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Conhecendo o amor de Deus

Identidade

Será que algum dia nós seremos capazes de conhecer o amor de Deus completamente?

Às vezes, após um sermão a respeito de Cristo, nos achamos conscientes sobre como somos amados por Ele. A sensação é ótima, mas na maioria das vezes não dura muito tempo. Passam-se alguns dias e paramos diante do nosso reflexo pensando: Meu Deus! Eu não conheço nada desse Seu amor. Ou talvez, por causa de alguém que viveu uma experiência profunda, dizemos a nós mesmos: Eu preciso de ajuda! Há muito ainda para conhecer.

É maravilhoso reconhecer isso em si mesmo. Mas será que “muito” não parece até ser uma palavra distante demais para nos manter animados/empolgados? As coisas parecem piorar quando alguém diz que não teremos tempo suficiente para conhecer qualquer coisa a respeito de Deus. Calma aí! Não seremos capazes de conhecer esse amor completamente? É difícil responder essa pergunta, já que a Bíblia não diz muito a respeito disso. Mas podemos ter certeza de uma coisa: se não conhecermos tudo sobre Ele aqui — o que é bem provável — com certeza, vamos fazer isso durante a eternidade.

Um amor incomparável

Se houvesse uma maneira de medir os sentimentos que alguém tem por outra pessoa, o amor de Deus estaria, definitivamente, na lista de sentimentos impossíveis de se medir. Assim como todos os seus demais atributos. Afinal, aquilo que pensamos entender a respeito dessa emoção divina, não se compara à 1% do que ela realmente é.

Em Efésios 1, Paulo convida seus leitores a compreenderem juntamente com todos os santos todas as quatro dimensões do amor de Cristo. A largura, o comprimento, a altura e a profundidade. Apesar de estarmos dentro da probabilidade de não conhecer 100% do amor de Deus — ou talvez 1% dele — podemos conhecer uma porcentagem das suas dimensões.

Diante disso, podemos entender um pouco do porquê de reconhecermos nossa insuficiência no conhecimento do amor de Deus ao vermos alguém o experimentando mais profundamente. Isso serve para nos instigar a conhecê-lo mais. Aí está o “junto com todos os santos”: um incentivando o outro a ir cada vez mais profundo.

Definitivamente, a jornada de conhecimento do amor de Deus não é tão curta como muitos podem imaginar. Talvez tome a nossa vida inteira. Porém, podemos ter certeza de que quando caminhamos por ela com outros ao nosso lado, ela se torna muito mais rápida.

O quanto sua vida diante de Deus faz com que outros sintam-se motivados à mudanças? Qual o seu poder de influência sob outras pessoas a ponto de entregarem suas vidas a Cristo?

“E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas, e os levaram à praça, à presença dos magistrados. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade,”. Atos 16:19-20

A princípio, o que este texto nos revela é que Paulo e Silas, sendo judeus, perturbaram a cidade.

Bom, aqueles que pediam para que Paulo e Silas fossem presos faziam acusações falsas. Acusações como as que foram feitas contra Jesus, e depois contra Estêvão. Paulo e Silas pregavam sobre um evangelho verdadeiro e reto.

Algo que gosto de destacar é o estilo de vida que o apóstolo Paulo vivia. Portanto, ele foi  um homem que foi transformado pela verdade de Cristo e que se tornou escravo de Cristo para que outras pessoas, outros povos fossem encontrados pela verdade que impactou a sua vida.

Paulo foi um homem de fé

“E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco.”  Atos 16:23,24

Assim, o apóstolo Paulo mais uma vez foi preso e mais uma vez foi açoitado.  E novamente ele não esmorece em sua fé, e na perseverança em declarar as verdades celestiais. E essa foi apenas umas das vezes que Paulo foi preso por causa do evangelho. A bíblia nos fala que Ele foi açoitado, apedrejado, sofreu naufrágio, passou fome e sede, passou perigos, frio e nudez. E mesmo assim sua vida foi para gloriar-se no Senhor.

As escrituras nos contam também que o apóstolo Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus e outros presos os escutavam e esta  palavra traduzida por “escutavam” significa “ouviam com prazer”, como que se ouvissem uma linda canção. Certamente em tempos de escuridão, a luz do testemunho cristão brilha mais intensamente.

Estes homens estavam presos e em seus lábios não haviam murmurações nem contendas.

Eles entendiam que eram filhos de Deus e que precisavam ser encontrados puros e irrepreensíveis diante do Pai. Eles também estavam vivendo em uma geração corrompida e perversa, mas que se permanecessem fiéis, resplandeceriam como estrelas no mundo.

“E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.”Atos 16:25,26

Que é preciso fazer para ser salvo?

E foi isso que aconteceu. Atos 16 nos revela que as canções foram ouvidas, não apenas pelos outros prisioneiros ali presentes, mas Deus ouviu e um forte terremoto fez abrir a cadeia. E todos foram livres. As canções e as orações foram ouvidas e poder do alto foi liberado. A história continua e nos conta que o carcereiro se desespera pensando que todos haviam fugido.

