesmo? É como perder a esperança sobre ser o que deve ser. Como se toda a força que você fizesse pra ser  simplesmente não estivesse funcionando. Você está com aquele sentimento de estar cansado, de si mesmo? Cansado das próprias fraqueza? Do próprio pecado?  Ao olhar para si só consegue enxergar essas coisas. Sentimentos como impotência, desesperança, frustração, e muita vergonha são quase palpáveis nesses momentos.

Incontáveis vezes me peguei diante de Deus frustrada. E até ofendida por não conseguir mudar certas coisas em mim. Questionando o porquê Ele não as mudava. Na audácia de achar que eu sou a mais interessada na minha transformação (risos).

E pelo Espírito – gentilmente – o Senhor me lembrava que a fidelidade Dele ultrapassa (e muito) a minha, o compromisso Dele comigo é muito mais inabalável que o meu para com Ele, que Seu amor por mim não pode ser maior do que já é, diferente do meu por Ele que ainda está crescendo e amadurecendo.

Ele está feliz

Sabe esses momentos? Eles são orquestrados pelo Senhor, eles fazem parte do plano divino para nos moldar. Eles fazem parte das “coisas que cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8:28); mesmo que doa, incomode, nos pressione, nos desconstrua ou nos “quebre”. Ele não está aborrecido ou frustrado, Ele está feliz. Deus pode ser comparado com uma mãe que não se chateia com o processo de crescimento e desenvolvimento de seu bebê, todavia se alegra com isso.

 

“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fl 1:6)

 

Acredite: não é dor inútil! O processo e a provação são expressões do zelo e do compromisso do Senhor com o meu e o seu coração, e mais do que isso ele está comprometido com a história que Ele planejou para humanidade, história de redenção e relacionamento.  E falando em compromisso, como é uma injeção de esperança essa verdade a respeito de Deus.

Ele é Deus zeloso! Seu zelo é forte como a morte, como fogo consumidor e ardente, Seu amor é intenso em te buscar no mais profundo pecado, furioso em lutar por você, sua fraqueza não pode contê-Lo, e Ele está comprometido em te tornar irrepreensível, a imagem do seu Filho até àquele Dia; e sabe que tipo de compromisso é esse? É eterno, antes de eu ou você existirmos Ele já estava comprometido.

Enquanto estamos sendo fiéis Ele a dois, cinco, dez, vinte anos Ele é fiel de forma atemporal, é incontável os anos da Sua fidelidade, é parte do seu ser eterno e da sua intenção em nos ter com Ele. É infinito, é intenso, imutável e inabalável.

 É o Senhor quem está construindo algo em nós.

Por isso há alegria no meio dessas estações. Não estou falando de maneira hipócrita, que mesmo triste e pressionado internamente você vai sair rindo por ai, porém estou afirmando que há real satisfação, profundamente arraigada no propósito do Eterno, o deleite de entrar em sintonia com a história Dele, alcançando plenitude é o que Tiago fala.

 

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria sempre que passarem por qualquer tipo de provação, pois sabem que, quando a sua fé é provada, a perseverança tem a oportunidade de crescer. E é necessário que ela cresça, pois quando estiver plenamente desenvolvida vocês serão maduros e completos, sem que nada lhes falte.” (Tg 1:2-4)

 

Quero lembrar de algo hoje: há deleite e alegria no processo e na provação que sua graça nos atrai. É o Senhor quem está construindo algo em nós.  Por causa de seu favor imerecido Ele está transformando em beleza o que era fraqueza (Is 61:3). É a mão Dele nos tocando mesmo quando sentimos que é pressão, faz parte do moldar, são Suas mãos que seguram o nosso coração, podemos confiar nisso (Is 64:8).

Podemos nos alegrar no processo porque a estrada que Ele revela a escuridão que ainda há em nosso coração é o mesmo que logo Ele derramará luz (Sl 18:28). O caminho que Ele ressalta nosso pecado e fraqueza é o caminho que Ele  fortalecerá o amor e nos deixará puros (Sl 66:10). A noite escura que Ele nos abala precede o amanhecer que Ele nos colocará sob firme fundamento (Os 6:1). O dia que nos humilhamos terminará com revelação do que somos no coração Dele (Mt 23:12). A oração que pedimos por misericórdia Ele responderá também com sublime e abundante graça (Sl 103:10). Deixe isso te vencer; não podemos esgotar Sua graça!

O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.” Sl. 23.1-6

O pastoreio de Jesus é parte integrante da nossa jornada. Por vezes, é facilmente reconhecido e aplaudido. Outras vezes, no entanto, pode ser sutil e até mesmo questionável.

Às vezes, temos dificuldade de enxergar o quadro completo do que o Espírito Santo está desenhando em nós. É de Corrie Ten Boom a analogia de que nossa à présent vida é como uma tela que está sendo bordada. Pois, o que vemos, é o avesso da tela. Deus vê o desenho que se forma.

Ainda que, questionemos os “nós” que enxergamos. Mesmo que, a troca de cores nos assuste. Ou ainda, as linhas cruzadas, os pontos desfeitos e refeitos nos deixem confusos, tudo se esclarece, quando finalmente vislumbramos as águas tranquilas.

Somos guiados aos pastos verdejantes e com eles o refrigério chega. Sua fidelidade é sempre maior que a nossa.  Igualmente, nossos inimigos não são páreo para Ele. Todos foram derrotados na cruz.

O pastor está atento

Por isso, é exatamente quando andamos pelo vale da sombra da morte, que sua destra nos guia. Ele não dorme. Seu compromisso conosco é de um Pai.

