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O chamado à intercessão

Oração

Podemos mudar a Deus através da intercessão? Por que devemos orar a um Deus soberano que já conhece todas as nossas necessidades? Quem é chamado à intercessão? Em favor de quem devemos interceder?

Conhecer a Deus implica também em vivermos de acordo com a sua vontade. Em nenhum momento, a soberania divina exclui a responsabilidade humana. Por isso conheceremos o chamado que o Senhor deu a todos os seus filhos de intercederem.

 

A soberania de Deus e o chamado à intercessão

Deus é soberano. Ele faz todas as coisas segundo o seu propósito e vontade. Quando Deus fala e age na História, nada nem ninguém é capaz de resistir à sua voz. As superpotências mundiais são extremamente pequenas diante de sua glória e majestade. Não há outro que possa ser comparado ao Deus Todo-Poderoso.

Porém, como Hernandes Dias Lopes afirma, “o próprio Deus Todo-Poderoso, assentado no trono, revestido de glória e majestade, também determinou agir em resposta às orações de seu povo.” Por isso, a soberania de Deus não exclui a nossa responsabilidade como intercessores.

A intercessão é um instrumento para moldar o nosso coração diante das circunstâncias.  E para Deus agir no mundo em resposta às nossas petições, assim como Ele mesmo agiu na Bíblia em resposta às intercessões de seu povo. Deus decidiu nos incluir em seus planos e nos permitiu ser cooperadores em sua grande obra.

 

Todos nós somos chamados à intercessão, porque buscamos em nosso Pai Celestial tudo o que precisamos. 

Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. 8 Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Mateus 7:7-8

 

Devemos buscar nas coisas celestiais e na vontade divina a motivação para que o nosso agir seja como de filhos de Deus, porque: “aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” João 1.12

 

Os intercessores

Em vários momentos na história, os intercessores aprenderam a serem fiéis a Deus mesmo não presenciando seus pedidos serem realizados em vida. Hoje, nós somos chamados a interceder, não para mudarmos a Deus, mas confiarmos em seu caráter, orarmos a sua palavra e crermos que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu.

Agostinho disse que “a verdadeira e completa oração não é outra coisa senão o amor”. John Wesley também afirmava que tudo o que Deus faz, Ele o faz em resposta às orações de seu povo.

Deus atendeu o pedido de Israel diversas vezes quando este estava em aflição ou sofria escravidão diante de um imperador opressor. Quando o povo clamou ao Senhor, pois estava debaixo do poder de faraó no Egito, como registrado no livro de Êxodo, Deus ouviu e atendeu o seu clamor. 

Já em outro momento, quando, no livro de Ezequiel, Deus procurou alguém que se colocasse em favor da nação, mas não houve ninguém, o povo foi entregue ao cativeiro.

Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:18

Temos testemunhas fiéis em toda a história capazes de edificar a nossa fé. Hoje, porém, o bastão está em nossas mãos. Quem se levantará para interceder e edificar a próxima geração? A intercessão é o instrumento que utilizamos para nos relacionarmos com aquele que é soberano e que deseja responder às nossas orações.

Mas os desejos do nosso coração precisam estar alinhados à sua palavra. Precisamos crescer em amor a  Deus, a sua palavra e as pessoas, a ponto de inclusive intercedermos pelos nossos inimigos.

Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem. Mateus 5:44

 

Como devemos interceder?

A intercessão não funciona como mágica. Ela é um instrumento de Deus para moldar o nosso coração à medida da vontade de Deus, através da poderosa obra do Espírito Santo em nossas vidas.

Enquanto oramos somos transformados. Não temos o poder de mudar a Deus, mas o propósito é que confiemos em seu caráter, orando a sua palavra e crendo que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu. 

  • Precisamos orar a palavra de Deus aplicando-a em nossas petições (Colossenses 3.16-17)
  • Precisamos buscar o Senhor no lugar secreto (Mateus 6.6)

 

A oração tem sido um dos temas  que tenho escutado muito em diferentes países e por diferentes pessoas. 

Certamente, as pessoas estão interessadas em aprender a orar e realmente ter uma vida de oração na prática. 

Aliás, por incrível que possa parecer algumas dessas pessoas não tinham escutado sobre o movimento de oração e que existem pessoas que fazem isso no modelo 24/7.

Ademais existe algo que todos nós temos em comum com o rei Davi que é o nosso clamor por aquilo que chamamos de “Uma coisa”. 

Observe o versículo abaixo: 

Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo. Salmos 27:4 

Inegavelmente, esse anseio por uma coisa é algo que podemos observar na vida de Davi. O pastor de ovelhas que se tornou rei entendeu muito cedo a importância que o Senhor e tudo o que diz respeito a Deus tem que ter em nossa  vida.  

Decerto, quando penso em Davi e no seu anseio pelo Senhor me lembro de outro Salmo escrito também por ele. 

Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim. Salmos 69:9 

Entretanto, qual é esse anseio e zelo que Davi fala aqui?

Foi esse zelo que levou Davi a buscar a Arca da Aliança e preparar um lugar especial para ela. 

Chamados para comunhão 

Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre Jesus e aqueles que escolheram deixar tudo e seguir o Mestre. 

O que levou esses homens a deixarem suas famílias, como o que Pedro fez ou largar tudo como Mateus, ou até mesmo o encontro de Paulo com o Senhor que fez com que ele mudasse radicalmente  e o seguisse. 

Nosso Deus deseja comunhão com aqueles que escolhem segui-lo. 

