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Por que me ofendo em ser mulher?

devocional

Sabe aquele elefante no meio da sala? Aquele assunto que quando tocado pode deixar o ar mais rarefeito e pesado? Capaz de instigar a hostilidade ou defesas em algumas pessoas? O papel, a visão e a dinâmica da mulher no meio cristão e não cristão, é um desses assuntos. Homens falam “pisando em ovos” para não se expressarem de maneira que desagrade o sexo oposto. Mulheres, por outro lado, se armam mantendo a defensiva e esperando que alguém diga algo que as inferioriza pelo seu gênero. 

Todavia, precisamos falar de algo superior a visões e interpretações sobre a feminilidade contemporânea e nossa própria opinião. 

E essa conversa é diretamente para nós, mulheres. Para comemorarmos esse dia, resta a pergunta: 

O que ainda nos ofende com relação a quem somos? Qual realmente é o problema com o papel que Deus nos deu na história Dele?

Esse texto é um convite para sondar o coração, fazer as pazes com a forma como você foi criada e te chamar à liberdade de estar satisfeita com o olhar do Senhor 

É inegável que a mulher durante a história da humanidade tenha sido abusada, agredida, e diminuída – é realmente lamentável. Logo, isso causou um efeito rebote que nos traz o senso que precisamos nos defender, que seremos atacadas e não seremos vistas. Porém, alguns cenários bíblicos tem grande potencial de trazer paz sobre isso. 

 

O PONTO DE TENSÃO

Primeiramente vamos identificar qual o ponto de tensão nesse assunto. Quando se trata da visão sobre o que é a mulher, a Bíblia nos dá características como: ajudadora, virtuosa, maternal e auxiliadora. Foram as mulheres que mais apareceram abençoando o ministério de Jesus. Elas também são convidadas a submissão, enquanto são amadas e zeladas por seus maridos. As mulheres também foram as escolhidas para gerarem filhos, por causa disso uma mulher carregou Deus Filho em seu ventre, e as descrições ainda vão longe.

Porém, mesmo com uma longa lista de qualidades, ainda existem mulheres que se ofendem com o fato de não terem recebido os encargos e características que os homens têm. Ou seja, ofendem-se com o fato de que existe uma outra lista de caracteristicas que Deus decidiu distribuir ao sexo masculino. Mas nem A Bíblia e nem mesmo Deus, classifica essas características como superiores ou inferiores. Pelo contrário, são complementares, interdependentes e divinamente orquestradas.

 

O ORGULHO DA FEMINILIDADE FERIDA

Se analisarmos bem, a ofensa e a tensão podem surgir de um lugar de orgulho e prepotência em sermos auto suficientes e completas em nós mesmos. Mas, esse não é o plano e o padrão de Deus, nem para homens e nem para as mulheres. Nesse anseio, regredimos à tentação do Éden de querermos ser iguais a Deus. A frustração nasce da insatisfação de achar que Deus não nos criou suficientes e nem nos deu a melhor parte – isso é nitidamente uma mentira.

Em outras palavras, o que essa ofensa aponta é a crença prepotente que Deus errou. Pensar que  foi injusto e que faríamos melhor decisão se estivéssemos no lugar Dele. Atitude bem parecida com a que levou Eva comer o fruto e dar para Adão. 

O que nosso ego vazio e orgulhoso tem dificuldade de lidar é com a ideia de que exista algo melhor ou superior a nós. E como cristãs, devemos rejeitar essa tendência egóica que nos faz crer que para o nosso valor ser validado precisamos ser superiores.

Dessa forma, o principal problema que isso nos causa é o peso de termos que lutar por nós mesmas e sermos redentoras de nós mesmas. Isso não funciona!

 

JESUS E AS MULHERES

Frequentemente, vemos nos Novo Testamento as histórias dos encontros de Jesus com algumas mulheres.  E sabe o que não vemos em nenhum momento? Ele as inferiorizando, abusando ou oprimindo. Jesus é o homem perfeitamente de acordo com o plano original de masculinidade, tratando mulheres imperfeitas perfeitamente de acordo com o plano original de feminilidade. 

Jesus é amigo de mulheres das quais ele ama (como Marta e Maria). Ele dá lugar a Maria junto a Ele (Lc 10:42), o vemos defendendo uma mulher das más línguas (Jo 8:1-11). Como filho, provê  companhia para sua mãe na hora da cruz (Jo 19:26-27). Ressurreto, aparece primeiramente as mulheres e ainda as envia a proclamar boas novas (Jo 20:11-18). Jesus se emociona junto com a emoção delas (Jo 11:33), aponta seus erros para transformação (Jo 4), lhe cura de doenças femininas sem envergonhá-la – como a mulher do fluxo de sangue (Mc 8:28-34).

E sabe o que não acontece em nenhum desses episódios? Ele não milita em favor da valorização das mulheres, ele não justifica seus atos por estar agindo em favor de mulheres. Porque parece ser muito óbvio para ele a forma como ele as vê e como elas devem ser tratadas. Ele se encarrega de valorizá-las sem ter que superiorizá-las. Elas são únicas, pessoalmente especiais e dignas por causa de quem as criou. Ele não justifica o óbvio, apenas o vive e expressa seu lugar.

O OLHAR DE JESUS É SUFICIENTE?