Segundo a lei romana, a pena para um guarda que deixasse um prisioneiro escapar era a morte. Prevendo que todos os prisioneiros tivessem escapado, o carcereiro pensou que certamente iria morrer. Mas Paulo mostra para aquele homens que eles não fugiram. Então, o homem pergunta: O que é necessário para que me salve? E Paulo mais uma vez ministra sobre Jesus. Em meio a tudo que estava se passando, ele ministra sobre o salvador.

Os eventos que aconteceram durante a prisão de Paulo e Silas, a forma como eles aceitaram o sofrimento e os atos poderosos de Deus, fizeram com que o carcereiro caísse de joelhos, reconhecendo finalmente que precisava de salvação.

“E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.” Atos 16:31

Mas como ele poderia reconciliar-se com Deus? A resposta de Paulo e Silas foi muito simples: somente crê no Senhor Jesus Cristo. Não era preciso fazer mais nada. O carcereiro e a família dele confiaram em Deus e na mesma hora expressaram sua fé ao serem batizados.

O convite é para que nós possamos viver nas verdades de Cristo e que independente do sofrimento que nos acontecem, possamos ser aqueles que declarem a salvação que vem por meio no nome do filho de Deus. Seja você aquele que transformará a realidade a sua volta, no seu trabalho, faculdade e até mesmo no ministério. Seja você uma influência para os que estão ao seu redor.

 

Há um prazer sem medidas quando descobrirmos o sentido de sermos filhos de Deus. Muito tem se falado sobre este assunto: “como nos tornamos filhos”. Essa filiação pode ser bem diferente da que conhecemos aqui na terra. Pois Deus é um pai perfeito. Enquanto, por melhor que tenham sido nossos pais, eles certamente falharam em alguns momentos.

Antes de mais nada, um filho deve experimentar aceitação, proteção e aconchego. A voz do pai guia e transmite segurança. Sem dúvida, os pais são a referência não apenas por aquilo que falam, mas principalmente pela forma com que vivem. E nesse ambiente familiar aprendemos o que é amor. E o Senhor reconstrói pontes quebradas. 

Assim, todos quanto receberam a Cristo como único e suficiente salvador, tem o poder de serem feitos filhos de Deus. O Senhor é tão graciosos para com as nossas vidas, não é mesmo? Ele nos chama para perto do seu amor e desvenda os nossos olhos para sua graça inefável. Que isso possa nos encher de vigor para caminharmos com incrível leveza diante de quem Ele É. Somos seus filhos.

“Mas, a todos quanto o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus;” João 1.12a

Enfim, o que eu e você precisamos experimentar como filhos de Deus? Que aspectos do caráter de Deus precisam nos tocar? Confesso que, muitas vezes, me sinto cansada diante das confusões da vida. Mas há tanta leveza quando sabemos como nos abrigar em Deus e vivenciar sua paternidade de forma real.

A fidelidade do Senhor

“Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas,

e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. Você não temerá o pavor da noite nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia.” Salmos 91:3-6

Definitivamente, não sei que tipo de problema você possa estar enfrentando ou se sua vida tem sido como um mar de rosas. Quem sabe você é do tipo que sempre tenta ser forte. E nunca deixa que os problemas te abaterem. Ou, quem sabe, está um pouco cansado de tentar ser forte o tempo todo. Quero que possamos olhar para a Palavra de Deus. E que saibamos que Ele nos livrará do laço do passarinheiro. A Sua fidelidade será o nosso escudo diante dos dissabores.

Provando a fidelidade de Deus de forma pessoal

Já compartilhei aqui no Blog da fhop que meu pai tem miocardiopatia e sua vida é um verdadeiro milagre. Parte do seu coração está necrosado. A minha herança de fé vem dos meus pais e de como eles sempre foram generosos, principalmente com os excluídos. Dessa forma, posso contar milhares de histórias sobre o testemunho de vida deles e como eles amam o Senhor.

Por exemplo, eles tem 30 anos de ministérios e nessa temporada tenho me preocupado muito com algumas circunstâncias. Este é um tempo que preciso experimentar fidelidade de Deus sobre a vida da minha família. Por mais que pareça que estou paralisada, sem poder fazer muita coisa. Sei que posso me abrigar na Fidelidade do meu Pai Celestial. O Senhor pode nos socorrer.

“Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame.” Salmos 34.4

De forma pessoal, como você identifica a fidelidade do Senhor nos dias de hoje? Como ela se apresenta prática no seu dia a dia? Em que áreas você precisa experimentar desse escudo protetor? Derramemos o nosso coração diante de nosso Pai. Não estamos sós. Não precisamos nos sentir sós ou abandonados. Não somos órfãos. Somos seus filhos.

Orando com confiança

“Ouve, Senhor, a minha oração, dá ouvidos à minha súplica; responde-me por tua fidelidade e por tua justiça.” Salmos 143:1

Da mesma forma que o salmista orou, este tem sido meu clamor nos últimos dias. Que o Paizinho nos conduza em Sua Fidelidade. Que Ele Se lembre de cada uma de suas promessas. Deus ama a justiça e Ele nos ama também. Nós podemos orar com confiança. Nossas orações não estão impedidas de chegar até o ouvido do Senhor. Lembra que Ele não é como o juiz iníquo? Mas, é um Bom Pai.

