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O Deus que reconstrói pontes

Relacionamentos

Você já experimentou do amor de um Deus que reconstrói pontes? A falta de unidade sempre foi um problema para qualquer geração. Quando isso se estende a um convívio familiar essas dificuldades se tornam mais graves. Mas eis que temos boas notícias, pois o Senhor Jesus é aquele que restaura a unidade nos relacionamentos. Por meio de sua Palavra, nós podemos ser sarados, o nosso coração curado e a nossa família que, um dia, andou em trevas passa a ver a luz. E não apenas a vê-la mas a viver dias de contentamento e paz. Não é que tudo vai ser perfeito, mas teremos maturidade para lidar com as dificuldades e sabedoria para resolvermos os problemas. Sim, o Senhor é aquele que reconstrói pontes.

Hoje quero que meditemos a respeito dessa verdade. Do Deus que converte o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Do Deus que reconstrói pontes que um dia foram quebradas pelas incertezas da presença do amor. Sim, talvez, já tenhamos sentido dúvida se éramos amados pelos nossos pais ou aqueles que se tornaram responsáveis por nós. É preciso destacarmos que o Senhor converte o nosso coração ao coração dos nossos pais e vice e versa.

“Ele converterá o coração dos pais aos filhos e dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” Malaquias 4.6

A falta de unidade gera maldição. Alguns de nós têm uma história tão triste para contar. Pois, muitas vezes, não fomos celebrados em nossa vida, em nosso nascimento e nas nossas vitórias. Nem mesmo fortalecido em nossos desalentos. Talvez ao olharmos atrás percebêssemos que nem fomos planejados pelos nossos pais e temos aquela sensação de que somos um acidente. Mas essa não é uma verdade sobre nós. Fomos planejados por um Deus que nos ama tanto e que pensou em cada pequeno detalhe sobre nossas vidas e nosso jeito de ser. Deus nunca desejou que sofrêssemos, mas nós nos encontramos em um mundo caído pelo pecado. E o resultado do pecado é a morte e, muitos de nós, temos sido assolados pela morte em nossos relacionamentos.

Mas, assim como Jesus ressuscitou da morte, Ele também traz vida para as nossas relações já desgastadas. Ele restaura a unidade, reconstrói pontes. Lembra do primeiro milagre que Jesus fez? Foi em um casamento e Jesus transformou água em vinho. E o vinho que Jesus criou era mais perfeito que o vinho dos homens. Sim, seu sabor era incomparavelmente melhor ao paladar de sorte que muitos ficaram impressionados. Sabe por quê? Jesus sempre transforma aquilo que temos em algo melhor. Muito melhor do que podemos imaginar.

Olha para dentro do seu coração e todas as histórias que você pode contar. Seus piores dias e melhores dias. Nada está oculto aos olhos de Deus e a verdade é que nunca estivemos só, mesmo que em muitos momentos nos sentimos assim. Que possamos perdoar aqueles que nos ofenderam e perdoar a nós mesmos.

Hoje o meu desejo é que o seu “vinho” seja renovado em um vinho melhor, mais saboroso e mais prazeroso. Que em seus relacionamentos você possa experimentar a graça de Deus sendo derramada e que sinta bem de perto o Deus que reconstrói pontes.

 

Há algo que toda a sociedade deseja, toda geração acredita viver e todo político promete: unidade!

Mesmo sendo um desejo em comum entre todos a unidade é colocada em prática poucas vezes. Ainda falhamos em vivê-la em nossas famílias, trabalhos e, infelizmente, até mesmo na igreja.

Como corpo de Cristo somos chamados a viver em unidade uns com os outros. Nossa unidade começa com Cristo mas se estende ao nosso próximo também.

“Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um:

eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste. ” – João 17:22-23

Viver a plena unidade é algo que Jesus realmente quer para sua Igreja. Em sua oração com o Pai, Jesus pediu por unidade e até hoje essa é uma de suas prioridades.