A oração é um dos meios mais poderosos de nos aproximarmos Dele. 

Jesus enquanto estava nesta terra separava muitos momentos para falar com Deus Pai. 

Pois, ele sabia que uma vida de oração fortalece mais do que qualquer outra coisa.  Então, é por isso que devemos orar, porque quando as adversidades chegarem você estará melhor preparado para elas. 

Oração nos fortalece

A oração fortalece nosso homem interior e nos torna íntimos de Deus. 

Nosso chamado a oração pode ser traduzido a uma busca por Deus que irá nos consumir até o dia que estivermos diante Dele. 

O significado de “Uma coisa”  fala de intimidade,  colocar sua ótica em Deus e olhar tudo à sua volta através deste olhar.  

Quando o Salmo 27:4  diz sobre a  casa do Senhor devemos entender que  é algo muito além do que as paredes físicas das nossas igrejas. 

Nós somos a igreja, então aqui também podemos entender como um chamado à comunhão com nosso Deus. 

Por isso, deixe o anseio por Ele consumir e fascinar você.

Querer Deus como a única coisa foi o que levou homens como Davi e tantos outros através da história a buscarem Deus de todo o coração e com todo o entendimento. 

Finalizo este texto com dois versículos de um Salmo de Asafe: 

A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti. O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre. Salmos 73: 25,26

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” MT 5:14 – 16 (NVI)

Foi no monte das bem-aventuranças que Jesus fez tal declaração aos discípulos e o povo que estava ali reunido. No início do capítulo 5, Jesus começa ensinando o famoso Sermão do Monte, explicando uma série de condutas que os seguidores de Cristo deveriam ter como prática de vida. Interessante observar que, logo após Jesus nos desafiar a termos tal estilo de vida, Ele define Seu povo como sal da terra e luz do mundo.

O que é ser luz do mundo?

Hoje, nessa breve reflexão, quero me deter ao que Jesus fala sobre sermos luz do mundo, nos versos 14 a 16. Convido você a pensarmos juntos sobre o que de fato significa ser luz em nossa sociedade? O que outros versículos da Bíblia falam sobre isso? De onde vem tal Luz? E como podemos expressá-la?

Ao pesquisar no dicionário Strong o termo luz, expresso nos versos do capítulo, encontramos as seguintes definições: brilhar ou tornar manifesto, especialmente por emitir raios; fogo: porque brilha e espalha luz.
Deus é luz porque a luz tem a qualidade de ser extremamente delicada, sutil, pura e brilhante.

Em tua Luz vemos a luz

O que podemos compreender do significado da palavra luz empregado nos versos é que o próprio Senhor é a Luz que se manifesta através de nós. Em dezenas de trechos da Bíblia encontramos versículos que definem o próprio Deus como Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tiago 1:17).

“E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” 1 João 1:5

Observamos em Gênesis que a primeira criação de Deus foi a luz. Por meio da palavra de Deus, Ele disse: “Haja Luz, e houve luz. E Deus viu que a luz era boa, e separou a luz da escuridão” (Gn 1:3-4). O escritor e pastor, Brian Schwertley, diz:“como a luz foi a primeira coisa na criação original, a luz de Cristo é o fundamento da recriação salvadora”. Por intermédio da Luz a condição do nosso coração é exposta. Ela revela o mais profundo do nosso interior, mostrando todos os nossos pecados e transgressões. A luz de Cristo também nos chama ao arrependimento e a trilhar o caminho da santificação.

A Luz que ilumina o entendimento

Além de Cristo ser a própria Luz, vemos que o termo também se refere a revelação escrita de Deus. As sagradas Escrituras são a luz que traz o conhecimento sobre quem Deus é, aprendemos através dela a Lei do Senhor e como devemos viver dignamente o propósito para o qual o Senhor nos designou.

“Das trevas resplandecerá a luz – Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.4-6).

Em nós mesmos não há nada de bom. Mas, como vimos o versículo de Tiago 1:17, toda boa dádiva vem do Senhor, o Pai das luzes. Conforme crescemos no entendimento dessa verdadeira Luz, começamos a compreender o Seu coração e seus planos. Dia após dia, o caráter de Cristo vai sendo formado em nós e o fruto do Espírito começa a transbordar em nossas atitudes e palavras.

Manifestando a Sua Luz

A Palavra de Deus se torna tão viva em nós, mediante a graça do Senhor, que buscamos a ter uma vida reta e obediente aos olhos dele. A Palavra de Cristo precisa encarnar em nossos sentidos e afetar toda a nossa existência, a ponto de que aqueles que estão ao nosso redor possam sentir o perfume de Cristo. No versículo de Mateus 5:14b, Jesus diz que “é impossível escondermos uma cidade construída no alto de um monte” e “ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha”
Ele utiliza tais frases justamente para reforçar a ideia de que é inevitável, impossível, escondermos do mundo a Luz de Cristo que habita em nós.

Nós manifestaremos a Luz de Cristo ao mundo, através da proclamação das boas-novas de salvação, por meio das nossas atitudes e palavras que demonstrem o fruto do espírito em nós – bondade, mansidão, amor, fidelidade, amabilidade, alegria, paz, paciência e domínio próprio – por meio do serviço ao próximo e nos locais que estamos inseridos; sabendo que tudo é para a glória dele, até que o mundo reconheça que Jesus Cristo é o Senhor.

Originalmente publicado em 19 de fevereiro de 2020

Bem-vindos ao nosso devocional!