Para combater a ofensa egoísta, o convite hoje é se satisfazer com o olhar do Senhor sobre você, mulher. Ele tem uma opinião tão doce e firme sobre a forma como ele  criou você. Que tal abrir mão do orgulho e do encargo de se auto afirmar e se satisfazer na suficiência do seu olhar? A opinião dele te basta? Paulo aprendeu sobre isso e descreve:

 

Pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano; de fato, nem eu julgo a mim mesmo. Embora em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo; o Senhor é quem me julga. 1 Coríntios 4:3,4

Nos episódios em que Maria é criticada por estar aos pés de Jesus ou ouvindo suas palavras (Lucas 10:39-42) ou lavando seus pés (João 12:3), ela não abre a boca para se defender. Seus críticos achavam que ali não era o lugar dela, ela deveria ir pra cozinha ajudar na refeição e também não deveria desperdiçar o perfume caro daquela maneira. Todavia, quem a defende é Cristo. E seu olhar e validação sobre ela é suficiente para que ela permaneça onde estava, sem se ofender com os que a criticavam.

VOCÊ NÃO PRECISA SER SUFICIENTE

O convite aqui não é uma negligência às lutas sociais contra feminicídios, abusos e opressões direcionados às mulheres. Isso é injustiça e o Senhor se compadece e luta contra isso. O chamado é para que se tratando do seu valor, você descanse no olhar daquele que te criou e se deleita em você. 

É um chamado para não mais lutar pela autopreservação do seu ego. É um encorajamento a desfazer amizade com a ofensa e fazer amizade com o plano de Deus para a forma como você foi criada.

Nosso valor e dignidade não estão em sermos mulheres ou homens, em sermos superiores ou inferiores, nosso valor consiste em Quem nos criou – homem ou mulher. É obra da Graça e não do nosso gênero. Não precisamos ser suficientes, porque Ele já é.

Como falar com Deus quando as coisas não estão bem? Quando o que temos não são palavras de louvor e gratidão devemos nos calar diante de Deus? Deus vai se irar e nos rejeitar se questionarmos e reclamarmos com ele sobre as nossas dores? Existe um lugar de lamento na vida cristã?

A BOA NOTÍCIA

A Bíblia inteira é uma boa notícia! O evangelho preenche as Escrituras de capa a capa, porque é a verdade de Deus. O oferecimento de salvação e redenção de Deus ao seu povo durante toda a bíblia nos ensina a como viver a vida como um todo, inclusive nos ensina a sofrer. 

Sem dúvida a vida que sonhamos é controlada, calma e sem choro, porém habitamos em um mundo onde Deus não governa plenamente. Isso nos diz que estamos expostos ao sofrimento, à injustiça, à dor e ao pecado (a raiz de todo o mal). Sendo assim a vida de oração nem sempre se figura em um lugar pacífico de conversa tenra, equilibrada e romântica com Deus. E saiba que Ele tem plena consciência disso, nada o surpreende.

Davi em vários salmos nos expõe seu lugar de diálogo com Deus sendo dramático, intenso e doloroso. Essas orações são o que a Bíblia chama de poemas de lamento. É sobre isso que esse texto vai falar. Primeiro fortalecendo a ideia que há espaço na vida cristã para o lamento e segundo ressaltando sua importância.

Até quando, Senhor? Acaso te indignarás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo? Salmos 79:5

O LAMENTO

O termo lamento, no mundo hebraico antigo, é a forma especializada da palavra “grito”, “pedido de socorro”. Ao longo da história de Israel, o lamento se tornou uma prática litúrgica fundamental – tanto na devoção pessoal quanto no culto público.

Por que estás ao longe, SENHOR? Por que te escondes nos tempos de angústia? Salmos 10:1

 

Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto? Salmos 74:1,2

 

Lamentar nada mais é do que oferecer honestidade a Deus, deixar de lado a censura quando falamos da dor, do sofrimento, preocupação e angústia. Deus não se relaciona com nossas máscaras, sendo assim Ele lida diretamente com o coração real e desnudo como é. Sempre é melhor “reclamar” de Deus com Deus do que para outra pessoa – a segunda opção é a característica da murmuração, que Deus abomina.

O LUGAR DO LAMENTO NA VIDA CRISTÃ

A melhor decisão na hora da dor é correr para Deus. Davi, Jó e o próprio Jesus já se sentiram abandonados por Deus, questionaram seus planos, se perguntaram se Deus os tinha rejeitado e clamaram para que Deus não fizesse isso. Possivelmente, esse sentimento não é estranho para você também. O que eles fizeram diante desses sentimentos que o sofrimento causa, foi correr em lágrimas para o Senhor e transbordar sua indignação e dor diante do trono da Graça

Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor;

Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura.

Estou contado com aqueles que descem ao abismo; estou como homem sem forças, Salmos 88:2-4

 

O lamento do crente o aproxima de Graça, Deus nunca rejeitou o coração quebrantado e contrito, com certeza nem eu e nem você seremos os primeiros.  O lamento representa um “lugar” onde os cristãos podem trazer suas emoções diante de Deus, mesmo que essas não sejam muito “agradáveis” e cordiais. 

QUAL A FUNÇÃO DO LAMENTO? 

O lamento expressa: (a) súplica, pedido de ajuda ou oração por socorro;  (b) intercessão; e c) confissão de pecado ou de insuficiência diante de Deus. Além de servir como forma de protesto, no sentido de chamar a atenção de Deus, inquirindo sobre suas promessas feitas anteriormente, o lamento é um lugar para processar emoções, derramar o coração e ver a dor do lado de fora da nossa mente através de palavras e lágrimas. Esse tipo de oração é também o lugar de expormos questões de confusão e incredulidade sobre aspectos do caráter de Deus.