Pense um pouco: como Deus te vê? O que Ele pensa sobre você? Você acredita que Ele quer te atender? Ele quer demonstrar amor leal. Você está pronto para receber esse amor? Pois bem, tire um tempo com o Pai e lhe escreva uma carta. Cantai-Lhe canções e deixe que o amor que Ele lhe tem, inunde a sua alma.  

Sua alegria será nossa força

“Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.” Neemias 8:10

Primeiramente, saiba que encontrar alegria no Senhor nunca é por falta de provações ou exclusão de sofrimento. Não. Também não é apenas positivismo ou coisa do tipo. Encontramos alegria através do Espírito Santo que está em nós. Nos fortalecendo e revelando o coração Paterno de Deus. Há uma chama que queima em nós e renova fé e força. Nos faz corajosos para conquistar a história que Deus já nos deu. Amo o Salmo 16.11. Talvez você já tenha percebido, pois ele sempre aparece em minha meditações aqui no Blog. E meu coração deseja que esse versículo seja real em nós.

“Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.” Salmos 16.11

Enfim, conte-me como você tem experimentado a Paternidade de Deus e Sua Fidelidade? Até o próximo texto e que Deus nos abençoe.

 

Eu tenho total certeza de que você já ouviu a frase “um homem segundo o coração de Deus” muitas e muitas vezes, ou estou errado? Ela faz parte da extensa lista de frases repetitivas cristãs com alta possibilidade de causar tédio. Eu pelo menos já ouvi inúmeras pregações com esse tema. E em quase todas ficava um pouco confuso entender o que isso queria realmente dizer; “O que esse ‘um homem’ fez para estar de acordo com o coração de Deus e como eu faço para ser como ele?” era uma das perguntas que mais martelavam em minha cabeça; “Eu também posso ser alguém segundo o coração Dele?”

São muitas as perguntas. Para a gente entender como e o que é ser alguém assim, precisamos primeiro saber quem é esse cara de quem todos falam. Você, com certeza, já deve saber a este ponto; o único homem em toda a Bíblia que recebeu esse título incrível foi o rei Davi, e não somente isso, ele foi chamado assim pelo próprio Deus (At. 13:22). Imagine só! Se você olhar bem, não foram muitas as pessoas na história que foram reconhecidas pelo Senhor (vemos Daniel, o muito amado; Jesus, o filho amado, etc.).

O segredo de Davi

Então, para eu ser um homem segundo o coração de Deus eu preciso ouvir isso diretamente Dele? Teoricamente sim; sabemos que Deus fala através das Escrituras, então tudo o que precisamos saber sobre nós está bem guardado ali. Certo? Certo. Simples. Poderíamos terminar por aqui, e tocar nossa vida em frente. Porém, se examinarmos mais profundamente, perceberemos que Davi, na anabolic steroids for sale verdade, recebeu esse nome porque fez a vontade do Senhor, ou seja: em parte, não foi teoria ou coisa do tipo que levou Davi a receber aquele título. Então o que foi? Qual é o segredo de Davi? A prática: ele fez.

Por outro lado, Bíblia não nos conta muito a respeito da infância desse pastorzinho de ovelhas. Mas podemos ter certeza de algo: ele era certamente comprometido em obedecer aos mandamentos do coração de Deus muito bem antes de ser ungido como rei. Logo, só precisamos fazer isso para nos tornarmos como ele: obedecer aos mandamentos divinos.  Sim e não; pelo menos não somente isso.

Buscando o coração de Deus

Definitivamente, Davi se dedicou a estudar as emoções mais profundas do coração de Deus acima de qualquer coisa. Entender quem Ele é e o que pensa; isso é o que fez com que Deus fizesse conhecido no céu e na terra o homem segundo o Seu coração. Davi sabia que, caso falhasse adesso em obedecer aos mandamentos de Deus, Ele não o exterminaria. Aí estava o segredo de Davi: ele conhecia sua natureza sujeita a errar e em contraste a ela buscava conhecer a misericórdia, graça, a ternura… no coração do Senhor.

Sem dúvida, é necessário mais do que simplesmente uma obediência radical. Isso não chega perto de ser o suficiente, e Davi entendeu isso. Um homem segundo a vontade de Deus busca compreender o Seu coração.

Acordei escutando essa pergunta alguns dias atrás, então sabia que mais um texto estava nascendo. Comecei a meditar nessa pergunta: Quem é você no meio da multidão que segue a Jesus?

Tenho pensado tanto sobre os discípulos que andaram com Jesus. O que esses homens viveram, o que eles viram, tantos milagres, tanto amor que palavras não podem expressar.

Acredito que aqueles que já puderam olhar nos olhos de Jesus tem suas vidas mudadas para sempre. Eu vivo minha vida para esse dia em que irei olhar nos olhos Dele, poder abraça-lo e sentir seu amor mais do que sinto hoje.