Nessa semana especial do blog, todos os dias vamos resgatar alguns textos que já foram publicados aqui sobre Casa de Oração. Na leitura deles você irá compreender mais sobre as bases da oração persistente, um dos nossos valores aqui na FHOP. Além disso, você será incentivado em seu tempo a sós com o Senhor, a busca-lo de maneira mais intensa e com entendimento. Você está pronto?

Então, aproveite os nossos textos e boa leitura!

Esse é um tema que causa bastante curiosidade ao sermos despertados à vida missionária. Muitas vezes não temos noção de como ou por onde começar. Nem mesmo ideia de qual seria a realidade dessa vida de servir em tempo integral como missionário intercessor. Mas queima em nosso coração um desejo por isso. E no Brasil a denominação de casa de oração ainda é algo muito novo em nosso contexto. A fhop é uma das primeiras no Brasil no modelo harpa e taça.

No entanto, minha intenção ao escrever esse texto é trazer clareza e respostas a respeito da rotina e da vida de um missionário intercessor. Isso pela perspectiva e opinião de alguns missionários que servem em tempo integral aqui na Florianópolis House of Prayer fhop e também sob o meu olhar pelos quatro meses vivendo essa realidade dia a dia.

Papel do missionário intercessor

Vamos partir do entendimento que TODOS somos chamados ao lugar de intercessão; é importante que tenhamos essa convicção. Porém, alguns sãos chamados a isso por tempo integral. Também já sabemos que podemos fazer missões independente da região geográfica que estamos.

Então, missionário intercessor é uma pessoa que doa seus dons, habilidades e recursos para ministrar ao Senhor no lugar de adoração em tempo integral. De maneira a cumprir o primeiro mandamento: amando a Deus com todo o seu ser.  Na fhop, temos missionários intercessores que trabalham no departamento financeiro, que trabalham com ensino, outros com música etc.

Sãos chamados de missionários porque saíram de suas casas, deixando tudo para trás e entregando todo o seu tempo ao ministério. Esse é o termo para quem trabalha na obra em tempo integral. O que os torna diferentes é intercessão. Como  missionários intercessores, seu trabalho é interceder.

E, é no lugar de intercessão que nasceu uma das maiores agências que trabalha contra tráfico humano. Que nascem programas e recursos para alcançar os pobres. É do lugar de intercessão que vemos o Senhor liberando ideias para negócios, para empresas, para mudanças na vida dos cristãos. Deus quer afetar o mundo.

Missões não é evangelização?

Ao caminhar por esse chamado, muitas pessoas perguntam: mas missões não é para evangelizar? Missionário não é aquele que vai cuidar do órfão? Sim, faz sentido. Porém, “nós já estamos fazendo isso, só que começando a partir do lugar de oração. Então, missionário é aquele que é enviado para pregar, carregar, declarar as boas novas. Só que a questão é o declarar das boas novas, pois começa no lugar de oração. Ou deveria”, afirma Ana Duarte, missionária intercessora.

E, ao mesmo tempo, isso seria ministrar ao Senhor. Porque tudo começa adorando a Ele. Tudo começa exaltando a Ele, porque Ele é digno. Na Bíblia, vemos diversos capítulos que nos revelam o que está acontecendo nos céus (Apocalipse 4). Há diversas interações de profetas onde eles descrevem essa mesma estrutura de adoração.

Então, partindo do entendimento de que aquilo que existe no céu também deve existir na terra, “acreditamos que o Senhor está chamando de volta o seu povo, aqueles a quem Ele redimiu, a esse lugar de adoração. E nós somos missionários no quesito de levarmos essas boas novas como nosso trabalho em tempo integral de ministrar ao Senhor, e a partir desse lugar, ministrar à outros”, Ana Duarte.

Você não está desperdiçando sua vida?

Apocalipse 4 nos diz que existem quatro seres viventes, 24 anciãos, e toda uma nuvem de testemunha que 24 horas por dia, durante toda eternidade, diz que Ele é: “Santo, santo, santo o Deus, o Todo-poderoso, que era, que é e que ainda virá”. (Ap. 4:8).

Então por que nós não faríamos isso? Porém, a pergunta normal e outra constante que se ouve ao caminhar em ser um missionário intercessor é: você não está desperdiçando a sua vida? Vai alimentar os órfãos. Porém, há diferentes formas de alcançar todos estes e de trazer a vontade de Deus sobre a terra.

E a partir de Lucas 11 e 18, que Jesus nos ensina a respeito de oração persistente, e de Apocalipse que João nos fala que existem harpas e taças de ouro cheias de incenso, que são todas as orações dos santos, no lugar de governo na frente do torno. “Então nós acreditamos que da mesma forma que Ele governa a terra na sala do trono. Ele também escolhe trazer o governo dele a nós através das nossas orações”, Duarte.

Como Davi

Não é possível abordar, em um único texto, tudo sobre este desse assunto, que é tão rico e extenso. No entanto, oro para Deus traga luz sobre sua mente à respeito de que devemos ter uma vida de dedicação à adorá-lo.

Que sejamos como o rei Davi, que durante a vida, buscou morar na casa do Senhor, para contemplar sua beleza e buscar a orientação de Deus em seu templo. (Sl 27:4). E, assim, na medida que declararmos as Suas verdades, a Sua Palavra, de volta a Ele, Sua justiça venha sobre a terra.

