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Dia 05: Movimento de oração e o fim dos tempos

Ao longo da semana temos conversado aqui no blog sobre sermos casa de oração. Neste devocional, vamos falar um pouco sobre a relação entre a nossa identidade eterna como casa de oração e o fim dos tempos.

Em Isaías 56:6-7 diz assim:

“E os estrangeiros que se unirem ao SENHOR para cultuá-lo e amar o nome do SENHOR, tornando-se assim seus servos, todos os que guardarem o sábado, sem profaná-lo, e os que abraçarem a minha aliança, eu os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.”

Somos casa de oração

Como dissemos nos devocionais anteriores, uma das identidades primárias da igreja no Novo Testamento é como casa de oração. A igreja nunca foi feita para existir separada da sua identidade eterna de casa de oração. Inclusive, o próprio Jesus falou sobre isso em Mateus 21:13, citando a promessa de Isaías:

E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração;

Todo este movimento que tem surgido na igreja global, de resgatar o espírito profético de oração e intercessão do tabernáculo de Davi, não é algo novo e não é exclusivo de alguns ministérios. Segundo Mike Bickle, Deus está estabelecendo um novo paradigma em sua igreja, que na verdade é tão antigo quanto Isaías 56. É uma resposta da igreja ao que o Espírito Santo está gerando no lugar de intimidade, jejum e oração.

A igreja está despertando para a sua identidade eterna de casa de oração. Não é algo somente para esta era, mas algo que faremos no Milênio e na eternidade: a comunhão com Deus e a participação nos seus planos. Isso é o que Deus sempre desejou para Sua Igreja.

O lugar de oração no fim dos tempos

Qualquer cristão atento percebe que estamos vivendo em tempos próximos do fim. Porém, não precisamos nos desesperar, pois fazemos parte de um povo que não será pego de surpresa. À medida que a perversidade, a iniquidade e as trevas aumentam, Deus chama a sua igreja para ser a luz na escuridão e participar do que Ele deseja derramar sobre a terra nos últimos dias. E como faremos isso?

Nosso primeiro impulso como seres frágeis e amedrontados é tentar buscar soluções humanas para a crise. Isto é, queremos respostas práticas, queremos encontrar uma nova abordagem ou uma nova solução. Queremos algo inédito e que nos ajude a sair dessa crise vitoriosos.

Entretanto, quanto mais lemos as Escrituras, vemos que Deus tem a mesma ideia desde Isaías. Ele deseja que a sua igreja caminhe em jejum e oração, vigiando e sendo sentinela sobre os muros. Seremos luz na escuridão, sustentando a Grande Comissão a partir de uma vida de intimidade como casa de oração.

Quando o próprio Deus promete que seremos casa de oração, Ele não está falando sobre algumas igrejas locais ou ministérios específicos. Deus estava falando sobre toda a sua igreja, o corpo de Cristo, profetizando que caminharíamos em um estilo de vida de profunda intimidade e cooperação com o Espírito Santo na terra.

A igreja no fim dos tempos estará vigilante às profecias bíblicas e à voz do Senhor, não se desesperando, mas buscando a Deus intimamente e acima de tudo. Além disso, Deus nos promete que encontraremos alegria neste lugar. Ou seja, é caminhando em nossa verdadeira identidade como igreja que experimentamos a alegria do Senhor. Essa alegria nos sustentará para permanecermos com Ele até o fim.

Bem-vindos ao nosso quarto dia do devocional!

Durante essa semana temos conversado no blog sobre as bases bíblicas do que significa ser uma Casa de Oração e o papel daqueles que dedicam suas vidas integralmente à oração, como missionário intercessor. Mas, talvez tenham ficado algumas perguntas: De maneira prática, como abraçar esse chamado à oração no dia a dia? Qual o lugar da oração na vida ordinária? Visto que as demandas e urgências do nosso tempo parecem nos afastar cada vez mais do exercício da solitude, meditação bíblica e da oração. 

Orai sem cessar.” 1 Ts 5:17

Como temos conversado, ser uma Casa de Oração não é uma moda ou apenas um movimento, é algo que o próprio Senhor nos designou para ser. E quando lemos o versículo de 1 Tessalonicenses, vemos a recomendação de Paulo à igreja dos tessalonicenses para eles se apegarem ao exercício da oração em todo tempo. Não abandonassem o lugar da oração, mas que cultivassem o hábito de buscar o Senhor. 

Esse desejo também foi expresso na última oração de Jesus, antes de ser crucificado. Ele pediu ao Pai que andássemos em comunhão com ele: 

E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; (…) Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo. “João 17:20, 24

Você já parou pra pensar na profundidade dessa oração e no seu impacto? Esse é o desejo do Filho do Homem para nós. 

O Senhor é um Deus relacional e ele busca aqueles que irão responder ao seu convite para a comunhão. Isso nos lembra a história da vida de Davi, vemos que ele compreendeu o desejo do coração de Deus. 