As multidões que seguem Jesus

No meio da multidão dos seus seguidores daquela época, e no meio da multidão que hoje o seguem, existem muitos tipos de seguidores:

Existem aqueles que o seguem porque estão atrás de um milagre e ouviram falar que Jesus pode fazer isso. “E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou”, Mateus 15:30

Existem aqueles atraídos por uma imensa curiosidade a respeito de quem é esse de que todos sempre falam, e seguem. “E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa”. Lucas 19:3-5

Existem aqueles que foram atraídos por causa da missão que Jesus deu a eles, mas ainda não o conhecem. “E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no”. Mateus 4:18-20

E existem também, no meio dessa multidão, aqueles que viram um vislumbre do Mestre e resolveram seguir o mais belo entre milhares. “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu”. Mateus 9:9

Enfim, não importa o que atraiu você a multidão, desde que durante o processo suas motivações sejam alinhadas.

Venha para Jesus

Venha como você está e deixe que Jesus faça com você o mesmo que fez com Pedro. Deixe Jesus transformar sua vida, deixe Ele mudar sua história.

Venha como está, com a motivação que for, somente venha, largue tudo para seguir ao Mestre.

Temos muitas vezes, claro dentro de nós, quem é o Pai e até mesmo nos relacionamos muito bem com o Espírito Santo, mas Jesus ainda é um mistério.

A  jornada

Esses últimos anos da minha vida tenho estado numa jornada em conhecer a Cristo, quero vivenciar um relacionamento com Ele.

O filho é o Caminho para o Pai. E o Espírito Santo pode nos revelar os mistérios desse Caminho.

Não importa os motivos que fizeram você seguir a Cristo, o que importa hoje é que Ele chama você para se relacionar com Ele.

Hoje o chamado é para que você saia do meio da multidão e se aproxime de Cristo.

Não seja apenas o volume dessa multidão. Seja aquele a quem Ele conhece pelo nome e tem prazer em reconhecer no meio deste povo.

Imagine o prazer de escutar Jesus dizer seu nome, olhar para você e sorrir, abrir os braços e esperar que você venha ao encontro Dele.

Então saia do meio dessa grande multidão e se torne um daqueles que Jesus tem o prazer de chamar de amigo.

A mulher do fluxo de sangue queria uma cura, mas ao tocar Nele, ela conseguiu muito mais que isso. Se você ousar sair do meio da multidão e realmente se aproximar Dele, irá experimentar vida abundante como aquela mulher.

Paulo queria perseguir seu povo, mas acabou encontrando o Mestre no caminho e nunca mais foi o mesmo. Ninguém que se aproxima Dele volta como chegou, ao nos aproximarmos de Cristo somos transformados.

 

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo. 14.6

Esse versículo tão conhecido e repetido pela maioria de nós, carrega uma profundidade quase infinita. Quando meditamos no fato de que Jesus é o caminho, então o caminho torna-se uma pessoa.

Assim também, verdade é uma pessoa. Igualmente, vida é uma pessoa. Jesus habitando em nós, na pessoa do Espírito Santo, traz consigo a verdade, a vida e Ele mesmo é o caminho.

Na teoria, sabemos que é fácil reconhecer que Jesus carrega em si mesmo todas as respostas de que precisamos. Mas, na prática, nem sempre acessamos essa fonte de riquezas, que é Ele mesmo dentro de nós.

A experiência do novo nascimento ultrapassa nossa capacidade limitada de entendimento. Fomos transportados do reino das trevas, para o reino do Filho do seu amor (Cl. 1.13). Assim como, fomos enxertados na videira (Jo. 15.5), e uma nova seiva corre dentro de nosso ser.

Essa nova natureza se manifesta de forma prática nas pequenas escolhas que fazemos. De forma quase que instintiva nossa nova natureza passa a guiar nosso olhar. A velha natureza é substituída gradativamente pela beleza do Filho.

Descobrindo o caminho rumo à maturidade

Inegavelmente, a maturidade não vem com um piscar de olhos. Ela ganha espaço, à medida que reconhecemos que é sábio confiar e entregar. O Espírito Santo é cavalheiro. Ele jamais irá nos obrigar a ouví-lo, ou quiçá, seguí-lo. Portanto, temos que voluntariamente fazer essa escolha em nosso cotidiano.

Os caminhos se bifurcam a nossa frente. Às vezes, estamos diante de encruzilhadas, onde todas as opções parecem corretas. Ficamos confusos, nos sentimos perdidos e por vezes abandonados.

Sem dúvida, é precisamente nesta hora que a verdade se manifesta. A verdade de quem Jesus é em nós, aponta o caminho, que nos conduz a vida.

Os desafios do caminho

Gostamos da rapidez da vida moderna. A informatização acrescentou velocidade em nossa comunicação. A informação é gerada com rapidez assustadora. No entanto, neste mundo barulhento, está cada vez mais rara a quietude. Muitos ruídos nos distraem, competindo entre si.

Portanto, devemos escolher aquietar o ruído interno, calando todas as outras vozes, a fim de ouvirmos o sussurro do Mestre. Para que, a vida seja liberada, o caminho seja revelado e a verdade possa nos guiar.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” Sl. 37.5

Não existe verdade fora dEle. Nenhum caminho nos conduzirá à vida eterna e abundante, que não seja Ele mesmo. Por isso, quanto mais longe andamos com Ele, tanto mais abandonamos ao longo do caminho.

O que deixamos para trás não tem poder de nos conduzir. Na cruz, Ele derramou a si mesmo, para que hoje, você e eu tivéssemos vida abundante. Ele nos convida a experimentar a morte que gera vida.