O Senhor está despertando aqueles que levarão as boas novas a partir do lugar de ministrar primeiramente a Ele, em tempo integral. Que Ele fortaleça as Casas de Oração, que Ele tem feito surgir, em toda a nação. 

Originalmente publicado em 29 de novembro de 2018

Bem-vindos ao nosso devocional!

Nessa semana especial do blog, todos os dias vamos resgatar alguns textos que já foram publicados aqui sobre Casa de Oração. Na leitura deles você irá compreender mais sobre as bases da oração persistente, um dos nossos valores aqui na FHOP. Além disso, você será incentivado em seu tempo a sós com o Senhor, a busca-lo de maneira mais intensa e com entendimento. Você está pronto?

Então, aproveite os nossos textos e boa leitura!

Para nós da fhop, falar sobre Casa de Oração e Modelo Harpa e Taça é, de fato, muito especial. Eu mesma já tinha ouvido sobre a International House Of Prayer (IHOP), de Kansas City. Mas meu contato mais profundo com Oração Ininterrupta foi em 2014 com o Projeto Liberdade. Realizado durante a Copo do Mundo nas capitais brasileiras.

Nessas capitais foram abertas Sala de Orações 24/7. O foco era orarmos pelo fim do tráfico humano, promover unidade entre igrejas brasileiras e levantar adoração e intercessão ininterrupta. 

Muitas Casas de Orações utilizam-se dessa “metodologia”. Dessa forma, gostaria de explicar como o Modelo Harpa e Taça nasceu. É importante ressaltar que nossas orações aqui na base da fhop tem como um dos princípios, as orações positivas e orações na Palavra. Eu te pergunto: você sabe o que isso significa?

Orações Positivas

Primeiro, ao invés de focarmos nos problemas ou pontos negativos, preferimos nos lembrar das promessas de Deus e orar com base em sua Palavra. Por exemplo: ao orarmos pela Igreja Brasileira, nós não falamos tanto contra a falta de unidade que pode nos separar ou possa haver. Mas preferimos enfocar em um versículo Apostólico e orar com base nele.

“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.” Filipenses 1.9-11

Sendo assim, nós oramos para que: O amor de Deus resulte em unidade no meio do Corpo de Cristo. Traga quebrantamento e fruto de justiça. Talvez, em um primeiro momento, nosso vocabulário possa parecer-lhe um pouco estranho ou difícil de entender. Mas a medida em que seguimos, os pontos da Casa e Oração ficaram mais claros.

Qual o foco das Orações Positivas e por que elas são importantes?

No Novo Testamento temos inúmeros exemplos de orações positivas. O foco principal dessas orações abrangem temas como: gratidão, amor, fé e o liberar da graça de Deus sobre nós, sobre a igreja e em nossa sociedade. Ao invés de focar nos pecados, divisões ou demônios.  

É incrível perceber como tais orações nos conectam com Deus e nos fazem entrar em uma unidade de amor com o Senhor. Mesmo assim, saiba que Deus pode responder até mesmo as orações feitas de forma negativa. Pois, Ele pode pegar mesmo uma oração confusa e transformá-la em resposta a um genuíno clamor. Isto é um sincero coração. Lembra? Ele nos traduz pois nos conhece como ninguém.

Além disso, se formos bem francos, podemos admitir que orações negativas geram em nosso coração sentimentos também negativos. Por exemplo, se focarmos no pecado. Isso poderá resultar em julgamentos dos mais diversos, seja contra a igreja local ou mesmo contra nossos irmãos, e até contra o mundo. Sendo assim, nós podemos repudiar, ao invés de amar. E aqui, não estou falando de amar o pecado, mas de orarmos com a motivação que vem de Deus.  

Já mencionei que, certa vez, quando eu estava orando com um certo time aqui da base, Deus me lembrou da mulher pega em adultério e Ele me fez largar as “pedras de acusação” para orar com um coração livre. E foi incrível sentir o coração de Jesus e como Ele desejava que eu orasse em tais circunstâncias.

Introdução ao Modelo Harpa e Taça

“E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. Apocalipse 5:8”

O modelo que denominamos “Harpa e Taça” foi elaborado por Mike Bickle e sua equipe com referência a Apocalipse 4 e 5. Este modelo combina linguagem intercessória e bíblica. Uma das vantagens desse modelo, é que ele é “sustentável”. O que isso quer dizer?  

Por exemplo, por muitos anos vimos oração como algo difícil de fazer e para alguns até mesmo monótona. Acreditávamos que precisávamos de longos anos e sermos mais velhos para cultivar uma vida de oração. Mas, a verdade é que oração pode ser prazerosa. Quando adicionamos elementos musicais, orações positivas, coros participativos, as orações individuais tornam-se um clamor coletivo.

Harpa – Ela representa os cânticos, as músicas de adoração que sobem a Deus através das vozes e dos instrumentos musicais.

“E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão;  uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.” Apocalipse 14:2-3

Taças – Nelas são colocadas as orações dos santos que sobem diante de Deus como incenso. Representa as orações intercessórias da Igreja.

“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro;  foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” Apocalipse 8:3-4

Enfim, esta foi apenas uma pequena introdução a respeito do Harpa e Taça. Você quer saber mais sobre a dinâmica da Casa de Oração e como funciona o nosso dia a dia? Quer saber como funciona o Modelo Harpa e Taça? Deixe seu comentário e que o Senhor nos mostre o caminho da oração poderosa.