Rotinas e prazeres superiores

Davi não foi perfeito e a bíblia mostra os seus erros e pecados. Mas ele entendeu que no Senhor há prazeres superiores e deleites maiores do que as coisas dessa terra poderiam oferecer. Relacionando com o contexto dos nossos dias, é como se Davi tivesse entendido que às urgências do nosso tempo e as horas gastas com entretenimento não se comparam com o prazer de estar em comunhão com o Senhor por meio da oração. 

Há muitas atividades boas e entretenimentos que são lícitos, mas o que estou escrevendo é sobre priorizarmos o nosso tempo de oração com o Senhor. E uma das formas de conseguirmos fazer isso, é compreendendo que no Senhor há satisfação e prazeres maiores do que em qualquer lugar que possamos buscar. 

“Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo.” Salmos 27:4

Davi foi considerado um homem segundo o coração de Deus, pois ele compreendeu a parceria que o Senhor quer estabelecer com os seus filhos por meio da oração. 

Priorizando por amor

Evidentemente, Deus não depende do homem e pode fazer todas as coisas. Contudo, Ele escolheu o caminho da comunhão e compartilhar o seu coração com os seus filhos. Quando oramos é isso que acontece. Nós oramos a Palavra de Deus e ouvimos o que está no coração do Senhor, e isto alinha as nossas emoções e pensamentos, nos dá satisfação e sabedoria em como viver. Além disso, quando oramos nós estamos participando daquilo que o Senhor está fazendo na terra. 

Então, de forma prática é preciso compreender que há completa satisfação no Senhor e ele deseja comunhão conosco. Segundo, é importante dedicarmos um tempo todos os dias para o exercício da solitude e oração, por isso, estabeleça metas reais. Não há problema em começar com cinco minutos por dia. Apenas comece e seja constante no que você se propôs. Terceiro, ore a Palavra: os textos bíblicos nos ajudam com a linguagem e elas foram deixadas pelo próprio Senhor para que nós pudéssemos nos apoiar. 

Por fim, lembre-se que há graça do Senhor disponível para você, peça ajuda do Espírito Santo. Além disso, o seu tempo de oração não precisa ser somente no seu momento de devocional, você pode continuar o seu diálogo com o Senhor durante todo o seu dia. 

Deus te abençoe! 

Bem-vindos ao nosso devocional!

Nessa semana especial do blog, todos os dias vamos resgatar alguns textos que já foram publicados aqui sobre Casa de Oração. Na leitura deles você irá compreender mais sobre as bases da oração persistente, um dos nossos valores aqui na FHOP. Além disso, você será incentivado em seu tempo a sós com o Senhor, a busca-lo de maneira mais intensa e com entendimento. Você está pronto?

Então, aproveite os nossos textos e boa leitura!

Esse é um tema que causa bastante curiosidade ao sermos despertados à vida missionária. Muitas vezes não temos noção de como ou por onde começar. Nem mesmo ideia de qual seria a realidade dessa vida de servir em tempo integral como missionário intercessor. Mas queima em nosso coração um desejo por isso. E no Brasil a denominação de casa de oração ainda é algo muito novo em nosso contexto. A fhop é uma das primeiras no Brasil no modelo harpa e taça.

No entanto, minha intenção ao escrever esse texto é trazer clareza e respostas a respeito da rotina e da vida de um missionário intercessor. Isso pela perspectiva e opinião de alguns missionários que servem em tempo integral aqui na Florianópolis House of Prayer fhop e também sob o meu olhar pelos quatro meses vivendo essa realidade dia a dia.

Papel do missionário intercessor

Vamos partir do entendimento que TODOS somos chamados ao lugar de intercessão; é importante que tenhamos essa convicção. Porém, alguns sãos chamados a isso por tempo integral. Também já sabemos que podemos fazer missões independente da região geográfica que estamos.

Então, missionário intercessor é uma pessoa que doa seus dons, habilidades e recursos para ministrar ao Senhor no lugar de adoração em tempo integral. De maneira a cumprir o primeiro mandamento: amando a Deus com todo o seu ser.  Na fhop, temos missionários intercessores que trabalham no departamento financeiro, que trabalham com ensino, outros com música etc.

Sãos chamados de missionários porque saíram de suas casas, deixando tudo para trás e entregando todo o seu tempo ao ministério. Esse é o termo para quem trabalha na obra em tempo integral. O que os torna diferentes é intercessão. Como  missionários intercessores, seu trabalho é interceder.

E, é no lugar de intercessão que nasceu uma das maiores agências que trabalha contra tráfico humano. Que nascem programas e recursos para alcançar os pobres. É do lugar de intercessão que vemos o Senhor liberando ideias para negócios, para empresas, para mudanças na vida dos cristãos. Deus quer afetar o mundo.

Missões não é evangelização?

Ao caminhar por esse chamado, muitas pessoas perguntam: mas missões não é para evangelizar? Missionário não é aquele que vai cuidar do órfão? Sim, faz sentido. Porém, “nós já estamos fazendo isso, só que começando a partir do lugar de oração. Então, missionário é aquele que é enviado para pregar, carregar, declarar as boas novas. Só que a questão é o declarar das boas novas, pois começa no lugar de oração. Ou deveria”, afirma Ana Duarte, missionária intercessora.