Minha oração é por mais dEle na minha e na sua vida. Escolhamos hoje morrer para nós mesmos, para que a verdadeira vida seja gerada em nós.

Às vezes, eu me perco em devaneios e me pego pensando a respeito da acessibilidade que nós, como seres justificados, temos ao coração de Deus (se é que realmente temos). O quão perto e o quão profundo nós podemos e somos capazes de nos achegar disso. Por acaso Deus, em toda a sua santidade infinita, fez o seu coração puro acessível a nós pecadores?

Antes de qualquer coisa, existe algo que precisa ficar extremamente claro para nós: Cristo morreu e ressuscitou. Por Sua morte foi construída uma estrada que nos dá acesso direto (ou seja, sem atalhos ou trajeto com engarrafamento) ao Pai. Através dela podemos nos aproximar do trono Dele com confiança (Hb. 4:16).

Tudo bem. Podemos entrar no palácio real de Deus, caminhar por todos os cômodos, ir à Sala do Trono, ficar frente a frente com Ele e “trocar algumas ideias”. Mas podemos ter certeza de uma coisa: isso ainda não é acessar o coração Dele. Então o que é?

O coração não só na Bíblia, mas em outras fontes e contextos diz respeito aos sentimentos, desejos e anseios mais profundos de uma pessoa. Como também acredite se quiser os seus pensamentos. Então espere um pouco… Não é só sobre eu chegar diante do trono e cultivar um diálogo com o meu Pai que está em secreto? É claro que é sobre isso, mas somente isso não é o suficiente. Não para mim. Se você quiser parar por aí, tudo bem. Não tem problema, mas conhecer o coração de Deus? É isso o que eu quero; quanto mais profundo, melhor.

Acesso restrito

Afinal, a pergunta que não quer calar: o coração de Deus é acessível? A melhor resposta para isso é um grande “sim”; nós temos um passe de acesso livre ao coração Dele. Mas a verdade é que nós só não entendemos muito bem por onde ou como entrar, principalmente quando vamos até a porta e nos deparamos com o aviso de “acesso restrito”.

Isso que parece ter sido colocado para nos impedir não é, de maneira nenhuma, o que deve nos parar, muito pelo contrário, é onde está o segredo para entrarmos. O acesso restrito revela que alguém pode entrar, mas quem? Felizmente não é um “funcionário” qualquer. Porque se nós tivéssemos que rodar a terra procurando por essa uma pessoa que abriria o coração de Deus para nós, estaríamos perdidos 7 bilhões de pessoas? Não mesmo. Por incrível que pareça (ou não) essa pessoa é, na verdade, o próprio chefe: Deus na pessoa do Espírito Santo. Ele é quem nos escolta aos tesouros profundos do coração de Deus.

Em 1 Coríntios 2:9–16 Paulo diz que todas as coisas até mesmo as mais profundas do coração de Deus são conhecidas pelo Espírito Santo. E Ele é quem revela a nós, que O amamos, quanto mais buscamos. Através do Espírito de Deus temos acesso aos desejos, anseios, pensamentos.. tudo o que está dentro do coração do Pai.

Quando ouvimos o termo “cheio do Espírito”, há muitas coisas que vêm à mente. Por exemplo: falar em línguas, manifestação com risos e alegria, choro ou profecia. No entanto, raramente nós associamos “ser cheio do Espírito” aos nossos talentos, habilidades ou trabalho com as mãos para construir algo. E por que nós deveríamos, onde estaria isso na Bíblia? Bem, está em Êxodo 31 e isso aconteceu a um homem chamado Bezalel. Ele buscou seu dom, e viveu cheio do Espírito o seu chamado.

“Disse então o Senhor a Moisés: “Eu escolhi a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhes sabedoria, habilidade e plena capacidade artística para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar e esculpir pedras, para entalhar madeira e executar todo tipo de obra artesanal.” (Êxodo 31:1-5)

Bezalel é a primeira pessoa mencionada a ser cheia com o Espírito de Deus. Mas não acaba aí, Bezalel tinha sabedoria, entendimento e conhecimento em várias formas do artifício. Uma coisa é ter a habilidade para um ofício, mas ser capaz de trabalhar com madeira e todos esses diferentes metais é algo extremamente difícil. Nenhum desses elementos funcionam da mesma forma; as ferramentas são diferentes para cada um. Bezalel era um dos artesãos mais talentosos da sua geração. Ele não era apenas bom, ele era um especialista.

Levando o chamado a sério

Bezalel pode ter sido cheio com o Espírito de Deus para fazer este trabalho, mas ele ainda teve que desenvolver aquelas habilidades por um bom período de tempo para ser capaz de usá-las com aptidão e precisão. Ele teve que escolher, na verdade, desenvolver o que Deus havia colocado nele. Ele poderia ter simplesmente dito: “eu sei que eu posso ser um artesão, mas eu vou fazer outra coisa.” Graças a Deus, esta não foi a postura do seu coração.

O Senhor o chamou e o encheu com o Seu Espírito, e Bezalel buscou seu dom e se desenvolveu em um homem sem igual em sua geração, o qual foi usado para construir primeiramente a tenda do encontro, a arca da aliança e todos os elementos do interior do templo.