“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! ” – Salmos 133:1

“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros. ” – João 13:35

Pode parecer estranho o fato de Deus desejar algo que parece impossível. Mas, assim como todos os seus mandamentos, a impossibilidade nos aponta para algo: É apenas através do seu poder que conseguimos obedecê-lo e viver as verdades da sua palavra.

Unidade com aqueles que toleramos, com aqueles que amamos, com aqueles que convivem conosco e também com aqueles que nós achamos que precisamos de paciência extra.

Talvez nós até tenhamos um comportamento casual, mas Jesus deseja para o seu povo mais do que apenas alguns sorrisos num nível superficial. Aquele que vê e conhece todas as coisas, inclusive nosso coração, é capaz de nos levar ao nível de unidade praticada com um coração alegre e disposto. Esse é o compromisso de Jesus conosco e do Pai com Ele.

“Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.

Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. ” – 1 Coríntios 12:26-27

Aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, jamais terá acesso a ele. Essas são palavras do próprio Cristo, Filho de Deus. E o que podemos dizer sobre isso? Jesus tem muito a nos ensinar a respeito de que tipo de coração devemos ter. E não são apenas as suas palavras nos dizendo o que fazer, mas a sua própria vida nos mostrando como devemos viver a nossa.

Quando paramos para observar os passos de Jesus na terra, podemos ver que Ele não seguia a lógica deste mundo. Mas Ele sempre nos desafiou a olharmos as coisas pela perspectiva do céu. Os valores do reino são tão diferentes dos conceitos terrestres. Por isso, é tão importante aprendermos a transformarmos pela renovação da nossa mente e não nos conformarmos com este século.

Jesus valorizava os relacionamentos e as pessoas. Até mesmo aquelas pessoas que não eram valorizadas em sua própria cultura e tempo, como por exemplo, as mulheres e crianças. Os discípulos possuíam muitas das características dos rabinos e, mesmo andando com Jesus por tanto tempo, eles ainda não tinham a mesma compaixão que o mestre. Por isso, muitas vezes deixaram de agir com amor, misericórdia, graça e bondade para com as pessoas ao seu redor. Mas Jesus sabia que a multidão sentia fome e Ele sempre escolheu alimentar a multidão.

A Bíblia nos conta a história de que um dia crianças foram trazidas diante de Jesus. Imaginem que provavelmente seus pais ou familiares também gostariam que elas fossem tocadas pelo Mestre. Que elas fossem abençoadas pelo Filho de Deus. Mas os discípulos não entenderam tal ação e se sentiram aborrecidos ao ponto de repreender aquelas pessoas. Os discípulos estavam a excluir as crianças, pois não queriam que elas O “importunassem”. Talvez eles até tivessem boas intenções, mas a verdade é que eles estavam sendo empecilhos na vida daquelas crianças. Eles estavam impedindo o acesso delas até Jesus.

Será que muitas vezes o tipo de evangelho que temos vivido também não tem sido um tanto distorcido? Quando impedimos as pessoas de terem acesso a Cristo, de serem tocadas pelo Mestre, de terem suas vidas transformadas e tenham o toque do Espírito Santo por que, de alguma forma, achamos que elas estão a perturbar nosso santo ambiente?

Mas Jesus nos ensina algo lindo e que tipo de coração devemos ter para alcançar o Reino de Deus. Devemos receber o Reino como uma criança. Mas como seria isso? Isso não se trata de imaturidade ou de sermos infantilizados. Mas se trata de inocência, confiança, humildade e dependência do Pai. Ser como criança é ser aberta e receptível. É ter um coração simples e ternura para abraçar o reino com amor genuíno e leal.

É ter olhos abertos que olham tão profundamente e enxergar além do óbvio, pois enxergam com os olhos do espírito. Tem a alma invadida por fé e a mente transformada por Cristo dia a dia, e todos os dias crescemos um pouco mais e somos fortalecidos em nosso homem interior.