E, ao mesmo tempo, isso seria ministrar ao Senhor. Porque tudo começa adorando a Ele. Tudo começa exaltando a Ele, porque Ele é digno. Na Bíblia, vemos diversos capítulos que nos revelam o que está acontecendo nos céus (Apocalipse 4). Há diversas interações de profetas onde eles descrevem essa mesma estrutura de adoração.

Então, partindo do entendimento de que aquilo que existe no céu também deve existir na terra, “acreditamos que o Senhor está chamando de volta o seu povo, aqueles a quem Ele redimiu, a esse lugar de adoração. E nós somos missionários no quesito de levarmos essas boas novas como nosso trabalho em tempo integral de ministrar ao Senhor, e a partir desse lugar, ministrar à outros”, Ana Duarte.

Você não está desperdiçando sua vida?

Apocalipse 4 nos diz que existem quatro seres viventes, 24 anciãos, e toda uma nuvem de testemunha que 24 horas por dia, durante toda eternidade, diz que Ele é: “Santo, santo, santo o Deus, o Todo-poderoso, que era, que é e que ainda virá”. (Ap. 4:8).

Então por que nós não faríamos isso? Porém, a pergunta normal e outra constante que se ouve ao caminhar em ser um missionário intercessor é: você não está desperdiçando a sua vida? Vai alimentar os órfãos. Porém, há diferentes formas de alcançar todos estes e de trazer a vontade de Deus sobre a terra.

E a partir de Lucas 11 e 18, que Jesus nos ensina a respeito de oração persistente, e de Apocalipse que João nos fala que existem harpas e taças de ouro cheias de incenso, que são todas as orações dos santos, no lugar de governo na frente do torno. “Então nós acreditamos que da mesma forma que Ele governa a terra na sala do trono. Ele também escolhe trazer o governo dele a nós através das nossas orações”, Duarte.

Como Davi

Não é possível abordar, em um único texto, tudo sobre este desse assunto, que é tão rico e extenso. No entanto, oro para Deus traga luz sobre sua mente à respeito de que devemos ter uma vida de dedicação à adorá-lo.

Que sejamos como o rei Davi, que durante a vida, buscou morar na casa do Senhor, para contemplar sua beleza e buscar a orientação de Deus em seu templo. (Sl 27:4). E, assim, na medida que declararmos as Suas verdades, a Sua Palavra, de volta a Ele, Sua justiça venha sobre a terra.

O Senhor está despertando aqueles que levarão as boas novas a partir do lugar de ministrar primeiramente a Ele, em tempo integral. Que Ele fortaleça as Casas de Oração, que Ele tem feito surgir, em toda a nação. 

Originalmente publicado em 29 de novembro de 2018

Bem-vindos ao nosso devocional!

Nessa semana especial do blog, todos os dias vamos resgatar alguns textos que já foram publicados aqui sobre Casa de Oração. Na leitura deles você irá compreender mais sobre as bases da oração persistente, um dos nossos valores aqui na FHOP. Além disso, você será incentivado em seu tempo a sós com o Senhor, a busca-lo de maneira mais intensa e com entendimento. Você está pronto?

Então, aproveite os nossos textos e boa leitura!

Para nós da fhop, falar sobre Casa de Oração e Modelo Harpa e Taça é, de fato, muito especial. Eu mesma já tinha ouvido sobre a International House Of Prayer (IHOP), de Kansas City. Mas meu contato mais profundo com Oração Ininterrupta foi em 2014 com o Projeto Liberdade. Realizado durante a Copo do Mundo nas capitais brasileiras.

Nessas capitais foram abertas Sala de Orações 24/7. O foco era orarmos pelo fim do tráfico humano, promover unidade entre igrejas brasileiras e levantar adoração e intercessão ininterrupta. 

Muitas Casas de Orações utilizam-se dessa “metodologia”. Dessa forma, gostaria de explicar como o Modelo Harpa e Taça nasceu. É importante ressaltar que nossas orações aqui na base da fhop tem como um dos princípios, as orações positivas e orações na Palavra. Eu te pergunto: você sabe o que isso significa?

Orações Positivas

Primeiro, ao invés de focarmos nos problemas ou pontos negativos, preferimos nos lembrar das promessas de Deus e orar com base em sua Palavra. Por exemplo: ao orarmos pela Igreja Brasileira, nós não falamos tanto contra a falta de unidade que pode nos separar ou possa haver. Mas preferimos enfocar em um versículo Apostólico e orar com base nele.

“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.” Filipenses 1.9-11

Sendo assim, nós oramos para que: O amor de Deus resulte em unidade no meio do Corpo de Cristo. Traga quebrantamento e fruto de justiça. Talvez, em um primeiro momento, nosso vocabulário possa parecer-lhe um pouco estranho ou difícil de entender. Mas a medida em que seguimos, os pontos da Casa e Oração ficaram mais claros.

Qual o foco das Orações Positivas e por que elas são importantes?

No Novo Testamento temos inúmeros exemplos de orações positivas. O foco principal dessas orações abrangem temas como: gratidão, amor, fé e o liberar da graça de Deus sobre nós, sobre a igreja e em nossa sociedade. Ao invés de focar nos pecados, divisões ou demônios.  