Bezalel sabia de uma coisa: o que ele foi chamado para fazer. Ele levou isso a sério e trabalhou e praticou tanto que ele se tornou o melhor do mundo, capaz de construir o que Deus queria construir. Ele era aquele de quem Deus disse: “Eu quero que Bezalel construa o templo”. O entendimento que tinha de seus talentos e a sabedoria para aperfeiçoá-los fez dele criativo e qualificado.

Muitas pessoas estão limitando o trabalhar do Espírito hoje a uma atividade religiosa ou a mecanismos dentro da instituição da Igreja. Não estamos vendo o significado completo de sermos cheios com o Espírito de Deus. Nós não vemos nossos talentos ou habilidades afetando o mundo, por isso nós não os levamos a sério e não nos tornamos excelentes neles. Nós não entendemos como Deus quer que usemos os trabalhos das nossas mãos para a Sua glória.

O Espírito de Deus está em seu trabalho?

Bezalel era uma pessoa normal que estava no mercado de trabalho trabalhando duro todos os dias. Diariamente ele executou o seu melhor trabalho e levou a si mesmo e o seu trabalho a sério. Da mesma forma que este homem encontrou sua identidade em Deus, ele encontrou Deus em seu trabalho. Quando o momento de ser comissionado para construir o templo chegou, ele era um vaso preparado para ser usado por Deus.

Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real; não trabalhará para gente obscura. (Pv 22:29)

O Espírito de Deus está em seu trabalho? Você está permitindo que Deus flua através da sua mente e a obra de suas mãos de segunda a sexta? Você está exercendo seu trabalho com excelência? Se não, talvez você ainda não está entendendo como Deus quer impactar a sociedade com a sua vida. Desde o início, tudo o que Ele queria era trabalhar em parceria com a coroa da criação, você. Ele quer levantar trabalhadores para estar diante de reis com a excelência de suas habilidades cultivadas em lugares secretos. Deus realmente deseja a sua grandeza, a questão é, nós desejamos a grandeza que Deus tem para nós?

Você já pensou sobre o que seria amar a Deus sobre todas as coisas? Provavelmente você sabe que tem que amar a Deus. Mas talvez não tenha caminhado no entendimento de que Jesus nos disse para amá-lo por completo. Não por fases ou etapas que passamos em nossas vidas.

Amar a Deus sobre todas as coisas não está relacionado com períodos da vida, no qual nós O amamos de um jeito ou de outro. Ainda assim, nos acostumamos a associar o amor por Ele à experiências pessoais e espirituais.

“Mestre, qual é o mandamento mais importante da lei de Moisés?”. Jesus respondeu: “‘Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente’. Este é o primeiro e o maior mandamento.” ‭‭(Mateus‬ ‭22:36-38‬)‭

Como vimos, a Bíblia nos orienta como primeiro e grande mandamento deixado por Jesus a amarmos a Deus de todo o coração, de toda a alma, e de todo pensamento. Mas geralmente, quando lemos esse versículo, separamos por partes o amar a Deus. Agimos como se fosse um processo: primeiro amamos com o coração, depois com a alma e depois com o pensamento.

Mas o que Jesus nos deixou como instrução, não está relacionado com os períodos da vida. Ele não estava falando de etapas e fases; na verdade, amar a Deus sobre todas as coisas é um conjunto completo, com todo o nosso ser, e não fases. Não tem a ver com as nossas experiências.

Por que nos perdemos no meio do caminho?

No entanto, na nossa caminhada cristã acabamos fazendo e passando por isso. Ou seja, amando a Deus por etapas, fases e até mesmo baseados nas nossas emoções. Porém, a pergunta é: Por que acabamos nos esquecendo do primeiro e maior mandamento da Bíblia? – que nos orienta a amá-lo com todo o nosso ser de forma constante e permanente.

Provavelmente acabamos por associar o amar a Deus com a nossa experiência espiritual, pessoal. E de fato a experiência espiritual tem a ver com o amor a Deus, mas não se resume apenas a isso. Dessa forma, o nosso amor por Deus não se trata das nossas experiências iniciais.

Não podemos resumir o amar a Deus, o afeto por Ele, a apenas sentir sua presença! O nosso culto a Deus se trata do quanto engrandecemos a Ele, a quem Ele é, e não das nossas experiências pessoais. O problema de associar o amor a Deus com a nossa experiência espiritual é, que muitas vezes nos frustramos em nossas jornadas por conta de comparações.

Dessa forma, as experiências acabam se esfriando e as frustrações acontecem. E nisso, entramos em um entrave maior. Ao nos darmos conta dessa realidade de distanciamento, passamos a buscar desesperadamente voltar a experiência inicial da fé, o tão conhecido Primeiro Amor.

Deus deseja filhos maduros

Nessa busca de voltarmos a esse momento inicial da fé, das experiências que já se passaram, que foi bom e até necessário, o Senhor não permite. No entanto, porque isso justamente se trata de termos uma fé infantil e não é isso que Deus quer para nossas vidas.