“E aconteceu que as pessoas traziam crianças para que Jesus lhes impusesse a mão, mas os discípulos repreendiam o povo. Todavia, quando Jesus notou o que se passava, ficou indignado e lhes advertiu: “Deixai vir a mim os pequeninos. Não os impeçais, pois deles é o Reino de Deus. Com toda a certeza vos asseguro: aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, jamais terá acesso a ele”. Em seguida, abraçou as crianças, impôs-lhes as mãos e as abençoou.” Marcos 10.13-16

Que sejamos como uma criança e tenhamos ternura em nosso coração, para com Deus e com o próximo. Que não sejamos empecilho e nem barreira para que outros possam encontrar a salvação em Cristo Jesus. Que sejamos as mãos abençoadoras de Jesus aqui na terra, por mais desafiador que isso possa parecer.

Acho realmente lindo o encontro entre um homem e uma mulher, ele é como o cordão de três dobras que não se rompe com facilidade. Em dias de comemoração é assim, são tantas fotos e declarações de amor espalhadas pelas redes sociais. Talvez muitos até se sintam um tanto solitários. Então, se você não tem o seu status de relacionamento preenchido como comprometido ou coisa do tipo, não fique triste. Mas aprenda a viver a beleza de cada estação no Senhor. Pois sempre haverá o que comemorar quando aprendemos a apreciar a beleza de se viver.

Sim, eu também sonho em constituir a minha própria família. De gerar os meus filhos. Às vezes, me pego pensando no tempo e em como ele é ligeiro e não espera. Mas é preciso confiar na graça de Deus e de que Ele sabe tudo a nosso respeito. Nossos dias estão em suas mãos e nosso coração apenas precisa estar aberto e alegre, esperançoso diante da vida e dos relacionamentos que o Senhor têm nos dado. Há sabedoria em discernirmos cada etapa dos nossos dias e tirarmos o melhor em estarmos solteiros e, depois, o melhor de nos comprometermos em uma história de amor para a vida toda.

Já dizia o sábio escritor de Eclesiastes: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3.1). Nossa esperança e nosso coração precisam estar guardado no Senhor. Mas também precisamos entender que há beleza e pureza genuína no amor de um homem e de uma mulher e foi Deus que nos criou assim, para nos apaixonarmos, e isso é lindo. Pois o amor sustenta esse cordão de três dobras e nos aproxima nos dias difíceis. Nos fortalece nos dias de maior fraqueza e nos aquece em dias frios.

“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão, mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” Eclesiastes 4.9-12

Jesus veio ao mundo como homem e nos ensinou a forma de nos relacionarmos como amigos e irmãos de forma tão natural. Há tanta beleza e inspiração nas escrituras. Romance e ternura. Homens e mulheres de corações quebrados sendo restaurados. A Bíblia é um livro fantástico que narra essas lindas histórias de pessoas que são tão humanas como nós, aprendendo em meio aos erros e acertos, mas sendo intensamente amadas pelo Deus de Amor.

Deus fez Eva para Adão porque viu que ele estava só. Rute encontrou o seu Boaz. Ester se tornou uma rainha que foi levantada para um tempo e propósito oportuno, ela encontrou o amor nos braços do rei Assuero. Famílias se tornaram fortes, formaram povos. Amizades marcaram histórias. Relacionamentos fizeram a diferença.

Temos aprendido que Jesus tem nos chamado de amigos e nos conta tudo que o Pai lhe diz. Sabemos que podemos contar com Ele e que nossas orações têm sido ouvidas diante de seu trono de graça. Ele quer atender a nossa oração e os nossos sonhos. Rendamos a Ele essa parte de nossa vida também. Que confiantemente estejamos sensíveis e de coração aberto ao que Ele tem para nós de acordo com Seu coração terno de amor. Lembre-se: O cordão de três dobras não se rompe com facilidade!

Relacionamentos as vezes se torna uma simples palavra em nossa maneira de interagir com o “mundo”. Acho que por conta da superficialidade dos dias desconsideramos o quão precioso e profundo eles podem ser.

