No texto passado vimos que há uma distorção no homem desde o Éden por causa do pecado. Por causa disso, nossa visão de mundo, de vida e de Deus precisa ser virada de cabeça para baixo, para assim a também sermos como aqueles que viraram o mundo de cabeça para baixo em Atos 17:6. No texto de hoje, vamos ver em diferentes cenários e contextos bíblicos o porquê de colocar em prática a nova vida que Cristo exige de nós.
Jesus, enquanto nosso Senhor e Mestre, nos ensina a respeito de uma conduta e um posicionamento cristão. Em seus extensos e confrontadores sermões Ele não simplesmente nos dava suposições de afazeres diários, mas nos apresentava a única forma de permanecermos como seus seguidores. Nos ordenou que fossemos por todo o mundo (Mc 16.15) e ensinássemos a todas as nações (Mt 28.19) a respeito de Suas palavras e da obediência necessária às mesmas (Mt 28.20). Guardar os mandamentos ditos pelo Senhor e obedecê-los é a exigência inicial da fé, pois nos é fundamental para um cristianismo saudável, aonde amamos o nosso Senhor e provamos de Seu amor (Jo 14.21).
A OBEDIÊNCIA É A MELHOR OFERTA DE AMOR
Samuel, porém, respondeu: “Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. – 1 Samuel 15:22
Nessa passagem, por meio do profeta Samuel e das atitudes de Saul, o Senhor nos ensina que de nada vale fazermos o que aos nossos olhos parece ser o melhor, mas com isso contrariarmos uma ordem específica e pontual de Deus.
Saul, por meio de seus esforços e poder, pensando que o Senhor se admiraria de sua perspicácia, quis alterar um pouquinho aqui e ali a forma detalhada com a qual Ele ordenou que fossem destruídos os amalequitas. Enquanto isso, o profeta Samuel cheio de temor, recebe do Senhor a revelação das ações de Saul e então, irado o exorta e confronta. Denuncia seu comportamento, corrigindo-o.
Obedecermos com temor e precisão ao que o Senhor nos exige é responsabilidade séria. Sua vontade e Seus caminhos são perfeitos (Is 55.8-9), portanto não devem haver ressalvas ou desconfianças em nossa obediência e em nosso amor para com Ele. É necessário nos lembrarmos de que se o Senhor nos ordena algo, em primeiro lugar, Ele está apoiado em Sua infalível (Sf 3.5; Nm 23.19) e imutável natureza (Tg 1.17), em Sua boa e agradável vontade (Rm 12.2) para, inerrante e firme, nos delegar um serviço ou uma conduta enquanto servos. Sendo assim, não devemos recuar em nossa devoção.
Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. – João 15:14
ELES PREFERIRAM ACATAR AS ORDENS DO VERDADEIRO SENHOR
Mas Pedro e João responderam: “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus.
Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”. – Atos 4:19,20
Havia no templo de Formosa um coxo de nascença pedindo esmolas. Apoiados nas palavras cheias de autoridade ditas pelo Mestre, de que aqueles que cressem Nele fariam as mesmas obras que Ele fez e outras ainda maiores (Jo 14.12), Pedro e João estendem compaixão, e por meio disso o Senhor opera cura. Um sinal que glorificava a Deus e creditava o testemunho da ressurreição de Cristo, anunciado logo em sequência por Pedro e João! Naquele dia, cerca de cinco mil homens creram na Mensagem.
Momentos depois, apreendidos e julgados pelas autoridades, líderes religiosos e mestres da lei, foram advertidos a não anunciarem mais tais palavras que tanto confrontava e deixava-os perplexos. Entretanto, Pedro declara que isso seria impossível, já que eles não podem deixar de anunciar, não podem desobedecer ou optar por outra conduta de vida senão a do cristianismo que ama e anuncia seu Salvador.
Se não compreendermos a necessidade em nossas miseráveis e passageiras vidas de um propósito maior (ICo 15.19; Tg 4.14), de uma vida eterna (Jo 17.3), de uma era vindoura (Hb 13.14), jamais tomaremos passos de fé, ousadia e confiança como os passos dos apóstolos na Igreja primitiva. Movidos de amor por Cristo, de zelo pela Boa Nova da cruz e de anseio pelo Reino dos Céus, eles não consideravam suas vidas mais importantes do que a missão da obediência. Não consideravam seu bem estar sociocultural mais relevantes do que o proclamar da Verdade libertadora. Logo, se vivemos enquanto seguidores que estão negando a si mesmos (Lc 9.23), por que deveríamos buscar um procedimento diferente em nossa jornada?
A MENSAGEM DA RECONCILIAÇÃO QUE MOSTRA A VERDADEIRA PERSPECTIVA
E ele nos deu esta mensagem maravilhosa de reconciliação.
Agora, portanto, somos embaixadores de Cristo; Deus faz seu apelo por nosso intermédio. Falamos em nome de Cristo quando dizemos: “Reconciliem-se com Deus!”. – 2 Coríntios 5:19b-20
É por devoção, amor e obediência que devemos então viver de maneira digna de nossa vocação (Ef 4.1). Viver diante dos olhos de Deus é preocupar-nos com a forma que Ele deseja nos ver, e por consequência disso, rendermo-nos ao Seu tratamento profundo e pessoal. Anunciarmos a Verdade do Evangelho e testemunharmos dela com nossas vidas, por muito o amarmos e por sermos seus embaixadores na Terra, aos quais Ele confiou a mensagem da reconciliação!
Perguntas práticas precisam passar por nossa mente e serem respondidas. Como viveremos diante disso? Qual o estilo de vida que Jesus propõe para nós que revoluciona nossa vida e nosso contexto?