 Assim, o lamento existe para ensinar nosso coração a depender de Deus. E a correr para a única fonte de socorro possível. Existem situações onde não existirá outra opção além de chorar, clamar por misericórdia, reconhecer que não somos capazes de algo e deixar que nossa dor encontre com a face de Deus. Lamentar não é se rebelar, pelo contrário, é correr pra Deus e trazê-lo para dentro da minha dor. Ao invés de virar as costas, ficar indiferente ou simplesmente nos afundarmos em reclamação para todos os lados sem recorrer a quem pode resolver o problema

Podemos vê-lo como o contraponto do louvor ou ação de graças e, juntamente com este, constitui a totalidade da devoção: louvor e gratidão a Deus, por um lado, confissão e petição, por outro.  

A RESPOSTA DE DEUS AO LAMENTO

A Bíblia nos ensina que aqueles homens que lamentaram com o Senhor, foram os mesmos que experimentaram as afeições de Deus. Colheram do coração do criador amor, lágrimas, resposta e acolhimento. Leia na íntegra alguns salmos de lamento e veja como a maioria deles se encerram com oração de louvor e gratidão. Davi teve o coração de Deus. Assim como Maria que o questiona sobre a morte de seu irmão Lázaro e a reação de Jesus é se juntar ao choro dela, mesmo sabendo que a ressurreição viria.

Então esse é o Deus para o qual você ora. Acredite, Ele não só escuta como se revela em meio a dor. Ele é o bom pastor no dia bom, no alto da montanha e mas também no dia mau e no vale da sombra da morte. 

Assim, comece agora mesmo! “Bem-aventurados os que choram pois serão consolados” (Mt 5:4)  

USANDO A BÍBLIA PARA LAMENTAR

Você pode usar a Bíblia como linguagem de oração e exemplo de lamento. Deixou a seguir uma lista com os principais salmos de lamento divididos em individuais e comunitários. Você pode devolver essas palavras do Salmista ao Senhor novamente e fazer dessas palavras como suas.

Comunitário – Salmos 12, 44, 58, 60, 74, 79, 80, 83, 85, 89*, 90, 94, 123, 126, 129

Individual – Salmos 3, 4, 5, 7, 9-10, 13, 14, 17, 22, 25, 26, 27*, 28, 31, 36*, 39, 40:12-17, 41, 42-43, 52*, 53, 54, 55, 56, 57, 59, 61, 64, 70, 71, 77, 86, 89*, 120, 139, 141, 142

São 7 horas da manhã, você desliga o despertador e então vê uma notificação no celular. Curiosamente, decide ver o que é, e então, muitos minutos depois você se encontra distraído com a infinidade de conteúdos e acontecimentos do dia que acabou de começar. Logo, você levanta, toma um café, e se prepara para mais um dia. Rotina, horários, prazos, compromissos, reuniões, mensagens para responder, e distrações. Tudo isso te envolve e quando você percebe o dia já terminou e não houve tempo para “uma coisa” necessária: tempo com Jesus

Se você, por acaso, conseguiu se ver neste quadro, não se desespere tanto. Ainda há esperança! Eu amo saber que cada dia é uma oportunidade para mudar esta realidade. De maneira prática, uma forma de mudar isso é colocar na agenda um horário específico para leitura da palavra e oração. Sei que muitas vezes não temos uma hora inteira para isso. Mas temos quinze ou vinte minutos, o que certamente é melhor que não ter tempo algum para ter tempo com Jesus. 

“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 8:38-39

Como começar a fazer devocional

Você pode começar aos poucos e não existe uma fórmula certa para fazer seu devocional. Eu gosto de me assentar à mesa, pegar o meu “kit de devocional”: Bíblia, café, caderno de anotações. Às vezes um fone de ouvido e uma boa playlist de música instrumental. Então, basta escolher um versículo, ler, fechar os olhos e orar aquelas palavras. Vida, luz para o caminho, força, refrigério e direção. Tudo isso pode te envolver no momento em que você para tudo e volta seu olhar e coração para Cristo e Suas palavras.

Assim, a cada dia é possível conhecer um pouco mais, e o desejo de conhecer também aumentará. Quinze minutos viram trinta e de repente uma hora se passa e você se torna aquele que tem o prazer na Lei do Senhor. Tudo o que precisamos é de um começo, e este pode ser hoje mesmo. Entre no seu quarto e, fechando a porta, ore. Sem dúvida, você encontrará o prazer de estar com aquele que tudo sustenta com Sua palavra, e ela certamente te sustentará. 

“O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.” Lucas 2:40

Assim, torne o hábito de ter tempo com Jesus sua rotina. Você descobrirá dia a dia quem Ele é. Deus te abençoe!

Como desenvolver uma vida de oração? Eu lembro do dia em que o meu coração queimou diante de Deus. Ali fui preenchida por uma vontade imensa de conhecê-lo,de ouvir Sua voz e conversar com Ele. De forma muito prática, eu aprendi que toda comunicação entre eu e Ele não era muito diferente da comunicação que estabelecemos rotineiramente com as pessoas que surgem em nossa vida.

Estabelecendo um relacionamento

Através da oração podemos descobrir quem Deus verdadeiramente é. Então, quando estabelecemos relacionamento direto com Ele passamos a ouvir Sua voz audivelmente, ouvimos os Seus segredos e nos tornamos parte do privilégio, do milagre e da luta feroz através da ação do Espírito Santo que nos ajuda durante as nossas fraquezas.

A oração pode ser expressa de diversas formas, através da intimidade, orando e lendo a Palavra ou quando nos disponibilizamos a interceder por justiça, avivamento e transformação social. Assim, promover oração sobre outras pessoas também é uma forma de nos encontrarmos com Deus. Consequentemente fazemos as obras para o reino e mudamos o mundo.