É incrível perceber como tais orações nos conectam com Deus e nos fazem entrar em uma unidade de amor com o Senhor. Mesmo assim, saiba que Deus pode responder até mesmo as orações feitas de forma negativa. Pois, Ele pode pegar mesmo uma oração confusa e transformá-la em resposta a um genuíno clamor. Isto é um sincero coração. Lembra? Ele nos traduz pois nos conhece como ninguém.

Além disso, se formos bem francos, podemos admitir que orações negativas geram em nosso coração sentimentos também negativos. Por exemplo, se focarmos no pecado. Isso poderá resultar em julgamentos dos mais diversos, seja contra a igreja local ou mesmo contra nossos irmãos, e até contra o mundo. Sendo assim, nós podemos repudiar, ao invés de amar. E aqui, não estou falando de amar o pecado, mas de orarmos com a motivação que vem de Deus.  

Já mencionei que, certa vez, quando eu estava orando com um certo time aqui da base, Deus me lembrou da mulher pega em adultério e Ele me fez largar as “pedras de acusação” para orar com um coração livre. E foi incrível sentir o coração de Jesus e como Ele desejava que eu orasse em tais circunstâncias.

Introdução ao Modelo Harpa e Taça

“E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. Apocalipse 5:8”

O modelo que denominamos “Harpa e Taça” foi elaborado por Mike Bickle e sua equipe com referência a Apocalipse 4 e 5. Este modelo combina linguagem intercessória e bíblica. Uma das vantagens desse modelo, é que ele é “sustentável”. O que isso quer dizer?  

Por exemplo, por muitos anos vimos oração como algo difícil de fazer e para alguns até mesmo monótona. Acreditávamos que precisávamos de longos anos e sermos mais velhos para cultivar uma vida de oração. Mas, a verdade é que oração pode ser prazerosa. Quando adicionamos elementos musicais, orações positivas, coros participativos, as orações individuais tornam-se um clamor coletivo.

Harpa – Ela representa os cânticos, as músicas de adoração que sobem a Deus através das vozes e dos instrumentos musicais.

“E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão;  uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.” Apocalipse 14:2-3

Taças – Nelas são colocadas as orações dos santos que sobem diante de Deus como incenso. Representa as orações intercessórias da Igreja.

“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro;  foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” Apocalipse 8:3-4

Enfim, esta foi apenas uma pequena introdução a respeito do Harpa e Taça. Você quer saber mais sobre a dinâmica da Casa de Oração e como funciona o nosso dia a dia? Quer saber como funciona o Modelo Harpa e Taça? Deixe seu comentário e que o Senhor nos mostre o caminho da oração poderosa.

Originalmente publicado em 20 de novembro de 2018

Bem-vindos ao nosso devocional!

Nessa semana especial do blog, todos os dias vamos resgatar alguns textos que já foram publicados aqui sobre Casa de Oração. Na leitura deles você irá compreender mais sobre as bases da oração persistente, um dos nossos valores aqui na FHOP. Além disso, você será incentivado em seu tempo a sós com o Senhor, a busca-lo de maneira mais intensa e com entendimento. Você está pronto?

Então, aproveite os nossos textos e boa leitura!

Casa de oração – movimento de oração

Conforme vivo no movimento de oração, o tempo vai passando. Nesse período, tenho aprendido sobre o contexto e também alicerces fundamentais para fazer o que faço como missionária intercessora. Não é fazer parte de uma casa de oração porque aparentemente está na moda. Mas sim compreender que faço parte de algo bíblico e que Deus ama. Muito além de um movimento moderno, o movimento de oração global tem uma história e suas raízes fundamentadas nas escrituras.

Preste atenção na porção das escrituras que nos dizem assim:

“Lembra-te, SENHOR, de Davi, e de todas as suas aflições. Como jurou ao Senhor, e fez votos ao poderoso Deus de Jacó, dizendo: Certamente que não entrarei na tenda de minha casa, nem subirei à minha cama. Não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras. Enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o poderoso Deus de Jacó.”  Salmos 132:1-5

Vemos que este foi um voto feito por Davi.  O propósito era de que louvores, adorações, cânticos fossem entregues a Deus, pois havia um desejo intenso no coração de Davi de  fazer uma morada para o Poderoso Deus de Jacó.

O Sonho de Davi

O mais impressionante e se é que podemos dizer que esse foi o fato mais intrigante, é a organização davídica dos levitas. Ele faz um decreto onde os levitas louvariam ao Senhor diariamente.