Originalmente publicado em 20 de novembro de 2018

Neste texto quero compartilhar uma das histórias que mais amo. Ela tem haver com o poder da oração.

Hoje vamos falar de Jabez. Talvez essa história tenha passado em branco por você ao ler a Bíblia.

Enfim, quem foi Jabez e por que a vida dele é relevante para nós?!

Abaixo vemos os dois únicos versículos onde aparece a história desse nosso personagem:

Jabez foi o homem mais respeitado de sua família. Sua mãe lhe deu o nome de Jabez, dizendo: “Com muitas dores o dei à luz”.
Jabez orou ao Deus de Israel: “Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores”. E Deus atendeu ao seu pedido. 1 Crônicas 4: 9,10

Geralmente, nome é uma marca ou um decreto de algo. Jabez recebeu um como uma marca que lembrava a dor que sua mãe passou quando ele nasceu.

Aliás, essa história sempre me chamou atenção e ela tem me acompanhado por causa desta oração. No meio de genealogias como em muitos textos da bíblia nós encontramos essa história grandiosa.

Portanto, Jabez orou e mudou o que era uma marca sobre sua vida. Aqui, mais uma vez vemos o poder da oração.

Deus mudou a história

Contudo, Jabez ousou orar ao Deus de Israel e o Senhor o escutou. Temos tantos segredos  à compreender no poder dessa oração.

Jabez pediu a benção do Senhor, pediu por terras, para que a mão do Senhor o livrasse de males e dores e o final do versículo fala que Deus o atendeu.

Aliás, este homem entendeu que Deus tinha o poder de mudar a sentença que ele carregava através do seu nome.

Uma das lições mais poderosas que devemos aprender em relação a nossa jornada com nosso Deus é que: Ele é Aquele que tem a última palavra a nosso respeito.

Certamente, Jabez entendeu isso e viveu o poder de uma oração respondida.

Assim, o começo da nossa história conta que Jabez foi o mais respeitado de sua família. Isso só foi possível porque ele ousou orar ao Senhor.

Portanto, Deus mudou a sentença que estava sobre Jabez e ainda hoje Ele está fazendo isso.

Afinal, o Deus todo poderoso está mudando sentenças, mudando nomes e histórias.

Somente nosso Deus é capaz de transformar dor em alegria, fracassos em sucessos, ódio em amor.

Inegavelmente, nosso personagem realmente viveu o versículo abaixo:

“Seja-vos feito segundo a vossa fé”. Mateus 9:29a

Que assim como Jabez, seja feito segundo nossa fé. Que possamos orar ao Senhor e ver nossas histórias serem impactadas por uma realidade dos céus.

Jabez experimentou orar e viver o sobrenatural e teve sua jornada contada através da história.  Você também pode.

Originalmente publicado em 08 de fevereiro de 2019

Nessa breve reflexão vamos estudar um pouco sobre o Salmo 27 e o que a vida de Davi nos ensina sobre contemplar a beleza de Deus.

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?
O SENHOR é a força da minha vida; de quem terei medo?
Quando os malfeitores me atacaram para me destruir,
eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram.
Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá;
ainda que a guerra se levante contra mim, ficarei confiante.
Pedi uma coisa ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da
minha vida, para contemplar o esplendor do SENHOR e meditar no seu templo.
Pois no dia da adversidade ele me esconderá na sua habitação;
no interior do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. (…) Salmos 27:1-14

Observando o contexto

Ao lermos o salmo 27, notamos que o coração de Davi está cheio de temores por causa dos grandes desafios pelos quais vinha passando. Mas ao elevar os seus olhos para o Senhor, ele encontrou a forma de ter um coração não temente às más notícias e tribulações. Assim, ele permaneceu confiante ao contemplar a beleza do seu Deus.

Davi possuía um histórico de contemplar a narrativa de Deus ao longo da história. Quando ele afirma que verá a bondade do Senhor na terra dos viventes (v. 13), ele não tem em vista as suas circunstâncias, e sim, a ação do Senhor na história. Deste modo, ele põe a sua fé e confiança naquilo que Deus irá fazer.

Além disso, Davi não esperou a chegada dos momentos de crise para cultivar uma vida de devoção. Ele cultivou
esse estilo de vida desde sua juventude, ao estudar e meditar na história do seu povo. Ali ele contemplava a beleza da liderança de Deus.

Existe sempre uma oportunidade para começarmos a cultivar esta vida de contemplação.

Os diferentes aspectos da beleza de Deus

Existem várias facetas da beleza de Deus. Podemos contemplar a cruz e sermos fascinados pela beleza da sua obra nas nossas vidas. Gálatas 6:14 diz que devemos nos gloriar na cruz de Cristo; devemos nos fortalecer naquilo que foi conquistado na cruz, para assim perseverarmos até o fim.

Podemos contemplar a beleza da aparência física de Jesus, bem como o seu caráter. Apocalipse 5 descreve o Cristo glorificado que é adorado dia e noite por anjos fascinados pela Sua beleza.

Podemos contemplar a beleza da liderança do Senhor sobre nossas vidas. O salmo 23 nos revela que
Ele é um bom pastor que guia nossas almas, nos faz descansar e nos cerca de bondade e
misericórdia.

Como podemos perseverar?

Acima de tudo, contemplar a beleza de Deus é a chave para permanecermos fiéis até o fim, e perseverar em
tempos de crise e escuridão que ainda virão sobre a terra. Por isso, devemos escolher olhar para a beleza que
existe no Senhor, a beleza que existe na sua forma de liderar a história, e a beleza que Ele produz em
nós, mesmo em meio à dor, tribulação e perseguições.