Uma vida constante

Constância é essencial para o desenvolvimento de um estilo de vida de oração. Em virtude dela que recebemos a plenitude daquilo que Deus proveu para nós. Assim, o compromisso precursor é o de buscar pelo menos duas horas de oração por dia, encorajando também a ler-orar o livro de Apocalipse uma vez por semana.

“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5)

Permanência e confiabilidade

Lembro ainda que foi no lugar de oração que eu mais me senti segura e me conectei com o Espírito Santo. Diversas vezes buscamos, por exemplo, opiniões, amor, segurança e confiabilidade em pessoas e comumente nos esquecemos da disponibilidade de Deus e o quanto Ele ama nos ouvir, sejam coisas boas ou até notícias que abalam os nossos corações. Deus nunca se cansa de ouvir a voz sedenta dos Seus filhos.

Lugar de intimidade

A oração nos leva a um lugar de intimidade com o Pai, nos livra de todo e qualquer esgotamento, nos energiza para amarmos a Deus acima de todas as coisas e nos faz transbordar de amor pelos outros. Ter uma vida de oração é algo que devemos ansiar e não fazer por mera obrigação. Orar nos leva ao encontro dEle.

Por que devemos orar?

Deus quer que o nosso coração esteja conectado com o dEle em uma parceria sincera e profunda. Você não está errando quando decide questionar todas as coisas ao Pai, na verdade, esse é um princípio fundamental do Reino. No entanto, devemos sempre perguntar e não guardar os questionamentos dentro de nós. Saiba que você pode confiar em Deus e confessar para Ele todas as suas alegrias, angústias e frustrações.

“Em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. (Filipenses 4:6)

Um compromisso real

Por fim, pense que hoje você tem um compromisso muitíssimo importante com um Rei, talvez você pense em muitas coisas, prepare sua fala ou anote coisas que você não quer deixar de falar durante o encontro de vocês. Dessa mesma forma devemos reconhecer o nosso tempo de oração. Desse modo, devemos nos comprometer com o Senhor e colocar os nossos compromissos sagrados como encontros que não devemos perder. Ele é o grande Rei e devemos desejar a Sua presença.

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“…Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores…” Mt 6:9-13

Na oração que ensinou aos discípulos, Jesus nos ensina a orar de forma corporativa. Pedindo ao nosso Pai, que dê o pão de cada dia e perdoe as nossas dívidas.

E assim como nessa oração, a bíblia está cheia de outros exemplos de orações corporativas; Não podemos olhar para a palavra e negar que Deus ordena sua benção quando há comunhão.

Em 2 Crônicas 20 vemos que Judá unindo-se em um jejum, buscando a bondade do Senhor. Josafá os chama a uma oração corporativa para clamar ao Deus todo poderoso.

Assim, a oração corporativa é oferecer a Deus as suas orações, junto com os outros Santos que crêem e concordam com a oração sendo feita.

Quando Deus quer nos visitar Ele procura um povo reunido como um só corpo, em um só coração e um só pensamento.

Portanto, a oração corporativa é uma unidade que se manifesta além de palavras faladas. O objetivo principal da oração é glorificar a Deus para que seu nome seja conhecido

Por que devemos orar corporativamente?

  • Para remover o que nos impede de sermos corpo de Cristo (Mateus 5:23 )
  • Lugar de unidade e honra: Quando marido e esposa oram juntos eles são levados a ter essa atitude um com o outro. (1 Pedro 3:7 )
  • Sermos confrontados com a desunidade e mágoas entre o corpo de Cristo (Efésios 4:26-27 )
  • Para que haja cura na oração uns pelos outros e no confessar de pecados (Tiago 5:16)
  • Para que haja avivamento na igreja a partir do lugar de oração. O avivamento só será liberado sobre uma igreja que vive em unidade e como os textos acima nos mostram, a oração corporativa esta intimamente ligada a vida em unidade.

Que possamos nos reunir como igreja para orar. Amém!

O cristianismo é um modo de vida no qual colocamos em prática a vida do próprio Cristo em ação no nosso dia-a-dia. Não um Cristo que se encaixe em nossos padrões ou sirva às nossas necessidades, um Cristo reciclado ou diluído. Precisamos conhecer Jesus e nos opormos contra as falsas ideias a respeito dele.

Jesus e os seus discípulos dirigiram-se para os povoados nas proximidades de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou: “Quem o povo diz que eu sou? ” Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas”. “E vocês? “, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou? ” Pedro respondeu: “Tu és o Cristo”. Mc 8:27-29 

Jesus é o esplendor da glória de Deus e a expressão exata de sua natureza (Hb 1:3). Jesus é Deus, plenamente Deus e plenamente homem. Ele, como Deus, nos mostra quem Deus é; e como homem, Ele nos mostra quem nós deveríamos ser. Ele é o Verbo, o logos que traz sentido para todas as coisas (Jo 1:1). Através de Cristo, vemos a glória do Pai, cheio de graça e verdade.

Quem é Jesus?

Cristo é aquele que sempre existiu; Ele é desde sempre e para todo o sempre (Jo 8:56-58). Ao declarar isto, Jesus afirma que Ele é a realidade absoluta. O universo veio à existência a partir Dele e é inteiramente sustentado por Ele. Ele é Todo-poderoso e Sua palavra é o que preserva tudo que existe.

Assim, Jesus é imutável, Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre. Por isso, Ele é constante e fiel em suas promessas. Ele é verdadeiro e não nega a si mesmo.