“Davi também ordenou aos líderes dos levitas que encarregassem os músicos que havia entre eles de cantar músicas alegres, acompanhados por instrumentos musicais: liras, harpas e címbalos sonoros.” 1 Crônicas 15:16

“Davi nomeou alguns dos levitas para ministrarem diante da arca do Senhor, fazendo petições, dando graças, e louvando o Senhor, o Deus de Israel.Desses, Asafe era o chefe, Zacarias vinha em seguida, e depois Jeiel, Semiramote, Jeiel, Matitias, Eliabe, Benaia, Obede-Edom e Jeiel. Eles deviam tocar lira e harpa, enquanto Asafe tocava os címbalos. Os sacerdotes Benaia e Jaaziel deviam tocar diariamente as trombetas diante da arca da aliança de Deus. Foi naquele dia que pela primeira vez Davi encarregou a Asafe e seus parentes de louvar ao Senhor com salmos de gratidão.”  1 Crônicas 16:4-7

Músicos, cantores ministrando ao Senhor

Assim que a arca foi depositada em sua tenda, os levitas realizavam, com as devidas formalidades, coros diante da arca. Esse era um de seus deveres. Um seleto número de músicos foi O Desejo de Davi escolhido para o serviço da lista daqueles que tiveram um papel proeminente na recente procissão. Músicos, cantores e sacerdotes diante da arca ministrando ao Deus de Israel.

Davi na verdade queria mais. O seu desejo era construir um templo onde o Nome do Senhor fosse colocado. Um lugar onde os holocaustos e sacrifícios de animais do tabernáculo de Moisés se mesclassem com os sacrifícios de louvor da tenda de Davi como um só incenso subindo ao trono de Yahweh.

Embora esse desejo tenha agradado o coração de Deus, o próprio Senhor incubiu a Salomão e não a Davi essa tarefa. O sonho de Davi seria realizado por seu filho e herdeiro e ele deixou tudo preparado para a construção do templo.

Após a construção do templo, na sua oração de dedicação, nós vemos o desejo primordial de Salomão de fazer daquele lugar, um lugar onde o povo pudesse se voltar para o Senhor e ser ouvido pelo seu Deus. O seu desejo era: “Senhor, faça da Tua Casa, a Casa de Oração do teu povo.”

Nosso papel como casa de oração

E gostaria de deixar claro as escrituras nos revelam sobre o movimento de oração. E este texto não conseguirá transmitir o todo desse assunto. Há muito a ser dito, pois existem muitas coisas a serem abordadas sobre esse assunto. O desejo principal desse texto é que você, querido(a) amigo(a), seja instigado(a) em ler e estudar sobre o movimento de oração e seus alicerces.

Como missionária intercessora, o meu papel é entender que os louvores, as orações e as súplicas estão fazendo o nome de Deus engrandecido. Assim como Davi e até mesmo seu filho salomão, que tinham grande anseio que o povo se voltasse para Deus. Nós, como casa de oração ansiamos, que louvores, súplicas e orações saiam do Brasil, fazendo com que o povo brasileiro se volte em adoração ao poderoso de Deus de Jacó.

Originalmente publicado em 13 de novembro de 2018

Perdoar não é tarefa fácil para seres caídos. Eu sinceramente entendo sua dor e indignação ao se sentir injustiçado. Mas vamos um pouco mais profundo no coração humano no tema do perdão? Quero sinceramente que com a ajuda do espírito santo você chegue a se perguntar: por que não perdoar? Que pareça o caminho mais óbvio ainda não seja o mais fácil. Minha oração e desejo é que você receba e sinta o amor e o perdão de Deus, pois quem muito é perdoado muito ama. 

Portanto, eu lhe digo, os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama“.  Lucas 7:47

O QUE É O HOMEM? – AMADO & PECADOR

Primeiro, vamos começar nos definindo. O salmista faz uma pergunta que nos cabe: Senhor, que é o homem para que te importes com ele, ou o filho do homem para que por ele te interesse? Salmos 144:3. Quem somos nós? O que Deus vê quando nos vê?

Quando se trata de definição do homem duas coisas paradoxais se destacam das escrituras. Logo em Gênesis vemos a cúpula da trindade reunida criando o homem: “Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. (Gn 1:26). O homem é em primeiro lugar a imagem e semelhança de Deus. É uma verdade imutável e que não podemos não destacar. Seu amor e desejo pela criação foi tanto que Ele colocou seus próprios atributos comunicáveis no homem. 

A imensidão disso é que  em João Jesus fala que da mesma forma que Deus Pai ama Deus Filho, Ele nos ama. Consegue mensurar isso? Deus ama o ser humano com o mesmo amor que ama Deus. O homem foi criado para sua glória, para representar Deus a criação. Fomo feitos de modo especial e admirável, como diz o salmista. Essa é uma verdade irrefutável sobre nós: somos profundamente amados!

Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. João 15:9

“Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste. João 17:23

PORÉM

Porém, já em Gênesis 3 o homem ganha uma nova marca, certamente você conhece a história: Eva e Adão caem na conversa da serpente, desobedecem a Deus e como Paulo bem destaca, “o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram;” (Rm 5:12). O pecado não retirou a imagem e semelhança de Deus do homem, mas a deformou, redirecionou os afetos e buscas do coração para algo que não era Deus. 

Essa é a nova condição do ser humano: caído, pecador. Se por um instante você for franco sobre seu próprio coração reconhecerá, como Paulo que “nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.” (Rm 7:18)

A PERCEPÇÃO ERRADA BLOQUEIA O PERDÃO

A falta de nos percebermos, ou seja, de reconhecer a nossa condição de pecadores, injustos e maus, nos distancia de oferecermos perdão a quem nos fez mal.