Morar na casa do Senhor significa ter comunhão espiritual e pessoal com Ele, tendo garantia do Seu favor, do Seu amor e da Sua bondade. Devemos ansiar por habitar na Sua presença, habitar em comunhão com Ele. Como resultado, quando habitamos em Sua casa, nos tornamos familiares do Senhor e conhecemos o Seu coração. Ele está disposto a se revelar por meio de relacionamento com aqueles que desejam ser seus amigos.

Assim, a revelação de quem Deus é precisa ser real na nossa vida; precisa fazer parte do nosso dia a dia.
Em outras palavras, devemos diariamente nos examinar à luz de quem Ele é; à luz da Sua palavra e da Sua vontade. Essa é a única forma de conseguirmos caminhar na luz e perseverar até o fim: contemplando quem Ele é,
contemplando os seus feitos e contemplando a sua boa, perfeita e agradável vontade.

Certa vez ouvi uma pregação da missionária Heidi Baker em que ela dizia que oração e missões são como as duas asas de um avião… Não se faz missões sem oração, da mesma forma que o contrário é verdadeiro. Por muito tempo, fiquei pensando nessa frase e no quanto ela é mais profunda do que conseguia imaginar. E, é sobre essas duas questões que me atentarei nesta breve reflexão. 

Ao redor do mundo o Senhor tem despertado Sua Noiva para clamar e se posicionar nos muros da intercessão. É lindo e poderoso o que Ele tem feito e, especificamente aqui no Brasil, centenas de salas de oração iniciaram-se nos últimos anos. Ao estudarmos sobre o significado de oração, a partir da bíblia e de literaturas que nos ajudam a compreender o que as Escrituras dizem sobre isso, entendemos que a oração está intimamente ligada com quem estamos nos tornando. Orar é entrar em parceria com o que o Senhor quer fazer, declarar quem Ele é, e suas promessas para as nossas cidades, situações e pessoas. A oração alinha nossas expectativas. À medida que estamos sensíveis a voz do Senhor, o caráter de Cristo vai sendo formado em nós.  

Um chamado para as cidades

“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mateus 5:13-16

Interessante observar nas Escrituras, tanto nas cartas de Paulo quanto em Atos, como o apóstolo conhecia bem o contexto das cidades por onde passava. Em Atos 17: 16 em diante vemos Paulo anunciando as boas-novas em Atenas e denunciando os ídolos daquele povo. Paulo era um profundo conhecedor da cultura e do que se passava na sociedade do local. Ele sabia como manejar a Palavra de forma a contextualizar o evangelho e expor com propriedade os problemas da sociedade ateniense. 

Como vemos no texto bíblico citado acima, o Senhor nos envia para sermos sal e luz nessa terra. E tudo começa em amarmos o que o Ele ama. O Senhor nos chama a fazer discípulos de todas as nações. E onde estão essas pessoas? Nas cidades. De acordo com os dados de 2014 da Organização das Nações Unidas (ONU), 54% da população mundial vive em áreas urbanas e esse índice só tende a crescer. Até 2050 serão 66% da população morando nas cidades. Diante de tudo isso é necessário que olhemos para as cidades em caráter de urgência. 

O serviço da Grande Comissão

“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mateus 28:18-20

O Senhor nos chama para trabalhar, buscar a paz e servir às cidades (Jeremias 29:4-7). Como cristãos não criamos uma “sub-cultura” ou uma cultura paralela a das cidades, mas somos enviados para sermos um agente transformador da cultura. Para isso, precisamos conhecer e interpretar a realidade da nossa sociedade. Os seus desejos, anseios, angústias. Quais são os seus medos? Seus sonhos? Qual tem sido a cosmovisão que tem regido nossa sociedade? Como iremos levar as boas-novas para as pessoas que estão na cidade se não as conhecemos?  

Steve Turner em seu livro, “Engolidos pela cultura pop”, provoca e toca no âmago da questão. Diz que a igreja da Inglaterra estaria mais bem preparada para lidar com os desafios dos anos 60 se ela tivesse prestado atenção nas músicas das jukeboxes, nos anúncios e nas cafeterias já na década de 1950. E Turner vai além. Ele também cita a música de Paul Simon “The Sound of Silence” [O som do silêncio] que diz: “um lugar para se buscar as declarações proféticas são as paredes dos metrôs e dos cortiços”.

Mas, o que oração tem a ver com missões? 

Precisamos de graça e sabedoria do Senhor para lidarmos com tantas questões complexas. E entender a cultura e a realidade do nosso país, sem negar a questão da queda e do pecado, mas entender que ela deve ser levada cativa ao senhorio de Cristo (leia mais sobre isso, aqui). 

Visto tudo isso, qual deve ser nosso primeiro passo? Amar as cidades, as pessoas e começamos tudo isso através da oração. Lembra da história do avião que comecei contando neste texto? Não se faz missões sem oração e da mesma forma que a consequência da intercessão é sair para as ruas e proclamar as boas novas. 

Começamos com oração e sempre voltamos para o lugar de oração, porque missões ou atos de justiça em um entendimento bíblico não é um puro ativismo social.

Somos chamados para proclamar o Reino do Senhor e, ao passo que quando crescemos em intimidade com o Senhor, através da oração, ganharemos perspectiva e estratégia. Nossas expectativas se alinham com as Dele e começamos ter olhos de misericórdia para com aqueles que estão ao nosso redor. 