Jesus é o padrão da verdade. Tudo o que Ele faz está de acordo com a verdade de quem Ele é. Se nós conhecemos a Cristo, conhecemos a Deus porque Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2:9). Tudo o que é digno e admirável se resume na pessoa de Jesus. Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento; conhecê-Lo é conhecer as riquezas insondáveis do próprio Deus.

Ele é soberano sobre tudo, e haverá um dia em que Ele irá exercer sua autoridade e tudo será colocado debaixo da obediência de Jesus Cristo. Ele retornará com poder e glória. E naquele dia Ele nos servirá mais uma vez, porque Ele continuará sendo manso e humilde de coração (Lc 12:37).

Como reagir diante de descrição tão maravilhosa e grandiosa da realidade de quem é Jesus?

Como devemos viver a vida diante dessa realidade?

Devemos reconhecer o senhorio de Jesus Cristo sobre nós. Em meio a tantos afazeres e preocupações da vida, esquecemos que Ele é tudo o que importa e está no controle de todas as coisas. Por isso, devemos refletir que áreas da vida não temos submetido ao Seu senhorio. Coloquemos nosso ser mais uma vez diante Dele, pois Ele é digno de todo o nosso coração.

Devemos derrubar os ídolos do coração. Se Jesus não tem o senhorio dos nossos corações, então nós
temos levantado ídolos, colocando coisas acima Dele. Portanto, se colocamos nosso coração diante do
Senhor, Ele irá derrubar e quebrar todos os ídolos do nosso ser.

Precisamos conhecer a beleza de Jesus por meio da Palavra. Sendo assim, precisamos ler e meditar nas Escrituras,
onde temos a revelação de quem Ele é. Através da Bíblia, o Espírito Santo revela as verdades de Deus
para nós. Esse é o alimento diário que precisamos para manter o nosso coração aquecido.

Devemos clamar ao Espírito Santo que desperte nossos corações ao arrependimento. É necessário nos arrependermos para voltar a colocar Jesus como centro da nossa vida. Se Jesus não tem o seu lugar devido, então teremos desperdiçado os nossos dias.

Coloquemos o nosso coração diante do Senhor. Que o Espírito Santo abra os nossos olhos, brilhe Sua luz sobre os nossos corações e nos revele diariamente a beleza e a grandeza de quem Ele é.

Feliz natal!

A Esperança prometida

Vivemos um ano difícil, onde todos estamos cansados. Afinal, onde encontraremos a promessa do Natal de descanso?

O nascimento de Jesus não foi só um presente para os gentios, ele também foi um consolo e um conforto para os judeus.

A esperança prometida é Jesus. Em Isaías 40 há uma resposta para o cansaço coletivo:

“O que dizes, ó Jacó, e falas ó Israel, o meu caminho está escondido do Senhor e o meu direito passa despercebido ao meu Deus. Não sabes, não ouviste que o Eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da Terra não se cansa, nem se fatiga. O seu entendimento é insondável, ele dá força ao cansado, Ele fortalece o que não tem vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, os moços
cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão suas forças subirão como asas
como águias, andarão e não se fatigarão.” Isaías 40:27-31 

O Senhor quer e pode nos reencontrar em meio ao nosso cansaço e fortalecer a esperança de sermos renovados por meio dele.
O Senhor quer revelar a frustração do nosso coração. Acreditamos que só nós mantivemos a nossa parte da promessa, mas pensamos que Deus não manteve a dele.

Porém, no texto de Isaías 40 vemos que o tom do  diálogo do Senhor é de conversa, não de repreensão. Mas com o intuito de esclarecer as coisas.

O desejo do Pai é restaurar o nosso relacionamento com Ele.

Cremos no renovo da perspectiva da bondade e do amor de Deus na nossa casa. Pois o Senhor não tem limite de ânimo e de força. Ele não se fatiga.

Assim, aquele que não se cansa e sustenta todas as coisas, continua nos sustentando agora mesmo.

Você pode ficar cansado, exausto, mas o Senhor não fica.

O Senhor dá força. Ele não troca, vende, não põe condições a maneira que dá força para você. E ele faz isso doado-se a você.

Cair exausto é um sinal que nós temos corrido distantes de Deus, na nossa própria força e sozinhos. Hoje, admita para o seu próprio coração onde você se encontra e permita que o Senhor cresça sua força em você.

Sendo assim, vamos ser vulneráveis diante do Senhor e ter um diálogo tenro com Ele, pois Ele tem uma fonte inesgotável de ânimo para nós.

Entregue suas preocupações e deposite sua confiança no Senhor. Ele está pronto para ouvi-lo.

 

Ah (imagine um suspiro aqui), o mês de dezembro começou e com ele já começamos a ouvir por toda parte o “Então é natal e o que você fez?” Você sai na rua e pode perceber por toda parte os enfeites e as luzes que caracterizam essa estação do ano. Começam também as confraternizações, os amigos secretos, as discussões sobre gostar ou não de uva passa no arroz. As famílias decidindo em qual casa será a ceia de natal, as crianças com grandes expectativas sobre o presente que receberão e a esperança de uma nova chance paira no ar. O ano está acabando, no coração o anseio se resume em: “ano que vem será melhor”.

Desde já, vale lembrar que o natal é uma festa tradicional cristã que é majoritariamente comemorada no ocidente. A maioria dos países orientais não comemoram esse dia, ao menos, não pelo que ele simboliza, mas como uma data comercial onde realizam-se trocas de presentes. Portanto, não quero falar aqui sobre comemorarmos ou não o natal, até porque não existem provas do dia exato em que Jesus nasceu para podermos comemorar o seu “aniversário”. Mas penso que essa é uma época perfeita para meditarmos sobre a grandeza do dia em que o Salvador veio à terra e quero trazer aqui quatro motivos para vivermos com esperança uma vez que Jesus nasceu.