Lembro-me que certa vez relutava com uma questão de perdão, e em uma conversa pastoral eu insistia em dizer que já havia perdoado uma pessoa, mas o pastor percebia como no fundo minhas palavras e afirmações me denunciavam. Foi aí que ele me perguntou: – Você acredita que a outra pessoa tem mais culpa do que você na situação? Você se sente melhor [moralmente] do que ela? – Ele queria saber se na minha mente a dívida dela era maior que a minha.

Eu não poderia fugir da resposta automática do meu coração ali, eu estava convicta que a outra pessoa tinha mais “culpa no cartório” do que eu. Meu erro foi esse: achar que na minha condição de criatura pós-queda haveria a possibilidade de ser melhor ou mais santa que a pessoa que eu precisava perdoar. 

“Todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer.” Salmos 14:3

NÃO HÁ UM JUSTO SEQUER

Diante de Deus todos pecamos e carecemos da glória de Deus. Não existe um justo sequer, somos todos – igualmente – dignos de juízo e castigo severo, mas recebemos do único que poderia nos condenar, graça e misericórdia. Misericórdia de não receber o que merecemos – castigo, juizo e morte. E Graça de recebermos o que não merecemos – amor, perdão e salvação. É constrangedor e humilhante. Porque isso me diz que no pior cenário não recebemos o que realmente merecemos receber, lembra que a cruz de cristo e tudo que acompanhou seu sofrimento era nosso E no melhor cenário que podemos viver estamos usufruindo do que não erámos dignos de receber, é puramente graça do Senhor..

Talvez na situação prática você foi mais prejudicado, mais ferido, mais afetado do que o lado que você precisa perdoar. Mas a verdade sobre todos nós é que isso não nos justifica. Em moral e santidade diante do Senhor não somos melhores que o agressor, abusador, traidor, ladrão, infiel, acusador. Todos carregamos em nós o mesmo potencial de pecado e maldade, acredite! 

ORAÇÃO POR ARREPENDIMENTO

Sugiro que antes de tentar  fazer uma oração liberando perdão para seu opositor, coloque seu próprio coração em arrependimento. Confesse ao Senhor o orgulho e prepotência de acreditar que possa ser melhor que alguém, reconheça a maldade de guerreia em seu coração e até mesmo as más intenções e desejos provocados pela raiva que resiste em perdoar. 

Deixe humildemente que o Senhor te dê perdão, porque quem muito é perdoado, muito ama e quem pouco é perdoado, pouco ama.  A nossa capacidade de perdoar será proporcional à percepção do tanto de perdão que nos foi oferecido. Quem muito é perdoado consegue oferecer perdão, Então, tenha em mente que você é pior do que imagina, porém mais amado do que pode imaginar, mas perdoado do que merecia ser. Olhe para a cruz e perceba: o que nos define é o Senhor em sua Graça. 

O que é o perdão? Precisamos entender o poder que carrega essa palavra…

Isso é o que o dicionário diz: 

¨Ação de se livrar de uma culpa, de uma ofensa, de uma dívida; indulto. Ação através da qual uma pessoa está dispensada do cumprimento de um dever ou de uma obrigação.¨ 

 Neste mês os textos do blog irão nos ensinar um pouco mais sobre essa preciosa e poderosa palavra

Aliás, quem de nós não tem uma história para contar sobre perdão? 

Assim que me converti entendi que os fortes são aqueles que aprendem o poder do perdão, ao contrário do que muitas vezes escutamos sobre que os fracos são aqueles que perdoam. 

Certamente, para perdoar necessitamos nos posicionar e obedecer ao nosso Deus. 

Inegavelmente, perdoar alguém nos liberta e gera paz.  

Somente não vive perdão aquele que ainda não entendeu o quão poderoso foi o que Jesus passou na Cruz por cada um de nós. 

Muitas vezes não entendemos a grandiosidade do sacrifício que Jesus fez por toda a humanidade. 

Somos muito rápidos ao pensar em perdão somente com o entendimento de quando  alguém é devedor para conosco. 

Esquecemos que igualmente somos devedores de alguém –  mas podemos exercitar o perdão porque fomos perdoados de muitas transgressões. 

Deixando o passado e a dor para trás

 

Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. Colossense 3:13 

 

Quando entendemos o que Jesus fez por nós, primeiro, podemos estender esse ato de perdoar aos que nos cercam. 

Aquele que não perdoa é muito mais aprisionado do que quem cometeu a falta. Assim, não viver o poder do perdão pode nos levar a uma vida de doenças físicas e emocionais. 

Por isso, precisamos exercitar o perdão constantemente. Seja ao nos aproximarmos de Jesus e pedirmos perdão quando cometemos algum pecado ou até mesmo para com as pessoas da nossa vida. 

Peça ao Senhor hoje que sonde o seu coração para te mostrar se você precisa pedir perdão por algo ou alguém, e até mesmo perdoar quem te ofendeu. 

Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Efésios 4:32 

Precisamos entender que se mantemos problemas com pessoas  à nossa volta e não perdoamos, isso de muitas formas irá refletir em nosso relacionamento com Deus. 

Então, se você tem situações que exigem perdão, escolha perdoar ou se for o caso peça perdão se feriu alguém. 