Muitas vezes nos apegamos a essa fé infantil ao ponto de reduzir o amar a Deus apenas a essa experiência inicial e ficamos presos a isso. Mas Jesus quer que tenhamos uma fé crescida. Deus deseja ter filhos maduros, que entendam de fato o que significa amá-lo sobre todas as coisas, independentes das circunstâncias.

Pode parecer uma pergunta estranha, mas pense por um momento: como seria a sua vida, sua caminhada cristã se você nunca mais sentisse a presença de Deus? Como você conduziria a sua vida sem senti-lo? Acredito que muitos iriam sucumbir diante de tal situação. Muitos diriam: “Não faz sentido continuar caminhando se não sinto a presença de Deus.”

Amar a Deus é assumir nossa responsabilidade

Isso seria agirmos baseado em nossa fé infantil. Que é quando não fazemos as coisas por amor a Deus, mas por medo das consequências. Uma pessoa madura não limita o seu amor a Deus a uma experiência transcendente, espiritual. Ela toma decisões assumindo as responsabilidades por seus erros. Ela entende o silêncio de Deus como uma voz profunda, onde Ele está lapidando o caráter, moldando o seu interior.

Essa fé madura repousa na convicção de que amar a Deus não é ter garantias. É confiar no Seu caráter independente do resultado. É entender que mesmo quando tomamos decisões erradas, o Senhor continuará a ser Deus, aquele que nos perdoa. É necessário entender que a fé não se resume a experiências de sala de oração ou cultos de domingo. Ela pode ter fases, mas amar a Deus vem acima de tudo isso. O mais importante é permanecer, independente das fases. Ter um coração fiel a Deus.

“O maior prazer da raça humana é ter Deus revelado a nós na pessoa de Seu filho. Esta troca entre Sua revelação e a nossa compreensão é mais agradável, inebriante, maravilhosa e aterrorizante do que qualquer outra experiência no universo. Nós fomos feitos para desfrutar das profundezas de Deus, para procurar no vasto oceano da divindade, para explorar os tesouros que a criação anseia olhar.” (Allen Hood¹)

Há uma história conhecida na Bíblia, você certamente já leu, ou ouviu falar, sobre “os discípulos no caminho de Emaús”. Imagine a cena: você está seguindo sua viagem, depois de ver aquele em quem toda a sua esperança estava depositada morrer; algumas mulheres “tiveram um delírio²” de terem visto anjos declarando que a Esperança, ou seja, Jesus estava vivo; mas elas poderiam ter apenas delirado mediante o fato de não encontrarem corpo dele no sepulcro. Então, duas pessoas após esse acontecimento, e nesse mesmo dia, seguem para um povoado chamado Emaús.

“Nesse mesmo dia, dois deles seguiam para um povoado chamado Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios; e iam comentando tudo o que havia acontecido.” (Lc 24:13-14)

“Enquanto comentavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a acompanhá-los;” (Lc 24:15)

Antes de qualquer outra coisa é preciso deixar claro do que essa história não se trata: não é sobre homens que não conheciam a Jesus como, por incrível que pareça, muitos afirmam, é sobre homens que caminharam com Jesus, estavam presentes em Jerusalém, provavelmente na crucificação; também não significa que eles estavam no caminho errado ou se desviando do caminho por saírem de Jerusalém, nem buscando outras fontes, depois de terem se decepcionado com a Esperança do messias, eram pessoas seguindo sua viagem. Por que, então, eles não reconheceram Jesus quando ele apareceu? A resposta é clara e absoluta: seus olhos estavam fechados.

 “mas os olhos deles estavam como que fechados, de modo que não o reconheceram.” (Lc 24:16)

Seguindo a história vemos Jesus perguntando a eles sobre o que estavam falando no caminho e eles respondem para ele: será que você é o único que não sabe o que aconteceu aqui em Jerusalém? Obviamente, Jesus sabia do que eles estavam falando, mas queria instigá-los a expor suas próprias conclusões. Eles então respondem:

“Ele [Jesus] lhes perguntou: Quais? E eles responderam: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.” (Lc 19-20)

Nós esperávamos que fosse ele o que traria a redenção a Israel. Além disso, já faz três dias que essas coisas aconteceram.” (Lc 24:21)

Será que há algo errado no discurso deles? Jesus não foi profeta e poderoso em obras? A esperança de que Ele seria a redenção de Israel estava errada? Certamente eles não estavam errados em sua percepção e entendimento sobre quem Jesus era e o que ele representava. Porém, o que lhes faltava era um entendimento claro das Escrituras sobre Jesus. Pense comigo um instante, esses homens cresceram lendo a Torá, e ouvindo histórias e canções de uma Esperança que viria. Eles aguardavam e desejavam um Messias para restaurar a glória de Israel, mas sua compreensão das escrituras, como um todo, era fraca. Pois estava baseada em uma interpretação pessoal dedutiva de como o messias estabeleceria seu reino.