1- Deus amou o mundo

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16)

O fato de sermos alvos do amor do Pai é um motivo de vivermos com esperança, pois se não fosse pelo seu grande amor e pela multidão das suas misericórdias não haveria saída para o pecador. Estaríamos destinados à morte eterna e total separação de Deus.

Mas Deus que é rico em amor, compassivo e muito paciente nos amou de tal forma que enviou seu filho ao mundo e revelou através dele as dimensões infinitas do seu amor por nós.

2- Deus é fiel à sua palavra

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.
(Hebreus 10:23)

Desde o princípio Deus prometeu a vinda de seu filho ao mundo (Gn. 3:15). Jesus é a semente prometida e aquele que foi anunciado pelos profetas. Quando o Cristo nasce, uma luz brilha e a promessa se cumpre. E mais uma vez podemos ver a fidelidade do Deus que sempre cumpre o que diz. Esse é um motivo de vivermos com esperança, pois tudo que Ele prometeu irá se cumprir. Sua fidelidade se estende de geração após geração e permanece para sempre.

3- Temos paz com Deus

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”.
(Lucas 2:14)

No momento em que Jesus nasce, anjos aparecem a alguns simples pastores e a Bíblia diz que a glória de Deus resplandeceu ao redor deles. Tais anjos traziam as boas novas de alegria do nascimento do Salvador, e eles cantavam sobre a paz que Ele traria ao mundo. O nascimento de Jesus representava uma etapa do plano redentor. E agora estava mais perto do que nunca o dia em que Ele abriria o caminho até o Pai por meio do seu sangue. Todo aquele que nele crê caminha na esperança e na paz de poder ter comunhão com Deus e ser salvo de sua ira (Rm. 5:9).

4- Uma luz brilhou

E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria. (Mateus 2:10)

Maria deu à luz um filho, e todos conhecem a clássica história de natal da estrela que guiou os reis magos até o local do nascimento de Jesus. Porém, mais do que a luz de uma estrela, a própria vida e luz dos homens começou a habitar entre nós quando Jesus nasceu (Jo. 1:4).

Não consigo encontrar as palavras certas para descrever a glória do dia em que o próprio Deus se fez homem e do que isso significa. A imagem do Deus invisível e a expressão exata de quem Ele é estava ali envolto em panos em uma simples manjedoura, e na face de Cristo vimos a luz da glória de Deus sendo revelada (2 Co. 4:6). Logo, Jesus é a luz que resplandece nas trevas e essas não prevalecerão. Onde as Boas Novas são anunciadas, aqueles que estão em trevas são iluminados e Sua luz nos mostra quem nós somos e o quanto precisamos dele.  Além disso, ela expõe nossos pecados e aponta o caminho que devemos seguir. Sua luz nos mostra quem Deus é e conhecê-lo é a vida eterna.

Sendo assim, que você possa aproveitar esse tempo para meditar sobre a bondade de Deus em ter enviado seu filho à terra e que essas verdades possam encher o seu coração de esperança. Nós temos tantos motivos para sermos gratos ao Senhor. Então que neste Natal e todos os dias você celebre o fato de que Jesus veio ao mundo. E por meio dele nós temos a redenção. E até que Ele venha novamente (e que glorioso dia será!), que possamos aguardar a bendita esperança com paciência e perseverança.

O Advento é uma data especial no calendário cristão. É o início da narrativa litúrgica que nos envolve de simbolismos, comunhões, alegrias e celebrações sobre a simples e triunfante vinda de Deus ao mundo dos homens. Um mundo de trevas desnudado em seu pecado e superabundado pela luz divina.

Temos visto ao longo de toda a história bíblica e cristã o quanto Deus sempre desejou habitar entre os homens. Com a vinda de Cristo, a sua igreja cultivou símbolos que representassem o significado e o valor deste evento. A essência do Natal em nossa cultura sempre dependerá da igreja cultivá-la e comunicar sua importância.

Quais são os frutos deste tempo precioso que podemos desfrutar?

Os símbolos de Natal

O final do ano sempre é muito desejado. Nos últimos meses o mundo começa a mudar de cara, as ruas ficam mais iluminadas, as casas mais decoradas e o sentimento natalino começa a surgir. O mundo todo vibra o Natal, o comércio se prepara há muito tempo antes, as pessoas saem às compras e as crianças entram de férias.

Parece mágico! Muitas famílias se reúnem em volta de uma árvore de Natal para decorar e preparar um lar mais aconchegante, como é de costume. Naturalmente, os símbolos de Natal e as celebrações aparecem com as reuniões em família, as dinâmicas de grupo e as festas de trabalho. É uma época deslumbrante!

Mas, para que servem os símbolos natalinos?

Os símbolos são representações, frutos de uma época para a qual nos preparamos e nos organizamos a fim de refletirmos sobre a vinda de Deus ao mundo. Não se trata de um ato pagão, muito pelo contrário. Os cristãos iluminam estes símbolos natalinos promovendo significado cristão. Iluminamos a casa, porque Cristo é a luz do mundo e sem Ele ainda andaríamos em trevas. Cristo é a essência do Natal, é a estrela que ilumina a vida.

O Papai Noel certamente foi caracterizado como um símbolo comercial e pagão. Mas podemos, por outro lado, trazer à memória quem foi o “bom velhinho”, o verdadeiro Papai Noel na história do cristianismo. São Nicolau realmente existiu e defendeu ativamente as escrituras diante das teorias heréticas de Ário no século IV, que descaracterizava Cristo como divino.