No lugar de oração

Ao orarmos, o Senhor libera sabedoria para atuarmos nas cidades. Nós tocamos as pessoas e entendemos sua realidade e voltamos para o Senhor. Apresentamos isso diante Dele. Não que Ele já não saiba, mas é para que nós mesmos possamos entender o coração Dele para os desafios que encontramos nas ruas. Além disso, é uma oportunidade de, através da oração, compartilharmos com o todo o Corpo de Cristo tais necessidades. Afinal, a intercessão não é um ato alienado das situações do mundo, mas sim um ato prático, vivo e que promove conhecimento e comunhão.

Minha oração hoje é para que todos nós, participantes do Corpo de Cristo, possamos compreender o coração do Senhor e o Seu amor pelas cidades. E, a partir do lugar de oração, nos movermos por uma perspectiva bíblica que O agrade; bem como aproveitarmos as oportunidades de tocar os necessitados e proclamarmos as verdades do Reino. E, por último, que sejamos um povo que saiba interpretar os tempos e os sinais dos tempos.

Originalmente publicado em 19 de novembro de 2019

Este mês no blog estamos falando sobre a vida de oração de alguns personagens bíblicos. Neste post, quero falar sobre uma mulher que aparece rapidamente em Lucas 2:36-38, a profetisa Ana. Não sabemos muito sobre toda a vida dela, mas o pouco que é relatado nos versículos é o suficiente para entendermos como era a vida de oração dessa grande mulher.

 

O contexto de Ana

O texto nos mostra que Ana tinha quase oitenta e quatro anos e era viúva. Não somente isso, mas ela foi casada apenas 7 anos com seu marido e desde então não tinha se casado novamente. Podemos inferir, então, que ela era viúva há muitos anos. A Bíblia a chama de “profetisa Ana”, ou seja, ela provavelmente servia no templo e às pessoas com o seu dom de profecia.

A cena em que a conhecemos é muito marcante. Não é um dia qualquer, mas o dia em que o bebê Jesus é apresentado no templo, conforme era exigido na tradição judaica. Perceba a tensão desse momento. O povo esperava pelo Messias, pois eles sabiam que havia uma promessa de que Ele viria. O profeta Zacarias, alguns capítulos atrás, tinha sido o primeiro profeta a trazer uma mensagem de Deus ao seu povo depois de 400 anos de silêncio e espera.

 

Ana esperava pela redenção

Imagine fazer parte de um povo que espera por uma promessa se cumprir e parece que ela nunca se concretiza. Anos se passam, gerações nascem e morrem, e o povo não vê a promessa se cumprindo. Quantos devem ter desistido de esperar pelo Messias! Muitos devem ter se distraído com suas famílias, suas vidas, seus afazeres e parado de vigiar e ansiar pela vinda do Rei.

Ana, porém, continuou esperando pela redenção de Jerusalém. Lendo o versículo 38, imagino que havia um grupo de pessoas que permaneceram esperando. Então, depois de anos indo diariamente no templo, depois de anos de jejum e oração, Ana contemplou o cumprimento da promessa.

Quando Jesus foi apresentado no templo e Simeão profetiza sobre a vida dele, Ana reconhece que aquele era o Messias pelo qual ela esperava e rende graças ao Senhor. A Bíblia também relata que “ela falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. Ou seja, o momento tão aguardado havia chegado e ela não se conteve em compartilhar essa mensagem.

 

O chamado dos cristãos da última hora

Assim como Ana, nós fazemos parte de um povo que não perdeu a esperança. Por isso, somos chamados a vigiar e orar pela segunda vinda do Rei Jesus. A vida de oração de Ana nos ensina como se parecem os intercessores da última hora. Não sabemos os detalhes da sua rotina, mas o texto nos conta que “ela não se afastava do tempo, cultuando a Deus dia e noite com jejuns e orações”. Somente por essa frase, podemos ver que a vida de oração da profetisa Ana era intensa e constante.

Nem todos irão viver no templo como ela, que era viúva e cuidava das coisas do Senhor. Porém, todos somos chamados a não sermos pegos de surpresa pela vinda do nosso Messias. Precisamos ser constantes e vigilantes, sem nos esquecermos da nossa grande promessa.

Eu quero fazer parte do grupo daqueles que esperam pela redenção de toda a humanidade e de todo o cosmos. Não somente isso, mas espalhar essa mensagem para que mais pessoas também esperem. Minha oração é que o Senhor levante uma igreja que é constante em sua espera. Uma igreja que ensina a cada geração sobre onde deve estar a nossa esperança, para que no grande dia sejamos encontrados esperando nosso Messias.

 

Como era  a vida de oração de Daniel? Um homem que viveu no período que chamamos de 70 anos de cativeiro. Ele foi arrancado de sua casa em Jerusalém no primeiro cerco que a Babilônia fez. Ele era de uma família nobre e ainda era muito jovem quando foi separado de sua família junto com outros companheiros. Foi levado como escravo para o palácio do grande rei Nabucodonosor. A história poderia caminhar para um rumo diferente ao que tudo indica, mas na verdade ela trilha para uma vida de oração exemplar.