Estava meditando sobre a maneira como Jesus sempre se relacionava com as pessoas que encontrava, como seus amigos eram definidos diferentemente dos seus seguidores pela resposta que lhes entregavam. Isso realmente chamou minha atenção.

Parece que Ele sempre carregava consigo o desejo de que as pessoas pudessem conhecê-lo de forma pessoal e intensa. A maneira como em uma frase Ele podia desvelar a “alma” e o coração daqueles que se aproximavam dEle, me leva a crer que Jesus estava preocupado em destilar profundidade, em se comprometer não somente em expor uma verdade, mas de participar do processo de transformação, assim como fez com seus discípulos.

Olhe o Exemplo de Seu encontro com a mulher samaritana:

…Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber… Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede:dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva…aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la…” João 4:1-18

Que modelo perfeito! Profundidade, amizade e vida eterna sendo estabelecidas em uma conversa de coração para coração. Águas de vida fluindo a partir da maneira correta de estabelecer um relacionamento, com verdade e comprometimento.

Esse fato nos ensina que como cristãos não podemos ter medo dos relacionamentos. Não podemos ficar alheios e ignorar aqueles que o Senhor tem nos confiado para expor as Suas verdades e acompanhar na jornada de fé. Isso necessariamente exigirá de nós: amor, paciência, mansidão, firmeza, sinceridade, mas principalmente disposição para sermos profundos não somente descobrindo corações, mas revelando o nosso.

Essa é uma questão um tanto complicada, muitas vezes como cristãos “maduros”, temos a tendência de nos escondermos para prezar por certo tipo de “reputação” e esquecemos que toda a transformação, quase que unanimemente, surge pela capacidade de demonstrarmos como nossas áreas de fraquezas se tornaram restauradas e úteis nas mãos do Senhor. Não existe instrumento mais poderoso do que o testemunho produzido em nós por Cristo!

Eu realmente gostaria de te encorajar no dia de hoje. Que possamos ser intencionais em relacionamentos assim como Jesus, construindo um lugar de confiança para que a verdade da cruz desperte não somente seguidores, mas amigos de Cristo que podem ver em nós um espelho seguro das águas que trazem vida e restauração.

É tão bom poder desfrutar do prazer de conhecer a Deus que nos ama de forma incondicional com amor imensurável. Ele não apenas nos criou e nos deixou abandonados neste mundo, sem um propósito ou um “destino”. Ele tem um plano e esse plano é perfeito. Ele tem nos convidado a adentrar nesse propósito de conhecê-lo e nos tornarmos seus amigos e família.

Você já teve a sensação que a sua vida cristã é meio bipolarizada? Essa palavra está meio que na moda ultimamente não é mesmo? Às vezes temos lutado tanto com nossas emoções e instabilidades que nos sentimos assim, dias cheios de esperanças e dias um tanto incrédulos e duvidosos de tudo e todos, principalmente de nós mesmos.

Mas à medida que caminhamos com Deus nesse processo que conhecê-Lo mais e de compreendermos sua Palavra, a nossa fé e entendimento vai sendo cristalizado. Nossa maturidade no Senhor vai crescendo, nossos fundamentos sendo estabelecidos e nossa vida cristã firmada. Lembre-se: há prazer indescritível em conhecer a Deus.

Se nos atentarmos a nossos heróis bíblicos preferidos vamos perceber neles muito de nossa humanidade e do que desejamos nos tornar. Não podemos nos enganar quanto ao processo em que temos que nos submeter. Conhecer alguém leva tempo e um relacionamento passa por fases e estações. É ao passar pelos processos e testes que o amor é provado e aprovado.

Não que Deus esteja inseguro e precise da prova do nosso amor. Ele não está. Na verdade, Ele nos conhece melhor que nós mesmo. Na verdade, Ele sabe que nós podemos ir muito além do que nós mesmos acreditamos podermos ir. E muitas vezes nós é que nos surpreendemos no final de processo, porque independente do resultado nos deparamos com Sua Graça, Fidelidade, e por facetas do Seu caráter que nos é revelada de forma tão clara e tão amável.