Ao invés de retratarmos o Papai Noel que vive no Polo Norte e dá presentes para as crianças boas, podemos trazer à memória o verdadeiro Papai Noel que defendeu as Escrituras.

A época do Natal

É no Natal que nos lembramos comunitariamente das histórias bíblicas sobre a vinda do Messias. Não somente de sua primeira vinda, mas da promessa de sua segunda vinda. 

Intencionalmente, enchemos o nosso coração de alegria, porque Cristo veio ao mundo restaurando nossa dignidade humana caída ao nos tornar filhos de Deus. Também nos recordamos de sua promessa, de que não nos deixaria sós, mas daria o Espírito Santo como garantia de seu retorno e de sua presença constante.

É neste clima natalino, celebrado nas primeiras quatro semanas que antecedem o Natal, que nos envolvemos em uma imaginação fértil, recheada de contrição, alegria e gratidão pela vinda do Messias. 

25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus, mas culturalmente, nos organizamos para este momento. Pelo fato de ser um legado histórico e cultural do ocidente, nos beneficiamos muito desta data, por ser evidentemente cristã. Consequentemente, isso forma o nosso interior de maneira pedagógica e instrutiva acerca do que é importante para nós como cristãos.

Conclusão

A época do Natal é uma representação simbólica, que por mais que não tenha menção bíblica como uma festa sagrada obrigatória a ser comemorada, cultivamos ao longo da história da igreja um ritmo litúrgico em nosso calendário que molda nosso sentimento e imaginação.

Estar à mesa com a família lendo a bíblia sobre as histórias de Jesus ou até mesmo encenando histórias ou cozinhando biscoitos e decorando a casa é um ato simples mas muito valioso e não menos importante. A vida cotidiana da família pode ser recheada de alegrias e gratidão por tudo o que o Senhor já fez em nosso meio e por tudo o que Ele fará.

Celebramos a certeza de que Deus é fiel, porque Cristo veio em nosso favor. Enquanto aguardamos sua segunda vinda, cultivamos hábitos e memórias que honrem o seu sacrifício e nos moldem em alguém mais parecido com Ele.

 

Você conhece a existência de missionários intercessores? Pode parecer um termo novo, mas a sua função é bem antiga e perpassa milhares de anos. Os missionário intercessores são pessoas que se dedicam a tempo integral ao ministério da oração. Ou seja, seu campo missionário nasce do lugar de oração. 

QUAL A CAUSA OS CONVOCOU?

Antes de definir qual a função dessas pessoas, vamos relembrar o porquê elas existem. Joel 2 narra uma promessa para o final dos tempos – o espírito derramado sobre todos – é a promessa de um grande avivamento que precederá o final dos tempos. Será um avivamento como nunca visto antes. Então, à medida que as trevas aumentarem, a glória sobre a igreja também será intensa, com sinais, maravilhas e salvação.

Ao olharmos para a história dos avivamentos, nunca foi visto um aviamento surgir sem que a oração estivesse acontecendo. Foi assim com os moravianos, Azusa, Gales e tantos outros, e não seria diferente com o avivamento final. Te convido a ler especialmente sobre os moravianos, eles são os primeiros missionários intercessores protestantes.

“E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões.

Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias.

Mostrarei maravilhas no céu e na terra, sangue, fogo e nuvens de fumaça.

O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue; antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

Joel 2:28-31

Queremos avivamento porque queremos que “seja na terra assim como é no céu” – como Jesus nos ensinou a pedir na oração do Pai Nosso, em Mateus 6. Desejamos avivamento porque queremos que Jesus volte à terra de uma vez por todas e reine perpetuamente. Buscamos avivamento porque o Senhor é digno que todo joelho se dobre. Ansiamos avivamento porque queremos justiça se manifestando em forma de salvação e correção de rota ao mundo. Ele é Digno!

ORAÇÃO E ADORAÇÃO DIA E NOITE

Em Apocalipse 4 e 5, o apóstolo João narra qual é a realidade que está acontecendo no céu agora mesmo. Na sala do trono, vista por João, ele vê acontecendo incessantemente, dia e noite, adoração e intercessão.  

Dia e noite repetem sem cessar: “Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”.  Apocalipse 4:8

Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos; Apocalipse 5:8

Assim, se queremos a realidade do céu precisamos ver um movimento de oração e adoração 24/7, dia e noite sem cessar, Deus sendo adorado e no mesmo movimento compartilhando os pesos do seu coração com a igreja que devolve a ele essas causas em intercessão. Isso culminará com justiça sendo feita e um rompimento sem precedentes para o final dos tempos.

O CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS

Nesse contexto, os missionários intercessores são aqueles que se entregam de maneira integral a essa causa. Dessa forma, salas de oração tem surgido cada dia mais ao redor do mundo, lugares remotos onde Deus tem sido adorado dia e noite e a intercessão tem sido levantada como incenso. Os missionários desses lugares são chamados missionários intercessores. Eles são músicos, cantores, intercessores, comunicadores, técnicos de som e mídia, que entram em parceria com a vontade do Senhor de fazer na terra como é no seu. Seus corações se engajam com a causa do coração de Cristo em fazer justiça, enviar salvação, ser conhecido e fazer que sua igreja seja casa de oração.  