Certamente conhecemos a sua história, Daniel  amava a Deus e era fiel em sua devoção e Deus concedeu inteligência a ele e seus companheiros: “Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos”.Daniel 1:17

Daniel tinha constância na oração

Nesse meio tempo, Daniel se torna muito influente, a ponto do rei o nomear governador na Babilônia (Dn 2:47). Ainda assim, Daniel foi sentenciado à morte. Um decreto foi assinado pelo rei e Daniel se enquadrava nos que deviam morrer. Por qual motivo? Pelo motivo de que pelo período de 30 dias não se podia adorar a ninguém, apenas ao rei.

Ao saber do decreto, o que ele fez? Fez o que sabia fazer: “Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém, e, como antes costumava fazer três vezes ao dia, ajoelhou-se, orou e deu graças diante do seu Deus”. Daniel 6:10

Ora, você percebe a palavra “costumava” neste texto? Constância é o que podemos aprender com Daniel. No momento mais difícil ele fez o que costumava fazer. Quando temos constância em nossa vida de oração não somos abalados por circunstâncias externas. Mas, é uma regra orar três vezes ao dia, então? Não, mas será que temos orado ao menos uma vez em nosso dia? Daniel tinha constância na oração.

Por conseguinte, Deus livrou Daniel da sentença de morte, quando jogado na cova dos leões, nenhum dano sofreu. E o nome de Deus foi glorificado:

Paz e prosperidade! “Estou editando um decreto para que nos domínios do império os homens temam e reverenciem o Deus de Daniel. “Pois ele é o Deus vivo e permanece para sempre; o seu reino não será destruído, o seu domínio jamais acabará. Ele livra e salva; faz sinais e maravilhas nos céus e na terra. Ele livrou Daniel do poder dos leões”. Daniel 6:25-26.

Daniel examinava as escrituras

Outra marca que podemos notar na vida de Daniel era o estudo da palavra. Ao examinar o livro de Jeremias, ele entende que o seu povo sofreria por 70 anos. E o que Daniel faz? Ele intercede a Deus com orações, súplicas e jejum.

Inegavelmente, precisamos interceder por nosso povo, ter esse amor por nossa nação, assim como ele o fez. Mas para isso, eu e você precisamos que nossos corações sejam quebrados. Vemos Daniel intercedendo em prantos, pois ele se colocou na brecha e sentiu a dor pelo seu povo. Seu coração estava em orar por sua gente.  (Dn 9:3). Nós precisamos sentir isso ao intercedermos por nossa nação.

Ademais, você percebe que, oração, jejum e leitura da bíblia, caminham juntos? Daniel examinava as escrituras. E ao fazer isso, entendeu que precisava suplicar e jejuar por seu povo. Ele teve então, revelação sobre o que viria acontecer. Existe uma conexão na oração e no entendimento das escrituras.

A oração prontamente respondida de Daniel

Nesta época, Daniel percebe que muitos judeus permaneceram na Babilônia e não voltaram para Jerusalém. E os que voltaram, encontraram apenas ruínas e por isso desistiram de reconstruir o templo. Daniel então ora e jejua pelo seu povo e ele pede urgência a Deus: Senhor, ouve! Senhor perdoa! Senhor vê e age! Por amor de ti, meu Deus não te demore, pois a tua cidade e o teu povo levam o teu nome“. Daniel 9:19

Nos versículos seguintes descobrimos que sua oração é prontamente respondida. Deus envia um anjo enquanto Daniel ainda estava confessando os pecados de seu povo. Essa é uma promessa linda que temos, de que algumas de nossas orações serão respondidas rapidamente: Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei”. Isaías 65:24

Para isso, precisamos de constância, assim como Daniel costumava orar três vezes ao dia, precisamos aprender a ter nosso tempo diário e constante com Deus.

Aliás, sabe o que é mais lindo e profundo nessa oração do capítulo 9 de Daniel? Ele orou por Israel e pela restauração da cidade de Jerusalém e Deus o responde com segredos mais profundos. Daniel pediu pela restauração do seu povo, mas Deus o respondeu sobre a salvação eterna deles através da revelação do próprio Messias que haveria de vir (Dn 9:25-27).

Assim sendo, aos que possuem um relacionamento constante com Deus, ele revela segredos profundos. “O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança”. (Salmos 25:14) Isso com certeza deve nos encorajar.

A vida de oração de Daniel

Em resumo, podemos ler o livro de Daniel e nos encher de alegria ao perceber, o quanto podemos ganhar em ter uma vida constante de oração. A bíblia diz que Daniel era amado no céu: “Ele disse:Não tenha medo, homem muito amado. Que a paz seja com você! Seja forte! Seja forte! “Ditas essas palavras, senti-me fortalecido e disse: “Fala, meu senhor, visto que me deste forças”. (Daniel 10:19) Você não gostaria de ser conhecido assim também no céu?

Com efeito, Daniel desde muito novo decidiu não se contaminar e se manteve íntegro ao seu Deus. Ele andou com Deus quando era nobre e quando foi escravo, na humilhação e no momento de ser reconhecido. Daniel estabelecia horários para suas orações e orou em momentos de dificuldades. Ele orou quando sofreu ameaça de morte, orou por seus companheiros, orou confessando o pecado de seu povo, orou pedindo livramento por sua nação. Daniel tinha intimidade com Deus, pois só quem tem constância na oração consegue alcançar isso.

Por fim, que Deus nos dê a graça de alcançar a constância em nossa vida de oração para alcançarmos essa intimidade com Ele. Que eu e você possamos ser fortalecidos na esperança de sermos tão íntimos de Deus a ponto de Ele confiar seus segredos a nós.

“E ele prosseguiu: “Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas”. Daniel 10:12