“Então ele lhes disse: Ó tolos, que demorais a crer no coração em tudo que os profetas disseram!  Acaso o Cristo não tinha de sofrer essas coisas e entrar na sua glória? E, começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a seu respeito em todas as Escrituras.” (Lc 24:25-27)

Então após Jesus sentar a mesa e partir o pão, os olhos deles foram abertos e eles reconheceram que era Jesus que estava com eles e “por isso o coração deles queimava enquanto o ouviam falar”. Depois disso tudo, eles retornaram para Jerusalém e se encontraram com os discípulos, contaram tudo o que havia acontecido e “tcharam”:

“Enquanto ainda falavam nisso, o próprio Jesus apareceu no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco.” (Lc 24:36)

“Depois lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco: Era necessário que se cumprisse tudo o que estava escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras,” (Lc 24: 44-45)

É fácil para nós, hoje, ler Isaías 53 e entender que o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas feridas nós fomos sarados, porque nós já vimos como esta parte da história foi cumprida. Mas, será que com a mesma facilidade entendemos o que é o Reino de Jesus? Nós, assim como eles no caminho de Emaús, acreditamos que ele trará restauração, e esperamos que Ele volte, mas será que nosso entendimento sobre como essa restauração acontecerá é bíblico? Afinal para que Jesus irá voltar mesmo? O que Ele irá fazer quando voltar? Ele irá voltar ou iremos para o céu? O que faremos na eternidade? Mas o  que é eternidade mesmo? Já entendeu onde quero chegar? Como está o nosso entendimento sobre as Escrituras hoje? Podemos ler essa história e ficar pensando: “como eles não viram?!”, “como eles não entenderam?!”. No entanto, ela se repete em nossas vidas hoje! E continuará se repetindo até que busquemos intencionalmente conhecer a lei de Moisés, os profetas e os salmos, pois a história de Jesus não começa a ser contada no novo testamento e sim “no princípio”, em Gênesis. O novo testamento é apenas parte do cumprimento daquilo que já estava determinado pelo Pai. Nossa esperança está no Cordeiro assentado à destra de Deus, com um livro em forma de rolo, escrito por dentro e por fora e selado com sete selos, em suas mãos,  pronto para dar continuidade a história. E quanto aos mistérios ainda encobertos na escritura? E as respostas para essas e outras perguntas? Poderemos entender? Sim! Basta buscar!

Nenhum dos governantes desta era compreendeu essa sabedoria, pois se a tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração humano, são as que Deus preparou para os que o amam. Deus, porém, revelou-as a nós pelo seu Espírito. Pois o Espírito examina todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus. Pois, quem conhece as coisas do homem, senão o espírito do homem que está nele? Assim também ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Não temos recebido o espírito do mundo, mas, sim, o Espírito que vem de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus.” (1 Co 2.8-12)

Volte seus olhos para este texto citado acima e leia de novo, de novo, abra 1 Coríntios 2 na sua bíblia e leia de novo. Ore estes versos cante ao Senhor em agradecimento por isso. Oh! Que essas verdades profundas estejam enraizadas no seu coração e sejam a sua realidade! E que os mistérios ainda não revelados possam ser revelados a você que tem a mente de Cristo, enquanto você os busca compreender! Que assim como o entendimento deles foi aberto para compreender as escrituras o nosso entendimento seja aberto; e iluminado os olhos do nosso coração, para que saibamos qual a esperança do chamado que Ele nos fez, quais são as as riquezas gloriosas da nossa herança nos Santos e qual é a suprema grandeza do seu poder para conosco… até a plenitude daquele que preenche tudo em todas as coisas. Amém!

“Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá a toda a verdade. E não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, pois receberá do que é meu e o anunciará a vós. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, o anunciará a vós.” (Jo 16:13-15)

Para te ajudar nessa busca resolvemos compartilhar com você esta tabela com alguns salmos messiânicos que estão descritos em nossa apostila da Majestade de Cristo, do primeiro módulo da nossa escola. Agora é com você boa leitura!

Salmo 2  A Filiação e governo
Salmo 8 O Domínio
Salmo 16 O sepultamento e ressurreição
Salmo 22 A crucificação
Salmo 24 A entrada em Jerusalém na segunda vinda
Salmo 29 A palavra como um trovão e gloriosa
Salmo 31 A libertação da perseguição injusta
Salmo 40 A obediência (citado Hb 10.5-10)
Salmo 41 A traição
Salmo 45 A divindade e casamento real
Salmo 60 A libertação de Israel e conquista nações
Salmo 68 A ascensão
Salmo 69 O zelo pela sua casa
Salmo 72 Reino milenar
Salmo 102 A salvação de Israel
Salmo 110 O governo ascendido e a volta do Rei
Salmo 118 A pedra angular
Salmo 149 O Rei que vem

 

“A estratégia divina do fim dos tempos é revelar o esplendor de Seu Filho, de tal forma que paixão, sinceridade e obras de fé serão produzidas em seu povo. Que nós possamos vislumbrar a preparação gloriosa de Deus para a vinda de seu filho. Como os dois discípulos no caminho de Emaús tiveram revelação das escrituras devemos pedir ao Espírito Santo para nos levar a uma visita guiada pelas Escrituras, envolvendo tanto os sofrimentos de Cristo quanto as glórias advindas deles, sabendo que, ao fazermos isso, o Espírito Santo fará com que nossos corações queimem.” (Allen Hood¹)

 

Referências:

¹ Textos extraídos da apostila: “A majestade de Cristo”, matéria parte do currículo do primeiro módulo da FHOP School.

² Como relatado em Lucas, capítulo 24 e versículo 11.