Coloquei sentinelas em seus muros, ó Jerusalém; jamais descansarão, dia e noite. Vocês que clamam pelo Senhor, não se entreguem ao repouso, e não lhe concedam descanso até que ele estabeleça Jerusalém e faça dela o louvor da terra. Isaías 62:6,7

esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e seus sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. Isaías 56:7

ONDE ELES ESTÃO NA BÍBLIA?

> Antigo Testamento

A função de missionários intercessores não é algo contemporâneo e nem uma invenção de um movimento passageiro. Davi foi o primeiro a entender algo que o moveu a construir um tabernáculo, o famoso Tabernáculo de Davi. Ele colocou milhares de pessoas para ministrarem ao Senhor dia e noite. Ele também instruiu com ordem para os próximos reis que o sucedesse que guardassem essa prática, porque essa era a vontade de Deus. Eram quatro mil músicos e quatro mil porteiros do templo que eram liberados de qualquer outra atividade, suas funções eram totalmente dedicadas ao Tabernáculo de Davi. Seu reinado financiou  essas pessoas e os custos do tabernáculo.

Davi escolheu vinte e quatro mil desses para supervisionarem o trabalho do templo do Senhor e seis mil para serem oficiais e juízes; quatro mil para serem guardas das portas e quatro mil para louvarem o Senhor com os instrumentos musicais que Davi preparou com esse propósito.  1 Crônicas 23:4,5

Ao longo de toda história dos reis do povo de Israel o Tabernáculo de Davi foi negligenciado e constantemente reconstruído, e há um promessa que Deus restauraria a tenda caída de Davi (Amós 9:11). Davi fez um voto que os missionário intercessores também fazem hoje:

“Não entrarei na minha tenda e não me deitarei no meu leito;

não permitirei que os meus olhos peguem no sono nem que as minhas pálpebras descansem,

enquanto não encontrar um lugar para o Senhor, uma habitação para o Poderoso de Jacó”.

Salmos 132:1-5

> Novo Testamento

“Alguns perguntam onde os missionários intercessores são encontrados no Novo Testamento. Minha resposta: Onde no Novo Testamento encontramos líderes que não priorizam a oração? Começando com Jesus e os apóstolos, o Novo Testamento destaca muitos líderes que se entregaram à oração de maneira extravagante.” – Mike Bickle – Fundador da IHOP.

De fato os discípulos e a igreja primitiva eram um povo que orava. Porém, quero destacar o chamado de Ana, em Lucas 2, que serve de referência para o trabalho de missionários intercessores hoje. Ana é o exemplo mais extremo do estilo de vida do missionário intercessor no Novo Testamento.  

Estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era muito idosa; havia vivido com seu marido sete anos depois de se casar e então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite. Tendo chegado ali naquele exato momento, deu graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Lucas 2:36-38

Ana, naquele contexto esperava a vinda do Messias, e ela pôde ver o menino Jesus ser trazido ao Templo e reconhecê-lo. Ana estava sobre os “muros de Jerusalem”. Ela simboliza o que Deus orquestrará na geração em que Ele voltar. Aos oitenta e quatro anos – aproximadamente sessenta anos depois – ela ainda estava ministrando ao Senhor em muita oração com jejum. Esse é um chamado real que o Senhor ainda tem feito por toda a terra e centenas tem respondido, o chamado de oração dia e noite.

COMO ISSO FUNCIONA NA FHOP

Então, aqui na Fhop  temos mais de 110 missionários intercessores espalhados pelas mais diversas funções. Todas as funções e departamentos servem a sala de oração para que essa realidade de oração não cesse. 

Na prática funciona com pessoas trabalhando diretamente nos turnos da sala de oração, como músicos, cantores, intercessores, técnicos de som, streaming, projeção e líderes de sessão. Outros que servem administrativamente gerenciamento financeiro, produzindo conteúdo no marketing, ativamente executando atos de justiça e evangelismo. Missionários que traduzem e vendem livros e materiais que espalham a mensagem da oração. 

Outra maneira é através do centro de treinamento que ao mesmo tempo que ajuda a financiar o lugar de oração convida e treina a igreja global a participar do lugar de oração. Além disso, há também missionários servindo diretamente a igreja local. Pastores, líderes e psicólogos que discipulam, pastoreiam e cuidam dos corações dos missionários. E um departamento  de gestão só para gerenciar todos esses missionários intercessores voluntários. 

DEUS CONTINUA CHAMANDO ANAS E DAVIS

Assim ainda hoje Deus continua chamando e levantando, Davis e Anas, pessoas que estão envolvidas e se gastando com a causa da oração. Movidos pela beleza de Jesus. Pode surgir o questionamento: Não é exagero? Dia e noite de oração não é demais? É realmente necessário? 

Três respostas bíblicas para esses questionamentos: 

1) Jesus respaldou o estilo de vida de Maria, que escolheu ficar aos seus pés, “Uma coisa é necessária, Maria escolheu a boa parte e essa não lhe será tirada.” (Lc 10:40).  Dessa forma, o relacionamento com Jesus é a única coisa necessária. Ele é suficiente.

2) Ele é digno! Simplesmente, Ele é digno. Diante da dignidade da glória de Deus, 24 horas 7 dias por semana ainda é pouco. Ele mereceria muito mais. Os anjos, seres viventes e vinte e quatro anciãos estão a milhares de anos cantando sua dignidade sem cessar e ainda não acharam que poderiam parar, toda dignidade de Deus ainda não foi coberta. 

3) Ele deseja governar a terra em parceria com seu povo, ele vai responder cada intercessão feita. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Lucas 18:7

Então, não é desperdício, é o próprio Zelo do Senhor que está orquestrando isso sobre a Terra, e ele já nos deu garantias de como isso terminará.