E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados”. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados. Marcos 11: 25,26 

Vamos orar? 

Senhor neste dia queremos entender mais profundamente o poder do perdão. Primeiramente te agradecemos pelo sacrifício na cruz que nos deu direito não somente a vida eterna mas também a uma vida de perdão. Neste dia queremos liberar nosso coração de qualquer ofensa que possamos ter praticado ou até mesmo sofrido. Perdoa-nos e  ensina cada dia mais como perdoar os nossos irmãos. Amém. 

Neste texto quero compartilhar uma das histórias que mais amo. Ela tem haver com o poder da oração.

Hoje vamos falar de Jabez. Talvez essa história tenha passado em branco por você ao ler a Bíblia.

Enfim, quem foi Jabez e por que a vida dele é relevante para nós?!

Abaixo vemos os dois únicos versículos onde aparece a história desse nosso personagem:

Jabez foi o homem mais respeitado de sua família. Sua mãe lhe deu o nome de Jabez, dizendo: “Com muitas dores o dei à luz”.
Jabez orou ao Deus de Israel: “Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores”. E Deus atendeu ao seu pedido. 1 Crônicas 4: 9,10

Geralmente, nome é uma marca ou um decreto de algo. Jabez recebeu um como uma marca que lembrava a dor que sua mãe passou quando ele nasceu.

Aliás, essa história sempre me chamou atenção e ela tem me acompanhado por causa desta oração. No meio de genealogias como em muitos textos da bíblia nós encontramos essa história grandiosa.

Portanto, Jabez orou e mudou o que era uma marca sobre sua vida. Aqui, mais uma vez vemos o poder da oração.

Deus mudou a história

Contudo, Jabez ousou orar ao Deus de Israel e o Senhor o escutou. Temos tantos segredos  à compreender no poder dessa oração.

Jabez pediu a benção do Senhor, pediu por terras, para que a mão do Senhor o livrasse de males e dores e o final do versículo fala que Deus o atendeu.

Aliás, este homem entendeu que Deus tinha o poder de mudar a sentença que ele carregava através do seu nome.

Uma das lições mais poderosas que devemos aprender em relação a nossa jornada com nosso Deus é que: Ele é Aquele que tem a última palavra a nosso respeito.

Certamente, Jabez entendeu isso e viveu o poder de uma oração respondida.

Assim, o começo da nossa história conta que Jabez foi o mais respeitado de sua família. Isso só foi possível porque ele ousou orar ao Senhor.

Portanto, Deus mudou a sentença que estava sobre Jabez e ainda hoje Ele está fazendo isso.

Afinal, o Deus todo poderoso está mudando sentenças, mudando nomes e histórias.

Somente nosso Deus é capaz de transformar dor em alegria, fracassos em sucessos, ódio em amor.

Inegavelmente, nosso personagem realmente viveu o versículo abaixo:

“Seja-vos feito segundo a vossa fé”. Mateus 9:29a

Que assim como Jabez, seja feito segundo nossa fé. Que possamos orar ao Senhor e ver nossas histórias serem impactadas por uma realidade dos céus.

Jabez experimentou orar e viver o sobrenatural e teve sua jornada contada através da história.  Você também pode.

Originalmente publicado em 08 de fevereiro de 2019

Nessa breve reflexão vamos estudar um pouco sobre o Salmo 27 e o que a vida de Davi nos ensina sobre contemplar a beleza de Deus.

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?
O SENHOR é a força da minha vida; de quem terei medo?
Quando os malfeitores me atacaram para me destruir,
eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram.
Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá;
ainda que a guerra se levante contra mim, ficarei confiante.
Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da
minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo.
Pois no dia da adversidade ele me esconderá na sua habitação;
no interior do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. (…) Salmos 27:1-14

Observando o contexto

Ao lermos o salmo 27, notamos que o coração de Davi está cheio de temores por causa dos grandes desafios pelos quais vinha passando. Mas ao elevar os seus olhos para o Senhor, ele encontrou a forma de ter um coração não temente às más notícias e tribulações. Assim, ele permaneceu confiante ao contemplar a beleza do seu Deus.

Davi possuía um histórico de contemplar a narrativa de Deus ao longo da história. Quando ele afirma que verá a bondade do Senhor na terra dos viventes (v. 13), ele não tem em vista as suas circunstâncias, e sim, a ação do Senhor na história. Deste modo, ele põe a sua fé e confiança naquilo que Deus irá fazer.

Além disso, Davi não esperou a chegada dos momentos de crise para cultivar uma vida de devoção. Ele cultivou
esse estilo de vida desde sua juventude, ao estudar e meditar na história do seu povo. Ali ele contemplava a beleza da liderança de Deus.

Existe sempre uma oportunidade para começarmos a cultivar esta vida de contemplação.

Os diferentes aspectos da beleza de Deus

Existem várias facetas da beleza de Deus. Podemos contemplar a cruz e sermos fascinados pela beleza da sua obra nas nossas vidas. Gálatas 6:14 diz que devemos nos gloriar na cruz de Cristo; devemos nos fortalecer naquilo que foi conquistado na cruz, para assim perseverarmos até o fim.