Fico imaginando Jesus andando com os seus discípulos, tantas pessoas O seguiam. Como era a sua personalidade? O tom da sua voz? O calor do seu abraço? A melodia em suas canções? Como era o seu sorriso? O seu toque? A cor da sua pele? A expressão em seu olhar? Sua risada? Suas piadas? Sim, Ele tinha senso de humor. Sim, Ele tinha alegria, porque Ele é pleno no Pai, Ele é o Filho Amado em quem o Pai tem muito prazer.

Não perca o prazer de descobri-lo. De dia a dia conhecer a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito. De estudar as escrituras com um coração cheio de amor e curiosidade santa. Não apenas para cumprir uma obrigação porque somos “crentes”, mas porque amamos a Deus e queremos passar o nosso tempo com Ele.

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva serôdia que rega a terra.” Oseias 6.3

Esta é a maravilhosa graça que nos alcançou, pois onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus. Fomos alcançados por seu grande amor e isso inunda de paz as nossas vidas. Nossos lábios se encheram de alegria e agora podemos experimentar o verdadeiro amor que transforma um coração partido.

Deus escreve para nós uma nova história, e não apenas de momentos bons. Sim, neste mundo passamos por tribulação. Mas, assim como Ele venceu o mundo, Ele também nos faz vencer. E mais que momentos bons, Ele nos fez uma promessa. Ele sempre estará conosco e sua maravilhosa graça continua a nos alcançar.

Apesar de conhecermos tais verdade, às vezes, a primeira coisa que sentimos ao tirar os pés da cama é o desejo de voltarmos a nos deitar. Porque são dias de lutas, e nossos corações podem parecer estar secos e sem vigor. Mesmo assim, precisamos nos lembrar que temos acesso ao Pai pelo sangue de Jesus.

Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.” Hebreus 10.19-23

A maravilhosa graça que se derramou sobre nós torna terno o nosso coração. Passamos a ser acessíveis pelo amor que Cristo nos tem. Passamos a nos aproximarmos d’Ele com um coração sincero e plenos de convicção de fé. Pois descobrimos que não seremos rejeitados mesmo quando nos sentimos distantes. Ele derrete o nosso gelo com o calor do seu amor.

Então, hoje quero te convidar a afiar sua lança e a fortalecer os seus braços. Quero te convidar a se aproximar do Senhor como você está em plena confiança e fé no amor que Ele te tem. Quero te convidar a orar pedindo ao Senhor que Ele entre nos lugares escuros de seu coração. Pois essa também vai ser a minha oração. E que hoje possamos experimentar a maravilhosa graça que Ele nos dá, e que ela transborde alegria em nós.

Há algo sobre Jesus no Getsêmani que enchi o meu coração de fé e esperança. Mesmo sendo Deus, Jesus em sua humanidade se identificou com a minha humanidade. Ele sabe o que sentir-se angustiado em dias de constante perseguição, não apenas em seu corpo físico, mas em sua alma.

“Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.” Mateus 26.38

No Jardim do Getsêmani tudo estava sem brilho naquela noite, obscuro, cinzento e triste. Sua alma estava dilacerada, pois se aproximava a hora de sua morte. Ele conhecia as profecias, sabia o que estava descrito em Isaías 53. Sabia que seria moído pelos nosso pecados e transgressões. E bem ali, naquele jardim, Jesus buscava os seus amigos para vigiar com ele. E dividir o pesado fardo que estava em seu coração, as angústias de sua alma. Mas os seus amigos não conseguiram perceber a profundidade de sua dor, e de tão cansados, adormeceram.

“E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados.” Mateus 26.43

Quais foram as vozes que Ele ouviu naquela noite em meio a tantas tormentas no seu interior? O que o Diabo soprava em seus ouvidos durante toda a madrugada? A Bíblia relata que até mesmo sangue ele suou e que por três vezes pediu que, se possível, Deus passasse dele aquele cálice, mas que não fosse feita a sua própria vontade, mas a do Pai.

“Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.” Mateus 26.39

Um anjo esteve com Ele a consolá-lo, porque os seus amigos de pesado sono adormeceram. Mas Ele não desistiu e carregou sobre Ele toda a malícia da humanidade, todos os nossos medos, desconfiança, injustiça e dolo. Todas as nossas dores e angústia de fato são conhecidos pelo Deus do nosso amor.

“[Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.] Lucas 22.43,44

Porque, para Ele, não é suficiente: “falar a língua dos anjos e dos homens, se não tiver amor”, isso seria apenas “como o bronze que soa ou como címbalo que retine” (II Coríntios 13.1). Sim, seria apenas palavras que não conhece verdadeiramente o que é amor. Por isso, Cristo entregou a sua vida na cruz, para que possamos experimentar desse amor que nos transforma de dentro para fora.

Quando paro para pensar na profundidade da mensagem da cruz. Na profundidade do amor de Deus. Dessa Trindade que é Santa e vivia em plena unidade e paz, em um relacionamento intenso de amor indescritível em palavras. Que ainda assim, decide repartir seu amor conosco. Isso é quase impossível de compreender. É impossível imaginar tal verdade, sem o toque do Espírito que confirma em nosso próprio espírito que Ele nos ama. E, assim eu sei, que o seu amor por nós é real e imensurável. Foi por isso que Ele enfrentou o Getsêmani com total coragem, mesmo passando pelo agonia que precedeu a cruz e, depois a própria morte, e o inferno.

Sim, foi por amor. Essa palavrinha de quatro letras, que usamos às vezes de forma tão descartável e superficial, que perdemos o sentido do que ela realmente significa. O amor de Deus muda as coisas pra nós, de fato nos transforma. E minha oração hoje é para que sejamos inundados por este amor. Para que possamos sentir o frescor da sua doce presença em nosso homem interior, gerando em nós muita fé e esperança.

Nem todas as noites serão escuras como no Getsêmani. Ele morreu para que você e eu saibamos o que é amor. Lembre-se, que o choro pode até durar uma noite. Mas a alegria virá pela manhã porque Jesus ressuscitou e hoje Ele vive, reina e reinará para sempre.

Jesus nunca nos prometeu uma vida fácil ou sem aflições, muito pelo contrário. Ele nos afirmou que neste mundo passaríamos por aflições, mas que deveríamos manter bom ânimo. Ele nos desafia a sermos perseverantes em tudo o que fizermos e em cada circunstância de nosso viver.

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. João 16.33

Não sei se você já experimentou dessa paz descrita pelo próprio Jesus. Mas ela é inigualável e forte o bastante para nos fazer firmados na rocha desse amor que nos dá liberdade mesmo quando estamos em “grilhões”. Não foi assim com os apóstolos? Não é assim com tantos irmãos perseguidos ao longo da história e até nos dias atuais?

Paulo escreveu muitas de suas cartas como prisioneiro e afirmou: “Porque para mim tenho por certo que  os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” Romanos 8.18. Ele falava com propriedade sobre toda essa estrutura de sofrimento e perseguição, mas algo queimava em sua mente e coração, ele tinha esperança, ele sabia que todas as coisas passam e que, um dia, a glória de Cristo será revelada em nós.

Não devemos ser mecânicos ao nos depararmos com essas verdades, hoje se você tiver passando por aflições, olhe para o testemunho de Jesus. Ele nos garante: “Eu venci o mundo”. Não é uma questão de enfrentarmos aflições, mas quando as enfrentaremos? Por que, de fato, elas virão até nós, e como reagiremos nesse momento? Essa é a grande questão? Além disso, podemos experimentar alívio e sabermos que não estamos sós, mas que o Senhor está conosco e estará para sempre.

Quando Jesus falava com os discípulos sobre sua partida para ao céu, ele os alertou que sentiriam tristeza, mas que aquela tristeza se converteria em alegria, e que alegria ninguém poderia lhes tirar.

“Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar. João 16.22

Que hoje, o Senhor restaure a nossa sorte e os nossos sonhos. Que Ele nos fortaleça em seu pleno amor que nos faz passar pelas provas e sermos aprovados. O Senhor não nos tenta, Ele conhece os nossos corações e a nossa história. Não sofremos por castigo, mas somos refinados no sofrimento, como uma pedra valiosa. Um diamante bruto se torna uma joia de fina beleza quando manuseado é lapidada pelo ourives. Muitas vezes, somos como esse fino diamante, sendo preparados como um adorno especial e lindo.

O Senhor é bom, podemos confiar nele e em seu trabalho em nós. Há esperança para os filhos do seu amor. Temos confiança que o choro pode durar uma noite, mas certamente a alegria virá pela manhã. Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará trazendo seus feixes com alegria. Hoje quero louvá-lo por suas promessas e fidelidade, e você?

Separação… Que palavra dura não é mesmo? Sem dúvida alguma, essa foi uma das consequências mais devastadoras do pecado. A dolorosa distância entre Deus e o homem que não trouxe somente a sensação da ausência – de saudade – mas nos deixou incapazes de compreender a harmonia original entre o espiritual e o natural.

De uma maneira geral, esse mesmo sentimento dolorido de saudade é o que nos aproxima de Cristo. Todos nós fomos criados com pistas interiores que nos levam a buscar a Verdade. Somos formados por um espaço não preenchido que evidencia a terrível inimizade entre Deus e os homens. A insaciável necessidade por harmonia com o nosso criador.

Tenho pensado sobre a obra da cruz. Tenho pensado sobre o que de fato isso significou para minha alma, antes tão inquieta. A verdade é que a cruz vai além da salvação, ela é a ligação perfeita realizada por Aquele que nos possibilitou um Novo Éden. Um lugar de encontro que trouxe a unidade com o Pai. Nos transformou de lacunas incompletas para moradas de um Deus vivo, que sempre desejou a ligação entre o temporal e o Eterno, entre criatura e Criador.

“Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio. Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.”. Efésios 2:13-16

Você alguma vez já meditou sobre essa passagem, prestando atenção nos detalhes? Percebeu a natureza pacificadora do nosso salvador desvelada de uma maneira tão simples e profunda?

O contexto deste texto é fundamentado na unidade trazida pela cruz entre os judeus e os gentios, mas não é neste ponto específico que gostaria de focar. Gostaria de falar sobre a cruz, sobre a paz trazida por Jesus!

O mesmo Jesus assentado no trono, é o Cristo que sempre estará marcado pela nossa humanidade. A forma com que Ele desfez a parede de separação entre nós e o Pai foi limitando a Sua eternidade a um corpo temporal. Ele tocou a nossa natureza para que pudéssemos tocar a dEle!

Nós temos o hábito de vislumbrar a cruz como algo simplesmente espiritual, mas esquecemos do aspecto natural, daquele Deus que se fez menino, que posteriormente assumiu a nossa morte, tornando-se frágil para nos tornar fortes e completos. Tudo isso não para somente revelar a paz, mas para nos ressuscitar com Ele.

Nossa humanidade tão caída, foi assumida por um Deus tão perfeito. Nossos pecados que nos separavam do Santo, foram lavados pelo sangue d´Aquele que se fez o Cordeiro, o Sumo sacerdote e o Tabernáculo que nos deu acesso aos lugares mais profundos, não somente do Santo dos Santos, mas aos intensos compartimentos do coração de Deus.

Ele se fez uma poeira passageira, desfeita pela morte para que pudéssemos ser tomados de uma glória que nunca mais nos deixará separados do Eterno. Esse Homem ressuscitou e assim como no princípio, soprou novamente do Seu próprio fôlego em nossas narinas.

Isso é Graça, graça, graça!

Éramos indignos, mas agora somos justificados. Separados do Deus vivo, agora somos reconciliados. Sedentos, mas agora bebendo da Água da Vida Eterna…

Eu não sei quanto a você, mas essas verdades realmente estremecem meu coração!