“Porventura, pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti.” Is. 49.15

O pastor de nossa alma concede-nos bondade e misericórdia ao longo do caminho. Por certo, existe provisão abundante em Sua casa, que é também a nossa casa.

O pastor busca a ovelha perdida

Nosso pastor, deixa as noventa e nove no aprisco em busca da que se extraviou (Mt. 18. 11-14). Temos garantia, que mesmo que nos desviemos, Ele vai ao nosso encontro.

Não existe lugar profundo ou escuro demais do qual não possa nos resgatar. Não existe distância que Ele não possa percorrer. Somos preciosos demais, e por isso, Ele entregou o que tinha de mais precioso para que nosso resgate fosse possível.

Creia que somos parte de um rebanho que Ele mesmo está conduzindo. Ele não terceiriza a tarefa de nos apascentar. Algumas vezes Ele usa seres humanos, mas isso não significa que não esteja pessoalmente comprometido conosco.

Sua vara e Seu cajado nos consolam. Ele faz nosso cálice transbordar. Habitaremos com Ele por toda eternidade. Portanto, qualquer que seja a aflição, ela é passageira.

Você já pensou sobre o que seria amar a Deus sobre todas as coisas? Provavelmente você sabe que tem que amar a Deus. Mas talvez não tenha caminhado no entendimento de que Jesus nos disse para amá-lo por completo. Não por fases ou etapas que passamos em nossas vidas.

Amar a Deus sobre todas as coisas não está relacionado com períodos da vida, no qual nós O amamos de um jeito ou de outro. Ainda assim, nos acostumamos a associar o amor por Ele à experiências pessoais e espirituais.

“Mestre, qual é o mandamento mais importante da lei de Moisés?”. Jesus respondeu: “‘Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente’. Este é o primeiro e o maior mandamento.” ‭‭(Mateus‬ ‭22:36-38‬)‭

Como vimos, a Bíblia nos orienta como primeiro e grande mandamento deixado por Jesus a amarmos a Deus de todo o coração, de toda a alma, e de todo pensamento. Mas geralmente, quando lemos esse versículo, separamos por partes o amar a Deus. Agimos como se fosse um processo: primeiro amamos com o coração, depois com a alma e depois com o pensamento.

Mas o que Jesus nos deixou como instrução, não está relacionado com os períodos da vida. Ele não estava falando de etapas e fases; na verdade, amar a Deus sobre todas as coisas é um conjunto completo, com todo o nosso ser, e não fases. Não tem a ver com as nossas experiências.

Por que nos perdemos no meio do caminho?

No entanto, na nossa caminhada cristã acabamos fazendo e passando por isso. Ou seja, amando a Deus por etapas, fases e até mesmo baseados nas nossas emoções. Porém, a pergunta é: Por que acabamos nos esquecendo do primeiro e maior mandamento da Bíblia? – que nos orienta a amá-lo com todo o nosso ser de forma constante e permanente.

Provavelmente acabamos por associar o amar a Deus com a nossa experiência espiritual, pessoal. E de fato a experiência espiritual tem a ver com o amor a Deus, mas não se resume apenas a isso. Dessa forma, o nosso amor por Deus não se trata das nossas experiências iniciais.

Não podemos resumir o amar a Deus, o afeto por Ele, a apenas sentir sua presença! O nosso culto a Deus se trata do quanto engrandecemos a Ele, a quem Ele é, e não das nossas experiências pessoais. O problema de associar o amor a Deus com a nossa experiência espiritual é, que muitas vezes nos frustramos em nossas jornadas por conta de comparações.

Dessa forma, as experiências acabam se esfriando e as frustrações acontecem. E nisso, entramos em um entrave maior. Ao nos darmos conta dessa realidade de distanciamento, passamos a buscar desesperadamente voltar a experiência inicial da fé, o tão conhecido Primeiro Amor.

Deus deseja filhos maduros

Nessa busca de voltarmos a esse momento inicial da fé, das experiências que já se passaram, que foi bom e até necessário, o Senhor não permite. No entanto, porque isso justamente se trata de termos uma fé infantil e não é isso que Deus quer para nossas vidas.

Muitas vezes nos apegamos a essa fé infantil ao ponto de reduzir o amar a Deus apenas a essa experiência inicial e ficamos presos a isso. Mas Jesus quer que tenhamos uma fé crescida. Deus deseja ter filhos maduros, que entendam de fato o que significa amá-lo sobre todas as coisas, independentes das circunstâncias.

Pode parecer uma pergunta estranha, mas pense por um momento: como seria a sua vida, sua caminhada cristã se você nunca mais sentisse a presença de Deus? Como você conduziria a sua vida sem senti-lo? Acredito que muitos iriam sucumbir diante de tal situação. Muitos diriam: “Não faz sentido continuar caminhando se não sinto a presença de Deus.”

Amar a Deus é assumir nossa responsabilidade

Isso seria agirmos baseado em nossa fé infantil. Que é quando não fazemos as coisas por amor a Deus, mas por medo das consequências. Uma pessoa madura não limita o seu amor a Deus a uma experiência transcendente, espiritual. Ela toma decisões assumindo as responsabilidades por seus erros. Ela entende o silêncio de Deus como uma voz profunda, onde Ele está lapidando o caráter, moldando o seu interior.

Essa fé madura repousa na convicção de que amar a Deus não é ter garantias. É confiar no Seu caráter independente do resultado. É entender que mesmo quando tomamos decisões erradas, o Senhor continuará a ser Deus, aquele que nos perdoa. É necessário entender que a fé não se resume a experiências de sala de oração ou cultos de domingo. Ela pode ter fases, mas amar a Deus vem acima de tudo isso. O mais importante é permanecer, independente das fases. Ter um coração fiel a Deus.