Podemos contemplar a beleza da aparência física de Jesus, bem como o seu caráter. Apocalipse 5 descreve o Cristo glorificado que é adorado dia e noite por anjos fascinados pela Sua beleza.

Podemos contemplar a beleza da liderança do Senhor sobre nossas vidas. O salmo 23 nos revela que
Ele é um bom pastor que guia nossas almas, nos faz descansar e nos cerca de bondade e
misericórdia.

Como podemos perseverar?

Acima de tudo, contemplar a beleza de Deus é a chave para permanecermos fiéis até o fim, e perseverar em
tempos de crise e escuridão que ainda virão sobre a terra. Por isso, devemos escolher olhar para a beleza que
existe no Senhor, a beleza que existe na sua forma de liderar a história, e a beleza que Ele produz em
nós, mesmo em meio à dor, tribulação e perseguições.

Morar na casa do Senhor significa ter comunhão espiritual e pessoal com Ele, tendo garantia do Seu favor, do Seu amor e da Sua bondade. Devemos ansiar por habitar na Sua presença, habitar em comunhão com Ele. Como resultado, quando habitamos em Sua casa, nos tornamos familiares do Senhor e conhecemos o Seu coração. Ele está disposto a se revelar por meio de relacionamento com aqueles que desejam ser seus amigos.

Assim, a revelação de quem Deus é precisa ser real na nossa vida; precisa fazer parte do nosso dia a dia.
Em outras palavras, devemos diariamente nos examinar à luz de quem Ele é; à luz da Sua palavra e da Sua vontade. Essa é a única forma de conseguirmos caminhar na luz e perseverar até o fim: contemplando quem Ele é,
contemplando os seus feitos e contemplando a sua boa, perfeita e agradável vontade.

Perdoar nem sempre é uma tarefa fácil, porque não se trata de um impulso natural. Pelo contrário, o ato de perdoar nos custa algo. Ele exige a nossa iniciativa de reaver o relacionamento, passar por cima dos problemas, buscar fazer as pazes e principalmente de abrirmos mão até de termos razão muitas vezes.

Jesus nos ensinou a buscar o perdão em uma época que não valorizava esse tipo de atitude, e o fez de uma maneira revolucionária. Ele ensinou seus discípulos a orar “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mateus 6:12).

Perdoa-nos as nossas dívidas

A oração do Pai Nosso foi um modelo precioso que Cristo nos deixou para orarmos a Deus e nos relacionarmos com Ele. Ela é fundamental para reconhecermos a Deus como Pai e sua vontade para o nosso relacionamento com Ele e com outras pessoas. 

O que pode nos estranhar, por um momento, é que sua vontade também é perdoarmos as ofensas que recebemos. É muito comum buscarmos o contrário e fazermos justiça. Porém, Jesus valoriza o auto sacrifício, até mesmo quando isso não gera uma recompensa. Por mais que não seja algo natural dos seres humanos, o poder de Deus pode ser visto até mesmo nessas circunstâncias.

Jesus estava ensinando vivermos segundo a realidade divina que é muito superior à nossa humanidade corrompida pelo pecado. Estávamos cegos para esta realidade, mas pela fé em Cristo agora podemos ver. Mesmo que a justiça também seja parte do caráter de Deus e certamente Ele fará justiça em sua segunda vinda, a misericórdia e o poder de Deus estavam sendo revelados àquele tempo.

Jesus nos ensina a agirmos como Ele, segundo a nova natureza redimida em Cristo. Ele quer que vivamos segundo sua vontade, iluminando o mundo com o amor de Deus que escapa de todo conhecimento do mundo.

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.” João 15:13

Assim como temos perdoado

A realidade divina nos revela o poder de Deus e não o nosso próprio poder, porque agora somos como imagem e semelhança de Cristo, capazes, no poder do Espírito Santo, de perdoar.

Perdoar é algo que buscamos, porque Cristo nos perdoou muito além do que podíamos imaginar. Ele deseja que oremos desta forma, para que o nosso coração seja transformado neste processo. Através desta oração, também reconhecemos nossas limitações e facilmente podemos nos colocar no lugar de outras pessoas e não julgá-las. É neste momento que reconhecemos quem somos diante de Deus e o porquê o buscamos.

Esta pandemia nos mostrou o quanto somos dependentes da graça, propósito, vontade e misericórdia de Deus. Ela também nos ajudou a nos colocar no lugar de outros que passavam por necessidades e nos mobilizarmos em favor deles.

Por que devemos perdoar?

O perdão não se trata de auto sacrifício como um fim em si mesmo. Mas de nos tornarmos seres humanos melhores, pessoas que amam a Deus e vivem segundo o seu propósito, isto é, revelando o amor dele ao mundo.

Fazemos isso porque a maior expressão do amor de Deus aconteceu na Cruz, onde fomos profundamente amados mesmo sendo pecadores. Buscar a glória de Deus é algo que conduz as nossas decisões até mesmo quando recebemos ofensas. 

E assim como Cristo, perdoamos, porque sabemos que mesmo sendo pecadores fomos aceitos pelo Pai Celestial e recebemos o tesouro celestial que é sua presença.